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UNIVERSDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENTRO DE CIÊCIAS AGROVETERIÁRIAS – CAV
DISCIPLINA – OLERICULTURA 
MELANCIA (Citrullus lanatus)
Origem: Regiões quentes da África
Foi introduzida ao Brasil por escravos, para cultivo no meio do milho. 
As primeiras cultivares melhoradas vieram no final do século XIX, dos EUA, para cidade de Americana - SP.
Atualmente é a terceira hortaliça mais produzida e consumida no Brasil.
Apresenta grande efeito diurético e altos teores delicopeno.
As folhas são muito recortadas.
As ramas crescem até 3 m de comprimento. Possui gavinhas para fixação das ramas. A cada dois nós, um apresenta formação de raízes. Estas raízes não apresentam função de absorção, somente de fixação das ramas.
É uma planta monóica.
As flores (femininas e masculinas) se localizam nas ramas principais, na axila das folhas. As flores masculinas são mais numerosas, portanto não necessitam de cultivares polinizadoras. Exceção as cultivares “sem sementes”, ou atualmente denominadas de “melancia com pouca semente”. 
Em todas as outras cultivares a polinização é feita pela cultivar produtora.
O fruto é globular ou alongado, com mínimo de parte branca.
Apresenta em média 98 % de água e 1,7 % de açúcares.
A textura e o sabor do fruto dificultam muito a mistura com outros alimentos, principalmente com alimentos salgados. Por este motivo a melancia é consumida quase que exclusivamente na forma in natura.
Clima:
Entre todas as cucurbitáceas, é a mais exigente em altas temperaturas. É muito sensível a baixas temperaturas principalmente nas fases de germinação e emergência.
Noites quentes e secos produzem os melhores frutos.
As maiores regiões produtoras do Brasil (Barreiras na Bahia e Uruama em Goiás) apresentam clima quente e seco (cerca de 150 dias sem chuvas) durante os meses de abril a setembro. 
Nestas regiões, além da alta produtividade, o clima propicia alta qualidade dos frutos (frutos bem maduros com alto teor de açúcar) em função do manejo da irrigação.
Com a proximidade da data prevista para a colheita dos frutos, a irrigação é sistematicamente reduzida, eliminando-a totalmente alguns dias antes da colheita.
Este manejo favorece a máxima conversão para açúcares, produzindo frutos doces sem excesso de água.
Por este motivo, os frutos comercializados no Brasil, durante o inverno até o início da primavera, apresentam alta qualidade.
Os frutos comercializados no verão geralmente são produzidos no Sul do Brasil. Com freqüência apresentam-se com pouco sabor e “aguados”. Isto se deve ao fato de que, na fase final da maturação deste fruto, o clima predominante foi nublado e/ou chuvoso. 
Cultivares:
Os híbridos mais recentes comercializados no Brasil apresentam: maior vigor, maior resistência a um número maior de doenças, são mais precoces, maior número de flores femininas, maior número de frutos por área e frutos de alta qualidade.
Classificação pelo formato do fruto:
a) Globular alongado:
Crimson Sweet: Casca rajada, com listras largas. Frutos com formado globular pouco alongado, de 10 a 15 kg. Características de fruto preferenciais para o consumidor e para os comerciantes no mercado nacional.
b) Alongado:
Charleston Gray: Casca verde clara com finas estrias mais escuras. Frutos alongados com peso médio de 12 a kg. Menos resistente ao transporte.
c) Redondo:
Omaro Yamato: Casca verde clara com finas estrias mais escuras. Frutos de 4 a 6 kg. Polpa mais macia, com textura diferenciada. Muito sensível a fusariose.
Cultivares “sem semente”:
São globulares (redondas) com casca verde escura ou rajada. Frutos com 5 a 8 kg. Exigem polinizador. Alto custo no mercado ainda inviabiliza produção em grande escala.
Propagação:
Pode-se utilizar mudas ou semeadura direta.
Mudas necessitam de manejo específico, com transplante aos 12-15 dias. 
Não possível a utilização de mudas de raiz nua.
Espaçamentos variam de 2,5 a 3,0 m entre filas por 1,5 a 2,0 m entre plantas.
Na semeadura direta no campo é realizado o desbaste de plantas novas (com 2 a 3 folhas), deixamdo 1 ou 2 plantas por cova.
Não deve ser realizada qualquer poda das ramas.
Solo:
Situa-se entre as hortaliças mais tolerantes a acidez do solo, produzindo bem em solos com ph a partir de 5,0. 
É a mais exigente das cucurbitáceas em relação a nutrientes.
Para solos de baixa a média fertilidade Filgueira sugere uma adubação (kg/ha) em torno de: 
N: 30
P2O5: 200 a 300
K2O: 60 a 80
Cobertura:
N: 50 a 100 parcelado em 3 vezes (no desbaste das mudas, na floração e no desenvolvimento dos frutos)
K2O: 50 a 80 parcelado em 2 vezes (na floração e no desenvolvimento dos frutos)
No sistema de preparo convencional do solo não se rec omenda destorroar muito o solo, para permitir melhor fixação das gavinhas.
O plantio direto tem sido uma das principais metas na produção desta hortaliça, principalmente em lavouras extensivas.
As características positivas na conservação do solo e da água tem sido os principais motivos para utilização do plantio direto. 
Poda de Frutinhos:
Deixam-se 3 a 4 por planta, bem formados. Qualquer furto com defeito deve ser retirado na fase inicial de crescimento. A poda é realizada para a obtenção de frutos grandes, acima de 10 kg, pois estes são preferenciais para o consumo interno.
Orientação das ramas:
Quando se utiliza o sistema de irrigação por sulcos, considerado de baixo custo nesta cultura (em média apenas um sulco a cada 3 metros), as ramas devem ser orientadas em paralelo para não crescerem por cima dos sulcos. Esta técnica, denominada de ”penteação” diminui a ocorrência de doenças fúngicas em folhas e frutos.
Colheita:
Em climas favoráveis a colheita pode ser iniciada aos 70 dias a partir da semeadura, atingindo até 90 dias.
A produtividade varia de 35 a 55 t/ha.
O transporte pode ser feito a granel desde que os frutos não sofram danos mecânicos durante o manuseio.
Os frutos podem ser estocados por duas a três semanas sem redução na qualidade.

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