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~~[UffiJJillffi~ mrn m~ma ffiOO[illffiffiOO rn nmmrn~mBill ATENDIMENTO DA EXPECTATIVA DIMENSIONAL Íta{o C]Qcaráo Projetista Capa CARLOS ROBERTO LEMOS HOMEM DE MELLO Revisão SÉRGIO ANDRADE DE MATOS DIAS Ilustrações LAMD ESTÚDIO GRÁFICO Projeto Editorial ZIGURATE EDITORA Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ- Brasil) R233e 05-1978 Rebello, Yopanan Conrado Pereira, 1949- Estruturas de aço, concreto e madeira: atendimento da expectativa dimensional I Yopanan Conrado Pereira Rebello. - São Paulo: Zigurate Editora, 2005. Bibliografia. ISBN 85-85570-09-1 1. Aço - Estrutura. 2. Concreto- Estrutura. 3. Concreto armado. 4. Madeira. 5. Construção de madeira. 6. Engenharia das estruturas. I. Título. 5' Edição · setembro/20 11 CDD 624.1 CDU 624.01 ©COPYRIGHT de Yopanan Conrado Pereira Rebello ©COPYRIGHT desta edição Zigurate Editora e Comercial Ltda. Todos os direitos de reprodução reservados. ATENDIMENTO DA EXPECTATIVA DIMENSIONAL YOPANAN CONRADO PEREIRA REBELLO Zigurate Editora Às duas obras mais perfeitas que já vi: meus netinhos Matheus e Daniela Prefácio Meu brilhante colega, caro amigo e querido primo Yopanan: A ciência procura explicar o que existe e a tecnologia inventa o que não existe. Esta é a função do engenheiro e do arquiteto: criar o que não existe, com base nas teorias propostas e provadas pela ciência. Todos nós recebemos de nossos professores modelos físicos, ferramentas matemáticas, métodos de trabalho. Todos esses elementos constituem um sistema que, para cada conjunto de necessidades e de dados, produz um objeto: uma obra. A habilidade de entender e usar esse sistema, de eventualmente ser capaz de mudá-lo ou de aperfeiçoá-lo, não é a função maior do verdadeiro engenheiro ou arquiteto. Somos essencialmente tomadores de decisões. O que é pedido de nós é a solução ótima, a partir de pontos de vista que estão longe de ser meramente técnicos. Por outro lado, as decisões devem, quase sempre, ser tomadas sob a pressão do tempo. Ultimamente, temos sido tentados a achar que o engenheiro e o arquiteto, como muitos outros profissionais, serão substituídos pela máquina em curto prazo. Isso pode vir a acontecer, sim, se nos considerarmos apenas os executores das tarefas de transformação de dados em uma obra, segundo um determinado modelo. Mas, quando não há o modelo, ou quando o modelo não leva ao objeto desejado, só o ser humano pode, atuando em tempo real, intuir e criar. Nossa profissão é criar, é produzir, é fazer a chamada economia do mundo real. E no mundo de hoje as recompensas dessas atividades são cada vez menores se comparadas às daqueles que fazem dinheiro do dinheiro, sem produzir. Muito cedo somos tentados a mudar de campo. Por favor, não façamos isso! O mundo ainda está por ser construído. E nada, talvez apenas a relação de paternidade ou de maternidade, se compara ao intenso prazer de fazer mudar a face do mundo, de ver uma obra nossa nascer do nada e ficar pronta porque estávamos lá. Aos que se surpreendem com a mistura que faço da tecnologia com a poesia direi que nem tudo é exato nesta nossa profissão de números e diagramas. É uma ilusão o rigor matemático que procuramos impor a tudo que fazemos. Basta entender que o objetivo de nossas teorias é descobrir uma simplicidade que não existe na natureza. É dessa realidade que nos achegamos indecisos e tateantes por meio de aproximações e de hipóteses. Assim, construímos uma natureza ideal sobre a natureza real. Escondemos a nossa incompetência atrás de processos com nomes pretensiosos, mas na verdade artísticos, porque consistem em exagerar as características dominantes dos fatos para permitir uma síntese que mostra menos como esses fatos são e sim como gostaríamos que fossem. Assim, para as vigas de nossas construções, desenhamos diagramas de momentos fletores que nos permitem controlar o concreto, o aço ou a madeira. Mas ninguém vê esses gráficos, porque são ideais. E assim por diante, indefinidamente, em tudo que fazemos e pensamos. O lápis, o esquadro, o papel, o desenho, o projeto, o número: pensamos o mundo justo, o mundo que nenhum véu encobre. Tracemos a reta e a curva, a quebrada e a sinuosa. Tudo é preciso, de tudo v1veremos. Cuidemos com exatidão da perpendicular e das paralelas perfeitas, com apurado rigor. Projetemos nossas estruturas. Número, ritmo, distância, dimensão. Temos os olhos, os pulsos, as memórias. Construiremos as obras não permanentes que sucessivamente habitarão a Terra. Todos os dias estaremos refazendo nossos desenhos. Não nos cansemos logo. Temos trabalho para toda a vida. São Paulo, junho de 2005. Reyolando M.L.R.F. Brasil Engenheiro Civil Professor Doutor, Livre-Docente Escola Politécnica e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo Sumário INTRODUÇÃO 13 CAPÍTULO 1 Noções básicas 17 1. Força 19 1.1. Forças que atuam nas estruturas 19 1.2. Cargas que atuam nas lajes 20 1.2.1. Peso próprio das lajes maciças 20 1.2.2. Peso proveniente do revestimento 21 1.2.3. Peso proveniente das cargas acidentais 21 1.3. Cargas que atuam nas vigas 22 1.3.1. Cargas provenientes do peso próprio da viga 23 1.3.2. Cargas nas vigas provenientes das lajes 23 1.3.2.1. Cargas nas vigas provenientes das lajes armadas em uma só direção 24 1.3.2.2. Cargas nas vigas provenientes das lajes armadas emcruz25 1.3.3. Cargas nas vigas provenientes das alvenarias 28 CAPÍTULO 2 Cálculo dos esforços em vigas isostáticas 39 2. Conceitos gerais 41 2.1. Conceito de momento 41 2.2. Estrututura isostática- Conceitos básicos 43 2.2.1. Esforços nas vigas isostáticas 45 2.3 . Equilíbrio externo das vigas- Cálculo das reações de apoio 49 2.3 .1. Vigas biapoiadas sem balanços 49 2.3.2. Vigas em balanço 64 2.4. Equilíbrio interno das vigas - Cálculo do momento fletor e da força cortante 72 2.4.1. Força cortante e momento fletor em vigas biapoiadas sem balanços 73 2.4.1.1. Cargas concentradas 73 2.4.1.2. Cargas distribuídas 90 2.4.2. Cálculo do momento fletor e da força cortante em vigas em balanço 1 O 1 2.4.2.1. Cargas concentradas 102 2.4.2.2. Cargas distribuídas 106 2.4.3. Cálculo da força cortante e do momento fletor em vigas biapoiadas com balanços 112 CAPÍTULO 3 Cálculo dos esforços em vigas contínuas 143 CAPÍTULO 4 Cálculo dos esforços nas treliças planas 177 4.1. Determinação das cargas nos nós das treliças 179 4.2. Projeção de forças 181 4.3. Processo analítico para determinação das forças nas barras das treliças 183 4.4. Polígono de forças 193 4.5. Processo gráfico para determinação dos esforços nas barras das treliças- Processo de Cremona 197 CAPÍTULO 5 Cálculo do momento fletor máximo em lajes 221 5.1 . Cálculo dos esforços em lajes armadas em urna só direção 224 5.2. Cálculo dos esforços em lajes armadas em cruz -Tabelas de Marcus 225 5.3. Exercício de determinação de momentos fletores em l::úes 234 CAPÍTULO 6 Dimensionamento das seções estruturais 239 6.1. Dimensionamento de barras tracionadas de aço 241 6.2. Dimensionamento de barras tracionadas de concreto armado 243 6.3. Dimensionamento de barras tracionadas de madeira 245 6.4. Dimensionamento de barras submetidas a compressão simples 247 6.4.1. Cálculo do momento de inércia da seção 247 6.4.2. Cálculo do momento de inércia em relação a um eixo qualquer que não passe pelo centro de gravidade da seção 249 6.4.3. Cálculo do momento de inércia de uma seção qualquer composta de retângulos 250 6.4.4. Raio de giração de uma seção 255 6.4.5. Esbeltez da bana 256 6.5. Dimensionamento de barras comprimidas de aço 256 6.6. Dimensionamento de barras comprimidas de concreto armado 264 6.7. Dimensionamento de barras comprimidas de madeira 274 6.8. Dimensionamento de barras de aço submetidas a momento fletor 278 6.9. Dimensionamento de barras de concreto armado submetidas a momento fletor 283 6.10. Dimensionamento de barras de madeira submetidas a momento fletor 294 6.11. Dimensionamento de barras submetidas a força cortante 296 6.11.1. Cálculo da tensão de cisalhamento 296 6.11.2. Dimensionamento de barras de aço submetidas a força cortante 304 6.11.3. Dimensionamento de barras de concreto armado submetidas a força cortante 305 6.11.4. Dimensionamento de barras de madeira submetidas a força cortante 311 CAPÍTULO 7 Detalhamento de armações em vigas e lajes de concreto armado 325 7.1. Annação de flexão nas vigas 327 7.2. Annação para cisalhamento nas vigas- Os estribos 329 7.3. Annação de flexão nas lajes 430 7 .4. Annação para cisalhamento nas lajes 331 CAPÍTULO 8 Execução e interpretação de plantas de fôrma 333 CAPÍTULO 9 Execução e interpretação de plantas de armação 339 9.1. Lajes 343 9.1.1. Armações positivas e negativas 343 CAPÍTULO 10 Demonstrações de algumas relações matemáticas omitidas no texto 345 10.1. Introdução 347 10.2. Conceitos sobre derivada 348 10.3. Máximos e mínimos de urna função 353 10.4. Conceitos sobre integral353 10.5. Relação entre flecha, rotação, momento fletor, força cortante e carregamento 355 10.6. Cálculo das rotações e flechas usando o gráfico de momento fletor como carregamento da viga - Processo de Mohr 360 10.7. Coeficiente de transmissão de momentos fletores 363 1 0.8. Determinação da rigidez de um tramo 365 10.9. Cáculo do momento de engastamento perfeito 369 Bibliografia 371 INTRODUÇAO INTRODUÇÃO "Antes e acima de todo cálculo está a idéia, modeladora do material em forma resistente, para cumprir sua missão" (Eduardo Torroja). Cada vez mais o cálculo estrutural está ficando nas mãos de matemáticos, que desenvolvem teorias brilhantes, de elegância irrefutável. No entanto, esses cálculos preciosistas afastam cada vez mais os cidadãos comuns, ou seja os engenheiros e arquitetos, do contato mais próximo com o processo de interação entre o comportamento físico e o matemático, tão importante para um projeto consciente. Cada vez mais os números falam por si sós. O problema é que eles se expressam, de uma maneira até elitista, em uma linguagem que não é de domínio de todos mas apenas daquêles que se encantam com o abstrato pelo abstrato. Não é o cálculo em si que concebe uma forma; o cálculo existe como ferramenta para comprovar e corrigir o que foi intuído. O cálculo estrutural é, sem dúvida, uma ferramenta importante, mas fica sem sentido se a ele não for ajustado um modelo físico preconcebido. Não tem sentido aplicar um modelo matemático a um modelo físico que não seja passível de ser descrito pelo modelo matemático, pois não se chegará a nenhum resultado, ou quando muito a um resultado errado. A mais recente norma brasileira para concreto armado tem, em alguns dos seus itens, verificações numéricas só possíveis de resolver - seus próprios autores confessam - pela via computacional. Para mim, isso é desconsiderar a possibilidade daquele que se encanta pela tradução imediata entre o físico e o matemático poder escolher caminhos e alternativas. É a ditadura da máquina, já prevista há muito na literatura de ficção científica. Pobres jovens engenheiros e arquitetos, ficam impedidos de saber o porque das soluções encontradas, ao lhes serem impostos programas de computadores que fornecem as respostas já prontas e indecifráveis. INTRODUÇÃO Os cálculos computacionais são bons para aqueles que carregam na mente verificações e verificações numéricas manuais e que podem em uma rápida análise saber se a resposta fornecida pela máquina é ou não consistente. O jovem e inexperiente profissional pode aceitar os resultados sem uma análise mais crítica, podendo cometer erros grosseiros para mais ou para menos. É importante que se tenha uma previsão, ainda que grosseira, dos resultados possíveis e da sua ordem de grandeza, para uma adequada utilização dessas máquinas. Se um resultado esperado não é obtido, de duas uma: ou o modelo físico não é correto, ou os dados fornecidos é que não o são. Perdoem o pobre mortal autor deste livro, que só se encanta com aquilo que pode ser visto. O número é importante, como importante é a linguagem. De nada vale conhecer a tradução de uma determinada palavra se não se sabe o seu significado. Pode ser até uma visão conservadora, mas antes de usar os processos computacionais é recomendável que o jovem profissional faça alguns cálculos manuais, para entender como se dá a correlação entre o físico e o matemático. Este livro tem como objetivo justamente mostrar de uma maneira bastante simples como os processos numéricos podem ser colocados a serviço de uma interpretação física. Nele, procura-se apresentar a tradução matemática dos fenômenos físicos por intermédio de modelos matemáticos que possam ser entendidos por aqueles que estejam interessados em quantificar e ajustar aquilo que sua intuição indica. Neste livro serão apresentados os dimensionamentos para estruturas de aço, concreto e madeira, permitindo que o leitor possa comparar os resultados, o que poderá ser mais um elemento de apoio na tomada de decisão na escolha da solução estrutural mais adequada. As unidades usadas são as do Sistema Técnico e não as do Sistema Internacional (SI), pois o autor acredita que aquelas unidades são mais próximas do senso comum do leitor, tanto que no dia-a-dia não se pergunta a outra pessoa quantos Newtons ela pesa e sim quantos kgf. Agradeço ao Arqt0 . Marcos Petrikas, que tão bem resolveu os exercícios aqui propostos. CAPÍTULO 1 Noções básicas C/>YÍTULO 1 - ~oções básicas Neste capítulo serão apresentados conceitos básicos que servirão de apoio para o desenvolvimento das relações matemáticas utilizadas no dimensionamento das peças estruturais. Sugere-se que, para um maior aprofundamento, o leitor consulte o livro do mesmo autor denominado "A Concepção Estrutural e a Arquitetura". Todas as edificações são compostas de estruturas que se desenvolvem no espaço, logo poderiam ser tomadas como estruturas espaciais. No entanto, algumas soluções estruturais permitem, para maior facilidade de análise, ser decompostas em modelos que se desenvolvam no plano. Assim é o caso da laje, que pode ser estudada em dois planos verticais ortogonais, e o das vigas, que podem ser estudadas isoladamente nos diversos planos verticais em que se desenvolvem. É dessa maneira que as estruturas serão aqui analisadas: lajes apoiadas nas vigas depositando nestas suas cargas; vigas apoiadas em outras vigas ou pilares, depositando neles suas cargas. 1. Força Denomina-se força ao resultado de uma massa submetida a uma aceleração. Matematicamente, pode-se traduzir esse fenômeno pela relação F= M x A, onde F é força, M a massa e A a aceleração. Para caracterizar uma força, é necessário informar sua intensidade, direção e sentido. Não se deve confundir direção com sentido. Dada uma direção - por exemplo - a horizontal, tem-se dois sentidos: para a direita e para a esquerda. Conhecer as forças que atuam nas estruturas é de fundamental importância, já que a estrutura é justamente o caminho que as forças percorrem, de um determinado ponto até a fundação. 1.1. Forças que atuam nas estruturas As forças que atuam nas estruturas são basicamente de duas espécies: gravitacionais e de vento. As primeiras têm direção vertical e as segundas, horizontal. Podem ocorrer ocasionalmente ou durante toda a vida útil da estrutura; as ocasionais são denominadas cargas acidentais e as segundas, cargas permanentes. São exemplos de cargas acidentais, pessoas, mobiliários, vento e veículos. Essas cargas, por serem de difícil quantificação, são definidas por Norma, a NBR 6120. As cargas permanentes são o peso próprio da estrutura, os revestimentos e as paredes. 1 .2. Cargas que atuam nas lajes O primeiro elemento estrutural a receber cargas é a laje. Como a laje é uma superfície, a carga que normalmente atua sobre ela se distribui por toda sua área. Como cargas permanentes atuando nas lajes tem-se o seu peso próprio e os revestimentos. O peso próprio das lajes maciças depende da espessura da laje. No caso de lajes pré-moldadas e painéis, o peso próprio pode ser obtido nos catálogos dos fabricantes. 1.2.1. Peso próprio das lajes maci~as O peso próprio da laje é uma carga de superfície, portanto ele deve ser calculado por unidade de área da laje, ou seja, por metro quadrado de laje. Para isso determina-se o peso do volume de 7 r./ de laje. Para determinar o peso da laje de concreto armado deve-se conhecer o peso específico do concreto armado ( yCA ), que é de 2.5001< ::;::F/rn 3. Note-se que o volume de 7 íí 1 ~· de laje é dado pela seguinte relação: Vol = 7 ;:1 x 7 ili x h1 . (rr 11 Of€ , onde 7 rn é o lado do quadrado. "1-- -- ___ , I I l I 1 I I I I I In I I I I ~ o : > I 1 :> I -r ---------- b Para determinar o peso desse volume basta multiplicá-lo pelo peso específico do concreto armado. Assim: Note-se que numericamente o peso por metro quadrado da laje depende apenas da altura da laje (h 1aie ). Assim, pode-se escrever: Resumindo, para determinar o peso da laje por metro quadrado basta multiplicar a espessura da laje pelo peso específico do concreto armado. Vale insistir que as outras dimensões da laje não importam no cálculo do seu peso próprio, pois não interessa determinar o peso total da laje, mas sim seu peso por unidade de área. A espessura da laje pode ser adotada a partir da experiência pessoal ou usando qualquer critério de pré-dimensionamento. 1.2.2. Peso proveniente do revestimento O peso do revestimento executado sobre a laje varia um pouco em função da espessura do contrapiso e do tipo de piso, se cerâmico, de madeira ou outro. Para os casos mais comuns pode-se considerar, a favor da segurança, o peso do revestimento como sendo de 7 OO!cgf/r~:· . 1.2.3. Peso proveniente das cargas acidentais Este peso é definido pela Norma Brasileira. Depende do tipo de uso da edificação, se residencial, comercial ou institucional, entre outros. Seguem-se alguns valores prescritos pela NBR 6120- Cargas para o cálculo de estruturas de edificações (Nov/1980): o arquibancadas: 400/<g{/rn"· o bancos: 200k9i/r:/ o piso de edifícios residenciais: 7 50kgfln ; o salas de aula de escolas: 300:<gf/r:··' o piso de escritórios: 200kçf/m~ o piso de lojas: 400.'<gf/m·? o lajes de forro: 50 /<r:_J{Im' o ginásio de esportes: 500 <&Jf/rn:' o hospitais: 200!<gf/m;: o restaurantes: 300kgF/:~ J :· o platéia de teatros e cinemas: 400!<gF/n1: Exemplo: Determinar as cargas que incidem na laje. Dados: laje para uso de escritório: carga acidental para piso de escritórios (CA = 200kgf/m~' ), altura da laje (h1 . ) = O, 7 2rn . o1e 5<ll -+ '!- ---------- 1 I I I I I I I I I I I I I .1 ------------------' I -· I ~ CAP 1TUi_O ' - "loções bós·c:cs peso próprio (ppla;e) = hla;e( m) X yCA(kgf,! m) Ppl . = O, 12:-n x 2.500f<qfím 3 = 300/<af/rn:; a1e '""' u PP/aje = 300/<gf!rn? revestimento do piso = 1 OOI<g f/m ' (padrão) carga acidental = 200!(g{/m:· (laje de piso para escritório) Total = 600kg[/n; ' 1.3. Cargas que atuam nas vigas As vigas são consideradas elementos estruturais lineares, logo as cargas que atuam sobre elas são, também, cargas distribuídas linearmente. As cargas lineares que podem atuar em uma viga são seu peso próprio, as cargas das lajes e as cargas de alvenarias. J- - ·- alvenaria Nas vigas podem, ainda, atuar cargas concentradas devidas ao apoio de outras vigas. Essas cargas são as reações das vigas que nelas se apóiam. CAPÍTULO 1 - Noções básicos 1.3.1 Cargas provenientes do peso próprio da viga Como o peso da viga é uma carga linear sobre ela mesma, para determiná-lo calcula-se o peso do volume de um metro linear de viga. Assim: 1m . h li - li Vol(m 3 j = 1 (rn) x b(m) x h(rn) Peso próprio de 1 m linear de viga ( q ) pp q (i<d ) = 1 rn x brn x hn: x 2.500i<c::F/n;3 w ~ ~ Repare que o peso da viga independe do comprimento podendo-se obter o peso próprio multiplicando-se diretamente as dimensões da seção transversal da viga (b e h) pelo peso especíico do concreto armado. Assim: q (l<ci/rn) = (b x h)m:: x 2.5001wf/nT' pp '-' I 0 1.3.2. Cargas nas vigas provenientes das lajes Sabe-se que em função das relações entre seus vãos, as lajes podem ser consideradas armadas em uma só direção ou em cruz, ou seja, quando um dos vãos da laje tem uma dimensão bem maior que o outro. Em virtude da rigidez do vão menor, os esforços no vão maior são tão pequenos que podem ser desprezados, considerando-se que apenas o vão menor está sujeito aos esforços. Neste caso, a laje é armada apenas na direção em que os esforços são significativos, ou seja, no vão menor. Esse tipo de laje é denominado laje armada em uma só direção. Para fins práticos, essa situação ocorre quando o vão maior é maior que o dobro do vão menor (L > 2 x .€). Caso contrário, os dois vãos apresentam esforços significativos e a laje é armada nas duas direções, denominando-se laje armada em cruz. Na prática, isso ocorre quando o vão maior é menor ou igual ao dobro do menor (L 52 x .€). CAPÍTULO I - Noc;ões bósicos L ::; 2 x e L > 2 X f -----------------------~ -r- la;e armada em uma só direção la;e armada em cruz 1.3.2.1. Cargas nas vigas provenientes das lajes armadas em uma só direção No caso de laje armada em uma só direção, a distribuição de cargas acontece apenas sobre as vigas do vão maior. Para entender o porque disso, basta imaginar como a laje romperia, o que sem dúvida deixa claro sobre quais vigas ela estaria se apoiando. (L) lrn r ..... ...... ~ -·- "-----1 ; -------'~ . ~ linha de ruptura Para determinar a carga sobre a viga, toma-se a quantidade depositada em um metro linear de viga. Para isso, toma-se uma faixa da laje com um metro de largura. A carga sobre essa faixa é determinada multiplicando-se a área dessa faixa pela carga por metro quadrado sobre a laje. Assim, tem-se: L -t L I •' • -.-;.- I C'l . I l ;;:;; I• """ I lo ....... - I -,(- --,é]m /-- q1 . (i<gf) = q1 . (kgf/m') x 1 (rn) x R(m) OIXO Ofe ' Como metade da carga sobre essa faixa vai para cada uma das vigas, tem-se. q . (i<gf)= (q 1 . (!<gf/rn;) x 1 (m) x R(m)) + 2 ~ga Ofe CAPÍT~JLO 1 - !\loções bósicas Note-se que numéricamente o valor da carga na viga independe da largura da faixa, bastando multiplicar a carga da laje pela metade do vão menor da laje, ou seja: R(m) x __ 2 Obs: As lajes pré-moldadas comportam-se como lajes armadas em uma só dirção (a direção das vigotas). Seu peso é dado em tabelas fornecidas pelos fabricantes em função do vão e da sobrecarga (acidental+ revestimentos). 1.3.2.2. Cargas nas vigas provenientes das lajes armadas em cruz Para entender como se dá a distribuição de cargas sobre as vigas que apóiam uma laje em cruz, basta observar como se dá a ruptura desse tipo de laje. Na laje armada em cruz, os momentos fletores são significativos nas duas direções. Agindo concomitantemente em direções ortogonais, esses momentos provocam um momento resultante que se dá em uma direção inclinada em relação aos lados, considerada para fins práticos a 45°. 5m ~ ' 45° I /I I ~ I ·I I I I I I I I I I ,I I ,,. I C: '<C I 5rn '(' 'I ~ l -linha de ruptura porção da laje sobre o vão maior Desta forma, a ruptura de uma laje quadrada se dará ao longo das diagonais. No centro de uma laje retangular, prevalece o momento na direção do menor vão, dando-se a ruptura paralela ao maior vão. L f/2 f/2 L - (2 X f/2) = L - f CAPÍTULO l - Noções básicos Considerando o caso mais genérico de lajes retangulares, pode-se perceber que as vigas do vão maior recebem um trapézio de carga e as vigas do vão menor, um triângulo, ou seja, a forma de ruptura mostra como a laje apóia- se em cada direção. Uma vez entendido esse fato, a determinação da carga em cada direção resume-se a calcular a área de carga sobre cada viga - triângulo ou trapézio - e distribuí-la ao longo da viga. Em outras palavras, na viga do lado maior, a porção de carga da laje que vai para ela é igual a área do trapézio multiplicada pela carga por metro quadrado sobre a laje (peso próprio, revestimento e carga acidental). Nas vigas do lado menor ocorre o mesmo, apenas que a área de carga é um triângulo. Assim sendo: Cargas nas vigas de lado menor: , h R(rn) f2 (rn 2) areado triangulo = (f(rn) x 2) + 2 = 4 . ·h - 0• R2(rn 2) carga total sobre o tnangulo = q 1aie (kgf/rn"j x 4 Como a carga sobre a viga é distribuída ao longo do seu comprimento, divide-se a carga total pelo comprimento da viga, ou seja .e, assim: f2 ( 'I q viga = (q laie (/<gf/m2) X 4m· /) + f (m) f ' ( 'I f (rn) qviga (kgr/m) = qloie (kg r/rn ') X 4 Cargas nas vigas de vão maior: , , R(;n) areado trapezio = {L(m) + (L (m )- R(m))} + 2 x 2 carga total sobre o trapézio = qtrop Dividindo pelo comprimento da viga de vão maior ( L) e organizando a fórmula tem-se: Resumindo, de todos esses cálculos o que é importante saber é : C\PÍTUL() l - Nocoes bósicc:s - carga na viga de vão menor: r ( ' '! '') R(m) q . (!wr/m) = q . rwr '?-:' x - - vtga v laJe .,_, 4 - carga na viga de vão maior: , r; .. 1 R(m) R(rn) ) q fi<Of/:n) = q . (Kcr ill' x -- x (2- L,~ ,-,-.. ) viga 1 "" lare ~ 1 4 . -- Exemplo: Laje para piso residencial. 6m - -- l - Cargas na laje: ---- ------- : I I I I I I I I Peso próprio = 01 12m x 2.500kgf/m 3 . .. . = 300kgf/m2 Revestimento ... ... ... ...... .... .......... ..... ..... .. . = 1 OOkgf/m" Carga acidental (piso residencial) ........... .. = 150kgf/rn 2 qlaie 9 L= 550kgf/m:' 2- Cargas nas vigas V3 e V4 (vão menor): _ 1 r; ,;) R(rn) qviga menor- qlaie (.<gr 11 ' X 4 5m q . = 550fwf/m·' x v1ga menor '-1 4 q . = 687,5i<gf/m v1go menor 3- Cargas nas vigas Vl e V2 (vão maior): I '/ . 1 f(rn) (2 Rrr>l) ) q = q \1<CT rn' ; x-- X --- viga maior laJe 'J 4 L(m) 5rn q = 550i<cf/nl~· x 1,25m x (2- -6 ) viga maior '--' ITl q . . = 687,5i<oF/n/ x 1, 17m = 804Akç;f/m vtgo mo10r '-' q . . = 804AI<of/rn V!QOma ro r '-" C;"'PÍTUL0 l · i'Jocões bósiccs 1.3.3. Cargas nas vigas provenientes das alvenarias As alvenarias também depositam cargas por metro linear sobre a viga. Para determinar o peso da alvenaria sobre a viga, calcula-se o peso do volume de uma faixa de alvenaria de 1 metro de largura ao longo do comprimento da viga. ~ ~~ h . lo . L-r, 1·'-·-- ·- L R Assim, tem-se que o volume da faixa de alvenaria é: Vol = 7 (rn) x b(rr;) x h(m) onde b é a largura da alvenaria e h a sua altura (a grosso modo considerada como a altura do pé direito). Para determinar o peso dessa faixa de alvenaria, deve-se multiplicar o seu volume pelo peso específico da alvenaria, o que varia de acordo com o tipo, se de tijolo, bloco ou painel. Os pesos específicos (v 1 ) das alvenaria mais usadas são: la ve o tijolos de barro maciços revestidos................ = 7 .680~r 1m o tijolos cerâmicos revestidos ...... .... ... ............... = 7. 120kf: JmS o blocos de concreto revestidos ....... .. ................. = 7 .250kg.lm l o blocos de concreto celular revestidos ............... = 950kgi/m · Quando não houver informação específica, pode-se considerar alvenarias externas com 25c"~ e internas com 7 5cr·: . Recomenda-se, ainda, que mesmo as alvenarias sem acabamento considere-se sempre como revestidas, pois isso pode acontecer no futuro . Assim, o peso dessa porção de alvenaria passa a ser: qalve (!<gfj = 7 (r~:) x b(:ll) x h(r:;) x y da alvenaria(:<s'/m') CAPÍTUlO l - Norpes bós;cos Nesta relação, o peso da alvenaria independe da largura da faixa de alvenaria e pode ser numericamente expresso da seguinte forma: qalve (kg{/rn) = b(m) x h(n;) x 'Ya!ve (i<gr/íil i) Exercícios sobre cálculo de cargas sobre vigas: Exemplo: Calcular as cargas sobre a viga VJ 6 ' ' I .. I .. l I ' ---------------- Dados: C=:::J laje para uso comercial: carga acidental para piso de escritórios (CA=200 (;:y{/m:·) altura da laje (h1 . ) = O, 7 2rn OJe rz;z;z::a alvenaria sobre a viga VJ de blocos de concreto revestidos: Cargas: espessura (e) = O, 7 9:1~ (bloco de 7 4crn com 2,5crn de revestimento de cada lado) altura (halve ) = 3rn CP = carga permanente e CA = carga acidental CP = peso próprio da laje + peso próprio do revestimento CP = O, 7 2n x 2.5001<gf/mJ + 7 OOi<of/:;1' (padrão) CP = 400i<cflrr.-' Cargas sobre a laje ( q laje) : q1 . =CP+ CA ate 400 ' r/ ., 200 ' 1 ' ~ ql . == i<Çr ;;; ·· + :<qr; rrr· OJe ~ '--" qlaje = 600kgf/n ,:; CAPITULO 1 • oções bóstccs Carga da laje sobre a viga VJ (qvíga): q viga = q la i e X ~· X (2 - f) Oaje armada em cruz, viga do vão maior) 4m 4m q . = 600kgf/m2 X - X (2 - -) ~~ 4 6m q. = 6Q0kgf/m2 X Jtn X ],33 VIga q . = 798kgf/m v1go Carga da alvenaria sobre a viga VJ (qa/ve): r da alvenaria de blocos de concreto revestidos = 1.250kgf/rn3 q = O, 19m x 3m x 1.250kgf/m3 alve qolvé = 71 2,5kgf/m Carga total sobre a viga V 1 ( q ~ viga ) : q~ viga = 712,5kgf/m + 798kgf/m q1 . = 1.51 0,5kgf/m VlgO Exemplo: Calcular as cargas sobre as vigas VJ e V2 6,5m 6,5m ~ , v{="'""'_ .. _ .. _ .. _ .. _m"-·"_"_"_="_'111']" v,VJ Í : l - - -- - J--- - ------------- V2 Dados: !:=::J laje para uso residencial: carga acidental para piso residencial (CA= 150kgf/m 2 ) altura da laje (h1 . ) = O, 1Om ate IZ!ZZã2l alvenaria sobre a viga VI, de blocos de tijolos cerâmicos revestidos: espessura (e) = 0,22m altura (hal ) = 2,8m ve CAPiTULO 1 · Noções bósicas Carga: Carga CP = carga permanente e CA = carga acidental CP = pe o próprio da laje + pe o próprio do revestimento CP = O, 7 Om x 2.500kgf/m3 + 7 OOkgf/m (padrão) CP = 250kgf/mZ + 7 00kgf/m1 CP= 350kgf/m·· obre a laie (q1 • ): 'J a1e qio = CP + CA la q = 350.~gf/m' + 150kgf/m1 la f e q = 500kgf I m2 lo1e Carga da laje sobre a viga VI (qv;g): f. q -q x - v>ga - lo/e 2 (laJe annada em uma só direção onde L = 6,5m > 2 x f = 6,0m) q = 500kof/m7 x 3m viga ~ 2 q vlgo = 500kgf/m2 x 1 ,5m q wgo = 750kgf/m Carga da alvenaria obre a iga VJ (q01._.): r da alvenaria de tijolo cerâmico reve tido = 1.120kgf!m3 pe o da al enaria (qe1.te ) = 0,22m x 2,8m x 1.120kgftm q olve = 689, 92kg /m Carga total obre a viga V7 (q, viga) : q, YI{JO = q olve + q vigo q, viga = 689,92kgf/m + 750kgf/m q tvogo = 7.439,92kgf/m = 1.440 kgf/m CAPÍ-ULO I • oções bósicos Exemplo: Calcular as cargas sobre as vigas. 1 / 5,5,n t ; V1 20 x 40cm P2 -r- llltZ2Z; ;z;;zzzzzzz;mzzL'ZZZZZZZZZ2.ZZZZZZZZf1 L1 ~ I I d = IOcm d = JOcm V3 20x30crn V4 20x30cm Ps P6 -+ '-" · 3,5m j,.. 2m ~ ~----~----~-~,------~1 Considerar: laje para piso de escritório ~ alvenaria de bloco cerâmico: h = 2,50m I - Cargas na laje: Peso próprio = O, 7 Om x 2.500kgf/m 3 ....... = 250kgf/m2 Revestimento ... ,. ......... ................................ = 7 00kgf/m2 Carga acidental (piso de escritório) ............. = 200kgf/m 2 qlaie c:::i> L = 550kgf/m 2 '2- Cargas devidas ao peso próprio (PP) da viga: ,-, ( ~. ·' VJ (20 x 40cm) = V6 (20 x 40cm) PPV1,V6 = 0,20m x 0,40m x 2.500kgf/m 3 = 200kgf/m CAPÍTULO 1 · Noções bósicos ·~_, V2(75x50cm) PPV2 = O, 7 5m x 0,50m x 2.500kgf/ m3 = 7 87,5kgf/m ~ 3) V3 (20 x 30cm) = V4 (20 x 30cm) PPV3,V4 = 0,20m x 0, 30m x 2.500kgf/ m3 = 7 50kgf/ m :3) Vs (20 x 50cm) = V7 (20 x 50cm) PPVs,V1 = 0,20m x 0,50m x 2.500kgf/m 3 = 250kgf/m 3 - Cargas nas vigas devidas às alvenarias. Incidência do peso da alvenaria sobre as vigas: ~ VJ. V3 V4. Vs, V6 e V7 PPalv = 0, 20m x 2,50m x 7. 7 20kgf/rn3 = 560kgf/m I I I I 1 / / /_ - peso específico do bloco cerâmico I I L pé-direito V2 PPalv = O, 7 5m x 2,50m x 7. 7 20kgf/m 3 = 420kgf/m 4 - Cargas nas vigas devidas às lajes: 1/ L= 5,5m + J- VJ {600.0 'm) L ::;; 2 X l ! L1 E' 5,5m < 2 x3m -~J j "' d = JOcm "' ~ ~ 5,5. 1 < 6m ::!. ::!. ~ ~ ., __ (600,0 laje armada em cruz "' .. V2 CAPÍTULO l - Noções básicas -~ V2 L~ 2 xf rmo~~ ~ E s ~ 3 li o ~ ~ ~ ~ / LV3 /i ~ L2 c, d = 70 ª ~ ~ (393,0 k~lfm) L= 3,5m )~ (0,0 kgflm) L3 d = 70cm (O,DkCJI m) .€ =2m E l() ~ li 3,5m < 2x2m 3,5m < 4m .. laje annada em cruz L> 2 X l 4,5m > 2 x 2m 4,5m > 4m . . laje annada em uma só direção Cargas nas vigas V7 e V2 devidas a L 7 (vão maior): 3m 3m qviga maior= 550kgf!m2 X 4 X (2- 5,5m) qvigo maior = 600kgf/m Cargas nas vigas V2 e V3 devidas a L2 (vão maior): q = q . X !:_X (2 - !_ ) viga maior lo1e 4 L 2m 2m q vigo maior = 550kgfj m2 X 4 X (2- 3,5m) CAPÍTULO l - Noções básicas q . . = 393kgf/m vrga maror Cargas nas vigas V5 e V7 devidas a L 7 (vão menor): l qviga menor= qlcje X 4 q = 550kgf/m 2 x 3 4 m = 4 7 2,5kgf/m viga menor Cargas nas vigas Vs e V6 devidas a L2 (vão menor): f qvigc menor= qlcje X 4 . 2m qviga menor= 550kgf/ m2 X4 = 275kgf/m Cargas nas vigas V6 e V7 devidas a L3 (vão maior): l q =q X - viga maior laje 2 2m qviga maior = 550kgf/m2 X 2 = 550kgf/m Obs: V2 e V4 não recebem carga da laje L3 (annada em umas/o direção). Resumo das cargas: V7 (20 x 40cm) PPviga alvenaria laje 200kgf/m (_!) 560kgf!m r~ 600kgf/m }; = 7 .360kgf/ m }; = 7,36tf/m CAPiTULO I · Noções básicos l lllll l l H= Jl.B4tf{nf 1111 1111 .6. icl l 5,5m -t~p,--------~~-----------t~~ V2 (JS x SOem) trecho 1 PPvigo 7 87,Skgf/m "2) -" alvenorio ·---- 420kgf/m 8) LI = 600kgf/m laje ---1 t V3 (20 x 30cm) L2 = 393kgf/m L = 1.600,Skgf/m L = 1,6tf/m trecho 1 3,571 5,5m PPvigo - ---- 7 SOkgf/m '3' ' ... alvenaria S60kgf/m 0 laje L2 = 393kgf/m L = 1.103kgf/ m L = 1,1 tf/m 2m trecho 2 187,5kgf/m ti) o LI -- 600kgf/m I = 787,5kgf/m I= 0,79/f/m P3 CAPITUlO l · Nocões básicas V4 (20 x 30cm) PPviga alvenaria laje ---- - - Vs (20 x SOem) 150kgf/m (D 560kgf/m 1 A'. \.:...:' o L = 710kgf/m E= 0,77 tf/m trecho 1 PPvigo ---- - 250kgf/m ~ olvenorío - 560kgf/m ,~-, laje --- L2 275kgf/m I = 1.085kgf/m I = 1,09tf/m 2m -t---=.:..:..---t!.- Ps P6 trecho 2 250,0kgf/m ' 4) 560kgf/m 0 L1 41 2,5kgf/m E = 1.222,5kgf/m I = 1,22tf/ m trecho 2 2m 3m 5m CAPÍTULO I - Noções básicas V6 (20 x 40cm) trecho 1 PPviga 200kgf/ m (D alvenaria -------- 560f<gf/m @ laje ·-- --· -· ·----- L3 -· 550kgf/m ----- I; = 1.310kgf/m E= 1,31tf/m trecho 7 trecho 2 trecho 2 200kgf/m Q) o I L2 = 275kgf/m _I L L3 = 550kgf/m E = 1.025kgf/m E = 1,03tf!m 1 qi=l 7 f0~:3tf!rr j 0n~ -~ -l-..:::..:..__2,5m_~f~ 4,5m Ps V2 V7 (20 x SOem) trecho 1 PPviga 250kgf/m 4) trecho 2 250kgf/m r i) 560kgf/m r alvenaria 560kgf/m \~' laje - ---- L3 - 550kgf/m E = 1.360kgf/m E = 1,36tf/m trecho 7 L1 -· 412,5kgf/m E = 1.222,5kgf/m E = 1,22tf/m trecho 2 A ~~ 4,5m P3 --3m 1 7,5m ~P-6------~------- ~ CAPÍTULO 2 Cálculo dos esforejos em vigas isostáticas CAPITULO 2 - Câlculo dos esforços em vigas isostâticos 2. Conceitos gerais 2.1. Conceito de momento É importante lembrar que momento é um esforço que provoca giro. À primeira vista a palavra momento não apresenta qualquer relação com a palavra giro. No entanto, elas estão ligadas por um fato histórico: na antiguidade, o tempo (momento) era medido com relógios de sol, instrumento constituído por uma haste vertical que, projetando sua sombra num plano, indica a altura do Sol e as horas do dia. Assim o tempo (momento) era medido pelo giro aparente do Sol em tomo da Terra. Para ocorrer um giro ou momento físico é necessário que existam duas forças iguais, de mesma direção, de sentidos contrários e não colineares, o que se denomina binário. Quanto mais afastadas estiverem as forças maior será a intensidade de giro. Isso é fácil perceber quando se tira o parafuso da roda do carro. Quanto maior for o braço da ferramenta menor será a força necessária para provocar o giro do parafuso. FI >F2 -------' CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostóficas Matematicamente, pode-se traduzir esse fenômeno pela relação: M = Fxd Exemplo: Seja determinar o valor do momento da força f7 = 2,0tf em relação ao ponto P 7. '" P1 Denomina-se distância da força ao ponto à menor distância entre a linha de ação da força e o ponto. d Suponha o valor de d = 4m, logo o momento de f7 em relação a P7 será: M = F1 X d M = 2,0tf x 4m M = Btfm CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em v1gos isostóficos 2.2. Estrutura isostática - Conceitos básicos Lembrar que estrutura isostática é aquela que apresenta as mínimas condições de estabilidade, ou seja, não se movimenta na horizontal, não se movimenta na vertical e não gira em relação a qualquer ponto do plano. A figura abaixo mostra urna estrutura isostática. vínculo articulado móvel I / I vínculo / articulado / fixo --- pino A viga apresentada na figura acima é denomidada viga biapoiada, o que parece óbvio. Esta viga apresenta dois tipos de vínculos nos seus apoios. No apoio esquerdo, o vínculo é articulado móvel, pois permite que a viga gire e se desloque na horizontal. O vínculo da direita é um vínculo articulado ftxo, pois apesar de a viga poder girar em relação ao pilar, o pino impede seu deslocamento horizontal. giro e .... ./ deslocamento horizontal apenas giro Esquematicamente, a viga pode ser representada conforme a figura abaixo. representação esquemática CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostóticas Uma barra fixada em uma única extremidade, em um apoio muito rígido, também é uma viga isotática. Para isso, o único vínculo da viga deve ser engastado, ou seja, não permitindo o giro e nem deslocamentos verticais e horizontais. não se desloca na vertical, nem na horizontal e não giro = vínculo engastado vínculo . ~·. engastado 1----------- representação esquemática Uma viga como essa, com um único apoio engastado, é denominada viga em balanço. As vigas biapoiadas podem também apresentar balanços em um ou em ambos os extremos. balanço balanço vão I I CAPÍTULO 2 - Cólculo dos esforços em vigos isostóticos 2.2.1. Esfor~os nas vigas isostáticas Quando carregadas por uma ou mais forças, as vigas isostáticas deformam- se de maneira que suas seções, antes paralelas, giram umas em relação às outras, de forma que se afastam em uma das faces e se aproximam em outra. I I I I I I I ) seções se afastam I I I seções se aproximam I I / I 1 seções se aproximam I .seções se afastam I CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostáticos I I seções se aproximam seções se 1 afastam ' I seções se afastam seções se , aproximam f Em todas essas situações, as vigas se deformam de maneira que em relação ao eixo reto original aparecem flechas. flecha Este fenômeno é por isso denominado de flexão e o esforço que provoca o giro das seções e o aparecimento de flechas ao longo da viga, de momento fletor. Sempre que o momento fletor varia de uma seção para outra, o que é mais freqüente, aparece na viga a tendência de escorregamentos transversal e longitudinal entre as seções verticais e horizontais da viga. escorregamento longitudinal CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços ern vigas isostáticas escorregamento transversal Ao esforço que tende a provocar o escorregamento das fatias longitudinais e transversais dá-se o nome de força cortante. Para comprovar que a força cortante sempre aparece quando há variação do momento fletor, tome-se nas mãos um maço de folhas de papel (umas 50 folhas). Aplique-se em uma das extremidades um giro (momento), deixando livre o outro extremo. Observe como as folhas escorregam. escorregamento longitudinal das folhas CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostáticas Esse fenômeno pode também ser observado na ilustração: - '--- '--- escorregamento longitudinal das fatias Em seguida, provoque concomitantemente giros de mesma intensidade nas duas extremidades. Observe que neste caso não há mais escorregamento das tiras, pois o momento não varia de uma extremidade à outra. não há escorregamento longitudinal das fatias - Para dimensionar uma viga a flexão deve-se determinar os valores de momento fletor e da força cortante de maneira que se determine a largura e altura de sua seção, para que o material do qual é feita possa resistir às tensões de tração e de compressão provocadas pelo momento fletor e às tensões tangenciais ou de cisalhamento provocadas pelas forças cortantes. Como se verá mais adiante, as tensões de cisalhamento provocam também tensões de tração e de compressão em planos inclinados em relação a seção transversal da viga. CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostáticas 2.3. Equilíbrio externo das vigas - Cálculo das reaejões de apoio 2.3.1. Vigas biapoiadas sem balanejos O equilíbrio externo das vigas depende das cargas que atuam sobre as vigas e das reações a essas cargas provocadas pelos vículos, denominadas reações de apoio. As primeiras cargas são denominadas cargas externas ativas e as segundas, reativas. Em uma viga, as cargas externas ativas são: cargas distribuídas decorrentes do peso próprio da viga; as cargas aplicadas pelas lajes e alvenarias; e as cargas concentradas devidas a outras vigas que nela se apóiam. Para determinação das cargas externas reativas, é necessário conhecer-se as forças de reação que cada vínculo é capaz de admitir. Assim, um apoio articulado móvel, que permite giro e deslocamento horizontal, só reage a forças verticais. Portanto, esse vículo só admite reação verticaL O vínculo articulado fixo, por impedir deslocamento vertical e horizontal, admite reações vertical e horizontal. O vínculo engastado, que impede rotação e deslocamentos, admite reação vertical, horizontal e momento. CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostóticos Se, sob a ação das cargas externas ativas e reativas, a viga estiver em equilíbrio estático valem as condições de estabilidade já enunciadas, ou seja, não anda na horizontal, não anda na vertical e não gira. Essas condições podem ser traduzidas matematicamente pelas chamadas equações da estática, ou seja: - não anda na horizontal r::) L FH = o - não anda na vertical r::) L FV = o - não gira r::) L MB = O OBS: o símbolo L significa soma. Não andar na horizontal significa que a soma de todas as forças na horizontal (incluindo as projeções horizontais das forças inclinadas) deve resultar nula. O mesmo para as forças verticais. Não girar significa que os giros (momentos) que as forças ativas e reativas tendem a provocar em relação a um ponto qualquer, preestabelecido, são nulos. Exemplo: determinar as reações de apoio da viga da figura abaixo. A 12,011 B A D_ 3m 2m 5m Denominem-se de A e B os apoios. Colocando a seguir as reações possíveis em cada tipo de vínculo, tem-se: A 12,011 B H e ~ ~ ' 3m j 2m ---, 5m VA Va Em seguida apliquem-se as três equações da estática: L FH = O, L FV = O e L FM = O CAPITULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostóticos Usando a primeira equação e convencionando um sinal para as forças, ou seja, se a força horizontal tiver o sentido da esquerda pra a direita será positiva, caso contrário negativa. Essa convenção pode ser oposta a esta sem que os resultados sofram qualquer alteração. Assim: LFH =O, onde (+) e F (-) F - HB = O ----7 HB = O Como não existe nenhuma força horizontal atuando na viga, a equação resulta no óbvio, ou seja, a reação horizontal no apoio B é zero, não existe. Aplicando a segunda equação e também convencionando que as forças com sentido de baixo para cima são positivas e as de sentido contrário negativas, tem-se: LFV =O, onde (+) F + VA- 2,0tf + VB = O (equação I) VA + VB = 2,0tf Deve-se aplicar, ainda, a terceira equação, a que se refere ao giro, convencionando-se que se a força tender a fazer a viga girar no sentido horário, em relação a um ponto qualquer escolhido, ela será positiva, caso contrário negativa. Antes de aplicar essa terceira equação é necessário escolher um ponto qualquer, mas qualquer mesmo, para se tomar os momentos das forças ativas e reativas que atuam na viga. Para tornar o resultado mais rápido, recomenda-se que o ponto escolhido (também denominado pólo de momento) para considerar os momentos das forças, seja um dos apoios. Seja, neste exemplo, o ponto B o pólo dos momentos. Assim: M M LMB =O, onde ~ e0' CAPÍTULO 2 · Cálculo dos esforços em vigos isostóticos Considere-se o momento de cada força, desconsiderando, em princípio, as demai ou eja: l 2,0tf A B ~,...--- ------!..---,D. 3m 2m 5m sentid_o ( + y} ~ ho,áno ( ~ B 5m A r ()jf , á sentido (- ) \ 1\ onli-ho,óâ~ A B ..---------,7\ tà ~ L Portanto, tem-se: + VA x Sm - 2,0tf x 2m + VB x O = O HB= o +--- momento deVA em re/oçõo o B momento de 2,0/f em relação a B momento de Vs em reloçõo a B CAPÍTULO 2 - Cólcvlo dos esforços em vigos isostóficos Como M = F x d, no primeiro caso tem-se como força a reação VA, cuja distância ao pólo B é Sm. Sua tendência de giro em relação a B é no sentido horário. Soma-se a esse momento o momento da força de 2, Otf, cuja distância ao pólo B é de 2m e cujo sentido de giro em relação a B é anti- horário. No terceiro caso, a linha de ação da reação VB passa pelo ponto B, logo sua distância a B é zero, o que resulta em um momento nulo. Completando-se a equação 2, tem-se: VAx Sm- 4;0tfm =O Sm x VA = 4,0tfm 4,0tfm VA=--5m VA = O,Btf Para determinar VB, substitui-se o valor deVA na equação 1 VA + VB = 2,0tf O,Btf + VB = 2,0tf VB = 2,0tf- O,Btf VB = 7,2tf Exercício: Calcular as reações de apoio para a viga da figura a seguir. A l 2.0fl 11,011 r orr B HB fà b 2m I 7m I I,Sm I 1,5m 1 6m V e IFH =O, onde (+) (- ) ~e~ - HB = 0 ~ HB = 0 CAPfTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostóticos ~FV =O, onde (+ ) t e lF F I (-) + VA- 2,0tf-1,0tf- 4,0tf + VB =O VA- l,Otf + VB = O "3) VA + VB = l,Otf M M ~ MB = O onde ~ e r--(+) d ~(-) A B 12,0ff B 1l,Otf B r~tf B ~---.. + ~ + ~ + e.c------I...--.~ + a~<"'"-----.6. 1 4m! ~ tfm 1 (+VAx6m) (-2,0tfx4m)(-1,0tfx3m) (-4,0tfx7,5m) (+VBxO) + VA x 6m - 2,0tf x 4m - 7 ,Otf x 3m - 4,0tf x 7,5m + VB x O = O + VA x 6m - B,Otfm - 3;0tfm - 6,0tfm = O 6m x VA- 7 7,0tfm =O 6m x VA = 7 7,0tfm VA = 7 7,0tfm 6m VA = 2,8tf G) VA + VB = l,Otf 2,8tf + VB = l,Otf VB = l,Otf- 2,8tf VB = 4,2tf V a CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigos isostálicos Para simplificar o cálculo, pode-se generalizar os resultados, usando uma força P qualquer atuando sobre a viga de vão f qualquer e distante a e b dos apoios A e B, respectivamente. A ~- r o t b 1 f ~FH =O, onde - HB = 0 ---7 HB = O ~FV =O, onde (+)r e I F F -.v {- ) + VA- P +VB =O VA + VB = P Ci) LMB =O, onde (+) + VA X f- p X b + VB X o= o +VAxf-Pxb=O VA X f= p X b Pxb VA=-- f. VA + VB = P B H a b V a CAPITuLO 2 - Cólculo dos esforços em vigas isostóticos Pxb -f-+ VB = P V _ p Pxb B - - f VB = p X f - p X b f VB = p X (f- b) e Verificar que: N. ím: f- b = a, pois a + b = f VB = Pxa f Desta maneira, basta aplicar diretamente essas relações genéricas, sem necessidade de se detenninar os valores das reações usando, toda vez, as equações da estática. Se houver mais de uma carga na viga, faz-se o cáculo das reações parciais para cada carga, somando-se ao final esses valores parciais para obter a reação total em cada apoio. Exemplo: 3m 2m Sm Vs CAPÍTULO 2 -Cálculo dos esforços em 11190S tsostot1cos Ne te ca o: Assim: P = 2, Otf, a = 3m b = 2m e f. = 5m VA=~ f VA = 2,0tf x 2m = 4,0tfm = O,Btf Sm 5m VA = O,Btf V Pxa B=-- f VB = 2,0tf x 3m = 6,0tfm = 1,2tf 5m 5m VB = 1,2:f Exemplo: A~------~l-Z_Ot-f ~l~J-,0-H ___ l~4-,0-~--~ B ~ ~ ' ~ j 2r1 1 Jm J,5m 1,5!'1 6m Vs A viga deste exemplo pode ser decomposta em três vigas, carregada cada uma com uma carga concentrada. Calculam-se os valores das reações para cada viga e somam-se esses valores parciais para obter o valor final. CAPfTULO 2 - Cókulo dos esforços em vigos isostóticos 8 ,..--~-----.,..b._ VAI = Pxb I, 6m VAI = 2,0tf x 4m = B,Otfm = 1 ,3tf 6m 6m Pxo V81 =-- f. VBI = 2,0tf x 2m = 4,0tfm ::: Q,7tf 6m 6m 2a Carga: r Ol/ A !à 3m I 3m . , 6m VA2 1tf 3 3tfm VA2 = . x m = -- = 0,5tf 6m 6m V82 = 1 tf x 3m = 3tfm = O,Stf 6m 6m 8 ~ V82 CAPÍTULO 2 - Cólculo dos esforços em vigas isoslóficos 31 Carga: 1 4,011 A B fu)"r---- ------=---------;;D_ 4,5m l I,Sm 6m VA3 = 4,01f x J ,5m = 6,0rfm = 1 ,Otf 6m 6m V83 = 4,0tf x 4,5m = J 8,0tfm = 3,0if 6m 6m Somando- e o valores parciai tem- e: VA = VAI + VA2 VA3 VB = V8 7 + V82 + VB3 VA = 1,3tf + 0,5tf + 1 ,Otf V8 = 0,7tf + 0,5tf + 3,0t.f VA = 2,8tf V8 = 4,2tf No ca o de carga unifonnemete di tribuídas obre a viga tai como eu peso próprio laje e alvenaria a- e o artifício de ubstituir a carga di tribtúda pela ua resultante . 4m V a CAPÍ UlO 2 - Cólculo dos esforços em vigas isostóticos Como a carga distribuída é de 2,0tf/m e o seu comprimento é de 4m, sua resultante é de P = 2,0tf/ m x 4m = B,Otf, aplicada no meio, ou seja: r-B,Off A .-:-----.!...---7\~ B fd_ ~ 2m l . 2m ' 4m 4m V a V a Usando as equações da estática, desconsiderando a que se refere a forças horizontais, já que só existem cargas verticais atuando sobre a viga, tem-se: F I Fv =o (-) VA- 4m x 2,0tf/m + VB = O VA- 8,0tf + VB =O .!_.; VA+ VB = B,Otf M M .EMB= O ;~e C VA x 4m - B,Otf x 2m + VB x O = O VAx4m- B,Otfx 2m= O VAx 4m- 7 6,0tfm =O VAx4m = 76,0tfm 2m 1 4m 2m Vs CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esíorços em vigas isoslóricos VA = 16,0tfm 4m VA = 4,0tf (D VA + VB = B,Otf 4,0tf + VB = B,Otf VB = B,Otf - 4,0tf VB = 4,0tf Resultados que eram de se esperar: já que a carga é unifo~emente distribuída sobre toda a extensão da viga, metade de seu valor vru. para cada apoio. Generalizando, considerando a carga distribuída q e o vão f, tem-se: A ~ R./2 R./2 e Vs Vs I FV=O (+)F~ e I F \li f-) + VA - q X .e + VB = o VA + VB = q X .e .EMB= O (+) CAPÍTULO 2 ~ Cólculo dos esforços em vígos isostóticos R VA X R- q X R X - + VB X o = o 2 q X f 2 VAx.€- --=O 2 VAxf = qxP 2 q X .{2 VA=-- 2x f VA = q X R 2 VA + VB = q xfJ. qx l -- + VB= qx .f 2 qxf VB = q xf- -- 2 VB = 2 X q X .e - q X .e 2 VB = q X R 2 Exemplo : Calcular as reações de apoio da viga da figura. AI r ~ 1,011 1 = 1,5t~m r ~3.~ IB ~- h,_ 2m t 1 3m 2m lm Vs Carga di tribuída: q = 1,5tf/m; R= 7m q x .e 1,5tf/ m x 7m VAI=-- = = 5,25tf 2 2 qx f 1,5tf/ m x 7m VB7 = -- = = 5,25tf 2 2 CAPÍTUlO 2 ~ Cólculo dos es orços em vigas isostóticos 1 a Carga Concentrada: P7 = 1 ,Otf; a = 2m· b = 3m + 2 m = 5m VA2 = Pl x b = 1,0tf x 5m = O,lltf .e 7m VB2 = P x a = 1,0tf x 2m = 0,29tf .e 7m 2il Carga concentrada: P2 = 3,0tf; a = 2m + 3m = 5m; b = 2m VA3 = P2 x b = 3,0tf x 2m = O,B6tf l 7m P x a 3,0tf x 5m VB3 = -- = = 2, 14tf fJ. 7m VA =VAI+ VA2 + VA3 VA = 5,25tf + 0,71tf + 0,86tf VA = 6,82tf VB = VB I + VB2 + VB3 VA = 5,25tf + 0,29tf + 2, 14tf VA = 7,68tf Como se viu, usando as fórmulas generalizadas, o cálculo das reações é bastante rápido, para qualquer carregamento. CAPiTuLO 2 - Cálculo dos esforços em vigos isostôticos 2.3.2. Vigas em balanejo Como foi visto, uma viga em balanço é aquela em que uma das extremidades é totalmente livre de apoio e a outra apresenta um apoio engastado. p o comprimento do balanço seró identificado como .fo Como o vínculo engastado não admite deslocamentos horizontal e vertical e nem o giro da barra, ele é capaz de absorver reações horizontais, verticais e momento. p NIA ?, ~ ~ ~ A i ~ % ;}' ~ bo f. o VA U ando a equaçõe da estática tem-se: ~'""0 IFH =O, onde ~ (- ) e ~--~ F r + HA= O ---7 HA= O O que era esperado. CAPfTULO 2 • Cólculo dos esforços em v1gas isosrólicos HJ F ' IFV= O, 2) onde e (- ) + VA- P =O VA = P M M 0) .EMA= O, onde ;:J e c) Lembrar que a linha de ação da reação VA passa pelo ponto A, escolhido como pólo dos momentos. Já o momento reativo MA, apesar de estar atuando no pólo A, não se anula, porque ele já é um momento e não uma força, por isso não é multiplidado por qualquer distância. Assim: + VA x O - MA + P x bo = O - MA + Pxbo= O -MA=- P X bo MA= Px bo O resultado é esperado, pois o momento de P em relação ao apoio é o seu valor P multiplicado pela sua distância ao apoio, bo, portanto P x bo . Esse resultado pode ser generalizado para qualquer quantidade de cargas concentradas. Exemplo: Calcular as reações de apoio para o balanço da figura. 2,0t( r" 3,0rf NIA J ~ ~ ~ A % ~ I ~ ~ 1m 2-71 1 4m l VA CAPfTULO 2 - Cólculo dos esforços em vigas isostólicos A viga da figura da página anterior pode ser decomposta em três outras: c l 2,0tf ~ ~ A ~~--~------------ ~~ ~ @ ~ f lm - VA 3m 4m j VAl = 2,0tf 0/A = P) MAl= 2,0tf x 1m MAl = 2,0tfm (MA = P x bo) VA2 = 7,0tf MA:2 = 1 ,Otf x 3m MA2 = 3,0tfm 3,0tf VA3 = 3,0tf fW.:3 = 3,0tf x 4m MA3 = 7 2,0tfm Somando todas as reações intermediárias, tem-se: VA = VAJ + VA2 + VA3 VA = 2,0tf + 7 ,Otf + 3~0tf --7 VA = 6,0tf MA = MA 1 + /l/tl\2 MA3 MA = 2,0tfm + 3,0tfm + 12,0tfm ---7 MA = 17,0tfm CAPÍTULO 2 - Cólculo dos esforços em vigos isoslóticas No caso de carga dístribufda, usa-se o mesmo artifício já usado anteriormente: substituí-se a carga distribuída pela sua resultante. Assim: F<Wri' I I I I I bo VA = P = q xbo VA = q x bo bo bo MA= Px- = qxbox- 2 2 bo 2 MA= q x bo2 2 como q x lo 2 bo = .eo ---7 MA = -'---- 2 As vigas biapoiadas, já estudadas, também podem apresentar balanços, o que não altera os procedimentos vistos. Suponha-se a situação da figura, onde só existe a carga P concentrada aplicada no extremo do balanço: A B lp _&:à~------E-.,..---~ i -VA - f----.l--va bo ando as equaçõe da e tática tem-se: .EFV = O ("'-) A I F F I e 'V ( - ) + VA + VB - P = O I VA + VB = P CAPITULO 2 - Cólculo dos esforços em vigas isostóticas M M .EMB = 0 ~e~ + VA x R + VB x O+ P x bo =O VA x R =- P x bo VA = _ P x bo R O resultado negativo para a reação VA indica que está ocorrendo um arrancamento no apoio. Esse efeito que o momento do balanço causa nas reações de apoio, aliviando o apoio oposto e sobrecarregando o apoio do balanço é denominado efeito de alavanca. Pois, nessa situação, a viga se comporta como uma alavanca, usada para levantar pesos. CD VA + VB = p ---7 P x bo VB=P+-- R P x bo --+VB=P R Uma outra maneira de encaminhar a solução e que pode agilizar os cálculos é considerar o vão independente do balanço, calcular o balanço independentemente e aplicar o resultado ao vão. Assim: A B r A t -~3 - A e 1-~ 1 1 Para o balanço isoladamente tem-se: Vbal = P ~~lp ~ A ~ ~~ f bo - - Vba! Mbol = P x bo CAPITULO 2 - Cálculo dos esíorc;os em vigas isos.tóticas Aplicando esses resultados ao vão, tem-se: A v~~ Pl) 6i1.1<""·-.------- -Là; B Mbo l = P x bo ! f. - r-VA----=------1--Vs EFV = O f-t-) /:\1 e !F F ~ (-) + VA- P + VB =O VA + VB = P .EMB = 0 VAx R+ P x O+ VBxO + Mbal =O, como Mbal = P x bo, tem-se: VA x R + P x bo = O P x bo VA = --- R + VA + VB = P _ P x bo + VB = p R P x bo VB = P +--- Repare que os resultados são os mesmos. Prestando mais atenção aos valores obtidos, pode-se notar que: VA = _ P x bo R CAPÍTULO 2 • Cálculo dos esforços em vigas isostó1icos Sendo P x bo o momento devido ao balanço, tem-se que a reação VA é o momento do balanço dividido pelo vão, ou seja: VA = _ Mbol t ou VA = _ P x bo .e Como P é a carga no balanço, tem-se que a reação VB é igual às cargas existentes no balanço somadas ao momento do balanço (P x bo ), dividido pelo vão central, ou seja: VB = p + Mbol .e ou V P P x bo B= + +--- f Considere-se a situação apresentada na figura a seguir: 2,0tf 3,0tf lllld 11 1 D_ - +-----3_m ____ -tJ---~2~m--~~7~m4~~ 2~ -1 5m I Calculando-se em primeiro lugar o balanço, tem-se: Vbol = q X .fo + P Vbal = 2,0tf!m x 2m+ 3,0tf Vbal = 7,0tf Mbal = q x .e o 2 + P x bo 2 Mbol = 2,0tf/m x (2m? + 3,0tf x 1m 2 Mbal = 4,0tfm + 3,0tfm Mbal = 7, Otfm J,Otf q = 2,0tf/m 7 m (bo) 2m (fo) V boi CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vtgos isostóticos As im, tem-se: 2,0tf Vbol = l,Otf A !-1-..l.....l.....!....!.-'---"-J.....J....l-L.........._ .......... _._~ B ) Mbo< ~ 7,011m 3m l 2m 5m Vs Considerando-se apenas o efeito do balanço nas reações, tem-se: Mbl a M~ r 1- VA = --;- \.:.1 VB = Vbol +-f- Con iderando- e apenas a carga do vão chega- e a: ~= q xf.+Px b ~=qxf+Pxa 2 .e 2 f 2 Otf/m x 5m 2 Otf x 2m V 2,0tf/m x 5m + 2,0tf x 3m VA = I + I I B = 2 5m 2 5m VA = 510tf + OIBtf I VB = 510tf + 1,2tf VA = 5,81( VB = 61 2tf Adicionando-se os efeitos do balanço, tem-se: 0) ,--X-., M bol VA = 5 Btf - - I e V.A = 5 Btf - 71 Otfm I 5m VA = 51 8tf - 1 1 4tf VA = 4,4tf il (" ~ r---......______, tf Mbal VB = 612 . + Vbal+ -f- VB = 6,2tf + 7,0tf + l,Otfm 5m VB = 6,2tf + 7,0tf + 7 ,4tf VB = 741 6tf CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostáticas Quem não se adaptar a esse processo agilizado pode usar o caminho normal (.E Fv = O e .EM = 0), mas seria interessante acostumar-se com o processo expedito, pois ele será muito vantajoso mais adiante. 2.4. Equilíbrio interno das vigas - Cálculo do momento fletor e da força cortante De nada resolve garantir que uma viga esteja com seus vínculos bem projetados, que sejam capazes de reagir às cargas externas ativas que atuam sobre ela, se internamente a viga não possui material resistente ou em quantidade suficiente para resistir às solicitações internas, ou seja, de nada resolve a viga estar equilibrada externamente se não o estiver internamente. Por isso as seções das vigas devem ser dimensionadas para que não se desloquem na horizontal (sob a ação de tração ou de compressão axial), não se desloquem na vertical (sob a ação de forças cortantes) e não girem (sob a ação de momento fletor). ~r--~, I 7""0""111....-;-:11....-;-:1 1~1 { { I I I I I li I I D. deslocamento horizontal entre seções = ruptura por tração simples deslocamento vertical entre seções = ruptura por força cortante giro entre seções = ruptura por momento fletor CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em v1gas isostóticas Portanto, para haver equilíbrio interno, as seções da viga não devem se deslocar na horizontal (E FH = O), na vertical (.E F v = O) e não devem girar (.EM = O). Por isso, o primeiro passo para dimensionar uma viga, para que ela permaneça em equilíbrio estático interno, é calcular os esforços internos de tração ou de compressão axial, de força cortante e de momento fletor. Como na grande maioria das vigas ocorrem apenas cargas verticais e portanto apenas força cortante e momento fletor, este será o foco do estudo aqui apresentado. 2.4.1. Força cortante e momento fletor em vigas biapoiadas sem balanços Para determinar o valor da força cortante e do momento fletor em uma dada seção da viga, supõe-se a viga interrompida nessa seção e despreza- se uma das porções resultantes do secionamento, como se ela não existisse e a viga se mantivesse estável pela reação apresentada pelas forças internas na seção. Nessa situação, estuda-se o equilíbrio da porção restante da viga de maneira que se garantam as mínimas condições de estabilidade, ou seja, que não ande na vertical e que não gire. 2.4.1.1. Cargas concentradas Considere-se a viga apresentada na figura: 12,01f A B /à,_...----::-c --~.6_ t2m ~ 3m t O primeiro passo é a análise do equilíbrio externo da viga como um to~o, ou seja, o cálculo das reações de apoio. Neste caso sugere-se para mru.or agilidade o uso das relações gerais, ou seja: VA = p x b e VB = p x 0 c _f VA = 2,0tf x 3m 5m e VB 2,0tf x 2m 5m onde: p = 2,0tf a= 2m b =3m C= 5m CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isastáticas VA = 7,2tf e VB = O,Btf Em seguida, seciona-se a viga em um ponto qualquer entre A e C, tomando- se uma das porções restantes. Para evitar dificuldades com sinais sugere- se tomar-se a porção da esquerda. Entretanto, o resultado será o mesmo se for considerada a porção da direita. X XI r2,0tf / I I / I _+_ __________ 8 ,-, c L::.._ t I I porção deprezada VA = 1,2if ~O,Btf Toma-se como origem da variável x, que define a posição da seção genérica analisada, o ponto A, o apoio esquerdo. Para essa porção da viga estar em equihbrio, ou seja, não andar na vertical e não girar, devem estar aplicados na seção X uma força vertical e um momento. A força vertical é denominada "força cortante" (QX) e o momento, "momento fletor" (MX). X I I ~r)M, i~ Não se deve preocupar com os sentidos assumidos para a força vertical e para o momento: sinais negativos indicarão que o sentido verdadeiro é o oposto do assumido. Considere-se inicialmente a força Qx para baixo e o momento Mx no sentido anti-horário. Usando as equações da estática, tem-se: EFV= O ~e 1. F F I (-) + 7 ,2tf - Qx = o :'}_-~ Qx = 1,2tf Ct~PÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostóticas Conclui-se que nesse trecho a força cortante independe de x, portanto é constante e igual à reação de apoio V A. Usando a equação de momentos e considerando um ponto conveniente como pólo, neste caso a seção X (elimina-se o momento da incógnita Qx, diminuindo-se o trabalho com a solução do sistema de equações), tem-se. M M EMX= O ~J e(~~ + 7 ,2tf x x + Qx O - MX = O 2 Mx = 7 ,2tf x x Observe-se que nesse trecho o momento varia linearmente com x. Considere-se a seguir uma outra seção, agora entre os pontos C e B. Nesta posição, a carga concentrada passa a ser incluída na porção restante da viga. Note-se que a origem do x é a mesma, a partir de A. Mantém-se também a análise da porção esquerda. Sugere-se, para evitar erros, que sempre se tome a porção esquerda. EFV =O ( +) li\1 e F + 7,2tf- 2,0tf- Qx =O Qx =- O,Btf i f I \); (-) CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isosiáticos Observe que nesse trecho a força cortante também é constante e tem o valor da reação VB, agora com sinal negativo. EM= O + 1,2tf x x- 2,0tf x (x-2m)- Mx =O + 7 ,21f x x- 2,0tf x x + 4,0tfm - Mx = O (~ Mx = - 0,8tf x x + 4,0tfm Mx apresenta nesse trecho uma equação diferente, mas também variando linearmente em x. O passo seguinte é construir os gráficos de variação da força cortante e do momento fletor. Para isso, lança-se mão de suas respectivas equações e em cada trecho, substituindo-se x por valores entre A e B, ou seja entre O e 5m. Para a força cortante usam-se as equações (t') e ( 3} ' --· "-.-·· A x(m) o 1 c 2 3 4 B 5 Qx(tf) o + 7,2 + 7,2/-0,8 -0,8 -0,8 -0,9 i Qx = 1,2tf ~Qx =- 0,8tf A grande surpresa é que, no ponto de aplicação da carga concentrada, ou seja x = 2 m, a força cortante apresenta dois valores. Isso significa que imediatamente à esquerda do ponto de aplicação da carga concentrada o valor da força cortante é de 7,2tf e imediatamente à direita é de 0,8tf. A soma desses valores resulta no valor da própria carga concentrada, ou seja 2,0tf. O gráfico deve ser construído em escala. Para isso, usa-se uma escala de forças, por exemplo 7 em = 1,0tf, para os valores da força cortante e outra geométrica para os comprimentos x. CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostáticos A escala é de livre escolha e deve levar em conta o tamanho final do gráfico, de maneira que permita uma leitura fácil e de precisão. Para força cortante convenciona-se desenhar os valores positivos acima da linha de referância. linha de referência (L R) + V A A c p B vs1â L--- --- --' o Pode-se construir esse gráfico de uma maneira mais rápida e prática, sem o u o da equação de QX, desenhando- e as carga verticais que atuam nas viga incluindo reaçõe de apoio, em escala, na po ição e no entido em que aparecem. Parais o inicia- e o desenho da e querda para a direita. As im, a primeira força a er de enhada é a reação de apoio VA, igual a 7,2tf com entido para cima. Marca-se es a força no gráfico. Como entre a reação e a força concentrada não existem outras forças o valor permanece con tante, o que no gráfico é representado por urna linha horizontal. Ao e cruzar a força concentrada de 2,0tf, coloca-se a me ma no gráfico, com entido de cima para baixo o que faz oro que o gráfico cruze a linha de referência, re ultando um valor negativo de 0,8 tf. Como novamente não ex i tem outras forças verticais até o apoio B, o gráfico permanece constante até encontrar a reação VB, no sentido de baixo para cima. Esse procedimento pode ser feito para qualquer quantidade de cargas concentradas, desde que determinadas previamente as reações de apoio. Para construção do gráfico de momento fletor, procede-se da maneira já vista para a força cortante, substituindo-se os valores de x, tomando-se o cuidado de observar a equação válida para cada trecho. Para valores de X menores que 2m, vale a equação do trecho entre A e C e para valores maiores que 2m, deve-se usar a equação válida para o trecho entre C e B. A x(rn) MX(thn) o o c 1 + 7,2 2 +2,4/+2,4 i Mx = 7,2tf x x 3 + 7,6 4 +0,8 ~ Mx = - 0,8tf x x+4tfm B 5 o CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esfor·ços em vigas isostáficos Observe-se que, diferentemente da força cortante, no ponto de aplicação da carga concentrada, x = 2m, as duas equações dão o mesmo resultado. Como já se sabe, previamente, que o gráfico é uma reta (equação com variável X no primeiro grau) bastam apenas dois pontos, em cada trecho, para desenhá-lo. Ao contrário da força cortante, no Brasil, os valores positivos do momento fletor são desenhados abaixo da linha de referência. Essa opção visa facilitar a visualização da deformação da viga fletida. Em outros países, o gráfico é desenhado com valores positivos para cima. O que importa é saber interpretar os gráficos e saber o que está ocorrendo em termos de solicitação física. No caso da força cortante, os sinais positivos e negativos indicam a direção das trações e compressões provocadas por ela. A figura mostra o exemplo de uma viga de concreto trincada em conseqüência das forças de tração provocadas pela força cortante. AI..____® +-----.8 c ~-.._o_-.~1 trincos no viga causados pelo forço cortante CAPÍTULO 2 - Cálculo elos esforços em vigas isostát1cos No caso do momento fletor, o importante é saber que o momento fletor convencionado como positivo é aquele que provoca tração nas fibras inferiores e compressão nas fibras superiores da viga. Assim: lroçõo Para facilitar o cálculo, pode-se generalizar os resultados para força cortante e para momento fletor. Seja a viga da figura a seguir: r B D. A~------~----------~ _ê_ c o b Trecho AC Pxb VA = -- R. e VB Pxa R. Vs IFV =O (-!) t I F i e F i ~ (-) Px b _ Qx = 0 R. Pxb Qx =+ -R.- ou Qx = + VA CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isosióticos M M X-Mx=O ~e f (+)J ~(-) Pxb -- x x + Qx x o - Mx = o f Pxb Mx = + -- x x ou Mx = + VA x x f Trecho CB a x-a X Como f- b =a X-Mx =o Pxa logo Qx = --- f M c Px b x x + P (x -a)- Mx =O f Mx = + P x b x x - P (x - a) f Mx = + P x b x x - P x f (x - a) f (-) X-FV=O F Pxb --- P- Qx =o f Qx = P x b _ P R. QX = p X b - p X f f ou Qx =- VB +Pxbxx- Pxfxx +Pxfxa Mx = ~~.=...:..:..:.....:___:_...:..:......::__:_:_:....:..___:_...:..:......::_:_:___::.... e Mx = + P x x (+ b- f) + P x f x a f Mx = -Pxxxa + Pxfxa f P x a x (f- x) Mx=------ f como b- f=- a CAPITULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isoslá1icas Como foi visto, o momento máximo se dá sob a carga concentrada, ou seja quando x = a, portanto substituindo-se x na equação, tem-se: Mmax = P x a x (f- a) R. Pxaxb Mmax = _:______:_:.___::___:..:....::.... f como P-a=b Com esse valor e os das reações de apoio, construir o gráfico toma-se muito fácil. No caso da força cortante desenham-se as cargas verticais; a partir da reação do apoio esquerdo para o momento fletor, desenha-se um triângulo com o valor máximo sob a carga concentrada e valendo P x a x b I f. A r 8 ~- c ti a I. b } VA = p X b Va = Px a I e e I I VA = p xb e ® A 8 p c Vs ~ p; a i 8 8 ~' "1<"'"""" X Pxaxb c E f. ~ CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostáticas Exemplo: Calcular a força cortante e o momento fletor máximos para a viga. A~--~12_,_1t-f ----~1-,0-tf----~13_,_0t-f ~B C O E l m 2m 2m 6m Pl X b) + P2 X b2 + P3 X b3 VA= --- f f f 1m VA = 2, 1 tf x 5m + 1 ,Otf x 3m + 3,0tf x 1m 6m 6m 6m VA = 1 ,75tf + 0,5tf + 0,5tf VA = 2,75tf Pl x a 7 P2 x a2 P3 x a3 VB = + + --- f f f 2, 1 tf x 7 m 1,0tf x 3m 3,0tf x 5m VB = + + --'---- 6m 6m 6m VB = 0,35tf + 0,5tf + 2,5tf VB = 3,35tf Ou simplesmente: VB = (2,1tf + 7,0tf + 3,0tf)- VA VB = 6, 1 tf - 2,75tf VB = 3,35tf V a CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostáticas Trecho AC X VA = 2,75tf EFV= O l+>,t. ri-) + 2,75tf- Qx = O ( Í-\ Qx = 2,75tf ---7 independe de x, logo é constante no trecho --" EMX= O + 2,75tf x x- Mx =o ---:-'1 \ .3_) Mx = 2, 7 5tf x x ---7 depende linearmente de x, logo é uma reta Trecho CO 'I X VA =2,75tf EFV= O (-+) 1\ I F F e'V(-) + 2,7 5tf - 2, 7 tf - Qx = o CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isoslóticos 0,65tf- Qx = o (I; Qx = 0,65tf -7 constante M (+) e~ .EMx = o + 2,75tf x x- 2,1 tf x (x -1 m) - Mx = O 0,65tf x x + 2, 1 tfm - MX = O CD MX = 0,65tf x x + 2,1 tfm -7 reta Trecho DE ê..-----=-r-~~ ff-~r-~Otf~X! r)~ I. x-3m , J; FV = O 1m 2m X 1 x- l m ( } I I F F e 'V ( -) + 2,75tf - 2,1 tf -1,0:f -QX= 0 - 0,35tf - Qx = o ~' QX =- 0,35tf -7 constante M M l;MX = O ~e~ + 2,75tf x x- 2, 1 tf x (x-1 m) - 1 ,Otf x (x-3m)- MX = O CAPfTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas 1Sostóticos + 2,75tf x X- 2, l tf x X + 2, l tfm - I,Otf x x + 3tfm - MX =O 2 ~ Mx = - 0,35tf x x + 5, J tfm -7 reta Trecho EB m l 1 1m 2m x-3m x-l m 1 X VA=2 75tf LFV=O (+) 1\ e I F pl V/ (-) + 2,75tf -2, 1tf - J,Otf - 3,0tf + Qx =o - 3,35tf + Qx = o (I:, Qx = - 3,35if -7 constante x- m, ., Ob erve-se que a força cortante nesse trecho é numericamente igual à reação de apoio VB. 2,75tf x x- 2, 7tfx (x-1 m) - 1,0ff x (x-3m) - 3,0tf x (x -Sm) - MX = O 2,75tf X X-2, Jtf X X + 2,1 tfm - 1,0tfx X + 3,0tfm- 3,0tfm X X+ 15tfm - Mx = 0 '2) Mx =- 3,35tf x x + 20, 1tfm -7 reta CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostóticas Obtidas as equações de todos os trechos, parte-se para a construção dos gráficos de força cortante e de momento fletor. Para simplificar a construção do gráfico de força cortante usa-se o processo de desenhar as cargas verticais sobre a viga, incluindo as reações de apoio. Não se deve esquecer que o gráfico deve ser sempre desenhado em escala. Gráfico de força cortante A r'" à c I Jm VA = 2,75tf I I 2,75 tf CD 2, ) tf 2m l 11,011 D 61m 2m (O G [ o,65rr 1,0tf ) I 0,35tf + x=2m ~- 13,011 B E :L_ Jm Vs = 3,35tf 8 (Q) linha de referência 3,0tf o 3,35tf Pode-se verificar, no gráfico, que a força cortante máxima ocorre em um dos apoios, no caso o apoio B, e vale 3,35tf. Pode-se determinar o valor da força cortante em qualquer posição, por exemplo a 2m do apoio A: lê-se no gráfico o valor da ordenada para x = 2m. Neste exemplo, esse valor é de Q = + 0,65tf. Lembrar que nos pontos de carga concentrada sempre ocorrem dois valores para a força cortante. CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostóticas Por exemplo, a 3m do apoio A, ou seja no ponto de aplicação da carga concentrada de 7 tf, a força cortante vale 0,65tf à esquerda e- 0,35tf à direita. Para construir o gráfico de força cortante por esse processo pode-se dispensar as equações, bastando apenas conhecer as reações de apoio. Gráfico de momento fletor Como as equações de momento fletor nos diversos trechos são retas, para desenhar o gráfico basta conhecer os valores sob as cargas concentradas e ligar os pontos obtidos. x(m) Mx(tfm) o o 7 +2J5 3 +4,05 5 +3,35 6 o A t"' á c l m (O) (A= 2( 5tf 2m trechoAC = Mx = +2,75tf x X trecho CO= Mx = +0,65tf x X+2, Jtfm trecho DE = Mx = - 0,35tf x X + 5, 7 tfm trecho EB = Mx =- 3,35tf x X+ 20, Jtfm f'"'' r Otl B D E b 2•"1 Jm 6m Vs = 3,35Jf (Q) linha de referência ~ l.() o CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostáticas Do gráfico obtém-se o valor do momento máximo de 4,05tfm. Observe que o momento máximo ocorre no mesmo ponto em que o gráfico da força cortante passa por um zero, ou seja, onde o gráfico cruza a linha de referência. Será sempre assim: onde a força cortante passa por zero o momento é máximo. A constatação dessa relação entre força cortante e momento fletor é muito importante, pois permite calcular o valor do momento fletor máximo sem passar por todas as equações, calculando-o apenas na seção onde a força cortante se anula. No exemplo apresentado, observe que a força cortante cruza a linha de referência, ou seja, passa por zero, na seção onde está aplicada a carga concentrada de 1,0tf. Assim, determinando-se o momento fletor na seção, tem-se: lm 2m VA = 2,75tf EMo =O + 2,75tf x 3m - 2,1 tF x 2rn + 1 ,Oif x Om - Mo = O + 8,25tfm - 4,2tfm - Mo = O Mo = + 4,05tfm Pode-se, ainda, simplificar muito o cálculo da viga usando um processo geométrico em lugar do processo analítico apresentado até aqui. No processo geométrico, o gráfico de momento fletor é diretamente construído a partir da soma dos gráficos parciais de cada carga. Como já visto, o gráfico de momento fletor de uma carga concentrada é um triângulo, cujo máximo (Mmax) se dá sob a carga concentrada e vale Mmax = P x a x b I f, onde P é a carga concentrada, a e b as distâncias das cargas aos apoios A e B, respectivamente, e f o vão da viga. C\PÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostáticas Com esse processo geométrico, o exercício visto poderia ser resolvido assim: Pxa x b Mmax. = __ _ gráfico da carga de 2, 1 tf M 2, 1 tfm x 1m x 5rn max = 6m Mmax = 1 ,75t(m : 2 ' ; gráfico da carga de 1, Otf M 1,0Hm x 3m x 3m max = 6m Mmax = 1 ,5tlm ' ' i gráfico da carga de 3,0tf 3,0i{m x 5m x J rn Mmax = --- - --- 6m Mmax = 2,5tFm .:; . gráfico final = soma .:, i,: 2m 2m Yo1 :ê + + lõ r Otf E ED._ I. 1m f Tva YE1 I >'"= + E + O momento máximo pode ser lido diretamente do gráfico final. Neste caso, será a soma dos segmentos Y03 + J ,5tfm + YOl = 4,05tfrn. Para se obter o gráfico final, a soma dos segmentos dos gráficos parciais pode ser feita em quaisquer pontos. Como, neste caso, o gráfico é composto de retas, basta somar os valores dos gráficos parciais apenas nos pontos sob cargas concentradas. Para se obter maior precisão, o gráfico pode ser desenhado em CAD. CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostáticos 2.4.1.2. Cargas distribuídas Considere-se a viga apresentada na figura: ~ 111111 J ,i>firl llll - T 1 1 B D_ Sn1 i _,_V,_A---------------------,,~8 O primeiro passo é a determinação das reações de apoio. Sabe-se que no caso de cargas uniformemente distribuidas as reações de apoio são iguais e valem: q X.(! VA=VB= -- 2 Onde q é a carga uniformemente distribuída e .e o vão da viga: V _ V _ 2,0tf/m x 5m V _ V _ 5 0 f A- B- ---7 A- B- I 2 I Como não existem cargas concentradas, as equações para força cortante e momento fletor valem para todo o vão da viga. Assim, o equilíbrio da viga pode ser estudado em qualquer ponto entre A e B. ~111111111111 X Como já foi visto, a carga distribuída pode ser substituída pela sua resultante aplicada no meio, ou seja: CAPÍTULO 2 - Cálculo dos esforços em vigas isostáticas ~..-------:l;__P=2_,0tf/-m x--4? lQx) I Mx X/2 X/2 ~r·--~----~--~~~~ VA = 5, 0tf EFV= O (+) í' I F F f e t (-) + 5tf- 2,0tf X X- QX = 0 QX = - 2,0tf X X+ 5,0tf Note-se que a equação
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