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Casos Concretos Direito Constitucional Avançado 1

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Casos Concretos 
Semanas 1 a 5 
Direito Constitucional Avançado 
 
Semana de aula 1 
Questão discursiva: 
(OAB – XX Exame de Ordem Unificado) Emenda à Constituição insere novo direito na 
Constituição da República. Trata-se de uma norma de eficácia limitada, que necessita 
da devida integração por via de lei. Produzido o diploma legal regulador (Lei Y), ainda 
assim, alguns dos destinatários não se encontram em condições de usufruir do direito a 
que fazem jus, por ausência de regulamentação da norma legal pelo órgão competente 
(o Ministério da Previdência Social), conforme exigido pela citada Lei Y. Passados dois 
anos após a edição da Lei Y, Mário, indignado com a demora e impossibilitado de 
usufruir do direito constitucionalmente garantido, é aconselhado a impetrar um Mandado 
de Injunção. Não sabendo exatamente os efeitos que tal medida poderia acarretar, 
Mário consulta um(a) advogado(a). A orientação recebida foi a de que, no seu caso 
específico, a adoção, pelo órgão judicante, de uma solução concretista individual iria 
satisfazer plenamente suas necessidades. Diante dessa situação, responda 
fundamentadamente aos itens a seguir. 
 
a) Assiste razão ao(à) advogado(a) de Mário quanto à utilidade do acolhimento do 
Mandado de Injunção com fundamento na posição concretista individual? 
b) A que órgão do Poder Judiciário competiria decidir a matéria? 
 
 
Questão objetiva: 
Assinale a opção correta no que diz respeito ao controle das omissões inconstitucionais. 
a) A ação direta de inconstitucionalidade por omissão que objetive a regulamentação de 
norma da CF somente pode ser ajuizada pelos sujeitos enumerados no artigo 103 da 
CF, sendo a competência para o seu julgamento privativa do STF. 
b) Na omissão inconstitucional total ou absoluta, o legislador deixa de proceder à 
completa integração constitucional, regulamentando deficientemente a norma da CF. 
c) A omissão inconstitucional pode ser sanada mediante dois instrumentos: o mandado 
de injunção, ação própria do controle de constitucionalidade concentrado; e a ação 
direta de inconstitucionalidade por omissão, instrumento do controle difuso de 
constitucionalidade. 
d) O mandado de injunção destina-se à proteção de qualquer direito previsto 
constitucionalmente, mas inviabilizado pela ausência de norma integradora. 
Semana de aula 2 
Questão discursiva 1: 
(OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao 
Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Executivo 
em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal 
projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder 
Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador 
José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o 
Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante 
do exposto, responda aos itens a seguir. 
a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. 
b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. 
 
 
Questão discursiva 2: 
A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao dispor 
sobre a administração pública estadual, estabelece que a investi dura em cargo ou 
emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com 
a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para 
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Em 2009 foi 
promulgada pela Assembleia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do 
Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre 
nomeação, assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de 
efetivo exercício. Considerando-se que a Constituição estadual arrola o Governador 
como um dos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em 
âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende 
obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: 
 
a) O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade 
de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça 
(nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo 
Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo 
por objeto esta mesma lei? Explique. 
 
b) Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade junto 
ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique. 
 
 
Questão objetiva: 
Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar: 
a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a legislação 
anterior revogada pela norma impugnada. 
b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito vinculante para 
os órgãos do Poder Judiciário. 
c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa. 
d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui 
caráter retroativo. 
e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações 
diretas de inconstitucionalidade. 
Semana de aula 3 
Questão discursiva 1: 
(OAB – XIX Exame Unificado) Durante a tramitação de determinado projeto de lei de 
iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram a constitucionalidade 
de diversos dispositivos nele inseridos. Apesar dessa controvérsia doutrinária, o projeto 
encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindo-se a sanção, a 
promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante o Poder 
Judiciário em sede de controle difuso de constitucionalidade, o Presidente da República 
resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma Ação Declaratória de 
Constitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda aos itens a seguir. 
 
a) É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nesse 
caso? 
 
b) Em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a propositura 
de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? Quais seriam os efeitos da 
decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar? 
 
Questão discursiva 2: 
O Governador de um Estado-membro da Federação vem externando sua indignação à 
mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº 1234/15. Este diploma normativo, que 
está em vigor e resultou de projeto de lei de iniciativa de determinado deputado estadual, 
criou uma Secretaria de Estado especializada no combate à desigualdade racial. Diante 
de tal quadro, o Governador resolveu ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, uma 
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impugnando a Lei 
Estadual nº 1234/15. Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos 
itens a seguir. a) A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de 
inconstitucionalidade? 
b) É cabível a medida judicial proposta pelo Governador? 
 
 
Questão objetiva: 
(TRT 20 região 2016 – Analista Judiciário – Administrativa) Considere: 
I. Governador do Estado de Sergipe. 
II. Confederação Sidical “XXX”. 
III. Procurador-Geral da República. 
IV. Mesa da Câmara dos Deputados. 
V. Prefeito da cidade de Lagarto. 
 
De acordo com a Constituição Federal de 1988, possuem legitimidade ativa para propor 
ação declaratória de constitucionalidade, dentre outros,os indicados APENAS em: 
a) I, II e III. 
b) I, II, III e IV. 
c) I, III, IV e V. 
d) III, IV e V. 
e) I, III e IV 
Semana de aula 4 
Questão discursiva: 
Paulo, delegado de polícia, preside o inquérito X, no qual é apurada a prática de crime 
de estupro, por João, que se encontra preso, contra a menor M, de 13 anos de idade. 
No curso do inquérito, a menor se retratou da acusação de estupro, mas Paulo não 
comunicou tal fato ao juiz de direito competente para proceder ao arquivamento do 
inquérito, razão pela qual foi aberta, a pedido do Ministério Público, ação penal para 
apurar eventual crime de prevaricação. Tendo o juiz de direito do juizado especial 
criminal da comarca Y do estado Z determinado a intimação de Paulo para audiência de 
transação penal, este impetrou habeas corpus com vistas a impedir seu 
comparecimento à audiência bem como a se livrar do referido inquérito, mas a turma 
recursal estadual denegou o pedido. Em face dessa situação hipotética, indique, com a 
devida fundamentação legal, a medida judicial mais adequada para que Paulo atinja o 
objetivo pretendido, bem como o órgão do poder judiciário competente para julgá-la. 
 
 
Questão objetiva: 
(FUNCAB - PC-PA 2016 – DELEGADO DE POLICIA CIVIL - Adaptado) 
Maria, gestante de feto anencéfalo, pretende a obtenção de autorização judicial para 
realização de aborto. O Juízo de primeiro grau julgou improcedente o pedido. Pretende, 
agora, manejar um remédio constitucional para evitar o cometimento de crime. Para 
tanto, deverá demandar por meio do seguinte instrumento: 
a) Recurso Ordinário 
b) Habeas Corpus 
c) Revisão Criminal 
d) Mandado de Segurança 
e) Mandado de injunção 
Semana de aula 5 
Questão discursiva: 
 
Determinada empresa, com a finalidade de obter restituição de indébito, após a recusa 
das informações requeridas da Receita Federal, impetra habeas data com a finalidade 
de obter informações sobre o recolhimento de tributos no período de janeiro de 1993 e 
dezembro de 1998 do Sistema de Conta Corrente de Pessoa Jurídica – SINCOR, 
pertencente àquela instituição. Indeferida de plano a petição sob o argumento de que 
não se pode requerer o remédio constitucional como ato preparatório para possível 
demanda judicial ou administrativa, mas, tão-somente, para o conhecimento e 
retificação das informações constantes no banco de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público, a empresa apresenta recurso de apelação. Como 
deve ser julgado o recurso? Fundamente. 
 
 
Questão objetiva: 
(FCC – TRT 20ª Região 2016 – ANALISTA JUDICIÁRIO – OJA) Bruna, desconfia que 
seu filho Murilo, 24 anos de idade, começou a praticar crimes de furtos, bem como 
crimes cibernéticos. Preocupada com a situação, inclusive porque Murilo recebe 
diversas cartas de cobranças de dívidas lícitas, Bruna resolve investigar a situação 
financeira do filho, mas nenhuma entidade Governamental, bem como nenhuma 
entidade de caráter público lhe fornecem qualquer informação. Conversando com sua 
amiga Soraia, estudante de direito, a mesma sugeriu que Bruna impetrasse um habeas 
data. Neste caso, Soraia fez a sugestão: 
 
a) Incorreta porque não cabe habeas data para o conhecimento de informação relativa 
a terceiro, mas somente relativa ao impetrante. 
b) correta porque segundo a carta magna conceder-se-á habeas data para assegurar o 
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, bem como de terceiros 
a ela relacionados constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público. 
c) incorreta porque o habeas data cabe apenas para a retificação de dados, quando não 
se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
d) correta porque o habeas data cabe exatamente para a retificação de quaisquer dados 
referentes a qualquer pessoa, em razão da observância do princípio da publicidade. 
e) Correta porque segundo a carta magna conceder-se-á habeas data exatamente para 
assegurar o conhecimento de informações relativas a terceiros constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.

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