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Direito Processual Civil 
 
Prof. Georigios Alexandridis 
 
Matéria: Formação e Extinção do Processo. 
 
28/04/2011 
 
 
Formação do Processo: 
A parte tem que provocar o Poder Judiciário. 
“O Direito não socorre a quem dorme.” 
Esta provocação é iniciada pela petição inicial. Sendo que, a petição inicial ao ser 
distribuída, tira o Poder Judiciário da sua inércia. 
Aquele que ingressa com a demanda é denominado de sujeito ativo (autor). Por sua vez, 
aquele à quem o autor ingressa contra é denominado sujeito passivo (réu). Esta demanda 
é direcionada ao juiz (aquele que exerce o poder jurisdicional). 
Apartir do momento em que o réu é citado nasce a relacão tríade (autor, juiz e réu). 
O polo passivo ingressa no processo, atravé da citação. A finalidade, pois, da citação é 
dar conhecimento ao réu da ação contra si ajuizada, podendo realizar a sua defesa (se 
desejar). Esta citação precisa ser válida, ou seja, conforme os ditames exigidos em lei. 
Modificação da Petição Inicial: 
A petição inicial pode ser emendada antes ou depois de ocorrida a citação do réu. 
Entretanto, é de se ressalvar que, o alcance desta modificação depende da atual posição 
do processo. A emenda antes da citação, terá um alcance e se após a citação o alcance 
será outro mais restrito. 
Antes da citação, o autor poderá editar o pedido da petição inicial, modificando-o ou 
ainda incluindo novo pedido, bem como poderá desisitir da ação proposta. 
Quando a citação já houver sido realizado, incide a norma do Art. 264, do CPC, razão 
pela qual o autor fica condicionado a concordância/anuência do réu para que ocorra a 
modificação em relação ao pedido, comportando a sua diminuição (retirada de algum 
pedido ou causa de pedir) ou aumento com inclusão de algum pedido novo ou causa de 
pedir nova. O réu por sua vez poderá concordar ou não com esta alteração. 
 
Art. 264 - Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de Pedir, sem 
o consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituições permitidas 
por lei. 
 
 
 
A alteração do objeto da demana somente poderá ser feita até o despacho saneador. 
Neste despacho o juiz irá sanar o processo. Primeiramente irá apreciar as questões 
processuais pendentes, e após determinará quais os limites para as provas que serão 
produzidas no processo. 
Obs.: Realizado o despacho saneador não poderá haver a alteração da demanda, salvo 
com relação a desistência (que poderá ser feita pelo autor até o momento da prolação da 
sentença). A desistência acarreta em uma sentença sem resolução de mérito, conforme o 
Art. 267, do CPC. 
Observações: 
1º Processualmente podemos ter dois tipos de desistência, são elas: 
I – Desistência da ação – gera a extinção da sentença sem resolução de mérito; 
II – Desistência dos recursos – antes do julgamento do recurso, pode o recorrente 
desistir do recurso por ele interposto. Obs.: A desistência do recurso não depende de 
concordância da parte contrária. 
 
2º Renúncia: O autor abre “mão do direito” que alega possuir, consequentemente 
ensejando na prolação de uma sentença sem resolução de mérito (Art. 269, do CPC). 
Obs.: O autor pode renunciar a qualquer tempo no processo, bem como não dependendo 
da concordância da parte contrária. 
 
Diferença entre Desistência e Renúncia: 
Quando falamos em renúncia, devemos ter em mente, que o sujeito sequer aceitou o 
direito, renunciou antes disso, trata-se de um direito material. Portanto, busca-se o 
afastamento de um direito, acarretando em uma sentença com resolução de mérito, nos 
termos do Art. 269, do CPC, bem como não sendo possível a repropositura da ação, uma 
vez que estamos diante de coisa julgada. 
Há, no entanto, a desistência, quando há um ato de aceitação anterior a desistência do 
direito, trata-se de um aspecto processual, acarretando na prolação de uma sentença sem 
resolução de mérito, nos termos do Art. 267, do CPC, bem como havendo a possibilidade 
de repropositura da demanda. 
 
Extinção do Processo: 
O que é sentença? 
Sentença é a decisão do juiz que implica em uma das situações previstas ou no Art, 267 
ou no Art. 269, do CPC. 
 
Sentença Terminativa (Art. 267, do CPC): É a sentença que extingue o processo sem 
resolução de mérito. 
Sentença Definitiva (Art. 269, do CPC): É a sentença que extingue o processo com 
resolução de mérito. 
 
 
 
 
Análise da Sentença Terminativa: 
Tem como base uma das hipóteses no Art. 267, do CPC. 
Em regra, quando o juiz prolata uma sentença terminativa o autor pode repropor à ação. 
Exceção: Art. 267, V – não poderá haver a repropositura da ação, diante de 3 
circunstâncias, são elas: 
- Litispendência; 
- Coisa Julgada; 
- Perempção - é a perda do direito ativo de demandar o réu sobre o mesmo objeto da 
ação, quando o autor deu causa a extinção do processo (abandono), por três vezes. 
Art. 267 – “Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; 
II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor 
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento 
válido e regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade 
jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; 
VII - pela convenção de arbitragem; 
VIII - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código.” 
 
Requisito para a repropositura da demanda: 
Para que à ação seja reproposta (pela 2ª vez) o autor deverá comprovar que realizou o 
recolhimento das custas/despesas processuais, decorrentes da sentença extinta sem a 
resolução de mérito. 
 
Análise da Sentença Definitiva: 
A sentença definitiva tem como base o Art. 269, do CPC, ou seja, há resolução do mérito 
da demanda. 
 
Situações: 
- Quando o juiz ao apreciar (acolher ou rejeitar) os pedidos formulados pelo autor. 
- Caso o réu reconheça, ou seja, concorde juridicamente com o pedido formulado pelo 
autor (autocomposição). 
- Quando ocorrer a transação entre as partes (elas chegam a um meio termo e decidem a 
demanda). A transação também é uma forma de autocomposição. 
- Quando o juiz reconhecer a prescrição ou a decadência. 
- Quando o autor pode renunciar o direito, na qual se funda a sua pretensão. 
 
Tanto a prescrição quanto a decadência estão relacionadas diretamente com o tempo. 
A prescrição está relacionada com a perda da pretensão – perda da oportunidade de 
formular pedido no Judiciário. 
 
A decadência é a perda do direito potestativo – aquele direito que para ser 
configurado/evidenciado, basta que o titular o exerça. 
 
Art. 269 – “Haverá resolução de mérito: 
I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; 
II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; 
III - quando as partes transigirem; 
IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; 
V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação.” 
 
A sentença de mérito pode ser rescindida, diante de uma Ação Rescisória, conforme o 
Art. 485, do CPC. 
 
Momentos Processuais da Prolação da Sentença: 
O juiz poderá indeferir a petição inicial antes da citação do réu. 
Este indeferimento está previsto no Art. 295, do CPC 
 
Causas de Indeferimento: 
1º Situação de Indeferimento: Inépcia da Petição Inicial – É inepta a petição inicial 
que, confusa e imprecisa, não permite extrair as consequências jurídicas pretendidas, 
tendo por consequência dificultarao réu os meios para realizar a sua defesa. No p.ú, do 
Art. 295, do CPC temos as situações que levam a inépcia: 
- Falta de pedido e/ou causa de pedir; 
- Lógica entre os fatos e a conclusão; 
- Impossibilidade jurídica do pedido (trata-se de uma das condições da ação); 
- Pedidos incompatíveis entre si. 
 
Regras para Cumulação de Pedidos: 
- Juiz tem que ter competência para julgar os pedidos; 
- Os pedidos não podem ser incompatíveis entre si; 
- O rito deve ser o mesmo para todos os pedidos cumulados. 
 
2º Situação de Indeferimento: 
- Quando o juiz evidenciar que uma das partes (autor ou réu) é manifestamente ilegítima. 
Obs.: A legitimidade também é uma das condições da ação. 
 
3º Situação de Indeferimento: 
- Quando o autor for carecedor do interesse processual. 
Obs.: Interesse processual é sinônimo de interesse de agir. 
 
4º Situação de Indeferimento: 
- Prescrição ou Decadência – São matéria que o juiz pode reconhecer de ofício. 
 
5º Situação de Indeferimento: 
- Quando o procedimento não estiver adequado para aquela demanda. 
 
 
6º Situação de Indeferimento: 
- Não cumprimento por parte do autor do Art. 39, p.ú, “1ª parte”, do CPC. 
 
O advogado na petição inicial deve indicar o endereço para o recebimento das intimações 
e notificações, decorrentes do processo que atua. 
Caso não informe o endereço, o juiz irá requerer que no prazo de 48 hrs o advogado 
informe o endereço, sob pena de indeferimento da inicial. 
Art. 39 Parágrafo único – “Se o advogado não cumprir o disposto no nº I deste artigo, o 
juiz, antes de determinar a citação do réu, mandará que se supra a omissão no prazo de 
48 (quarenta e oito) horas, sob pena de indeferimento da petição..” 
 
- Não cumprimento do Art. 284, do CPC. 
Conforme, o Art, 284, do CPC o juiz pode determinar que o autor emende (conserte) a 
petição inicial no prazo de 10 dias, sob pena de indeferimento da petição inicial. 
 
Art. 284 – “Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos 
nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o 
julgamento de mérito, determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10 
(dez) dias. 
Parágrafo único - Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição 
inicial.” 
 
Em regra, o indeferimento da petição inicial acarreta em uma prolação de sentença sem 
extinção de mérito (Art. 267, I, do CPC), salvo exceção com relação ao indeferimento da 
petição inicial por – prescrição ou decadência (sentença com resolução de mérito – Art. 
269, IV, do CPC). 
 
A sentença pode ser atacada por recursos: 
- Embargos de Declaração (Art. 534 e seguintes, do CPC); 
- Apelação. 
 
Quando o recurso de apelação é interposto por sentença que indeferi a petiçao inicial, 
possibilita o juízo de retratação (Art. 296, do CPC). 
 
Art. 296 – “Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no 
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão. 
Parágrafo único - Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente 
encaminhados ao tribunal competente.” 
 
Juízo de Retratação: Trata-se da possibilidade do juiz modificar a decisão que tomou 
anteriormente em razão da argumentação da parte, ou seja, poderá reever a sentença no 
prazo de 48 hrs. 
 
O juiz ao exercer a retratação, afasta o indeferimento da petição inicial, razão pela qual o 
processo irá prosseguir em 1º grau de jurisdição. 
 
 
Caso o juiz não se retrate, ou seja, mantém a sentença indeferida, consequentemente 
mandará processar o recurso de apelação – remetendo ao 2º grau de jurisdição. 
 
Pressupostos de Aplicação do Art. 285-A, do CPC: 
São três os pressupostos imprescindíveis à aplicação do artigo 285-A, do CPC, quais 
sejam: 
I – A causa deve versar exclusivamente sobre matéria controvertida apenas e tão somente 
de direito. 
II – Devem existir precedentes do mesmo juízo referentes à casos idênticos. 
III – Devem ter havido julgamentos anteriores pela improcedência total do pedido 
formulado pelo autor na petição inicial. 
 
Presentes todos os requisitos é facultado ao juiz a aplicação do Art. 285-A, do CPC, não 
havendo qualquer obrigatoriedade de utilização do referido instituto. 
 
O juiz então, ao tempo em que receber a inicial, já sentenciará o feito, reproduzindo o 
teor da sentença, sem que seja feita a citação do réu, ou seja, reproduzindo o julgado já 
realizado neste juízo, extinguindo o processo com resolução de mérito com base no Art. 
285-A. O autor poderá buscar a reforma desta descião, através da interposição do recurso 
de apelação, no prazo de 15 dias. Diante da interposição da apelação, será cabível o juízo 
de retratação. Para tanto, o juiz da sentença terá o prazo de 5 dias e, caso efetivamente se 
retrate, determinará o prosseguimento do processo com a citação do réu para a 
apresentação da defesa, acarretando posteriormente na prolatação de nova sentença. 
 
Art. 285-A. “Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já 
houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá 
ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente 
prolatada. 
§ 1º Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter 
a sentença e determinar o prosseguimento da ação”. 
 
Diversamente, caso não se retrate e mantenha a sentença impugnada, o recurso de 
apelação será processado, mas antes de remeter os autos ao Tribunal, designará a citação 
do réu para o oferecimento da sua defesa quanto a demanda, bem como em relação ao 
recurso de apelação. 
 
Art. 285-A. § 2º “Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para 
responder ao recurso”.

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