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Relatório Inicial Projeto de Produto Bike Balance

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CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES-CCHLA 
 
DEART- DEPARTAMENTO DE ARTES 
 
BACHARELADO EM DESIGN 
 
 
 
 
RELATÓRIO DA PRIMEIRA UNIDADE 
VTH-DRAISIANA 
 
 
 
 
 
 
 
 DOCENTE : LORENA GOMES 
 
DISCENTES: GABRIELA FLOR E IGOR COSTA 
 
DISCIPLINA: PROJETO DE PRODUTO VI 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………...02 
2. MOTIVAÇÃO……………………………………………………….……….03 
3. JUSTIFICATIVA………………………………………………………..…...04 
4. OBJETIVO……………………………………………..……………………05 
5. O VTH………………………………………..………….……………...…...06 
6. O PÚBLICO ALVO……………………………………………....……….…07 
7. MAPA MENTAL……………………………………………………………...09 
8. OS CENÁRIOS………………………………………..…..……....….....….15 
 8.1 O MERCADO………………………………………………………......16 
9. AS CONSEQUÊNCIAS E REPERCUSSÕES…………………………...20 
10. DESENVOLVIMENTO……………………………………………………...21 
 10.1 PAINÉIS DE REFERÊNCIA…………………………………………..22 
 10.2 PROBLEMATIZAÇÃO…………………………………………...……24 
 10.3 TABELA DO PARECER ERGONÔMICO…………………………...25 
 10.4 PESQUISA DE MATERIAIS………………………………………….26 
 10.5 CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA…………………....……………27 
 10.6 ORDENAÇÃO HIERÁRQUICA……………………….……………...28 
 10.7 EXPANSÃO DO SISTEMA…………….……………………………...29 
 10.8 MODELAGEM COMUNICACIONAL DO SISTEMA……….……….30 
 10.9 FLUXOGRAMA FUNCIONAL AÇÃO-DECISÃO…………………...31 
11. CONCLUSÃO…………………….……...…………………………………..34 
12. REFERENCIAS..………………….……….………………………………...35 
 
1 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
Ao longo do desenvolvimento humano, é preciso antecipar e reforçar a 
melhoria de capacidades físicas e psíquicas que se tornam cada vez 
mais comuns ao longo do treino e do aumento da autoconfiança. 
Familiares têm cada vez mais preocupações com a maneira de lidar, e 
apresentar, novas situações de aprendizado aos seus filhos, com uma 
redução de possíveis acidentes. Graças a esta demanda, a Draisiana 
vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, e já se faz 
necessário uma maneira de implementar o produto com materiais 
sustentáveis, duradouros, e possivelmente uma reformulação 
ergonômica para a melhor introdução ao desenvolvimento do equilíbrio 
em crianças. Este trabalho, pois visa levantar problemas e solucioná-los 
sempre priorizando coeficientes de sustentabilidade e ergonomia 
focados no uso deste produto. 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
MOTIVAÇÃO 
 
 
A nossa maior motivação para a execução desse projeto é demonstrar 
de forma prática como os materiais biodegradáveis podem ser aplicados 
não somente a produtos com baixo ciclo de vida como também a bens 
duráveis, sem deixar de lado o apelo estético e a durabilidade e 
qualidade do produto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
JUSTIFICATIVA 
 
A nossa justificativa se aplica em, estimular o conceito de 
sustentabilidade desde as gerações mais novas para que possamos 
educar as novas gerações de que o desenvolvimento da humanidade 
acontece junto com a sustentabilidade e que produtos como esse 
devem ser encontrados em todas as esferas. Dessa forma pretendemos 
contribuir para que no futuro o design sustentável torne-se um modo de 
viver e não só uma ferramenta de reparo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
OBJETIVOS 
Segundo Vygotsky (1998) a brincadeira não é uma atividade estática, 
ela evolui e se modifica na medida em que a criança cresce, assim, 
muitos brinquedos tem um período de vida útil curto, pois conforme as 
crianças crescem, normalmente perdem o interesse por determinados 
brinquedos. Com esse pensamento em mente, pretendemos projetar 
um VTH para crianças que seja sustentável em todo o seu ciclo de 
produção e que perdure pelas diferentes fases do crescimento infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
O VTH 
 
A draisiana é um veículo de duas rodas inventado em 1817, precursor 
da ​bicicleta​, e que foi chamada dessa forma em homenagem ao seu 
inventor, o barão ​Karl Drais​.A draisiana é a primeira definição do uso 
prático de uma bicicleta. Foi o primeiro veículo desse tipo que obteve 
êxito comercial em sua época, por ser dirigível e com grande interação 
homem-máquina. 
Atualmente a Draisiana foi reintroduzida no mercado como “a primeira 
bicicleta para crianças”, trata-se de uma bicicleta de treinamento que 
ajuda a criança a aprender direção e equilíbrio. Passou então a se 
chamar Balance Bike ou Bicicleta de Equilíbrio.​ ​As bicicletas de 
equilíbrio também podem ser chamadas de pré-bike, balance bikes, run 
bikes, bicicletas de treino e bicicletas de empurrar. O que torna uma 
bicicleta de balanço tão especial e procurada em alguns países, 
especialmente na Europa, são os benefícios de desenvolvimento que 
ela oferece às crianças. A habilidade principal necessária para se 
aprender efetivamente a pedalar uma bicicleta de duas rodas é o 
equilíbrio. Crianças que usam uma bicicleta de equilíbrio por 20 ou 30 
6 
minutos duas vezes por semana mostraram as seguintes melhorias: 
● Melhorias substanciais tanto no equilíbrio dinâmico quanto 
estático. 
● Melhorias substanciais na coordenação bilateral. 
● Melhorias observáveis no auto-conhecimento físico. 
 
Geralmente o seu uso pode acontecer em parques ou ruas que não 
tenham movimento de automóveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
O PÚBLICO ALVO 
 
Nesse projeto o nosso público alvo direto caracteriza-se por crianças 
com faixa etária entre 1 ano e meio e 3 anos e meio. Contudo por se 
tratarem de crianças cujas vontades estão atreladas às dos pais o 
nosso grupo alvo indireto é representado pelos pais e responsáveis 
dessas crianças. Em função disso analisaremos nao so as 
necessidades exigidas pelas crianças, que utilizaram o VTH, mas 
também pelos pais, que estarão adquirindo ou não este artefato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
ESTUDO DE CASO 
 
E com o objetivo de atender esses dois alvos, estudamos a relação 
entre VTH e criança e VTH e pais através do caso do Léo, uma criança 
que teve a sua história compartilhada em um blog cujo público alvo são 
mães que trocam suas experiências online. A mãe de Léo decorreu em 
um post sobre a decisão de comprar uma draisiana ou bike balance 
para o filho, como pode ser visto de forma integral abaixo: 
 
“Para o aniversário do Leo, havíamos decidido que daríamos de 
presente uma bicicleta. Nós gostamos que ele desenvolva atividades ao 
ar livre e ele mesmo já estava demonstrando interesse por esse tipo de 
“brinquedo”. 
Só que aí, comecei a pensar que seria legal dar para ele uma bicicleta 
um pouco diferente, a qual eu já andava vendo por aí, nos passeios que 
a gente costuma fazer no Parque Villa-Lobos. 
 
Inicialmente, eu estava in love com a Runna, que é de madeira, super 
charmosa e transadinha. Mas depois, conversando com o meu marido, 
acabamos optando pela Strider Sport, que achamos mais prática, pois, 
9 
por ter pneus maciços, não necessita que eles sejam calibrados e ainda 
tem menor manutenção ao longo do tempo. 
 
O Leo adorou o presente e já quis sair andando. Até agora, ele não 
conseguiu efetivamente andar na bicicleta (para andar, a criança tem 
que dar o impulso com os dois pés e aí tirá-los do chão, apoiando-os na 
própria bicicleta, num espaço para isso logo abaixo do banco), mas está 
se divertindo e se aventurando. Achoque em breve, ele estará correndo 
por aí, pois já está pegando o espírito da coisa.” 
 
Após esse post as mães frequentadoras do site comentaram as suas 
próprias experiências com a draisiana, destacando as dificuldades e as 
qualidades que cada uma constatou com o uso. Esses comentários 
foram de grande importância, pois as mães como usuário indireto 
puderam detectar problemas que não estavam sendo observados. 
 
 
 
 
 
10 
MAPA MENTAL 
 
Posteriormente a coleta desses dados definimos o mapa mental, 
 
 
 
 
 
11 
OS CENÁRIOS 
Por possuir um Design adaptável a diferentes culturas e necessidades 
a bike balance pode ser introduzida em diferentes mercados, assumindo 
a característica de um produto com alcance internacional. Além do 
design adaptável, ela seria feita a partir de um material que se adequa a 
diferentes regiões do globo, possibilitando que seus componentes sejam 
facilmente encontrados e fabricados em diversos lugares do globo. 
Contudo devemos considerar as mudanças observadas no cenário 
nacional e internacional. 
 
No mercado nacional o seu uso acontece por crianças que, incentivadas 
pelos pais, passeiam nos finais de semana em parques ou ruas 
temporariamente fechadas. 
Essa faixa etária é caracterizada por ser período em que a criança 
deseja se sentir mais independente e o interesse por VTH’s representa 
essa liberdade. 
No Brasil não existe grande diversidade de eventos ou espaços bem 
projetados que incentivem o uso de VTH’s desse tipo para crianças tão 
pequenas. A iniciativa dos pais e das próprias crianças é o que mais 
influencia na aquisição de tais produtos. 
De maneira oposta ao cenário nacional, o internacional se destaca por 
apresentar melhores condições estruturais urbanas, principalmente 
12 
quando se trata de uma maior diversidade de parques e eventos e 
competições que estimulam o uso da balance bike por parte das 
crianças. 
As diferentes realidades de mercado também foram analisadas, como 
pode ser observada na figura abaixo, 
 
as imagens destacaram como o mercado internacional é mais uma vez 
13 
favorecido, nesse caso em questão do custo de aquisição do VTH. Por 
serem possuírem um custo menor na moeda local (a maioria dos 
Estados Unidos) a bike balance torna mais acessível nesses países e 
facilita a aquisição por pais e crianças com diferentes rendas mensais. 
Porém no Brasil o custo elevado do VTH e a falta de variadas opções no 
mercado delimita ainda mais o público alvo, o que afeta a disseminação 
do produto no cenário nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
AS CONSEQUÊNCIAS E REPERCUSSÕES 
 
Diversas podem ser as consequências e repercussões de um novo 
produto no mercado, sendo capaz de afetar a sua aceitação ou não no 
comércio. Por esse motivo analisamos as possíveis consequências e 
repercussões que estariam atreladas a introdução da draisiana para 
crianças ou bike balance no mercado nacional. 
 
No caso de a Drasiana não se tornar um produto "rotacionado" (trocado, 
doado, re-vendido), a bike balance poderá se tornar descartável em 
pouco tempo já que o crescimento do usuário é o principal “prazo de 
validade” deste produto. Por esse motivo ele pode ser interpretado 
como um produto de pouco valor pós-compra. 
Outra consequência seria a falta de entendimento do produto por parte 
do público brasileiro, que teve pouco contato com esse artefato. 
E por último acreditamos que a maior repercussão que esse VTH trará é 
o incentivo ao desenvolvimento físico e psíquico de crianças de maneira 
ecológica, educando para reduzir danos ao meio ambiente. 
15 
 
 DESENVOLVIMENTO 
PAINÉIS DE REFERÊNCIA 
 
Construímos os seguintes painéis semânticos para direcionar alguns 
aspectos do projeto tais como, ​cores, formas, texturas, conceitos e 
cenários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
E para ter referência dos produtos comercializados no cenário nacional, 
construímos um painel com as draisianas disponibilizadas nesse 
mercado. 
 
 
17 
 
PROBLEMATIZAÇÃO 
 
 
Ao lidar diretamente com a análise do uso da Draisiana por crianças de 
até quatro anos de idade, um levantamento de problemáticas foi feito, 
dividindo-se em cinco categorias - e estendendo-se a mais uma, não 
obrigatória no projeto final. 
O ​peso mostrou-se como sendo um fator decisivo no uso do VTH, vez 
que crianças em estágio inicial de desenvolvimento são incapazes de 
segurar, levantar, empurrar, e até impulsionar-se a partir de objetos 
muito pesados. É ideal, portanto, que haja um cuidado com os materiais 
para que se reduza ao máximo o peso de cada peça individual, 
deixando o produto mais leve, compacto, e de fácil manuseio. O peso é 
um fator crucial, pois seu uso está diretamente ligado a energia gasta 
para andar no VTH. Caso o usuário se canse rapidamente ainda nas 
fases iniciais de uso, a proposta de equilibrar-se por um período de 
tempo prolongado deixa de se tornar prazerosa para tornar-se 
majoritariamente desafiadora e desestimulante, chegando à níveis de 
frustração que podem afastar as crianças de uma melhoria de 
desempenho. 
18 
Transportar o VTH para lugares, passando por obstáculos como 
escadas, elevadores, gramado, granizo desgastado, etc, pode se tornar 
uma tarefa complicada até mesmo para adultos que levam seus filhos 
para fora de casa. Pensando nisto, surge um problema: como facilitar o 
transporte do VTH, tendo em vista que não só crianças, mas adultos 
também o carregarão? É preciso pensar em maneiras de entender um 
produto como sendo uma extensão não só do usuário, mas daquele que 
supervisiona seu uso. 
Interligando-se com os demais problemas já apresentados, uma boa 
ergonomia justifica o investimento dos pais em veículos de transporte 
humanos bem projetados. Afinal, de que adianta um produto leve, de 
fácil transporte, se ele não for feito para especificações de alcance e 
altura adequados para crianças? Sua forma deve ser regulável, pois 
algumas crianças crescem mais rápido que outras. Os cuidados com 
conforto nos assentos, pegas, e suportes também deve ser relevante 
para o projeto. No mais, esta categoria está interligada com todas as 
outras e deve ser uma prioridade no produto final. 
Os coeficientes de ​sustentabilidade também são importantes. Não se 
trata apenas da implementação de materiais sustentáveis, como já 
analisado anteriormente, mas sim de uma justificativa plausível para a 
19 
proposição do aumento do ciclo de vida com base na “rotatividade” do 
produto. Isto é, o produto passará por várias crianças, de várias classes 
sociais diferentes, seguindo preceitos de revenda, troca ou doação, já 
que crianças passam pela fase introdutória ao equilíbrio num curto 
período de tempo. Para que o VTH não se perca em prateleiras ou 
depósitos, ele deve ser repassado para outros usuários. O descarte do 
produto só deve ser feito quando este apresentar avarias, falhas, ou 
peças quebradas impossíveis de ser consertadas, sendo assim a última 
opção definitiva para a certeza da inutilidade da Draisiana. Além da 
rotatividade e do ciclo de vida estendido pelos materiais duráveis, as 
peças quecompõem o projeto devem ser pensadas para reduzir danos 
ao meio ambiente, podendo ser materiais renováveis ou simplesmente 
menos prejudiciais à natureza. 
Todas estas características, se levadas a sério, terminam por levantar 
um novo problema: custo. A ​economia​, ou melhor, o investimento feito 
no produto pode ser notada desde o início pelos compradores? A 
implementação de materiais renováveis, com durabilidade estendida, de 
peso leve, e confortável pode encarecer o produto, mas ajuda a 
incentivar as crianças a utilizarem e desenvolverem suas capacidades. 
Sua rotatividade pode apresentar uma boa interpretação aos pais que 
20 
tem em mente um retorno em porcentagem gasta inicialmente, e o valor 
de troca e revenda dependerá diretamente dos cuidados com o VTH. 
Porém ainda que ele apresente marcas de uso, seu valor maior é o de 
utilidade passageira. 
Por fim, um reforçador importante ao projeto é o ​desenho​. Sua produção 
deve ser facilitada, seus ajustes têm que condizer com diferentes 
tamanhos de crianças, e sua montagem, descomplicada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
TABELA DO PARECER ERGONÔMICO 
 
Detalhando os problemas na tabela abaixo, podemos encontrar, além 
do peso, transporte, ergonomia e sustentabilidade, requisitos acionais. 
A rotação do dispositivo em seu guidão deve ser facilitada por partes 
flexíveis e protegidas, o excesso de força pode incapacitar a criança de 
utilizar o VTH por pouca destreza na hora de direcionar o veículo. 
Excesso de energia gasta gera o abandono rápido, portanto materiais 
leves e de bom manuseio são sugestões de melhoria. 
Os sistemas naturais são relacionados ao calor ambiente, que pode 
esquentar materiais de boa condução de calor. O contato com partes da 
pele do usuário gera ardência caso o ambiente esteja ensolarado ou o 
VTH passe muito tempo exposto ao sol. A identificação das partes que 
entram em contato com a pele humana podem receber detalhes 
diversificados que amenizem o problema, outra alternativa é a troca 
completa do material da carcaça, deixando a Draisiana esteticamente 
uniforme. 
Em questões interfaciais e posturais, existe um mínimo desconforto ao 
retirar os pés do chão no momento de condução do VTH. Isto pode 
atrapalhar o equilíbrio do usuário, fazendo-o ficar menos tempo em 
22 
suspensão. Compartimentos que sugestionem o apoio para os pés são 
requisitados, mas devem ser projetados com cuidado para que não haja 
o perigo de prender os calçados na Draisiana e impedir o apoio 
novamente. A não adição de apoios gera pausas frequentes para que a 
carga se impulsione novamente. 
A movimentação também pode gerar desconforto durante um uso 
prolongado do produto. Vez ou outra os usuários tendem a descansar a 
parte das nádegas ficando em pé ao utilizar a Draisiana. Este problema, 
bastante comum, tende a inviabilizar exercícios de equilíbrio e reforçar o 
uso equivocado do produto. É necessário, portanto, uma nova forma de 
acolchoar os materiais que entram em contato com estas partes para 
reduzir o tempo de mudança postural, e melhorar o tempo de uso 
correto do VTH. 
Outro problema, já analisado na parte inicial de problematização, é o 
peso. Vale reforçar que um VTH muito pesado pode afastar crianças 
incapazes de manuseá-lo. O material deve ser resistente, sustentável e 
leve para atingir os requisitos projetuais propostos no desenvolvimento 
do VTH. 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
PESQUISA DE MATERIAIS 
 
Durante a pesquisa de materiais procurávamos um material que fosse 
resistente, que permitisse um bom acabamento estético e que 
principalmente fosse um material que atendesse às nossas demandas 
sustentáveis. 
Entendemos que como designers devemos nos atentar ao produto em 
todas as suas fases de produção, desde a sua concepção até o seu 
descarte. Por esse motivo, decidimos trabalhar com um material que 
possuísse um ciclo de vida fechado e que não gerasse resíduos nocivos 
ao meio ambiente. 
Considerando esses pré requisitos durante as nossas pesquisas de 
materiais nós decidimos trabalhar com um material chamado, 
MycoBoard ​e vendido pela empresa Ecovative. Esse é um material 
produzido a partir de resíduos agrícolas misturados ao micélio, que por 
sua vez seria um ligante natural feito a partir da atividade dos fungos 
sob os resíduos. 
25 
Segundo a empresa fornecedora, a ​MycoBoard​ possui diversas 
possibilidades de aplicações no mercado como, em mobiliário (estrutural 
e não estrutural), revestimento exterior,confecção de portas e armários. 
E destacam os seus benefícios como, ser seguro ao meio ambiente, 
resistente ao fogo, possuir fácil confecção e não produzir gases tóxicos. 
 
Outro material que seria utilizado em associação com a ​MycoBoard ​é 
uma resina patenteada pela Connora chamada, Recyclamine®. Essa 
resina trata-se de um material termofixo que confere resistência e 
impermeabilidade aos produtos. Por ser um termofixo a Recyclamine® 
não poderia ser considerada um material compostável já que as 
ligações termofixas não se rompem. Porém a Connora desenvolveu um 
termofixo que sob determinadas condições de pH e iluminação adotam 
uma nova configuração e tornam-se uma resina de base termoplástica. 
Apesar da solução de epoxy termoplástica ser ligeiramente ácida, o 
processo de reciclagem é igualmente simples e não gera resíduos 
nocivos ao meio ambiente, já que essa solução é neutralizada com 
hidróxido de sódio diluído (5% em água) para ser recuperada. Após 
esse processo, a epoxy termoplástica é então filtrada lavada e seca. 
Finalizado o processo de secagem ela está pronta para o próximo uso. 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TABELA DO PARECER ERGONÔMICO 
 
27 
Dando outro passo à uma melhor análise do sistema geral, gerou-se a 
tabela abaixo para melhor visualização das características específicas 
da posição serial. 
As principais restrições decorrem do ambiente, podendo ele estar em 
calçadas perigosas (cujo piso está degradado ou desgastado), e um 
risco de climas úmidos que possam deixar o chão escorregadio e 
portanto diminuir o atrito em contato com os pneus. 
O sistema alimentador são pais e crianças. Esses, com poderio 
aquisitivo que procuram um instrumento de introdução à VTHs de 
aprendizado mais difícil aos seus filhos. A Draisiana é então um nível a 
se passar por, e portanto torna o sistema ulterior justamente no seu uso 
adequado. 
As entradas para o sistema alvo são pais que consomem o produto, 
enquanto as saídas são crianças com habilidades de equilíbrio, motoras 
e neuropsicomotoras em estágio inicial de desenvolvimento, sendo a 
meta o estímulo de tais características. 
Os requisitos, já abordados extensamente em tópicos anteriores, ficam 
por conta de melhorias ergonômicas, sustentáveis, fácil transporte, 
produção, reparo e segurança. 
28 
Alguns resultados despropositados é a incapacidade de movimentação 
do VTH, além de acidentes, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
ORDENAÇÃO HIERÁRQUICA 
 
29 
Na próxima tabela, analisamos a estrutura de sistemas dentro e fora do 
VTH. Sendo a cidade do Natal, ou qualquer outra capital específica, o 
ecossistema. As praças e calçadas são respectivamente o supra-supra 
e o supra sistema, até que finalmente se chega à Draisiana como 
sistema alvo. 
Seus subsistemas são assentos e pegas, separadamente,e dentro 
deles temos sub-sub-sistemas tais como: Selim, Quadro, Manopla, 
Guidão, Mesa e pneus. 
 
EXPANSÃO DO SISTEMA 
 
30 
Além dos subsistemas analisados previamente, os sistemas paralelos 
encontrados são considerados VTHs de complexidade de uso mais 
avançado, sendo portanto produtos posteriores em termos de 
desenvolvimento físico e psíquico dos usuários regulares da Draisiana. 
O patinete, patins, skate, bicicleta, velocípede, monociclo, triciclo, 
velomóvel, etc, podem estar nesta categoria (uma vez que a sua carga 
é o homem). 
Em termos de sistemas redundantes, não foi identificado nenhum 
existente no mercado de veículos de tração humana, vez que a 
Draisiana é a criação precedente à bicicleta e portanto os produtos 
posteriores vieram como adicionais às qualidade existentes nesta. 
O sistema serial se dá por pais que compram e supervisionam o uso do 
produto pelos seus filhos. 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
MODELAGEM COMUNICACIONAL DO SISTEMA 
 
A análise comunicacional diz respeito a como o produto interliga suas 
partes e conecta-se com o homem e vice versa. Na máquina (produto), 
as fontes de informação se dão por sinais visuais e sonoros, como o 
barulho do movimento. As transmissões são feitas pelo guidon, rodas e 
alça. 
O ser humano recebe os canais de transmissão e respondem por meio 
dos sentidos da visão, audição e tato, gerando feedback 
comportamental e cognitivo. Os neurônios fazem com que haja a 
tomada de decisão de mudança na postura, deslocamento estratégico 
das articulações, e, por experiência de uso, aprendizado. 
Os acionamentos identificados para a conexão do homem com a 
máquina são: impulsionar, girar, segurar, movimentar, sentar, apoiar, 
etc. 
 
 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
MODELAGEM COMUNICACIONAL DO SISTEMA 
 
Em termos de tomada de decisão para o uso do VTH, analisamos duas 
estruturas principais, com base na ação e na não ação das atitudes dos 
usuários. No ponto de partida, se pode optar por andar ou não na 
Draisiana, caso haja uma tomada de ação humana, o usuário segura o 
guidom com a mão, posiciona-se com as pernas em cada lado pode ou 
não sentar. Nesta quebra de ação, a criança, caso opte por ficar 
apoiada com as pernas em pé, segura o guidom, impulsiona a 
Draisiana, e por fim senta-se no banco. Caso opte por sentar antes de 
impulsionar-se, o processo seguinte se dá como sendo quase o mesmo, 
com a diferença de que o usuário está tocando o assento do produto. 
Ambas opções direcionam os usuários à resultados extremamente 
parecidos, como continuar com a impulsão para aumento de velocidade, 
movimentando-se e direcionando o guidom. O “freio” pode interromper 
estes processos a qualquer momento, basta que a criança coloque os 
pés no chão e crie atrito. 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
CONCLUSÃO 
 
Ainda em fase inicial, o projeto caminha para a proposição de um 
produto que leva em conta principalmente aspectos ergonômicos e 
sustentáveis. Pode-se perceber a necessidade de cuidados com 
problemas ambientais e físicos, o que direciona e estreita os limites de 
peças e estruturas pesadas. Em termos práticos, a Draisiana deve 
sempre facilitar e incentivar o uso adequado, sendo a utilização 
potencializada pela excelência do conforto e facilidade de manuseio, 
tanto para quem supervisiona, como para quem utilizará. Sua 
rotatividade também é outro aspecto a se cogitar, pois através de 
revenda ou doação, o produto aumenta sua duração, esquiva-se do 
descarte precoce, e promove cada vez mais crianças ao 
desenvolvimento psicomotor em habilidades de equilíbrio. Portanto, a 
próxima fase da pesquisa dará lugar a metodologia e prototipagem para 
aplicações práticas que resultarão em dados menos subjetivos e mais 
precisos, o que adiciona precisão em decisões projetuais e gerará 
alternativas condizentes com o levantamento informativo até o 
momento. 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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