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Processual Trabalhista 8

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Direito Processual Trabalhista 
Prof. Lilia Babo 
Matéria: Homologação da Rescisão Contratual/ Pagamentos das Verbas Rescisórias/ 
Multas/ Nulidades Processuais/ Honorários Advocaticios – Sucumbência/ Organização da 
Justiça do Trabalho/ Recursos – Características. 
20/06/2011 
 
Homologação da Rescisão Contratual: Contratos de trabalho com duração igual ou 
superior a 1 ano, quando rescindidos, há a necessidade de ser homologado pelo Sindicato 
da categoria. 
Todas as verbas determinadas na quitação, devem ser especificadas (discriminadas) 
obrigatoriamente, uma vez que é vedado no ordenamento trabalhista a concessão do 
salário complessimo (aquele que engloba numa única prestação pecuniária o pagamento 
de diferentes parcelas). 
O p.6º, do Art. 477, da CLT estabelece que quando o empregado for demitido ou pedir 
demissão, independentemente do motivo da recisão – o empregador deverá efetuar o 
pagamento das verbas recisórias: 
- Contratos Determinados: No 1º dia útil imediato ao término do contrato (incluindo 
aqui o aviso prévio trabalhado); 
- Contratos Indeterminados: No aviso prévio indenizado o prazo para o pagamento das 
verbas rescisórias é de 10 dias, contado da comunicação da rescisão. 
Art. 477§ 6º “O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou 
recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos: 
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou 
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do 
aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.” 
 
Multa do Art. 477, p.8º, da CLT: Quando o empregador não observar os prazos fixados 
por lei para a quitação dos direitos trabalhistas resultantes da rescisão contratual 
(qualquer que seja a forma de desligamento), responde por uma multa de um salário do 
reclamante (trabalhador demitido). Obs.: O valor da multa é correspondente ao valor de 
um salário do trabalhador e não de um salário mínimo. 
Art. 477 § 8º “A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à 
multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do 
empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de 
variação do BTN, salvo quando comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.” 
Caso a empresa pague no 11º dia, incidirá a respectiva multa e se este pagamento for 
efetuado 30º, 50º, 90º dia após, a multa será a mesma, 1 salário do empregado. 
 
Multa do Art. 467, da CLT: É devida quando há litígio na Justiça do Trabalho e o 
empregador está devendo verbas rescisórias ou parte delas (não tem como contesta-las, 
pois são devidas), estas serão denominadas de verbas incontroversas - deverão ser pagas 
pela reclamada no primeiro momento em que comparecer na Justiça do Trabalho. Caso 
não efetue o pagamento destas verbas incontroversas – pagará uma multa correspondente 
a 50%. 
Art. 467. “Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o 
montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à 
data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob 
pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal, aos Municípios e as suas autarquias e fundações públicas.” 
Quem não está obrigado a pagar as verbas incontroversas na 1ª Audiência (Art. 467, p. ú, 
da CLT)? 
União, Estados, Municípios, DF, Autarquias e Fundações Públicas, desde que, não 
explorem atividades econômicas. 
Das Nulidades Processuais (Art. 795,p.1º, da CLT): 
Quando será declarada a nulidade processual? 
Será declarada a nulidade no processo do trabalho quando o vício resultar manifesto 
prejuízo à parte. 
Se o vício não causou prejuízo à parte, é passível de saná-lo, não será declarada a 
nulidade. 
 
Quem pode arguir a nulidade processual? 
A nulidade será arguida somente pela parte que não deu causa ao vício. 
 
Quando? 
Deverá argui-la na primeira oportunidade em que tiver de se manifestar nos autos, sob 
pena de preclusão. 
O juiz pode declarar de ofício uma nulidade? 
Apenas se versar sobre incompetência de foro (relativo a matéria), conforme o Art. 114, 
da CF. Obs.: o Juiz deverá declarar ex offício a nulidade fundada em incompetência de 
foro (incompetência quanto a matéria). Nesse caso, serão considerados nulos os atos 
decisórios (Art. 795, p.1º, da CLT). 
Art. 795. “As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as 
quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos 
autos. 
§ 1º Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência 
de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.” 
 
 
 
 
Honorários Advocaticios: 
Sucumbência (requisitos cumulativos): Só será devida quando o empregado reclamante 
for beneficiário da Justiça Gratuita e representado pelo Sindicato da sua categoria. 
Obs.: A sucumbência não será superior a 15 % (diferentemente da Justiça Comum no 
Civel), conforme a Súmula 219/TST. 
TST Enunciado nº 219 - Justiça do Trabalho - Condenação em Honorários 
Advocatícios 
I – “Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, 
nunca superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e simplesmente da 
sucumbência, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e 
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se 
em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento 
ou da respectiva família. 
II - É incabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação 
rescisória no processo trabalhista, salvo se preenchidos os requisitos da Lei nº 
5.584/70.” 
 
A EC/45/2004 ampliou a competência da Justiça do Trabalho, pois antes da sua 
existência a Justiça do Trabalho era competente apenas para processar e julgar as relações 
de emprego, sendo que, atualmente passou a ser competente para julgar e processar as 
relações de trabalho. 
Posto isto, normalmente, a sucumbência será devida em casos de julgamento da relação 
de trabalho, conforme o posicionamento atual do TST, porém quando se tratar de uma 
relação de emprego – deverão ser cumpridos os 2 requisitos mencionados acima. 
Organização da Justiça do Trabalho 
São orgãos da Justiça do Trabalho: 
- o Tribunal Superior do Trabalho; 
- os Tribunais Regionais do Trabalho; 
- os Juizes do Trabalho (Varas). 
Varas do Trabalho: A jurisdição será exercida por um juiz singular. Obs.: Quando não 
existir – Varas em uma comarca: o empregado poderá ingressar na Justiça Comum 
(civel), sendo que, a sentença proferida será passível de Recurso Ordinário para o TRT (e 
não Apelação). 
Tribunais Regionais do Trabalho: Temos 24 TRTs – serão compostos de juízes 
nomeados pelo Presidente da República e são constituídos em número mínimo de 7 
(requisitos: brasileiros, com mais de 35 anos e menos de 65 anos), nomeados pelo 
Presidente da República. Dentro, destes 7 juizes, 1/5 deverá ser formado por advogados, 
membros do Ministério Público – com mais de 10 anos de carreira. 
Tribunal Superior do Trabalho: Compor-se-á de 27 ministros (requisitos: brasileiros, 
com mais de 35 anos e menos 65 anos), nomeados pelo Presidente da República após 
aprovação da maioria absoluta do Senado Federal. Dentro, destes 27 Ministros, 1/5 
deverá ser formado por advogados e membros do Ministério Público do Trabalho – com 
mais de 10 anos de carreira. 
 
Recursos - Características: 
Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: Obs.: A decisão/despacho 
interlocutório – é aquele que não põem fim ao processo. Na Justiça do Trabalho as 
decisões interlocutórias não são recorríveis de imediato,admitindo-se apenas a 
apreciação destas decisões em recurso de decisão definitiva. Para tanto, a parte que se 
sentir prejudicada com a prolação do despacho interlocutório, não poderá recorrer dele, 
mas poderá apresentar protesto contra a decisão e requerer a consignação em ata na 
primeira oportunidade que tiver de falar nos autos ou em audiência, sob pena de 
preclusão. Sendo que, da sentença definitiva irá interpor p.ex.: Recurso Ordinário, 
alegando preliminar de cerceamento de defesa, tendo por objetivo - que a sentença seja 
declara nula (nova audiência). 
Efeito Devolutivo: Os recursos trabalhistas têm efeito meramente devolutivo, salvo 
exceção ao Recurso Ordinário interposto contra sentença normativa. Dessa forma, o 
reclamante poderá extrair carta de sentença para executá-la provisoriamente (a execução 
provisória vai até a penhora – é idêntica a execução defitiniva, porém não ocorre à 
adjudicação e arrematação do bem). 
Prazos: Os prazos recursais na esfera trabalhista são unificados em 8 dias (recursos 
previstos na CLT), são eles: 
- Recurso Ordinário; 
- Recurso de Revista; 
- Agravo de Instrumento; 
- Agravo de Petição; 
- Embargos no TST. 
- CPC - Recurso Adesivo (súmula 283 do TST): É possível a sua interposição na Justiça 
do Trabalho no mesmo prazo para o recurso principal. 
 
TST Enunciado nº 283 - Recurso Adesivo - Processo Trabalhista - Cabimento 
“O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) 
dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista 
e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com 
a do recurso interposto pela parte contrária.” 
 
Outros recursos admissíveis na Justiça do Trabalho, porém com prazo diverso (de 8 dias), 
dispostos no CPC, são eles: 
- 5 dias: Embargo de Declaração: Apreciado e julgado pelo próprio juízo “a quo”. 
- 15 dias: Recurso Extraordinário: É possível na Justiça do Trabalho, cabível contra as 
decisões de única e última instância que violar a CF. 
 
Juízos de Admissibilidade 
Em regra, todo o recurso é submetido a dois juízos de admissibilidade : 
- Juízo a quo (aquele que proferiu a decisão objeto do recurso); 
- Juízo ad quem (quem irá julgar o recurso). 
 
Pressupostos Recursais 
Os pressupostos recursais são: Objetivos e Subjetivos. 
 
Objetivos: 
- Previsão Legal; 
- Adequação; 
- Tempestividade; 
- Preparo. 
 
Subjetivos: 
 -Legitimidade (parte vencida, pelo terceiro prejudicado e MP); 
- Capacidade; 
- Interesse.

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