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PIMENTÃO (Capsicum annuum var. annuum)
PIMENTAS (C. baccatum var. pendulum, C. chinense, C. frutescens e C. pubescens)
Origem: 	América do Sul
	Região mais quente e úmida do que a região de origem do tomate e da batata. A América do Sul, inclusive o Brasil, é um importante centro de diversidade das plantas do gênero Capsicum, englobando pimentões e pimentas, com mais de 20 espécies identificadas. A origem deste gênero vai desde os Andes até o México.
Representou um importante alimento para a maioria das populações indígenas das Américas. Os registros mais antigos revelam consumo de pimentas a cerca de 9 mil anos, no México.
É uma planta arbustiva (0,50 a > 2,00 m de altura), anual ou semi-perene, hermafrodita, raízes até 1,00 m de profundidade, sabor doce (pimentões), com alta variabilidade de forma, tamanho, pungência e cor dos frutos (verde, creme, amarelo, laranja, vermelho até roxo-escuro). 
Historicamente as pimentas foram selecionadas para temperar carnes e cereais. Utilizadas também para preservar alimentos contra fungos e bactérias. Nativos americanos atribuem uma vida mais saudável, maior longevidade e manutenção da capacidade reprodutiva, ao consumo de pimentas.
Pimenta estimula o apetite e auxilia na digestão (aumento da secreção gástrica e salivação), dando sensação de bem estar após a ingestão.
Efeitos positivos para artrite, dor de dente, má digestão, dor de cabeça e gastrite.
Reduz o nível de fibrina no sangue (redução de tromboenbolismo)
Consumo em excesso provoca suor no pescoço e testa.
Baixo teor calórico: de 15 a 40 kcal/100g
Componentes funcionais presentes:
	Cetocarotenóides (cor), capsaicina (pungência) e pirazina (cheiro)
Hortaliça com mais alto teor de vitamina C (180 mg/100g em pimentão verde e até 334 mg/100g em pimentão amarelo). Também possui elevado teor de vitamina E (3 a 10 mg/100g). Pimentas e pimentões vermelhos apresentam altos teores de provitamina A
Mercado:
- O pimentão está entre as 10 hortaliças mais consumidas no mundo. Encontra-se na 10ª posição econômica entre as hortaliças no Brasil.
- Consumo menor no sul do Brasil em relação ao resto do país.
- Melhores preços entre agosto, setembro e novembro e dezembro.
- Maior parte dos consumidores brasileiros prefere fruto cônico, graúdo e de coloração verde-escura. Cultivares do tipo quadrado são mais aceitas no Norte, Nordeste e no Rio Grande do Sul. Este tipo de fruto também é bem aceito na Europa e nos EUA.
- As pimentas dominam o mercado mundial de especiarias picantes
- Pimentas doces são usadas para produzir corantes (oleorresinas e colorau).
- A industrialização deste fruto é crescente, para produzir pó ou páprica, utilizada como corante natural para alimentos como embutidos de carne, sopas, molhos e rações para aves.
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Cultivares:
- Grupo Casca Dura: Frutos cônicos e pouco alongados, verde escuro, textura firme, polpa espessa, 90 a 100g. Lançamentos de novas cultivares é constante, devido vírus Y da batata. Até a década de 1960-70 tinham o nome dos produtores que mantinham e melhoravam materiais próprios como Ikeda, ou nome do local onde eram produzidos (Avelar e São Carlos). A partir de 1978 a empresa Sakata-Agroflora lançou a cv. Magda, em 1989 o híbrido Magali, em 1995 o híbrido MagaliR, resistente a viroses e em 1998 o híbrido Martha, resistente a viroses e murcha-de-fitóftora. A empresa Horticeres lançou os híbridos Nacional, Atenas, Apolo e Hércules, todos resistentes a mancha-de-fitóftora.
- Coloridos: Lunar, Admiral (verde-amarelo), Ivory (marfim), Lilac (arroxeado), Mandarim (verde-laranja intenso), Matador (verde-amarelo), Valência (verde-laranja)
- Grupo Agronômico 10G → frutos maiores e resistentes ao Potyvirus, doença que inviabilizou a produção desta hortaliça no estado de São Paulo na década de 1960.
- Grupo quadrado: Menos produtivos, mais suscetíveis a viroses.
- Pimentas: Malagueta, Cambuci, Firenza (tipo Jalapeño).
O programa de melhoramento vegetal do CNPH da EMBRAPA tem concentrado esforços em obter, desde 1982, materiais com resistência múltipla a murcha-de-fitóftora (Pyithophthora capsici), mancha bacteriana (Xanthomonas campestris var. vesicatoria) murcha bacteriana (Rastonia solanacearum), mosaico (PVY) e vira-cabeça (TSWV)
Clima:
- Necessita termoperiodismo (min 6 a 8°C), porém mais elevadas que para o tomate.
- Germinação→ ideal 30°C
- Produção mudas→ 26 a 30°C 
- Crescimento→ 25°C
- Frutificação→ 21°C
- Prod. e maturação→ 19°C
 As pimenteiras exigem temperaturas mais elevadas que os pimentões, tanto para desenvolvimento como para a produção.
Fator de produção principal→ pegamento de flores
Tamanho do pedicelo.
Maior pegamento ocorre com temperatura média 18-22°C.
Aumento de 2 a 6°C no Solo ↑ produção pelo ↑ do n° de flores.
Estufas → a partir de 10°C (min. a noite)
Floresce melhor em dias curtos: planta de dia curto facultativa.
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Solo:
- Mais rústico que o tomate
- pH 5,5 a 6,8
- Alta exigência em Ca e Mg
- Cobertura com N → conforme comprimento dos lançamentos
- Rolas: 3x (30, 60 e 90 dias) 2 a 3g/plt.
Densidade:
0,90 a 1,20 x 0,4 a 0,6m. Muito variável em função das grandes diferenças no porte das plantas.
Tutoramento
Bem mais simples do que para o tomateiro, pois o caule é mais firme. Plantas com até 1,0 a 1,2 m de altura são tutoradas com uma ou duas linhas de fios de polietileno (a 0,50 e 0,90 m do solo). Quanto mais vigorosa for a cultivar e mais longo o ciclo, este número de fios aumenta, podendo chegar a 6 a 7 linhas de tutoramento para plantas com mais de 2,00 m de altura.
- Poda: desbrota de ramos baixos para evitar quebra destes ramos
- Não fazer amontoas. O caule tem não emite raízes novas quando coberto com solo e nestas condições aumenta a incidência de mancha-de-fitóftora. 
As pimenteiras podem ser cultivadas em sulcos, pois o espaçamento exigido é maior do que nos pimentões. Formam plantas maiores pois o ciclo é mais longo do que os pimentões.
Colheita a partir de 90 dias com até 50 t/ha.
A colheita pode ser bastante prolongada em climas favoráveis aumentando o ciclo da cultura e a produtividade. Esta característica é comum em abrigos, permitindo ciclos de até 12 meses de cultivo. Em pimenteiras o ciclo pode passar de um ano, até mesmo campo. 
Doenças:
Principal é murcha de fitóftora (Pyithophthora capsici)
Anexo
Os Milagres da Vitamina C
(Prof. Luiz Carbone – CAV UDESC – Lages/SC)
A vitamina C, também denominada de ácido ascórbico, é a vitamina que mais tem sido estudada e debatida no mundo médico. Linus Pauling, duas vezes laureado com o Prêmio Nobel, conseguiu fundamentar solidamente suas teses na bem-sucedida terapia ortomolecular. Hoje, a ingestão do precioso pó tem sido interpretada como o elemento milagroso, o santo remédio. O ácido ascórbico é o elemento vitalizante do sistema imunológico, é bloqueador do resfriado, gripe e outras doenças infecciosas e é indispensável na cicatrização de ferimentos, também é essencial na atividade muscular, fortalecendo o coração e combatendo as doenças cardiovasculares. Também pode estacionar, e mesmo fazer desaparecer, o câncer e é eficaz no combate às alergias, artrite e reumatismo. É o melhor amigo do cérebro, olhos, ouvidos e da boca, e, o melhor de tudo, retarda o envelhecimento, pois são os radicais livres que, no organismo, atacam as moléculas modificando-as e entrelaçando entre as células por todo o corpo. O poder da redução de oxidação da vitamina C ajuda no retardamento do envelhecimento dando, ao mesmo tempo, proteção contra o câncer destruindo assim em grande parte os radicais livres oxidantes.
 A vitamina C é responsável pela síntese de colágeno no organismo. Uma pessoa que esteja morrendo de escorbuto pára de produzir o colágeno e seu corpo desfalece, as articulações param de funcionar, pois torna-se impossível manter a cartilagem e os tendões fortes, os vasos sanguíneosse rompem, as gengivas inflamam, os dentes caem e o sistema imunológico se deteriora levando a pessoa à morte. O colágeno é um dos milhares de tipos diferentes de proteína no corpo humano. Existe em abundância na pele, nos ossos, nos dentes, nos vasos sanguíneos, nos olhos, no coração e em todas as partes do corpo. O colágeno, na forma de fibras brancas fortes (mais fortes que um fio de aço do mesmo peso), e como redes elásticas amarelas (elastina), normalmente junto e associado aos macropolissacarídeos, constitui o tecido conectivo, que une as partes do nosso corpo entre si. A vitamina C é essencial à produção de colágeno, atuando como agente de reação de hidroxilação na formação dessa importante fibra.
Recentemente descobriu-se que as necessidades dietéticas dos humanos são bem maiores do que as conhecidas nos últimos 60 anos, assim sendo, doses mais elevadas do que as tradicionais começaram a revelar que o “santo remédio” faz milagres. O ideal seria tomar de 1,75g a 3,5g diárias. Muitas literaturas pesquisadas sugerem vários números que variam desde 100 mg até 130 g diárias. O ácido ascórbico não é uma substância perigosa, na literatura médica é descrito como não-tóxico, e numa dosagem de 350mg diárias cura cinomose em cães. Durante um período de 25 anos, nos USA, 12.000 pacientes tomaram de 10g a 20g de vitamina C diariamente e nunca tiveram a presença de cálculos renais nem sofreram efeitos colaterais (Klenner, 1991 - Stone, 1995). Pacientes com glaucoma foram tratados com 35g de vitamina C durante sete meses e o único efeito colateral relatado foi diarréia durante os três primeiros dias. Pacientes com esquizofrenia receberam 100g por dia por um longo período até a ausência do sintoma, e sem nenhum sinal de intoxicação (Herjanic, 1997).
A partir do alimento que comemos, pode ser possível ingerir a quantidade de vitamina C mínima recomendada, no entanto, com o cozimento em altas temperaturas, principalmente na presença de metais, o ácido ascórbico é destruído. Num cozimento brando e breve podemos preservar cerca de 50% do ácido ascórbico encontrado no substrato. No entanto o melhor é a dieta com verduras e legumes crus, bem como sucos de cítricas e de tomate. 
O ácido ascórbico, terapeuticamente falando, é um grande antioxidante, bem como antiinfeccioso e é necessário para a formação do colágeno e indispensável na reparação de tecidos corporais, intervindo no metabolismo da tirosina, ácido fólico, ferro, e da fenilalanina, é também responsável pela conservação da integridade dos vasos sanguíneos. As necessidades de vitamina C aumentam em pacientes submetidos à hemodiálise crônica, doenças gastrintestinais, câncer, úlcera péptica, infecções e lactentes que recebem fórmulas não enriquecidas, dietas não usuais, gravidez e lactação.
Embora não haja evidência de efeitos prejudiciais, a administração prolongada de doses muito grandes superior a 3,0g/dia podem no início causar dor na região renal, diarréia, cefaléia, náuseas, vômitos e gastralgias. Nesses casos deve-se diminuir a dosagem e o horário da administração.
 Grandes doses de vitamina C são eliminadas principalmente na urina. Em todo o mundo existem, aproximadamente, mais de 500.000 trabalhos científicos sobre a vitamina C, os mais recentes falam sobre a sua atividade em aidéticos, reforçando a atividade imunológica dos linfócitos T-helper contra o vírus HIV. Grandiosos também são os trabalhos efetuados em pacientes com artrite e reumatismo, mostrando que a vitamina C, associada à vitamina B6, consegue em pouco tempo restaurar a mobilidade dos cotovelos, ombros, joelhos e outras juntas. O ácido ascórbico puro cristalino pode ser obtido em farmácias especializadas, a um custo acessível. 
Prof. Dr. Médico Veterinário Luiz Carbone
CAV - U D E S C – Lages (SC)

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