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Direito Processual Civil 
Prof. Georgios Alexandridis 
Matéria: Execução 
14/06/2011 
 
Execução: Está diretamente relacionada com o cumprimento de obrigações. Esta 
obrigação pode ser contida em um título executivo judicial ou em um título executivo 
extrajudicial. 
Se a obrigação à ser executada estiver fundamentada em um título executivo judicial – 
será executada por meio das normas do cumprimento de sentença. 
Já se a obrigação estiver fundamentada em um título executivo extrajudicial – será 
executada por uma ação de execução. 
 
São títulos executivos judiciais (Art. 475 – N, do CPC): 
-Sentença condenatória cível; 
-Sentença penal condenatória transitada em julgado. Obs.: O condenado além de cumprir 
a pena decorrente do crime, deverá arcar com a reparação dos danos causados a vítima no 
cível. O juiz da esfera penal, fixará um valor mínimo a ser reparado, podendo este ser 
revisto no cível. 
-Sentença que homologa a transação (acordo). Obs.: Mesmo que na transação 
homologada pelo juiz, não seja posta em juízo – irá ser formado o título executivo 
judicial. 
-Sentença arbitral. Obs.: O árbitro não faz parte do Poder Judiciário. 
-Acordo extrajudicial, desde que, homologado judicialmente. 
-Sentença estrangeira, homologada pelo STJ. 
-Formal e a certidão de partilha. 
 
A obrigação deve ter 3 características imprescindíveis para a sua validade, são elas: 
- Certa: A obrigação será certa – quando estiver contida em um título executivo judicial 
ou extrajudicial. 
- Líquida: A obrigação será líquida – quando o devedor, sabe exatamente o que deve 
cumprir para satisfazer o credor da obrigação. 
- Exigível: A obrigação será exigível – quando já tiver ocorrido o termo ou condição para 
a sua exigibilidade. 
Obs.: Termo = É o evento futuro e certo. 
Condição = É o evento futuro e incerto. 
 
Se a obrigação contida no título executivo judicial não for líquida – será promovida uma 
fase de Liquidação de Sentença, tendo por finalidade definir o “quantum debeatus”. 
Conclusão: Transformar a obrigação ilíquida em líquida. 
 
 
 
Formas de Liquidação de Sentença: 
1. Cálculos; 
2. Arbitramento; 
3. Artigos. 
 
A liquidação de sentença, independentemente da forma utilizada (cálculos, arbitramento 
ou artigos), poderá ser promovida em pendência de recursos (antes mesmo do 
trânsito em julgado). 
 
Diante de hipóteses relativas ao (Rito Sumário) Art. 275, II, “d” e “e” – não será 
cabível a sentença ilíquida, ou seja, a sentença proferida deve ter fixado o valor da 
obrigação. 
- Reparação de danos ocorridos em acidente de trânsito. 
- Cobrança de seguro. 
 
Art. 275 – “Observar-se-á o procedimento sumário: 
II - nas causas, qualquer que seja o valor: 
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; 
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo 
ressalvados os casos de processo de execução.” 
 
Análise das Formas de Liquidação de Sentença: 
1. Liquidação por Cálculos: O credor irá apresentar os cálculos, podendo o juiz se valer 
do contador do juízo. 
 
Hipóteses em que a liquidação será realizada por um contador do juízo: 
- Quando o juiz evidenciar que os cálculos apresentados pelo credor estão 
manifestamente excessivos frente à sentença, razão pela qual irá proferir que o contador 
do juízo refaça os cálculos. 
Caso exista diferença de valores, a execução será promovida pelo valor apresentado pelo 
credor, porém a penhora de bens do devedor será pautada no valor apresentado pelo 
contador. 
- Quando o credor for beneficiário da Assistência Judiciária, os cálculos serão realizados 
pelo contador do juízo. 
 
O credor para realizar estes cálculos, talvez necessite de dados de terceiros ou do 
devedor, logo o juiz fixará que no prazo de 30 dias seja juntado aos autos todos os dados 
pertinentes para que seja possível a realização dos cálculos. 
Diante, desta circustância poderá ocorrer: 
- A juntada dos dados; 
- Não juntada dos danos. 
 
Primeiramente, deve-se analisar: se houve ou não justificativa – para a não juntada dos 
dados. 
Caso não tenha ocorrido nenhuma justificativa plausível, acarretará na seguinte 
consequência: expedição do mandando de busca e apreensão, sem prejuízo à apuração do 
crime de desobediência. 
 
 
Caso o devedor não junte os dados, bem como não apresente justificativa plausível (ou 
não aceita pelo juiz), consequentemente serão reputados como corretos os cálculos 
apresentados pelo devedor. 
 
2. Liquidação por Arbitramento: Se dá nos casos em que for determinado pela 
sentença ou convencionado pelas partes, ou, ainda, o exigir a natureza do objeto da 
liquidação. Tal modalidade serve a parte quando a apuração do quantum da condenação 
dependa da realização de perícia por arbitramento. Trata-se de trabalho técnico, 
normalmente entregue aos cuidados de profissional especializado em determinada área de 
conhecimento científico, pelo qual se vai determinar a extensão ou o valor da obrigação 
constituída pela sentença ilíquida. 
 
O juiz determinará que o perito apresente um laudo (o prazo para proferir este laudo será 
fixado pelo próprio juiz). 
 
Apartir do momento que o laudo for apresentado – ocorrerá a manifestação das partes, no 
prazo de 10 dias. 
 
Após o juiz irá decidir qual será o valor da obrigação. 
 
3. Liquidação por Artigos: Será utilizada sempre que houver necessidade de se alegar 
ou provar fato novo, considerado como todo evento que tenha ocorrido após a propositura 
da ação ou depois da realização de determinado ato processual. Portanto, liquida-se por 
artigos quando o credor houver de provar fato novo ou se as outras modalidades se 
revelarem inadequadas e insuficientes. A liquidação por artigos, tem por finalidade 
determinar o valor da condenação, quando houver a necessidade de provar fato que tenha 
ocorrido depois da sentença, guardando relação direta com a determinação da extensão 
ou do quantum da obrigação. 
 
A decisão do juiz que fixa o valor na liquidação de sentença é atacável por Agravo de 
Instrumento (Art. 475 – H, do CPC). 
 
Art. 475-H. “Da decisão de liquidação caberá agravo de instrumento.” 
 
Quanto a citação: Se já houver citação na fase de conhecimento, ainda que, o réu seja 
revel – não será necessária a citação na fase de execução (Art. 475 – N, p.ú, do CPC), 
salvo se for uma: 
- Sentença penal condenatória = é necessária a citação; 
- Sentença arbitral = é necessária a citação; 
- Sentença estrangeira, homologada pelo STJ = é necessária a citação. 
 
Art. 475-N Parágrafo único. “Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 
475-J) incluirá a ordem de citação do devedor, no juízo cível, para liquidação ou 
execução, conforme o caso.” 
 
Regras de Competência para o Cumprimento de Sentença (Art. 475 – P, do CPC): 
1º Se o processo tiver como base a competência originária dos Tribunais – o próprio 
Tribunal irá promover o cumprimento de sentença; 
 
2º Se à ação tramitou em 1º grau de jurisdição – este será o juízo que irá promover o 
cumprimento de sentença. Obs.: O credor poderá optar pela alteração do cumprimento de 
sentença pelo: 
- Juízo do local dos bens do devedor; 
- Foro do domicílio do devedor. 
3º Sentença penal condenatória transitada em julgado; sentença arbitral; sentença 
estrangeira, homologada pelo STJ . 
 
Art. 475-P. “O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: 
I – os tribunais, nas causas de sua competência originária; 
II – o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição; 
III – o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de 
sentença arbitral ou de sentença estrangeira. 
Parágrafo único. No caso do inciso II do caput deste artigo, o exeqüente poderá optar 
pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriaçãoou pelo do atual 
domicílio do executado, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao 
juízo de origem.” 
 
Observações quanto a citação: 
- Se for necessária a citação e a liquidação: o devedor será citado para liquidar e após 
intimado para pagar. 
- Se for necessária a citação e não for necessária a liquidação: o devedor é citado para 
pagar. 
- Se não for necessária a citação e for necessária a liquidação: o devedor será intimado 
para liquidar e após intimado para pagar. 
- Se não for necessária a citação e nem a liquidação: o devedor será intimado para pagar 
diretamente. 
 
O executado deverá efetuar o pagamento da obrigação no prazo de 15 dias. Sendo que, 
dentro deste prazo de 15 dias o devedor (executado) poderá tomar 3 atitudes, são elas: 
1º Pagar – Extinção do processo de pagamento; 
2º Pagar parte da obrigação (parcialmente) – O saldo restante do valor da obrigação 
continua a ser executado. 
3º Nada pagar – Continuidade da execução pelo valor total da obrigação. 
 
O valor em aberto (parcial ou total) enseja multa de 10% sobre o valor do débito, bem 
como a expedição do mandado da penhora e a avaliação dos bens. 
O próprio oficial de justiça avalia o bem, salvo se não tiver conhecimento técnico para 
tanto, neste caso o oficial penhora o bem e avisa ao juiz quanto a sua dificuldade de 
avaliação, consequentemente o juiz irá nomear um avaliador oficial. 
 
O executado será intimado para tomar conhecimento da penhora e da avaliação, 
razão pela qual poderá ofertar sua defesa (impugnação) quanto ao cumprimento da 
sentença. 
A intimação é realizada na pessoa do advogado, salvo se o executado não tiver 
constituído advogado procederá na pessoa de seu representante legal (intimação com 
AR “aviso de recebimento” ou por oficial de justiça). 
 
Carcterísticas da Impugnação: 
A impugnação não tem natureza de ação, sendo uma mera petição incidental. 
Prazo de apresentação é de 15 dias, contados da juntada da intimação da penhora aos 
autos. 
Matéria Impugnável: Pode alegar taxativamente as matérias previstas no Art. 475, L, do 
CPC. Exs.: Vício de citação do processo de conhecimento, desde que tenha verificado o 
vício após o cumprimento da sentença. Vício de consentimento, incompetência do juízo. 
Portanto a matéria impugnável serão aquelas que não envolvem fato e sim matérias de 
direito. 
Art. 475-L. “A impugnação somente poderá versar sobre: 
I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; 
II – inexigibilidade do título; 
III – penhora incorreta ou avaliação errônea; 
IV – ilegitimidade das partes; 
V – excesso de execução; 
VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como 
pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à 
sentença.” 
 
Efeitos da Impugnação: Em regra a impugnação não tem efeito suspensivo, salvo 
exceção – para ter efeito suspensivo é necessário a presença de 2 requisitos 
(cumulativos): 
1º Relevante fundamento da impugnação; 
2º Quando a continuidade do cumprimento de sentença poder causar lesão grave e de 
difícil reparação. 
Consequência: Paralisa os efeitos da execução até que seja decidida a impugnação. 
Nesta circunstância (efeito suspensivo) o credor (exequente) pode prestar caução que 
seja idônea e suficiente para cobrir eventuais prejuízos do devedor. O efeito 
suspensivo anteriormente concedido será levantado (retirado) da impugnação. 
 
Art. 475-M. “A impugnação não terá efeito suspensivo, podendo o juiz atribuir-lhe tal 
efeito desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja 
manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta 
reparação. 
§ 1º Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exeqüente requerer 
o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando caução suficiente e idônea, 
arbitrada pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
§ 2º Deferido efeito suspensivo, a impugnação será instruída e decidida nos próprios 
autos e, caso contrário, em autos apartados. 
§ 3º A decisão que resolver a impugnação é recorrível mediante agravo de instrumento, 
salvo quando importar extinção da execução, caso em que caberá apelação.” 
 
Na impugnação o executado será denominado impugnante e o exequente será 
denominado impugnado. O impugnado terá o direito a resposta no prazo de 15 dias. 
 
 
O juiz ao analisar a impugnação se observar a necessidade da produção de provas – 
realiza a instrução probatória e, após profere a prolação da decisão. 
Inexistindo a necessidade da instrução probatório o juiz prolata desde logo a sua decisão. 
 
Esta decisão poderá ser uma sentença ou decisão interlocutória. 
- Caso a decisão do juiz tiver o condão de extinguir o cumprimento de sentença – 
trata-se de uma sentença – cabendo os recursos de Embargos de Declaração ou 
Apelação. 
- Caso a decisão do juiz não tiver o condão de extinguir o cumprimento da sentença – 
decisão interlocutória – cabível o recurso de Agravo de Instrumento.

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