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DIREITO DAS COISAS

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QUESTÃO 1
A)DIREITO DAS COISAS: É o conjunto de normas direcionadas às relações jurídicas que envolvem os Bens, materiais (móveis e imóveis) ou imateriais, passíveis de apropriação pelo homem, ou seja, que são suscetíveis de valor econômico.
DIREITO REAL: é o direito absoluto capaz de subordinar determinada coisa à pessoa a quem se acha diretamente vinculada, o seu dono.
Em síntese as questões relativas aos direitos reais devem atender aos interesses dos indivíduos e, sobretudo, da coletividade, na persecução prática da efetivação do direito de propriedade. Sendo encarado sob o prisma da dignidade da pessoa humana, da solidariedade social e, da isonomia ou igualdade lato sensu, formando assim a tríade essencial composta de dignidade- solidariedade – igualdade.
E ainda pelo prisma do rol taxativo descrito no artigo do 1225 do código civil sobre os direitos reais, ao meu ponto de vista o direito real me parece mais correta, pois , temos que o fundamento do Direito das Coisas é o Direito Real, sendo que este se caracteriza como uma relação entre o homem e a coisa, traduzindo apropriação de riquezas. Tal relação tem por objeto um bem material (corpóreo) ou imaterial (incorpóreo).
B) 
E M E N T A: CIVIL. DIREITOS REAIS. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. AUSÊNCIA DO ANIMUS DOMINI. CONTRATO DE LOCAÇÃO. POSSE DIRETA. INOCORRÊNCIA DE USUCAPIÃO. PROVA DE TITULARIDADE DO DOMÍNIO DO IMÓVEL. Embargos de Declaração. Despejo. Denúncia Vazia. Contrato de locação prorrogado por prazo indeterminado. Notificação judicial para desocupação do imóvel. Prescrição aquisitiva sustentada pelo locatário que não lhe socorre, pois a Autora se manteve na posse indireta do imóvel, afastando a possibilidade de usucapir. Exegese do artigo 1197 do Código Civil. Fulcrada a relação de direito material em contrato de locação escrito, não há como cogitar o usucapião, haja vista inexistir o ius possessionis. Inexistência de elementos a corroborar as alegações recursais consubstanciadas na transmudação da posse ad interdicta (posse da locatária) à posse ad usucapionem. Discussão de matéria já decidida. Impossibilidade. Inconformismo do Embargante que deve ser demonstrado em sede própria. Ausência de obscuridade ou contradições. Aclaratórios que se apresentam manifestamente improcedentes. Aplicação do caput do art. 557 do C.P.C. c.c. art. 31, inciso VIII do Regimento Interno deste E. Sodalício. Negado Seguimento. (TJ/RJ. Apelação Cível nº. 00000858- 29.2005.8.19.0066. 4ª Câmara Cível. Rel. Des. Reinaldo P. Alberto Filho. Julg: 17/12/2009) (grifo acrescido) Ação de Usucapião Extraordinário. Bem imóvel. Inconformismo da ré com a sentença que julgou improcedente o pedido. Usucapião não configurado. Comprovação da posse, porém não de forma mansa e pacífica, haja vista que os proprietários do imóvel se valeram de ação possessória. Escorreita a motivação que afastou a caracterização do animus domini. Existência de contrato de locação com os herdeiros do proprietário. "A posse decorrente de contrato de locação, por ser precária, não tem o condão de caracterizar a prescrição aquisitiva em razão da ausência de animus domini" (Apelação 68182/2007). Posse que era exercida pelos autores, na qualidade de prestadores de serviços, impedindo a caracterização do animus domini. Lastro probatório. Sentença que se mantém por seus próprios fundamentos. Juízo de valoração acertado. Inexistência 5 de error in judicando a invalidar o julgado. Precedentes. NEGADO SEGUIMENTO AO RECURSO, que se mostra manifestamente improcedente, sendo mantida, na íntegra, a douta sentença recorrida, nos termos do art. 557 do CPC. (TJ/RJ. Apelação Cível nº. 00000122- 30.1999.8.19.0006. 13ª Câmara Cível. Rel. Des. Sirley Abreu Biondi. Julg: 23/10/2009) (grifo acrescido)
Não há que se falar em transmudação da posse do ocupante do imóvel, que celebrou contrato verbal de locação e tinha ciência da existência do proprietário, podendo, na sua ausência, realizar o pagamento dos alugueres através de ação consignatória. 
Há que deixar claro que a ação reivindicatória é a ação petitória por excelência. É uma ação real que permite ao proprietário retomar a coisa do poder de terceiro, detentor ou possuidor indevido, como dispõe o art. 1228, do Código Civil. Reza o art. 1228 do CC que ao proprietário é assegurado o direito de usar, gozar e dispor de seu bem e reavê-lo do poder de quem injustamente o possua. Assim, ostentando título de domínio , o autor da ação veio pedir a tutela jurisdicional, com vistas a obter a posse do imóvel que adquiriu do Banco Bradesco S/A.
 A questão versa sobre domínio e não sobre a posse, sendo irrelevante o argumento de que a posse do recorrente tenha se transmudado, o que ensejaria o reconhecimento da usucapião. 
  
QUESTÃO 2
A Administração pode fazer doações de bens móveis e imóveis desafetados do uso público, e comumente o faz para incentivar construções e atividades particulares de interesse coletivo. “Essas doações podem ser com ou sem encargos e em qualquer caso dependem de lei autorizadora.
A doação de bens públicos imóveis é regulada pelo Art. 17 da Lei 8666/1993, que a permite se cumpridas algumas formalidades: interesse público devidamente justificado, avaliação do imóvel, autorização legislativa, licitação na modalidade concorrência e doação modal (com encargos ou obrigações) e condicional resolutiva (com cláusula de reversão).  Portanto a Associação obteve a posse pela tradição real. Simbólica e ficta, pois houve a entrega dos documentos, das chaves e do imóvel.
b) O “Retiro Samuel Thames”, possuía a posse clandestina, tendo em vista que é regra pacificamente adotada a de que não pode haver doação de imóveis públicos sem a previsão de encargos de interesse público a serem cumpridos pelo donatário com prazo determinado em lei, sob pena de reversão ou retrocessão do bem ao poder público.  
Como a posse foi injusta e o possuidor de má-fé, as benfeitorias ali realizada pelo Retiro Samuel Thames de acordo com o artigo 1220 do código civil, nunca cabe direito de retenção, não pode retirar as voluptuárias e só tem direito de indenização pelas benfeitorias necessárias o possuidor de má-fé. Não pode nem retirar as voluptuárias até para compensar o tempo em que de má-fé ocupou a coisa e impediu sua exploração econômica pelo proprietário.
Referenciais bibliográficas:
https://www.direito.ufmg.br/revista/index.php/revista/article/download/910/853
http://www1.tjrj.jus.br/
http://www.controladoria.mt.gov.br/
Vade Mecum Saraiva/2017
TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único/7ª ed.- Rio de janeiro: Forense; São Paulo: Método, 20017.

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