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1 Curso: Semestral Semanal OAB Disciplina: Direito Processual Civil Professor: Georgios Alexandridis Data: 04.03.2011 Anotadora: Yoanna RESOLUÇÃO DE QUESTÕES Questão 1 – alternativa c Acerca da capacidade pode-se destacar: capacidade postulatória (em regra, o advogado detém); capacidade de ser parte, ou seja, titular de direitos e obrigações; e a capacidade de estar em juízo, que diz respeito à necessidade de ser assistido ou representado. O CPC possibilita a correção do defeito de representação, de maneira que haverá prazo razoável a ser concedido pelo juiz para o dito saneamento. Se o vício referir-se ao autor, o juiz deverá conceder o dito prazo para a regularização, sob pena de se ter declarada a nulidade do processo com a sua consequente extinção. Se o vício for relacionado ao réu, será ele considerado revel, o que não significa que a ação será julgada em seu desfavor (vide artigo 13 do CPC). Pode o juiz julgar antecipadamente a lide quando o réu for revel; quando a matéria discutida nos autos for apenas de direito; ou se a matéria for de fato e de direito, a primeira já estiver provada nos autos (artigo 330, do CPC). Questão 23 – alternativa c No caso em tela, o Município não poderá ser representado pelo secretário de obras, mas pelo Prefeito ou pelo Procurador, conforme sustenta o artigo 12 do CPC. Se o vício referir-se ao autor, o juiz deverá conceder prazo razoável para a regularização, sob pena de se ter declarada a nulidade do processo, com a sua consequente extinção por sentença sem resolução de mérito. O juiz pode, de ofício, analisar os defeitos atinentes à representação. Caso não o faça, o réu poderá arguí-los em preliminar, nos termos do artigo 301 do CPC. Questão 5 – alternativa a A Lei 9.099/95 disciplina os chamados Juizados Especiais Cíveis. As ações que lá tramitam são consideradas de menor complexidade, usando-se para tanto o valor da causa. O teto é de 40 salários mínimos, de maneira que nas ações de até 20 salários mínimos poderá a parte postular sem constituir advogado (jus postulandi). Na hipótese de recurso, qualquer que seja o valor da causa, será necessária a presença do advogado. Nos termos do artigo 10º da Lei 9.099/95, não cabe no Juizado Especial Cível nenhuma das formas de intervenção de terceiros, tampouco assistência (que é considerada pela doutrina e jurisprudência uma modalidade de intervenção de terceiros, ainda que disciplinada fora do capítulo assim definido no CPC). No que se refere ao pólo ativo e pólo passivo, estes podem ser formados de mais de um autor ou mais de um réu, respectivamente. Se mais de um autor, o litisconsórcio será ativo e, se mais de um réu, o litisconsórcio será passivo. A Reconvenção, por sua vez, é vedada, mas o chamado pedido contraposto é admitido, conforme o artigo 31 da Lei. A sentença não poderá ser ilíquida em nenhuma hipótese, ainda que o pedido seja genérico, nos termos do artigo 38, parágrafo único, da Lei em comento. Questão 8 – alternativa c A cláusula compromissória cheia, inserida no dito contrato de compra e venda, denota que a resolução do conflito será promovida não pelo Poder Judiciário, mas pela Arbitragem (vide Lei 9.307/96). Para que a arbitragem seja viável deve preencher requisitos, tais quais: sejam as partes capazes; e que 2 a questão verse sobre direitos disponíveis. Quando assim optam as partes pela Arbitragem, abrem mão da apreciação da causa pelo Poder Judiciário, em regra. Entretanto, no caso em tela, no momento em que o autor procurou o Judiciário, abriu mão da Arbitragem. Todavia, o réu poderá, em sede de preliminar de contestação (artigo 301, IX, do CPC), arguir a arbitragem (sendo esta a única hipótese de preliminar na qual o juiz não poderá conhecer de ofício), sob pena de preclusão. O juiz, por sua vez, apreciando o quanto apresentado pelo réu em sua defesa, declarará o processo extinto sem resolução de mérito, nos termos do artigo 267, VII, do CPC. Se não o fizer dessa forma, será considerado aceito, sendo dada continuidade ao processo perante o Poder Judiciário. Questão 14 – alternativa a O rito da demanda será o sumário, nos termos do artigo 275, II, “d”, do CPC. Os pedidos realizados pela autora foram: danos materiais, pensão alimentícia e, também, danos morais. Nesse passo, os pedidos para que sejam cumulados devem ser compatíveis entre si; o juiz deve ter competência para analisar todos; e o procedimento adotado deve ser adequado para todos. Caso o procedimento seja diverso, é possível a cumulação, desde que seja seguido o ordinário. Na forma do artigo 292, do CPC. A cumulação dos pedidos poderá ser: simples, que são pedidos independentes entre si; alternativa, assim sendo, um pedido ou outro pedido; e sucessiva (ou subsidiária), de maneira que um será o principal e, os demais, serão tidos como acessórios. Questão 16 – alternativa c A sentença é dividida em 3 partes: relatório, que se trata de um breve resumo dos fatos apresentados; fundamentação, que são as razões, os porquês do entendimento do juiz; e o dispositivo, no qual serão tratadas as conseqüências reais da decisão. A única parte da sentença que faz coisa julgada é justamente a do dispositivo, sendo esta, portanto, o limite objetivo da coisa julgada. Questão 17 – alternativa d A sentença poderá ser prolatada sem resolução de mérito, nos termos do artigo 267 do CPC (que faz coisa julgada formal) ou, com resolução de mérito, conforme preceitua o artigo 269 do CPC (que faz coisa julgada formal e material). A prescrição nada mais é do que a perda da pretensão, ou seja, a perda da possibilidade de formular pedido de natureza condenatória perante o Poder Judiciário. Difere-se da decadência, uma vez que esta é a perda do próprio direito potestativo, que, para ser configurado, basta o exercício por parte de seu titular. Vale dizer que ambas acarretam a extinção do processo com resolução de mérito, com base no artigo 269, IV, do CPC. Na hipótese de desistência, o autor abre mão do processo, com fulcro no artigo 267, VIII, do CPC. Na renúncia, por sua vez, o autor abre mão do direito, de forma que a sentença resolverá o processo com resolução de mérito (artigo 269, V, do CPC). Questão 19 – alternativa a Nos termos do artigo 470 do CPC: fará coisa julgada material a resolução de questão prejudicial, se a parte requerer, o juiz for competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide. A fundamentação não acarreta coisa julgada, conforme dito na questão 16. O motivo determinante diz respeito à fundamentação, que não faz coisa julgada. Questão 18 – alternativa d A citação está regulamentada nos artigos 213 e seguintes do CPC. Nesse ato, dá-se conhecimento da ação ao réu, tratando-se de um dos pressupostos de validade do processo. Dar-se-á a citação: ���� Pelo correio, com aviso de recebimento, que será acostado aos autos. 3 ���� Por oficial de justiça munido de mandado. Após, a certidão referente à citação será acostada aos autos e, então, será tida como válida. ���� Se o oficial de justiça, por 3 vezes, dirigir-se ao endereço do réu e, ainda, verificar que ele está se ocultando, será feita a citação por hora certa. Voltará o oficial de justiça na data e hora marcada e, se o réu estiver, será citado pessoalmente, com a conseqüente juntada do mandado aos autos. Caso não esteja presente, o oficial citará quem quer que esteja presente ou até um vizinho para que tome ciência. Após, será expedida uma carta com aviso de recebimento, a fim de informar o réu de que ele foi citado (citação considerada ficta). ���� A citação por edital dar-se-á quando o réu estiver em local incerto e não sabido; quando o réu for desconhecido; e na hipótese do não cumprimentoda carta rogatória (citação também considerada ficta). ���� A citação feita por meio eletrônico foi instituída e regulada pela Lei 11.419/2007.
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