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Aula 06 Conduta Ética, Técnica e Legal

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Conduta Ética, Técnica e Legal para instituições policiais militares 
Instrutor: Cap PM Adriano Alves
Poder de Polícia
Conceito legal de Poder de Polícia
“[...] atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.” 
Parágrafo único: Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.” (Art. 78/CTN)
Da Administração e Economia das Provincias. Da Administração. Das Camaras. 
Art. 165. Haverá em cada Província um Presidente, nomeado pelo Imperador, que o poderá remover, quando entender, que assim convem ao bom serviço do Estado.
Art. 169. O exercicio de suas funcções municipaes, formação das suas Posturas policiaes, applicação das suas rendas, e todas as suas particulares, e uteis attribuições, serão decretadas por uma Lei regulamentar.
Art. 167. Em todas as Cidades, e Villas ora existentes, e nas mais, que para o futuro se crearem haverá Camaras, ás quaes compete o Governo economico, e municipal das mesmas Cidades, e Villas.
 Art. 168. As Camaras serão electivas, e compostas do numero de Vereadores, que a Lei designar, e o que obtiver maior numero de votos, será Presidente.
Título II - Posturas Policiais
Art. 66. Terão a seu cargo tudo quanto diz respeito à policia e economia das Povoações, e seus termos, pelo que tomarão deliberações, e proverão por suas Posturas sobre os objetos seguintes:
(...)
4. Sobre as vozerias nas ruas em horas de silêncio, injúria e obscenidades contra a moral pública.
(...)
9. Só nos matadouros públicos ou particulares, com licenças das Câmaras, se poderão matar e esquartejar as reses; (...)
(Lei de organização das câmaras municipais de 1828)
“Poder de Policia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em beneficio da coletividade ou do próprio Estado” 
(Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro. 2015 p. 127).
Fundamentação Jurídica
Fundamenta-se no principio da predominância do interesse público sobre o do particular, dando a Administração Pública uma posição de supremacia sobre os particulares. Supremacia esta, que o Estado exerce em seu território sobre todas as pessoas, bens e atividades, revelando-se nos mandamentos constitucionais e nas normas de ordem pública, em favor do interesse social.
(O Poder de Polícia, Flávia M. A.da Silva. Disponível em: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2634/O-poder-de-policia) 
Atributos do Poder de Polícia 
Autoexecutoriedade – é a possibilidade que tem a Administração de, com os próprios meios, por em execução as suas decisões sem precisar recorrer previamente ao Poder Judiciário. 
Discricionariedade – se dá quando a lei deixa certa margem de liberdade para determinadas situações, mesmo porque, ao legislador, não é dado prever todas as hipóteses possíveis.
Coercibilidade – trata-se de uma imposição coativa das medidas adotadas pela Administração. 
Limitações do Poder de Polícia
Legalidade
Necessidade
Proporcionalidade
Conduta Ética, Técnica e Legal 
A PM é espécie de Polícia Administrativa?
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
[...]
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
[...]
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
Código de Conduta para os Funcionários Responsá-
veis pela Aplicação da Lei. 
Adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 17 de dezembro de 1979, através da resolução nº 34/169. 
1. Cumprir sempre o dever que a lei lhes impõe, servindo a comunidade e protegendo todas as pessoas contra atos ilegais.
2. Respeitar e proteger a dignidade humana, manter e apoiar os direitos fundamentais de todas as pessoas.
(Fonte: Guia de direitos humanos – Conduta ética, técnica e legal para instituições policiais militares, 2008)
O Direito à vida digna 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
O direito de não ser morto – vedação à pena de morte;
O direito à vida digna – vedação à tortura, penas de caráter perpétuo, trabalhos forçados, cruéis etc.
I-homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; - Princípio da Igualdade
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; - Princípio da Legalidade.
IV- é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V- é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; - Princípio da Liberdade da manifestação do pensamento, Direito de Resposta.
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; - Princípio da Inviolabilidade domiciliar.
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; - Princípio da liberdade de locomoção 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
 XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; Princípio da proibição da discriminação e do racismo. 
3. Só empregar a força quando isso seja estritamente necessário e na medida exigida para o cumprimento do seu dever.
4. Não infligir, instigar ou tolerar qualquer ato de tortura ou qualquer outra pena ou tratamento cruel, desumano ou degradante.
5. Assegurar a proteção da saúde das pessoas sob sua guarda.
(Fonte: Guia de direitos humanos – Conduta ética, técnica e legal para instituições policiais militares, 2008)
III-ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; - Princípio da Humanidade.
XLIII - A lei considerará crime inafiançável a prática da tortura;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
 LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
Direito ao Processo Legal
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
 LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
 LVI - são inadmissíveis, no processo,
as provas obtidas por meios ilícitos;
Direito à presunção de inocência
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Prisão provisória
Direito à indenização por prisão indevida
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
Identificação Criminal 
“LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
Lei 12.037, de 1/10/2009
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:
I – carteira de identidade;
II – carteira de trabalho;
III – carteira profissional;
IV – passaporte;
V – carteira de identificação funcional;
VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado.
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando: 
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; 
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado.
Art. 4º Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada tomará as providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado.
Instrumentos de Proteção aos Direitos Humanos
 
Lei de combate à tortura
Lei 9.455/97 – Lei de combate à Tortura
“A tortura, enquanto qualquer ato que, causado intencionalmente, resulte em dor, degradação e sofrimento físico, moral e psicológico intensos a outro com o objetivo de obter confissões, castigar ou humilhar, já está descrita como prática inconcebível na sociedade brasileira através da Constituição Federal de 1988.”
Conceito legal de tortura
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; 
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
Pena: reclusão, de dois a oito anos. (...)
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
I - se o crime é cometido por agente público;
Captura ou detenção 
Ninguém será privado de [sua] liberdade, exceto com base em e de acordo com os procedimentos estabelecidos por lei.
Ninguém será submetido à captura ou detenção arbitrárias.
Toda pessoa capturada deverá ser informada, no momento de sua captura, das razões da captura, devendo ser prontamente informada de qualquer acusação contra ela. 
Toda pessoa capturada deverá ser levada a um local de custódia, devendo ser conduzida prontamente perante um juiz ou outra autoridade habilitada por lei a exercer poder judicial.
Uma pessoa detida sob acusação criminal terá direito a julgamento dentro de um prazo razoável, ou aguardar julgamento em liberdade. 
As autoridades responsáveis pela captura, detenção ou prisão de uma pessoa devem, respectivamente, no momento da captura e no início da detenção ou da prisão, ou pouco depois, prestar-lhes-á informação e explicação sobre os direitos e sobre o modo de os exercer.
A presunção da inocência aplica-se a todas as pessoas detidas e deve também refletir-se no tratamento delas.
Uma pessoa detida tem o direito à assistência de um advogado e condições razoáveis devem ser propiciadas para que este direito seja exercido
Sobre as violações de direitos humanos, a quem reclamar?
Órgãos de Polícia;
Ministério Público;
Justiça;
Comissões de Defesa aos Direitos Humanos;
Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado Federal
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
Por agentes públicos, também suas respectivas corregedorias.
Mulheres
“Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
(Art. 1º da Lei nº 11.340/2006)
“O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.” (§ 8º, do art. 226 CF/1988)
Da violência doméstica e familiar contra a mulher
Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Das formas de violência contra a mulher
I - a violência física
II – a violência psicológica
III – a violência sexual
IV – a violência moral
Do atendimento da autoridade policial
I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário; 
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; 
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar; 
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.
(Incisos do Art. 11 da Lei 11.340/2006) 
Em outras ocorrências envolvendo mulheres
I – As revistas pessoais e das vestimentas de mulheres serão sempre feitas por uma policial feminina.
II – Mulheres detidas ou presas devem ser mantidas, em todas as circunstâncias, separadas dos homens detidos.
III - Mulheres e meninas vítimas de crime sexual devem receber atendimento, sempre que possível, de policiais femininas.
IV - Sempre que houver caracterização de crime sexual, constrangimento ilegal, ameaça, crimes contra a honra ou lesão corporal, os policiais devem adotar providências legais de imediato.
Crianças e adolescentes
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão. 
(Art. 227 CF/1988)
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. 
(LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente)
Art. 4º
[...]
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: 
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; 
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
(Lei nº 8.069/1990)
Dos direitos individuais
Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. 
Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos. 
Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido serão incontinenti comunicados à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada. 
Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de responsabilidade, a possibilidade de liberação imediata.
Da apuração de Ato Infracional atribuída a adolescente
Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo, encaminhado à autoridade judiciária. 
Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade policial competente. 
Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada para atendimento de adolescente e em se tratando de ato infracional praticado em co-autoria com maior, prevalecerá a atribuição da repartição especializada, que, após as providências necessárias e conforme o caso, encaminhará o adulto à repartição policial própria.
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência ou grave ameaça a pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo único, e 107, deverá: 
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o adolescente;
II - apreender o produto e os instrumentos da infração; 
III - requisitar os exames ou perícias necessários à comprovação da materialidade e autoria da infração. 
Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de ocorrência circunstanciada.
Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional não poderá ser conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo policial, em condições atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade.
Sobre o uso de algemas em adolescente
O Relator Ministro Napoleão Nunes Maia Filho (1133) T5 - Quinta Turma assim decidiu em 19/11/2009: HABEAS CORPUS. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. ATO INFRACIONAL EQUIPARADO A HOMICÍDIO QUALIFICADO PRATICADO PARA IMPLEMENTAÇAO DO TRÁFICO DE DROGAS NO LOCAL DO FATO. INVIABILIDADE DA PRETENSAO DE DECLARAÇAO DA NULIDADE DA AUDIÊNCIA DE APRESENTAÇAO EM RAZAO DO USO DE ALGEMAS PELO MENOR. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À SÚMULA VINCULANTE 11 DO STF. FUNDAMENTAÇAO SUFICIENTE. ALTA PERICULOSIDADE DO REPRESENTADO. PARECER MINISTERIAL PELA DENEGAÇAO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA. HC 140982 / RJ .
Dos crimes em espécie contra adolescentes
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente:
Pena - detenção de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das formalidades legais. 
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Combate ao racismo
Leis Nº 7.716/89 e 9.459/97 – Leis de combate ao racismo e à desigualdade racial.
“Define os crimes resultantes do preconceito de raça e de cor.”
Ampliação
"Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional."
A nova lei visou adequar a legislação nacional à Convenção Internacional sobre todas as formas de eliminação discriminação racial, de 1966.
LEI ESTADUAL Nº 13.182 DE 06 DE JUNHO DE 2014
Art.1º - Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa do Estado da Bahia, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, defesa de direitos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e demais formas de intolerância racial e religiosa.
Art. 7º - Fica instituído o Sistema Estadual de Promoção da Igualdade Racial - SISEPIR, com a finalidade de efetivar o conjunto de ações, políticas e serviços de enfrentamento ao racismo, promoção da igualdade racial e combate à intolerância religiosa. 
Composição:
Secretaria de Promoção da Igualdade Racial;
Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra;
Comissão Estadual para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais;
Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa;
Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa;
Municípios que anuir ao SISEPIR.
Cidadania: dimensão primeira
O Policial Militar, como agente de segurança pública, é um cidadão qualificado!
Não há sociedade civil e outra sociedade policial.
Possui autorização legal para o uso da força e das armas, a qual lhe confere autoridade.
A dimensão pedagógica como busca da autoestima policial, tanto pessoal como institucionalmente, e a consequente prestação satisfatória do serviço.
Alguns conceitos relacionados
Força é toda intervenção compulsória sobre o indivíduo ou grupo de indivíduos, reduzindo ou eliminando sua capacidade de auto decisão.
Nível do uso da Força é entendido desde a simples presença policial em uma intervenção até a utilização da arma de fogo, em seu uso extremo (uso letal).
Ética é o conjunto de princípios morais ou valores que governam a conduta de um indivíduo ou de membros de uma mesma profissão.
Uso progressivo da Força consiste na seleção adequada de opção de força pelo policial em resposta ao nível de submissão do indivíduo suspeito ou infrator a ser controlado. 
Ética corporativa versus ética cidadã
Ter identidade com a polícia, amar a corporação da qual participa, coisas essas desejáveis, não se podem confundir, em momento algum, com acobertar práticas abomináveis.”
Aqui se antagoniza a “ética da corporação” – que na verdade é a negação de qualquer possibilidade ética – com a ética da cidadania, aquela voltada à missão da polícia junto a seu cliente, o cidadão.
A ONU recomenda os seguintes princípio para uso da força
1) Use meios não-violentos, na medida do possível, antes de recorrer ao uso da força e armas de fogo.
2) Só é aceitável o uso da força e armas de fogo quando os outros meios se revelarem ineficazes ou incapazes de produzirem o resultado legal pretendido.
3) Caso o uso legítimo da força e de armas de fogo seja inevitá- vel, o policial deve:
(a) Exercê-las com moderação e agir na proporção da gravidade da infração e do objetivo legítimo a ser alcançado;
(b) Minimizar danos e ferimentos, respeitar e preservar a vida humana;
(c) Assegurar que qualquer indivíduo ferido ou afetado receba assistência e cuidados médicos o mais rápido possível;
(d) Garantir que os familiares ou amigos íntimos da pessoa ferida ou afetada sejam notificados o mais depressa possível.
Título e Layout de Conteúdo com Gráfico
Dois Layouts de Conteúdo com Tabela
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Dois Layouts
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