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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL DO MUNICÍPIO X.
Processo número:...
	BRAD NORONHA, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, com endereço profissional completo, com procuração em anexo, inconformada com a sentença condenatória proferida, vem perante Vossa Excelência interpor:
RECURSO DE APELAÇÃO
O que faz tempestivamente fundamentado no art. 593, l do CPP.
Requer assim que o presente recurso seja recebido e processado e que sejam os autos encaminhados com as inclusas razões ao tribunal de justiça competente.
Nestes termos 
Pede deferimento
Município X, 25/03/2017
Advogado/OAB-UF
RAZÕES DE APELAÇÃO
Apelante: BRADE NORONHA 
Apelado: MINISTÉRIO PÚBLICO
Autos número:...
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA...
 COLENDA CÂMARA 
 DOUTO PROCURADOR... 
 
Em que pese o indiscutível saber jurídico, do juiz a quo, a decisão merece ser reformada pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I – DOS FATOS 
O apelante foi denunciado e processado pela prática de roubo qualificado em decorrência de arma de fogo.
Durante a fase de inquérito o apelante foi reconhecido pela vitima, contudo, o reconhecimento se deu com a vítima olhando pelo orifício de uma fechadura, onde estava no local para ser reconhecido, apenas, o apelado.
Ocorre que na fase de instrução criminal, nem vítima, nem testemunha afirmam ter o apelado ter feito disparo de arma de fogo.
Embora vítima e testemunhas afirmem ter visto o apelado de porte de uma arma, contudo, não ouve perícia na referida arma, pelo fato de os policiais não lograrem êxito em aprender a referida arma.
O apelante foi condenado há dez anos e seis meses por roubo com emprego de arma de fogo.
O cumprimento da pena foi iniciado no regime inicialmente fechado.
II – DO DIREITO
Da preliminar de nulidade:
Destaca-se inicialmente a desobediência do art. 226, II do CPP, que impõe condições para o procedimento de reconhecimento de pessoas, devendo ser reconhecida a nulidade processual por omissão de formalidade que constitui elemento essencial ao ato, devendo ser declarada nulidade, nos termos do art. 563, IV do CPP.
Assim procedendo incorreu em prova ilícita, contrariando, também, o contido no art. 157 do CPP, devendo ser desentranhada dos autos.
Do direito:
Frise também, que a coleta de prova irregular ilícita, foi feita em sede policial, não sendo judicializada, não servindo, portanto, como fundamentação que sustente a condenação do acusado.
Assim não há o que se sustentar esteja provada a autoria, não sendo reconhecida a nulidade, que seja declarada a absolvição por ausência de prova de autoria, nos termos do art. 386, V do CPP.
Alternativamente a ausência de comprovação da utilização de arma se por mera argumentação aceitar-se tenha o agente o autor do delito, a arma não foi apreendida e se ela existisse, deveria ser alcançada, uma vez que os policiais afirmaram que a mesma fora jogada no córrego.
Assim apenas para argumentar, tivesse sido o autor agente de algum delito, esse não poderia ser majorado, considerando crime de roubo, uma vez que não há nos autos violência ou grave ameaça contra pessoa.
Nesse diapasão, se alguma condenação deva ser sobre o apelante, ela se constituirá pelo crime de furto e não pelo crime de roubo.
IV – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer de Vossa Excelência:
A reforma da decisão para decretar a absolvição do apelante, com fulcro no artigo 386, V do CPP, uma vez que não está provado que o acusado tenha concorrido para prática da infração penal.
No caso de não ser declarada a absolvição, seja declarada nula a decisão condenatória, nos termo do art. 564, IV, do mesmo diploma legal.
Ainda não havendo convencimento com absolvição ou nulidade, seja o acusado, ora apelante, beneficiado pelo princípio “in dubio pro reo”, a fim de vê-lo no máximo condenado pelo crime de furto.
Nestes termos 
Pede deferimento
Município X, 25/03/ 2017
Advogado/OAB-UF

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