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CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES-CCHLA DEART- DEPARTAMENTO DE ARTES BACHARELADO EM DESIGN RELATÓRIO DA PRIMEIRA UNIDADE VTH-DRAISIANA DOCENTE : LORENA GOMES DISCENTES: GABRIELA FLOR E IGOR COSTA DISCIPLINA: PROJETO DE PRODUTO VI SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………...02 2. MOTIVAÇÃO……………………………………………………….……….03 3. JUSTIFICATIVA………………………………………………………..…...04 4. OBJETIVO……………………………………………..……………………05 5. O VTH………………………………………..………….……………...…...06 6. O PÚBLICO ALVO……………………………………………....……….…07 7. MAPA MENTAL……………………………………………………………...09 8. OS CENÁRIOS………………………………………..…..……....….....….15 8.1 O MERCADO………………………………………………………......16 9. AS CONSEQUÊNCIAS E REPERCUSSÕES…………………………...20 10. DESENVOLVIMENTO……………………………………………………...21 10.1 PAINÉIS DE REFERÊNCIA…………………………………………..22 10.2 PROBLEMATIZAÇÃO…………………………………………...……24 10.3 TABELA DO PARECER ERGONÔMICO…………………………...25 10.4 PESQUISA DE MATERIAIS………………………………………….26 10.5 CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA…………………....……………27 10.6 ORDENAÇÃO HIERÁRQUICA……………………….……………...28 10.7 EXPANSÃO DO SISTEMA…………….……………………………...29 10.8 MODELAGEM COMUNICACIONAL DO SISTEMA……….……….30 10.9 FLUXOGRAMA FUNCIONAL AÇÃO-DECISÃO…………………...31 11. CONCLUSÃO…………………….……...…………………………………..34 12. REFERENCIAS..………………….……….………………………………...35 1 INTRODUÇÃO Ao longo do desenvolvimento humano, é preciso antecipar e reforçar a melhoria de capacidades físicas e psíquicas que se tornam cada vez mais comuns ao longo do treino e do aumento da autoconfiança. Familiares têm cada vez mais preocupações com a maneira de lidar, e apresentar, novas situações de aprendizado aos seus filhos, com uma redução de possíveis acidentes. Graças a esta demanda, a Draisiana vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, e já se faz necessário uma maneira de implementar o produto com materiais sustentáveis, duradouros, e possivelmente uma reformulação ergonômica para a melhor introdução ao desenvolvimento do equilíbrio em crianças. Este trabalho, pois visa levantar problemas e solucioná-los sempre priorizando coeficientes de sustentabilidade e ergonomia focados no uso deste produto. 2 MOTIVAÇÃO A nossa maior motivação para a execução desse projeto é demonstrar de forma prática como os materiais biodegradáveis podem ser aplicados não somente a produtos com baixo ciclo de vida como também a bens duráveis, sem deixar de lado o apelo estético e a durabilidade e qualidade do produto. 3 JUSTIFICATIVA A nossa justificativa se aplica em, estimular o conceito de sustentabilidade desde as gerações mais novas para que possamos educar as novas gerações de que o desenvolvimento da humanidade acontece junto com a sustentabilidade e que produtos como esse devem ser encontrados em todas as esferas. Dessa forma pretendemos contribuir para que no futuro o design sustentável torne-se um modo de viver e não só uma ferramenta de reparo. 4 OBJETIVOS Segundo Vygotsky (1998) a brincadeira não é uma atividade estática, ela evolui e se modifica na medida em que a criança cresce, assim, muitos brinquedos tem um período de vida útil curto, pois conforme as crianças crescem, normalmente perdem o interesse por determinados brinquedos. Com esse pensamento em mente, pretendemos projetar um VTH para crianças que seja sustentável em todo o seu ciclo de produção e que perdure pelas diferentes fases do crescimento infantil. 5 O VTH A draisiana é um veículo de duas rodas inventado em 1817, precursor da bicicleta, e que foi chamada dessa forma em homenagem ao seu inventor, o barão Karl Drais.A draisiana é a primeira definição do uso prático de uma bicicleta. Foi o primeiro veículo desse tipo que obteve êxito comercial em sua época, por ser dirigível e com grande interação homem-máquina. Atualmente a Draisiana foi reintroduzida no mercado como “a primeira bicicleta para crianças”, trata-se de uma bicicleta de treinamento que ajuda a criança a aprender direção e equilíbrio. Passou então a se chamar Balance Bike ou Bicicleta de Equilíbrio. As bicicletas de equilíbrio também podem ser chamadas de pré-bike, balance bikes, run bikes, bicicletas de treino e bicicletas de empurrar. O que torna uma bicicleta de balanço tão especial e procurada em alguns países, especialmente na Europa, são os benefícios de desenvolvimento que ela oferece às crianças. A habilidade principal necessária para se aprender efetivamente a pedalar uma bicicleta de duas rodas é o equilíbrio. Crianças que usam uma bicicleta de equilíbrio por 20 ou 30 6 minutos duas vezes por semana mostraram as seguintes melhorias: ● Melhorias substanciais tanto no equilíbrio dinâmico quanto estático. ● Melhorias substanciais na coordenação bilateral. ● Melhorias observáveis no auto-conhecimento físico. Geralmente o seu uso pode acontecer em parques ou ruas que não tenham movimento de automóveis. 7 O PÚBLICO ALVO Nesse projeto o nosso público alvo direto caracteriza-se por crianças com faixa etária entre 1 ano e meio e 3 anos e meio. Contudo por se tratarem de crianças cujas vontades estão atreladas às dos pais o nosso grupo alvo indireto é representado pelos pais e responsáveis dessas crianças. Em função disso analisaremos nao so as necessidades exigidas pelas crianças, que utilizaram o VTH, mas também pelos pais, que estarão adquirindo ou não este artefato. 8 ESTUDO DE CASO E com o objetivo de atender esses dois alvos, estudamos a relação entre VTH e criança e VTH e pais através do caso do Léo, uma criança que teve a sua história compartilhada em um blog cujo público alvo são mães que trocam suas experiências online. A mãe de Léo decorreu em um post sobre a decisão de comprar uma draisiana ou bike balance para o filho, como pode ser visto de forma integral abaixo: “Para o aniversário do Leo, havíamos decidido que daríamos de presente uma bicicleta. Nós gostamos que ele desenvolva atividades ao ar livre e ele mesmo já estava demonstrando interesse por esse tipo de “brinquedo”. Só que aí, comecei a pensar que seria legal dar para ele uma bicicleta um pouco diferente, a qual eu já andava vendo por aí, nos passeios que a gente costuma fazer no Parque Villa-Lobos. Inicialmente, eu estava in love com a Runna, que é de madeira, super charmosa e transadinha. Mas depois, conversando com o meu marido, acabamos optando pela Strider Sport, que achamos mais prática, pois, 9 por ter pneus maciços, não necessita que eles sejam calibrados e ainda tem menor manutenção ao longo do tempo. O Leo adorou o presente e já quis sair andando. Até agora, ele não conseguiu efetivamente andar na bicicleta (para andar, a criança tem que dar o impulso com os dois pés e aí tirá-los do chão, apoiando-os na própria bicicleta, num espaço para isso logo abaixo do banco), mas está se divertindo e se aventurando. Achoque em breve, ele estará correndo por aí, pois já está pegando o espírito da coisa.” Após esse post as mães frequentadoras do site comentaram as suas próprias experiências com a draisiana, destacando as dificuldades e as qualidades que cada uma constatou com o uso. Esses comentários foram de grande importância, pois as mães como usuário indireto puderam detectar problemas que não estavam sendo observados. 10 MAPA MENTAL Posteriormente a coleta desses dados definimos o mapa mental, 11 OS CENÁRIOS Por possuir um Design adaptável a diferentes culturas e necessidades a bike balance pode ser introduzida em diferentes mercados, assumindo a característica de um produto com alcance internacional. Além do design adaptável, ela seria feita a partir de um material que se adequa a diferentes regiões do globo, possibilitando que seus componentes sejam facilmente encontrados e fabricados em diversos lugares do globo. Contudo devemos considerar as mudanças observadas no cenário nacional e internacional. No mercado nacional o seu uso acontece por crianças que, incentivadas pelos pais, passeiam nos finais de semana em parques ou ruas temporariamente fechadas. Essa faixa etária é caracterizada por ser período em que a criança deseja se sentir mais independente e o interesse por VTH’s representa essa liberdade. No Brasil não existe grande diversidade de eventos ou espaços bem projetados que incentivem o uso de VTH’s desse tipo para crianças tão pequenas. A iniciativa dos pais e das próprias crianças é o que mais influencia na aquisição de tais produtos. De maneira oposta ao cenário nacional, o internacional se destaca por apresentar melhores condições estruturais urbanas, principalmente 12 quando se trata de uma maior diversidade de parques e eventos e competições que estimulam o uso da balance bike por parte das crianças. As diferentes realidades de mercado também foram analisadas, como pode ser observada na figura abaixo, as imagens destacaram como o mercado internacional é mais uma vez 13 favorecido, nesse caso em questão do custo de aquisição do VTH. Por serem possuírem um custo menor na moeda local (a maioria dos Estados Unidos) a bike balance torna mais acessível nesses países e facilita a aquisição por pais e crianças com diferentes rendas mensais. Porém no Brasil o custo elevado do VTH e a falta de variadas opções no mercado delimita ainda mais o público alvo, o que afeta a disseminação do produto no cenário nacional. 14 AS CONSEQUÊNCIAS E REPERCUSSÕES Diversas podem ser as consequências e repercussões de um novo produto no mercado, sendo capaz de afetar a sua aceitação ou não no comércio. Por esse motivo analisamos as possíveis consequências e repercussões que estariam atreladas a introdução da draisiana para crianças ou bike balance no mercado nacional. No caso de a Drasiana não se tornar um produto "rotacionado" (trocado, doado, re-vendido), a bike balance poderá se tornar descartável em pouco tempo já que o crescimento do usuário é o principal “prazo de validade” deste produto. Por esse motivo ele pode ser interpretado como um produto de pouco valor pós-compra. Outra consequência seria a falta de entendimento do produto por parte do público brasileiro, que teve pouco contato com esse artefato. E por último acreditamos que a maior repercussão que esse VTH trará é o incentivo ao desenvolvimento físico e psíquico de crianças de maneira ecológica, educando para reduzir danos ao meio ambiente. 15 DESENVOLVIMENTO PAINÉIS DE REFERÊNCIA Construímos os seguintes painéis semânticos para direcionar alguns aspectos do projeto tais como, cores, formas, texturas, conceitos e cenários. 16 E para ter referência dos produtos comercializados no cenário nacional, construímos um painel com as draisianas disponibilizadas nesse mercado. 17 PROBLEMATIZAÇÃO Ao lidar diretamente com a análise do uso da Draisiana por crianças de até quatro anos de idade, um levantamento de problemáticas foi feito, dividindo-se em cinco categorias - e estendendo-se a mais uma, não obrigatória no projeto final. O peso mostrou-se como sendo um fator decisivo no uso do VTH, vez que crianças em estágio inicial de desenvolvimento são incapazes de segurar, levantar, empurrar, e até impulsionar-se a partir de objetos muito pesados. É ideal, portanto, que haja um cuidado com os materiais para que se reduza ao máximo o peso de cada peça individual, deixando o produto mais leve, compacto, e de fácil manuseio. O peso é um fator crucial, pois seu uso está diretamente ligado a energia gasta para andar no VTH. Caso o usuário se canse rapidamente ainda nas fases iniciais de uso, a proposta de equilibrar-se por um período de tempo prolongado deixa de se tornar prazerosa para tornar-se majoritariamente desafiadora e desestimulante, chegando à níveis de frustração que podem afastar as crianças de uma melhoria de desempenho. 18 Transportar o VTH para lugares, passando por obstáculos como escadas, elevadores, gramado, granizo desgastado, etc, pode se tornar uma tarefa complicada até mesmo para adultos que levam seus filhos para fora de casa. Pensando nisto, surge um problema: como facilitar o transporte do VTH, tendo em vista que não só crianças, mas adultos também o carregarão? É preciso pensar em maneiras de entender um produto como sendo uma extensão não só do usuário, mas daquele que supervisiona seu uso. Interligando-se com os demais problemas já apresentados, uma boa ergonomia justifica o investimento dos pais em veículos de transporte humanos bem projetados. Afinal, de que adianta um produto leve, de fácil transporte, se ele não for feito para especificações de alcance e altura adequados para crianças? Sua forma deve ser regulável, pois algumas crianças crescem mais rápido que outras. Os cuidados com conforto nos assentos, pegas, e suportes também deve ser relevante para o projeto. No mais, esta categoria está interligada com todas as outras e deve ser uma prioridade no produto final. Os coeficientes de sustentabilidade também são importantes. Não se trata apenas da implementação de materiais sustentáveis, como já analisado anteriormente, mas sim de uma justificativa plausível para a 19 proposição do aumento do ciclo de vida com base na “rotatividade” do produto. Isto é, o produto passará por várias crianças, de várias classes sociais diferentes, seguindo preceitos de revenda, troca ou doação, já que crianças passam pela fase introdutória ao equilíbrio num curto período de tempo. Para que o VTH não se perca em prateleiras ou depósitos, ele deve ser repassado para outros usuários. O descarte do produto só deve ser feito quando este apresentar avarias, falhas, ou peças quebradas impossíveis de ser consertadas, sendo assim a última opção definitiva para a certeza da inutilidade da Draisiana. Além da rotatividade e do ciclo de vida estendido pelos materiais duráveis, as peças quecompõem o projeto devem ser pensadas para reduzir danos ao meio ambiente, podendo ser materiais renováveis ou simplesmente menos prejudiciais à natureza. Todas estas características, se levadas a sério, terminam por levantar um novo problema: custo. A economia, ou melhor, o investimento feito no produto pode ser notada desde o início pelos compradores? A implementação de materiais renováveis, com durabilidade estendida, de peso leve, e confortável pode encarecer o produto, mas ajuda a incentivar as crianças a utilizarem e desenvolverem suas capacidades. Sua rotatividade pode apresentar uma boa interpretação aos pais que 20 tem em mente um retorno em porcentagem gasta inicialmente, e o valor de troca e revenda dependerá diretamente dos cuidados com o VTH. Porém ainda que ele apresente marcas de uso, seu valor maior é o de utilidade passageira. Por fim, um reforçador importante ao projeto é o desenho. Sua produção deve ser facilitada, seus ajustes têm que condizer com diferentes tamanhos de crianças, e sua montagem, descomplicada. 21 TABELA DO PARECER ERGONÔMICO Detalhando os problemas na tabela abaixo, podemos encontrar, além do peso, transporte, ergonomia e sustentabilidade, requisitos acionais. A rotação do dispositivo em seu guidão deve ser facilitada por partes flexíveis e protegidas, o excesso de força pode incapacitar a criança de utilizar o VTH por pouca destreza na hora de direcionar o veículo. Excesso de energia gasta gera o abandono rápido, portanto materiais leves e de bom manuseio são sugestões de melhoria. Os sistemas naturais são relacionados ao calor ambiente, que pode esquentar materiais de boa condução de calor. O contato com partes da pele do usuário gera ardência caso o ambiente esteja ensolarado ou o VTH passe muito tempo exposto ao sol. A identificação das partes que entram em contato com a pele humana podem receber detalhes diversificados que amenizem o problema, outra alternativa é a troca completa do material da carcaça, deixando a Draisiana esteticamente uniforme. Em questões interfaciais e posturais, existe um mínimo desconforto ao retirar os pés do chão no momento de condução do VTH. Isto pode atrapalhar o equilíbrio do usuário, fazendo-o ficar menos tempo em 22 suspensão. Compartimentos que sugestionem o apoio para os pés são requisitados, mas devem ser projetados com cuidado para que não haja o perigo de prender os calçados na Draisiana e impedir o apoio novamente. A não adição de apoios gera pausas frequentes para que a carga se impulsione novamente. A movimentação também pode gerar desconforto durante um uso prolongado do produto. Vez ou outra os usuários tendem a descansar a parte das nádegas ficando em pé ao utilizar a Draisiana. Este problema, bastante comum, tende a inviabilizar exercícios de equilíbrio e reforçar o uso equivocado do produto. É necessário, portanto, uma nova forma de acolchoar os materiais que entram em contato com estas partes para reduzir o tempo de mudança postural, e melhorar o tempo de uso correto do VTH. Outro problema, já analisado na parte inicial de problematização, é o peso. Vale reforçar que um VTH muito pesado pode afastar crianças incapazes de manuseá-lo. O material deve ser resistente, sustentável e leve para atingir os requisitos projetuais propostos no desenvolvimento do VTH. 23 24 PESQUISA DE MATERIAIS Durante a pesquisa de materiais procurávamos um material que fosse resistente, que permitisse um bom acabamento estético e que principalmente fosse um material que atendesse às nossas demandas sustentáveis. Entendemos que como designers devemos nos atentar ao produto em todas as suas fases de produção, desde a sua concepção até o seu descarte. Por esse motivo, decidimos trabalhar com um material que possuísse um ciclo de vida fechado e que não gerasse resíduos nocivos ao meio ambiente. Considerando esses pré requisitos durante as nossas pesquisas de materiais nós decidimos trabalhar com um material chamado, MycoBoard e vendido pela empresa Ecovative. Esse é um material produzido a partir de resíduos agrícolas misturados ao micélio, que por sua vez seria um ligante natural feito a partir da atividade dos fungos sob os resíduos. 25 Segundo a empresa fornecedora, a MycoBoard possui diversas possibilidades de aplicações no mercado como, em mobiliário (estrutural e não estrutural), revestimento exterior,confecção de portas e armários. E destacam os seus benefícios como, ser seguro ao meio ambiente, resistente ao fogo, possuir fácil confecção e não produzir gases tóxicos. Outro material que seria utilizado em associação com a MycoBoard é uma resina patenteada pela Connora chamada, Recyclamine®. Essa resina trata-se de um material termofixo que confere resistência e impermeabilidade aos produtos. Por ser um termofixo a Recyclamine® não poderia ser considerada um material compostável já que as ligações termofixas não se rompem. Porém a Connora desenvolveu um termofixo que sob determinadas condições de pH e iluminação adotam uma nova configuração e tornam-se uma resina de base termoplástica. Apesar da solução de epoxy termoplástica ser ligeiramente ácida, o processo de reciclagem é igualmente simples e não gera resíduos nocivos ao meio ambiente, já que essa solução é neutralizada com hidróxido de sódio diluído (5% em água) para ser recuperada. Após esse processo, a epoxy termoplástica é então filtrada lavada e seca. Finalizado o processo de secagem ela está pronta para o próximo uso. 26 TABELA DO PARECER ERGONÔMICO 27 Dando outro passo à uma melhor análise do sistema geral, gerou-se a tabela abaixo para melhor visualização das características específicas da posição serial. As principais restrições decorrem do ambiente, podendo ele estar em calçadas perigosas (cujo piso está degradado ou desgastado), e um risco de climas úmidos que possam deixar o chão escorregadio e portanto diminuir o atrito em contato com os pneus. O sistema alimentador são pais e crianças. Esses, com poderio aquisitivo que procuram um instrumento de introdução à VTHs de aprendizado mais difícil aos seus filhos. A Draisiana é então um nível a se passar por, e portanto torna o sistema ulterior justamente no seu uso adequado. As entradas para o sistema alvo são pais que consomem o produto, enquanto as saídas são crianças com habilidades de equilíbrio, motoras e neuropsicomotoras em estágio inicial de desenvolvimento, sendo a meta o estímulo de tais características. Os requisitos, já abordados extensamente em tópicos anteriores, ficam por conta de melhorias ergonômicas, sustentáveis, fácil transporte, produção, reparo e segurança. 28 Alguns resultados despropositados é a incapacidade de movimentação do VTH, além de acidentes, etc. ORDENAÇÃO HIERÁRQUICA 29 Na próxima tabela, analisamos a estrutura de sistemas dentro e fora do VTH. Sendo a cidade do Natal, ou qualquer outra capital específica, o ecossistema. As praças e calçadas são respectivamente o supra-supra e o supra sistema, até que finalmente se chega à Draisiana como sistema alvo. Seus subsistemas são assentos e pegas, separadamente,e dentro deles temos sub-sub-sistemas tais como: Selim, Quadro, Manopla, Guidão, Mesa e pneus. EXPANSÃO DO SISTEMA 30 Além dos subsistemas analisados previamente, os sistemas paralelos encontrados são considerados VTHs de complexidade de uso mais avançado, sendo portanto produtos posteriores em termos de desenvolvimento físico e psíquico dos usuários regulares da Draisiana. O patinete, patins, skate, bicicleta, velocípede, monociclo, triciclo, velomóvel, etc, podem estar nesta categoria (uma vez que a sua carga é o homem). Em termos de sistemas redundantes, não foi identificado nenhum existente no mercado de veículos de tração humana, vez que a Draisiana é a criação precedente à bicicleta e portanto os produtos posteriores vieram como adicionais às qualidade existentes nesta. O sistema serial se dá por pais que compram e supervisionam o uso do produto pelos seus filhos. 31 32 MODELAGEM COMUNICACIONAL DO SISTEMA A análise comunicacional diz respeito a como o produto interliga suas partes e conecta-se com o homem e vice versa. Na máquina (produto), as fontes de informação se dão por sinais visuais e sonoros, como o barulho do movimento. As transmissões são feitas pelo guidon, rodas e alça. O ser humano recebe os canais de transmissão e respondem por meio dos sentidos da visão, audição e tato, gerando feedback comportamental e cognitivo. Os neurônios fazem com que haja a tomada de decisão de mudança na postura, deslocamento estratégico das articulações, e, por experiência de uso, aprendizado. Os acionamentos identificados para a conexão do homem com a máquina são: impulsionar, girar, segurar, movimentar, sentar, apoiar, etc. 33 34 MODELAGEM COMUNICACIONAL DO SISTEMA Em termos de tomada de decisão para o uso do VTH, analisamos duas estruturas principais, com base na ação e na não ação das atitudes dos usuários. No ponto de partida, se pode optar por andar ou não na Draisiana, caso haja uma tomada de ação humana, o usuário segura o guidom com a mão, posiciona-se com as pernas em cada lado pode ou não sentar. Nesta quebra de ação, a criança, caso opte por ficar apoiada com as pernas em pé, segura o guidom, impulsiona a Draisiana, e por fim senta-se no banco. Caso opte por sentar antes de impulsionar-se, o processo seguinte se dá como sendo quase o mesmo, com a diferença de que o usuário está tocando o assento do produto. Ambas opções direcionam os usuários à resultados extremamente parecidos, como continuar com a impulsão para aumento de velocidade, movimentando-se e direcionando o guidom. O “freio” pode interromper estes processos a qualquer momento, basta que a criança coloque os pés no chão e crie atrito. 35 36 CONCLUSÃO Ainda em fase inicial, o projeto caminha para a proposição de um produto que leva em conta principalmente aspectos ergonômicos e sustentáveis. Pode-se perceber a necessidade de cuidados com problemas ambientais e físicos, o que direciona e estreita os limites de peças e estruturas pesadas. Em termos práticos, a Draisiana deve sempre facilitar e incentivar o uso adequado, sendo a utilização potencializada pela excelência do conforto e facilidade de manuseio, tanto para quem supervisiona, como para quem utilizará. Sua rotatividade também é outro aspecto a se cogitar, pois através de revenda ou doação, o produto aumenta sua duração, esquiva-se do descarte precoce, e promove cada vez mais crianças ao desenvolvimento psicomotor em habilidades de equilíbrio. Portanto, a próxima fase da pesquisa dará lugar a metodologia e prototipagem para aplicações práticas que resultarão em dados menos subjetivos e mais precisos, o que adiciona precisão em decisões projetuais e gerará alternativas condizentes com o levantamento informativo até o momento. 37 REFERÊNCIAS LEPRE,Priscilla Ramalho; SANTOS, Aguinaldo dos. Implicações da Sustentabilidade no Escopo de Atuação do Design. UFPR, 2009. VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 6. ed., São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1998. Lueder, R. and Rice, V. (Eds.) (2008) Ergonomics for Children; designing products and places for toddlers to teens. 982 ps. Taylor & Francis (London, NY). MANZINI, E.; VEZZOLI, C. O desenvolvimento de produtos sustentáveis . Trad. Astrid de Carvalho. São Paulo: Ed. USP, 2002. Recovery of Epoxy Thermoplastic and Carbon Fiber From Epoxy Composite Made With Recyclamine®. Disponível em: http://www.instructables.com/id/Recovery-of-Epoxy-Thermoplastic-and-C arbon-Fiber-F/step3/Epoxy-thermoplastic-recovery-from-recycling-soluti/. Acesso em: 06/03/2017. 38 Connora Composites. Disponível em: http://connoracomposites.com. Acesso em: 06/03/2017. Ecovative Design MycoBoard. Disponível em: http://www.ecovativedesign.com/myco-board. Acesso em: 06/03/2017. Enjoy Handplanes. Disponível em: http://www.enjoyhandplanes.com. Acesso em: 06/03/2017. PAPANEK, Victor. Design for the real world. s.l.: Thames and Hudson, 1985. Macetes de Mãe, Caso do Leo. Disponível em: http://www.macetesdemae.com/2015/06/bicicleta-sem-pedal-rodinhas-e- freio-sim-nos-temos.html. Acesso em: 06/03/2017. 39 40
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