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Direito Processual Penal 
Prof. Flávio Cardoso 
Matéria: Rito do Júri 
13/06/2011 
 
 
Procedimento do Júri: Aplica-se aos crimes doloso contra à vida, inclusive os tentados. 
Este procedimento é dividido em duas fases, razão pela qual é denominado de rito 
escalonado ou bifásico. 
1ª Fase = Instrução Preliminar 
Nesta fase o juiz realiza o juízo de admissibilidade da acusação. 
- Admite – segue para o Júri; 
- Não Admite – não segue para o Júri. 
 
O Rito do Júri inicia-se com o oferecimento de uma denúncia ou queixa – de um crime 
doloso contra à vida. 
Esta peça inaugural pode ser rejeitada. 
 
Recebida a denúncia ou queixa – ocorrerá a citação do acusado, para que apresente a 
sua manifestação, via uma resposta à acusação. 
Se o acusado arguir alguma matéria preliminar ou juntar documentos – abri a 
possibilidade da manifestação do Ministério Público ou querelante (no prazo de 5 
dias). 
Desta, manifestação prossegue direto à audiência. 
 
Audiência: 
- Declaração do ofendido (vítima); 
- Oitiva das testemunhas da acusação; 
- Oitiva das testemunhas da defesa; 
- Esclarecimento dos peritos; 
- Acareações; 
- Reconhecimento; 
- Interrogatório; 
- Debates (20 minutos para cada parte, prorrogados por + 10 minutos / “igual ao Rito 
Ordinário”); 
- Em seguida o juiz profere sua decisão. 
 
Esta decisão pode ser: 
1. Decisão de Pronúncia: Admite à acusação para o julgamento em Plenário (Conselho 
de Sentença). 
Para o juiz optar por este tipo de decisão, deverá ter analisado a existência dos indícios e 
autoria da materialidade. 
O juiz deve motivar a pronúncia, ou seja, exteriorizar em quais artigos se enquadram à 
acusação, logo o Ministério Público não poderá levantar artigos diversos em Plenário. 
 
Obs.: O juiz não irá apresentar a sua opinião nesta motivação, razão pela qual utilizará de 
uma liguagem cometida ao proferi-la, sem entrar no mérito. 
Será entregue uma cópia da pronúncia aos jurados. 
Contra a decisão da pronúncia cabe recurso – RESE. 
 
2. Decisão de Impronúncia: O juiz profere este tipo de decisão quando se convencer que 
não há indícios e autoria da materialidade. 
A decisão da impronúncia faz coisa julgada formal (e não material), razão pela qual 
pode ser reaberto o processo a qualquer termpo, desde que, esteja presente a existência 
dos indícios e à autoria da materialidade. 
 
3. Absolvição Sumária: Faz coisa julgada material, logo arquiva-se definitivamente o 
processo, sem a possibilidade de ser retomado. 
A absolvição súmaria será concedida quando: 
- Estiver provada a inexistência do fato; 
- Ficar provado – não ser o réu o autor do fato; 
- O fato evidentemente não constituir crime; 
- Existir causa de excludente da ilicitude; 
- Existir causa de excludente da culpabilidade, exceto a imputabilidade por doença, a não 
ser que seja a única tese defensiva. 
 
4. Desclassificação: Quando o juiz se convencer de que o crime apurado não é doloso 
contra à vida, mas de outra natureza. 
 
2ª Fase: 
Levando em consideração que o juiz proferiu a decisão de pronúncia – segue para a 2ª 
fase. 
 
Art. 422. “Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a 
intimação do órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do 
defensor, para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão 
depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar 
documentos e requerer diligência.” 
 
Após o juiz profere um despacho (saneador) para providenciar as diligência, e inclui a 
designação da data do plenário. 
Em seguida, realiza um breve relatório que será entregue aos jurados. 
 
Organização do Tribunal do Júri: 
Os jurados serão retirados de associações de classe, orgãos públicos, universidades etc. 
Estes jurados em potencial irão fazer parte de uma lista geral anual, dos nomes que irão 
integrar a sessão do ano seguinte. Sendo que, para cada sessão periódica serão sorteados 
25 jurados da lista geral. 
 
O Tribunal do Júri é composto por 25 jurados + Juiz Presidente. 
 
O serviço do júri é obrigatório, porém apartir de 2008 existe a possibilidade da escusa 
de consciência (dispensa de um dos jurados). 
 
Esta escusa deve ser motivada por convicção religiosa, filosófica ou política, devendo 
consequentemente efetuar tarefas nos orgãos do Poder Judiciário, p.ex: atender balcão no 
Forum, em troca de não compor o grupo de jurados. 
 
Plenário: 
- Inicia-se com o pregão (anúncio do julgamento pelo oficial de justiça). Sendo que, 
para seja aberta a sessão, deverão estar presentes 15 jurados. Obs.: Além da lista dos 
25 jurados, atualmente é possível a lista de 25 suplentes. 
 
- Advertência. O juiz adverte aos jurados o procedimento do júri, bem como 
esclarece que, uma vez sorteados os jurados estarão incomunicáveis a respeito da 
causa, sendo fiscalizados pelo oficial de justiça. Obs.: Esta fiscalização do oficial de 
justiça é concretizada com a sua fé pública, pois ao final da sessão irá proferi-la. 
 
- Sorteio do Conselho de Sentença (7 jurados): 
1º Defesa; 
2º Acusação. 
Obs.: As partes (defesa e acusação) – podem oferecer suas recusas (sem justificação). 
Sendo que, cada parte poderá recusar 3 jurados. 
*Obs.: Esta é a única vez no processo – em que a defesa irá fazer a sua vez, antes da 
acusação! 
 
- O juiz toma o compromisso dos jurados, através do juramento. 
 
Instrução em Plenário: 
- Declaração do ofendido (vítima); 
- Oitiva das testemunhas de acusação; 
- Oitiva das testemunhas de defesa; 
- Acareações; 
- Reconhecimento; 
- Esclarecimento dos peritos; 
- Eventual leitura de peças (leitura de peça relacionada a prova colhida por 
precatórios e leitura de provas cautelares não repetíveis e antecipadas); 
- Interrogatório (finaliza a instrução). 
 
Debates: 
- Acusação = fala por 1h30 - 1 réu, sendo que, se for 2 ou + réus - 2h30. 
- Defesa = fala por 1h30 - 1 réu, sendo que, se for 2 ou + réus - 2h30. 
- Réplica = à acusação pode proferir a sua réplica em face do debate da defesa no prazo 
de 1h – 1 réu ou 2hrs – 2 ou + réus. 
- Tréplica = a defesa pode proferir a sua tréplica em face da réplica da acusação no prazo 
de 1h – 1 réu ou 2hrs – 2 ou + réus. 
 
Obs.: As partes não podem fazer referência a decisão da pronúncia como 
argumento de autoridade ou fazer alegação quanto ao uso das algemas (contra ou à 
favor do réu), sobre pena de nulidade. 
 
 
 
Obs.: É vedado à acusação fazer referência ao silêncio do réu ou a falta de seu 
interrogatório. 
 
Encerrado os debates o juiz pergunta aos jurados se estão aptos para julgar a causa ou 
se necessitam de esclarecimentos. 
 
Aptos à julgar – segue para a leitura dos quesitos (perguntas elaboradas pelo juiz). 
 
Questionário: 
1º Quesito: Versa sobre a materialidade e o nexo. 
2º Quesito: Autoria. 
3º Quesito é obrigatório, sob pena de nulidade absoluta do julgamento: O jurado 
absolve o acusado? Obs.: Pode absolver por clemência. 
4º Quesito: Causas de diminuição de pena. 
5º Quesito: Qualificadoras. 
 
Obs.: O questionário não é restrito apenas a estes quesitos, pois dependendo do caso 
admite-se a inserção de outras perguntas. 
 
Sala Especial (Secreta): 
Os jurados recebem as cédulas escritas com – sim e não. 
Colocaram seus votos na urna. 
 
Obs.: Atualmente, os juizes tem adotado o seguinte procedimento: na leitura do 4 voto no 
mesmo sentido, suspende a leitura dos demais, tendo por finalidade garantir a 
preservação do sigilo. 
 
Após o juiz profere a sentença, que será lida no plenário. 
Esta sentença será lavrada em ata de julgamento.

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