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Política Nacional de Educação Infantil: Pelo direito à educação das crianças de zero a seis anos

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Prévia do material em texto

Ministério da Educação
Secretaria de Educação Básica
Política Nacional 
de Educação Infantil: 
pelo direito das crianças 
de zero a seis anos à Educação
2006
Diretora de Políticas de Educação Infantil e do Ensino Fundamental
Jeanete Beauchamp
Coordenadora Geral de Educação Infantil
Karina Rizek Lopes
Equipe da Coordenação Geral de Educação Infantil
Celza Cristina Chaves de Souza
Ideli Ricchiero
Magda Patrícia Müller Lopes
Neidimar Cardoso Neves
Roseana Pereira Mendes
Stela Maris Lagos Oliveira
Vitória Líbia Barreto de Faria
Colaboradores
ANPEd
CNTE
CONSED
CONTEE
FIEP
FNCEE
UNICEF
GIFE
UNESCO
OMEP
MIEIB
Secretaria de Atenção à Saúde
Secretaria de Política de Assistência Social
UNCME
Undime
SESU
SETEC
SEESP
SEED
Projeto Gráfico e diagramação
Letícia Soares Luna
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Centro de Informação e Biblioteca em Educação (CIBEC)
 
 
 Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. 
 Política Nacional de Educação Infantil : pelo direito das 
 crianças de zero a seis anos à educação. Brasília : MEC, SEB, 2006.
 32 p.
 
 1. Educação infantil. 2. Política Nacional de Educação infantil. 3. Melhoria da qualidade de 
ensino. I. Título. 
 
 CDU 372 
Apresentação
m consonância com o papel do Ministério da Educação (MEC) 
de indutor de políticas educacionais e de proponente de di-
retrizes para a educação, a Secretaria de Educação Básica 
(SEB) do MEC, por meio da Coordenação Geral de Educação Infantil 
(COEDI) do Departamento de Políticas de Educação Infantil e do En-
sino Fundamental (DPE), apresenta o documento Política Nacional de 
Educação Infantil: pelo direito da criança de o a 6 anos à educação, 
contendo diretrizes, objetivos, metas e estratégias para a área. 
Este documento em sua primeira versão e em conformidade com a meta 
do MEC, que preconiza a construção coletiva das políticas públicas 
para a educação, foi elaborado em parceria com o então Comitê Nacio-
nal de Educação Infantil. Com o objetivo de propiciar o cumprimento do 
preceito constitucional da descentralização administrativa, bem como a 
participação dos diversos atores da sociedade envolvidos com a edu-
cação infantil na formulação das políticas públicas voltadas para as cri-
anças de 0 a 6 anos foram realizados, em parceria com as secretarias 
municipais de educação e com a União Nacional dos Dirigentes Munici-
pais de Educação (UNDIME), oito seminários regionais (nas capitais: 
Belo Horizonte, Natal, Belém, Recife, São Paulo, Porto Alegre, Goiânia 
e Manaus) para a discussão do documento preliminar. 
As contribuições dos gestores públicos, dos técnicos das secretarias 
e de outros segmentos que atuam nos municípios formulando e execu-
tando políticas para a educação infantil tiveram importante papel no 
sentido de contemplar as especificidades de cada região. 
É desejo do MEC que este documento e a forma como ele foi pro-
duzido contribuam para um processo democrático de implementação 
das políticas públicas para as crianças de 0 a 6 anos. É, portanto, com 
satisfação que este ministério apresenta a versão final da Política Na-
cional de Educação Infantil.
Fernando Haddad
Ministro de Estado de Educação
E
�
Introdução
panorama geral de discriminação das crianças e a persistente 
negação de seus direitos, que tem como conseqüência o apro-
fundamento da exclusão social, precisam ser combatidos com 
uma política que promova inclusão, combata a miséria e coloque a edu-
cação de todos no campo dos direitos. O Preâmbulo da Declaração 
dos Direitos da Criança, das Nações Unidas, afirma que a humanidade 
deve às crianças o melhor dos seus esforços. A Constituição Federal, 
em seu art. 227, determina:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e 
ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, 
à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, 
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e co-
munitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Ao Estado, portanto, compete formular políticas, implementar pro-
gramas e viabilizar recursos que garantam à criança desenvolvimento 
integral e vida plena, de forma que complemente a ação da família. Em 
sua breve existência, a educação das crianças de 0 a 6 anos, como 
um direito, vem conquistando cada vez mais afirmação social, prestígio 
político e presença permanente no quadro educacional brasileiro.
Em razão de sua importância no processo de constituição do sujeito, a 
Educação Infantil em creches ou entidades equivalentes (crianças de 0 
a 3 anos) e em pré-escolas (crianças de 4 a 6 anos) tem adquirido, atual-
mente, reconhecida importância como etapa inicial da Educação Básica 
e integrante dos sistemas de ensino. No entanto, a integração das insti- 
tuições de Educação Infantil ao sistema educacional não foi acom- 
panhada, em nível nacional, da correspondente dotação orçamentária. 
Embora a Educação Infantil não seja etapa obrigatória e sim direito 
da criança, opção da família e dever do Estado, o número de matrícu-
las vem aumentando gradativamente (vide anexo 1). De acordo com o 
O
�
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
É importante destacar 
que o Plano Nacional 
de Educação (Lei nº 
10.172/2001) esta-
belece a extinção das 
classes de alfabetização: 
“Extinguir as classes de 
alfabetização incorpo-
rando imediatamente 
as crianças no Ensino 
Fundamental e matricular, 
também, naquele nível, to-
das as crianças de 7 anos 
ou mais que se encon-
trem na Educação Infantil” 
(II A 1 1.3 – meta 15).
1 >
Censo Escolar, a média anual de crescimento no período de 2001 a 
2003 foi de 6,4% na creche e de 3,5% na pré-escola.
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD) 
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2003, ape-
nas 37,7% do total de crianças com idade entre 0 e 6 anos freqüen-
tam uma instituição de Educação Infantil ou de Ensino Fundamental. 
Quando considerada a população de 4 a 6 anos, a taxa de freqüência 
à instituição é de 68,4%; e, quanto à população de 0 a 3 anos, esse 
percentual é de apenas 11,7%. Setenta e dois por cento desse atendi-
mento encontra-se na rede pública, concentrando-se de maneira rele- 
vante no sistema municipal (66,97%), em função da maior pressão 
da demanda sobre a esfera que está mais próxima das famílias e em 
decorrência da responsabilidade constitucional dos municípios com 
relação a esse nível educacional.
O Plano Nacional de Educação (PNE) define a ampliação da oferta “de 
forma a atender, em cinco anos, a 30% da população de até 3 anos de 
idade e a 60% da população de 4 a 6 anos (ou 4 e 5) e, até o final da 
década, alcançar a meta de 50% das crianças de 0 a 3 anos e 80% 
das de 4 e 5 anos” (meta 1). 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 1996) abre 
a possibilidade de ampliação do acesso ao Ensino Fundamental para 
as crianças de 6 anos, faixa etária que concentra o maior número de 
matrículas na Educação Infantil. Essa opção colocada aos sistemas 
de ensino diminui a demanda para esta etapa educacional e amplia a 
possibilidade de matrícula para as crianças de 4 e 5 anos. Para tanto, 
é imprescindível garantir que as salas continuem disponíveis para a 
Educação Infantil, não sendo utilizadas para o Ensino Fundamental e 
tampouco transformadas em salas de alfabetização1. A inclusão das 
crianças de 6 anos no Ensino Fundamental, no entanto, não pode ser 
efetivada sem que sejam consideradas as especificidades da faixa 
etária, bem como a necessidade primordial de articulação entreessas 
duas etapas da Educação Básica.
Um aspecto importante na trajetória da educação das crianças de 0 
a 6 anos, gerado pela sociedade, é a pressão dos movimentos so-
ciais organizados pela expansão e qualificação do atendimento. His-
�
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
toricamente, essa demanda aumenta à medida que cresce a inserção 
feminina no mercado de trabalho e há uma maior conscientização 
da necessidade da educação da criança sustentada por uma base 
científica cada vez mais ampla e alicerçada em uma diversificada ex-
periência pedagógica. 
Pesquisas sobre desenvolvimento humano, formação da personalidade, 
construção da inteligência e aprendizagem nos primeiros anos de vida 
apontam para a importância e a necessidade do trabalho educacional 
nesta faixa etária. Da mesma forma, as pesquisas sobre produção das 
culturas infantis, história da infância brasileira e pedagogia da infância, 
realizadas nos últimos anos, demonstram a amplitude e a complexi-
dade desse conhecimento. Novas temáticas provenientes do convívio 
da criança, sujeito de direitos, com seus pares, com crianças de ou-
tras idades e com adultos, profissionais distintos da família, apontam 
para outras áreas de investigação. Neste contexto, são reconhecidos a 
identidade e o papel dos profissionais da Educação Infantil, cuja atua-
ção complementa o papel da família. A prática dos profissionais da 
Educação Infantil, aliada à pesquisa, vem construindo um conjunto de 
experiências capazes de sustentar um projeto pedagógico que atenda 
à especificidade da formação humana nessa fase da vida.
A Educação Infantil, embora tenha mais de um século de história como 
cuidado e educação extradomiciliar, somente nos últimos anos foi re-
conhecida como direito da criança, das famílias, como dever do Estado 
e como primeira etapa da Educação Básica.
A educação da criança de 4 a 6 anos insere-se nas ações do Ministério 
da Educação (MEC) desde 1975, quando foi criada a Coordenação de 
Educação Pré-Escolar. Na área da Assistência Social do Governo Fe- 
deral outro órgão também se incumbia do atendimento ao “pré-escolar” 
por meio de programa específico de convênio direto com instituições 
comunitárias, filantrópicas e confessionais que atendiam crianças de 0 
a 6 anos das camadas mais pobres da população. O Programa, que 
previa o auxílio financeiro e algum apoio técnico, foi desenvolvido pela 
Legião Brasileira de Assistência (LBA) do então Ministério da Previdên-
cia e Assistência Social, desde 1977. A LBA foi extinta em 1995, pre-
valecendo, no entanto, programa e dotação orçamentária para creche 
no âmbito da assistência social federal.
�
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
Nas décadas de 1970 e 1980, o processo de urbanização do país, 
cada vez mais intenso, somado a uma maior participação da mulher no 
mercado de trabalho e à pressão dos movimentos sociais, levou a uma 
expansão do atendimento educacional, principalmente às crianças na 
faixa etária de 4 a 6 anos, verificando-se também, na década de 1980, 
uma expansão significativa na educação das crianças de 0 a 3 anos. 
A pressão da demanda, a urgência do seu atendimento, a omissão da 
legislação educacional vigente, a difusão da ideologia da educação 
como compensação de carências e a insuficiência de recursos finan-
ceiros levaram as instituições de Educação Infantil a se expandirem 
“fora” dos sistemas de ensino. Difundiram-se “formas alternativas de 
atendimento” onde inexistiam critérios básicos relativos à infra-estru-
tura e à escolaridade das pessoas que lidavam diretamente com as 
crianças, em geral mulheres, sem formação específica, chamadas de 
crecheiras, pajens, babás, auxiliares, etc.
A trajetória da educação das crianças de 0 a 6 anos assumiu e assume 
ainda hoje, no âmbito da atuação do Estado, diferentes funções, mui-
tas vezes concomitantemente. Dessa maneira, ora assume uma função 
predominantemente assistencialista, ora um caráter compensatório e 
ora um caráter educacional nas ações desenvolvidas. 
Contudo, as formas de ver as crianças vêm, aos poucos, se modifican-
do, e atualmente emerge uma nova concepção de criança como cria-
dora, capaz de estabelecer múltiplas relações, sujeito de direitos, um 
ser sócio-histórico, produtor de cultura e nela inserido. Na construção 
dessa concepção, as novas descobertas sobre a criança, trazidas por 
estudos realizados nas universidades e nos centros de pesquisa do 
Brasil e de outros países, tiveram um papel fundamental. Essa visão 
contribuiu para que fosse definida, também, uma nova função para as 
ações desenvolvidas com as crianças, envolvendo dois aspectos indis-
sociáveis: educar e cuidar. Tendo esta função, o trabalho pedagógico 
visa atender às necessidades determinadas pela especificidade da faixa 
etária, superando a visão adultocêntrica em que a criança é concebida 
apenas como um vir a ser e, portanto, necessita ser “preparada para”.
Desde suas origens, as modalidades de educação das crianças eram 
criadas e organizadas para atender a objetivos e a camadas sociais 
diferenciadas: as creches concentravam-se predominantemente na 
�
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
educação da população de baixo poder econômico, enquanto as pré-
escolas eram organizadas, principalmente, para os filhos das classes 
média e alta. Embora as creches não atendessem exclusivamente a 
crianças de 0 a 3 anos e as pré-escolas não fossem apenas para as 
crianças de 4 a 6 anos, é importante ressaltar que, historicamente, es-
sas duas faixas etárias foram também tratadas de modo distinto. 
Tradicionalmente, na educação de crianças de 0 a 3 anos predomi- 
nam os cuidados em relação à saúde, à higiene e à alimentação, en-
quanto a educação das crianças de 4 a 6 anos tem sido concebida 
e tratada como antecipadora/preparatória para o Ensino Fundamen- 
tal. Esses fatos, somados ao modelo de “educação escolar”, explicam, 
em parte, algumas das dificuldades atuais em lidar com a Educação 
Infantil na perspectiva da integração de cuidados e educação em insti-
tuições de Educação Infantil e também na continuidade com os anos 
iniciais do Ensino Fundamental. 
Na Constituição Federal de 1988, a educação das crianças de 0 a 
6 anos, concebida, muitas vezes, como amparo e assistência, pas-
sou a figurar como direito do cidadão e dever do Estado, numa 
perspectiva educacional, em resposta aos movimentos sociais em 
defesa dos direitos das crianças. Nesse contexto, a proteção inte-
gral às crianças deve ser assegurada, com absoluta prioridade, pela 
família, pela sociedade e pelo poder público. A Lei afirma, portanto, 
o dever do Estado com a educação das crianças de 0 a 6 anos de 
idade. A inclusão da creche no capítulo da educação explicita a 
função eminentemente educativa desta, da qual é parte intrínseca 
a função de cuidar. Essa inclusão constituiu um ganho, sem prece-
dentes, na história da Educação Infantil em nosso país.
A década de 1990 iniciou-se sob a égide do dever do Estado pe-
rante o direito da criança à educação, explicitando as conquistas da 
Constituição de 1988. Assim, em 1990, no Estatuto da Criança e do 
Adolescente foram reafirmados esses direitos, ao mesmo tempo em 
que foram estabelecidos mecanismos de participação e controle so-
cial na formulação e na implementação de políticas para a infância. A 
partir de 1994, o MEC realizou uma série de encontros e seminários 
com o objetivo de discutir com os gestores municipais e estaduais de 
educação questões relativas à definição de políticas para a Educação 
10
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
Infantil. Neste contexto, o Ministério da Educação coordenoua elabora-
ção do documento de Política Nacional de Educação Infantil, no qual 
se definem como principais objetivos para a área a expansão da oferta 
de vagas para a criança de 0 a 6 anos, o fortalecimento, nas instâncias 
competentes, da concepção de educação e cuidado como aspectos 
indissociáveis das ações dirigidas às crianças e a promoção da melho-
ria da qualidade do atendimento em instituições de Educação Infantil. 
Como desdobramento desses objetivos, foi publicado o documento Por 
uma política de formação do profissional de Educação Infantil, no qual 
se discutiam a necessidade e a importância de um profissional qualifi-
cado e um nível mínimo de escolaridade para atuar em creches e pré-
escolas como condição para a melhoria da qualidade da educação. 
Partindo das políticas já existentes, das discussões que vinham sendo 
feitas em torno da elaboração da LDB, das demandas de estados e 
municípios e tendo em vista suas prioridades, o Ministério da Educa-
ção, em 1995, definiu a melhoria da qualidade no atendimento educa-
cional às crianças de 0 a 6 anos como um dos principais objetivos e, 
para atingi-lo, apontou quatro linhas de ação2: 
incentivo à elaboração, implementação e avaliação de propostas 
pedagógicas e curriculares;
promoção da formação e da valorização dos profissionais que 
atuam nas creches e nas pré-escolas;
apoio aos sistemas de ensino municipais para assumirem sua 
responsabilidade com a Educação Infantil;
criação de um sistema de informações sobre a educação da 
criança de 0 a 6 anos.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional evidenciou 
a importância da Educação Infantil, que passou a ser considerada como 
primeira etapa da Educação Básica. Dessa forma, o trabalho pedagógi-
co com a criança de 0 a 6 anos adquiriu reconhecimento e ganhou uma 
dimensão mais ampla no sistema educacional, qual seja: atender às 
especificidades do desenvolvimento das crianças dessa faixa etária e 
contribuir para a construção e o exercício de sua cidadania. 
No capítulo sobre a Educação Básica, essa lei define a finalidade da 
Educação Infantil como “o desenvolvimento integral da criança até 6 
b
c
d
a
Política de Melhoria da 
Qualidade da Educação: 
um balanço institucional. 
Secretaria de Educação 
Fundamental. Brasília: 
MEC/SEF, 2002.
2 >
11
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, 
complementando a ação da família e da comunidade”. Esse tratamento 
dos vários aspectos como dimensões do desenvolvimento e não como 
coisas distintas ou áreas separadas é fundamental, pois evidencia a 
necessidade de se considerar a criança como um todo, para promover 
seu desenvolvimento integral e sua inserção na esfera pública.
Essa nova dimensão da Educação Infantil articula-se com a valorização 
do papel do profissional que atua com a criança de 0 a 6 anos, com exi- 
gência de um patamar de habilitação derivado das responsabilidades 
sociais e educativas que se espera dele. Dessa maneira, a formação de 
docentes para atuar na Educação Infantil, segundo o art. 62 da LDB, 
deverá ser realizada em “nível superior, admitindo-se, como formação 
mínima, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal”.
Desde sua promulgação, a LDB vem sendo regulamentada por diretri- 
zes, resoluções e pareceres do Conselho Nacional de Educação (vide 
anexo 2), pelas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas Municipais e 
pelas normas estabelecidas pelos Conselhos Estaduais e Municipais 
de Educação. Essas diretrizes, resoluções e pareceres dizem respeito 
ao currículo de Educação Infantil, aos aspectos normativos que devem 
ser considerados pelos sistemas educacionais ao incluírem as insti- 
tuições de Educação Infantil e à formação inicial do profissional em 
nível médio e superior. 
Em 1998, o MEC, por iniciativa da SEF/DPE/COEDI, publicou o 
documento Subsídios para o credenciamento e o funcionamento das 
instituições de Educação Infantil. Essa publicação, organizada por 
conselheiros representantes dos Conselhos de Educação de todos os 
estados e do Distrito Federal, com a participação de representantes da 
União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, de membros 
convidados da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional 
de Educação, de consultores e especialistas, sob a coordenação de 
dirigentes do MEC, contribuiu significativamente para a formulação de 
diretrizes e normas para a Educação Infantil no Brasil.
Embora a discussão sobre currículo e proposta pedagógica seja anti-
ga em nosso país, foi no processo de articulação, levado a efeito tanto 
durante o período da Constituinte como nos momentos posteriores à 
12
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
promulgação da Constituição de 1988, que essa questão foi ganhando 
contornos que envolviam a Educação Infantil. Essas discussões, que 
apontavam para a necessidade de uma proposta pedagógico-curricular 
para a área, ganharam maior força no período de discussão e elabora-
ção da LDB (Lei n° 9394/1996), quando já era possível visualizar a in-
corporação da Educação Infantil no sistema educacional. Foi nesse con-
texto que a Coordenação Geral de Educação Infantil (COEDI) buscou 
conhecer as propostas pedagógico-curriculares em curso nas diversas 
unidades da Federação e investigou os pressupostos em que se funda-
mentavam essas propostas, as diretrizes e os princípios que norteavam 
o processo no qual foram construídas e as informações sobre a prática 
do cotidiano dos estabelecimentos de Educação Infantil. Nesse momen-
to, também foram fornecidas orientações metodológicas para subsidiar 
as instâncias executoras de Educação Infantil na análise, na avaliação 
e/ou na elaboração de suas propostas pedagógico-curriculares.
O estudo realizado trouxe à tona a fragilidade e a inconsistência de 
grande parte das propostas pedagógicas em vigor. Ao mesmo tempo, 
durante a realização do diagnóstico, foi possível evidenciar a multipli-
cidade e a heterogeneidade de propostas e de práticas em Educa-
ção Infantil, bem como aprofundar a compreensão a esse respeito. 
Essa multiplicidade, própria da sociedade brasileira, é um ponto crucial 
quando se discute a questão do currículo, apontando para uma série 
de questionamentos: Como tratar uma sociedade em que a unidade 
se dá pelo conjunto das diferenças, no qual o caráter multicultural se 
acha entrecruzado por uma grave e histórica estratificação social e 
econômica? Como garantir um currículo que respeite as diferenças 
– socioeconômicas, de gênero, de faixa etária, étnicas, culturais e das 
crianças com necessidades educacionais especiais – e que, concomi-
tantemente, respeite direitos inerentes a todas as crianças brasileiras 
de 0 a 6 anos, contribuindo para a superação das desigualdades? 
Como contribuir com os sistemas de ensino na análise, na reformula-
ção e/ou na elaboração de suas propostas pedagógicas sem fornecer 
modelos prontos? Como garantir que neste imenso país as atuais dire- 
trizes nacionais assegurem de fato o convívio na diversidade, no que 
diz respeito à maneira de cuidar e de educar crianças de 0 a 6 anos?
Uma resposta a essas questões foi dada pela própria LDB (arts. 12 
e 13), ao incumbir as instituições de Educação Infantil de elaborar as 
13
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
próprias propostas pedagógicas com a participação efetiva dos pro-
fessores. Dessa forma, a Lei reconheceu, ao mesmo tempo, a ação 
pedagógica de professoras e professores, construída no cotidiano 
das instituições de Educação Infantil, juntamente com as famílias e 
as crianças, bem como a riqueza e a diversidade brasileiras, que aco- 
lhem realidades extremamentediferenciadas. Com isso, a questão da 
diversidade, no que diz respeito ao currículo/proposta pedagógica, 
pôde ser garantida. No entanto, naquele momento, acreditava-se tam-
bém que era necessário, além do respeito à diversidade, garantir certa 
unidade qualitativa às propostas das instituições e fornecer subsídios 
teóricos aos professores e às suas instituições no desenvolvimento de 
tal tarefa, determinada pela legislação.
Em 1998, foi elaborado o Referencial Curricular Nacional para a 
Educação Infantil (RCNEI) no contexto da definição dos Parâmetros 
Curriculares Nacionais que atendiam ao estabelecido no art. 26 da 
LDB em relação à necessidade de uma base nacional comum para 
os currículos. O RCNEI consiste num conjunto de referências e orien-
tações pedagógicas, não se constituindo como base obrigatória 
à ação docente. Ao mesmo tempo em que o MEC elaborou o RCNEI, o 
Conselho Nacional de Educação definiu as Diretrizes Curriculares Na-
cionais para a Educação Infantil – DCNEI, com caráter mandatório. De 
acordo com a Resolução nº 1 de 7 de abril de 1999, no seu art. 2º “es-
sas Diretrizes constituem-se na doutrina sobre princípios, fundamentos 
e procedimentos da Educação Básica do Conselho Nacional de 
Educação, que orientarão as instituições de Educação Infantil dos 
sistemas brasileiros de ensino na organização, articulação, desen-
volvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas”. Ambos os 
documentos têm subsidiado a elaboração das novas propostas 
pedagógicas das instituições de Educação Infantil. Em 2000, foi 
realizado o Censo da Educação Infantil pelo Instituto Nacional de 
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com o intui-
to de se obter informações mais precisas sobre a Educação Infantil 
no Brasil. 
Nessa contextualização da Educação Infantil no Brasil, é essencial que 
se destaquem as competências dos entes federados, não se perdendo 
de vista o cumprimento do regime de colaboração que deve orientar as 
ações educacionais voltadas para a infância.
14
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
A Constituição Federal atribuiu ao Estado o dever de garantir o aten-
dimento às crianças de 0 a 6 anos em creches e pré-escolas (art. 208, 
IV), especificando que à União cabe prestar assistência técnica e finan-
ceira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para garantir 
equalização das oportunidades e padrão mínimo de qualidade. Espe-
cificando ainda mais, determinou que os municípios atuassem prio- 
ritariamente no Ensino Fundamental e na Educação Infantil (art. 211, 
§ 2º). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) es-
tabe-lece em seu art. 11, inciso V, que os municípios incumbir-se-ão 
de “oferecer a Educação Infantil em creches e pré-escolas, e, com 
prioridade, o Ensino Fundamental, permitida a atuação em outros 
níveis de ensino apenas quando estiverem atendidas plenamente as 
necessidades de sua área de competência e com recursos acima 
dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à ma-
nutenção e ao desenvolvimento do ensino”. 
Como decorrência desta responsabilidade constitucional, o aumento 
da matrícu-la de crianças de 0 a 6 anos na rede pública de ensino deu-
se em função do compromisso e da vontade política de gestores públi-
cos municipais que, apesar das restrições orçamentárias, procuraram 
garantir maior e melhor oferta para a Educação Infantil.
Em 2001, foi aprovado o Plano Nacional de Educação, que assim se 
expressa em relação às competências dos entes federados:
Na distribuição de competências referentes à Educação Infantil, 
tanto a Constituição Federal quanto a LDB são explícitas na co-
responsabilidade das três esferas de governo – município, estado 
e União – e da família. A articulação com a família visa, mais do 
que qualquer outra coisa, ao mútuo conhecimento de processos 
de educação, valores, expectativas, de tal maneira que a educação 
familiar e a escolar se complementem e se enriqueçam, produ- 
zindo aprendizagens coerentes, mais amplas e profundas. Quanto 
às esferas administrativas, a União e os estados atuarão subsidia-
riamente, porém necessariamente, em apoio técnico e financeiro 
aos municípios, consoante o art. 30, VI, da Constituição Federal.
A autonomia dos entes federados e o regime de colaboração são dois 
princípios indissociáveis no sistema federativo brasileiro. O objetivo 
1�
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
comum de garantir os direitos da criança, entre eles o direito à educa-
ção, só pode ser alcançado, portanto, mediante a cooperação entre a 
União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, de acordo com as 
definições constitucionais e legais vigentes. O quadro a seguir traduz 
competências e ações concernentes aos diferentes níveis de governo:
União
Formulação da política nacional
Coordenação nacional (articulação com outros órgãos e ministérios que tenham 
políticas e programas para crianças de 0 a 6 anos)
Estabelecimento de diretrizes gerais
Assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios
Coleta, análise e disseminação de informações educacionais
Regulamentação e normatização pelo CNE
Formação universitária de professores
Fomento à pesquisa
Estados
Formulação da política estadual
Coordenação estadual
Execução das ações estaduais
Assistência técnica e financeira aos municípios
Normatização pelo CEE
Autorização, reconhecimento, credenciamento, fiscalização, supervisão e avaliação 
dos estabelecimentos do seu sistema de ensino
Formação universitária de professores
Fomento à pesquisa
Formação de professores na modalidade Normal, em nível médio
Municípios
Municípios com sistema municipal de ensino:
Formulação da política municipal
Coordenação da política municipal
Execução dos programas e das ações
Normatização pelo CME (quando houver)
Autorização, reconhecimento, credenciamento, fiscalização, supervisão e avaliação 
dos estabelecimentos do seu sistema de ensino
Formação continuada de professores em exercício
Fomento à pesquisa
Municípios integrados ao sistema estadual de ensino:
Formulação da política municipal
Coordenação da política municipal
Execução dos programas e das ações
Formação continuada de professores em exercício
Fomento à pesquisa
1�
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
Essas competências traduzem-se, no Plano Nacional de Educação 
(PNE - 2001), no capítulo sobre a Educação Infantil, em diretrizes, obje-
tivos e metas para dez anos, abrangendo aspectos qualitativos e quan-
titativos. A Lei que instituiu o PNE determina que os estados, o Distrito 
Federal e os municípios elaborem seus respectivos planos decenais. 
Esses planos devem ser construídos num processo democrático, am-
plamente participativo, com representação do governo e da sociedade, 
com vistas a desenvolver programas e projetos nos próximos anos. 
A Educação Infantil, constituindo um capítulo desses planos, tem seu 
horizonte de expansão e melhoria definido como obrigação dos sistemas 
de ensino da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Em coerência com esse processo histórico, político e técnico, o MEC 
define a Política Nacional de Educação Infantil com suas diretrizes, 
objetivos, metas e estratégias.
1�
Diretrizes da 
Política Nacional 
de Educação Infantil
A educação e o cuidado das crianças de 0 a 6 anos são de respon-
sabilidade do setor educacional.
A Educação Infantil deve pautar-se pela indissociabilidade entre o 
cuidado e a educação.
A Educação Infantil tem função diferenciada e complementar à ação 
da família, o que implica uma profunda, permanente e articulada co-
municaçãoentre elas.
É dever do Estado, direito da criança e opção da família o atendi-
mento gratuito em instituições de Educação Infantil às crianças de 
0 a 6 anos.
A educação de crianças com necessidades educacionais especiais 
deve ser realizada em conjunto com as demais crianças, assegu-
rando-lhes o atendimento educacional especializado mediante ava-
liação e interação com a família e a comunidade.
A qualidade na Educação Infantil deve ser assegurada por meio do 
estabelecimento de parâmetros de qualidade.
O processo pedagógico deve considerar as crianças em sua totali-
dade, observando suas especificidades, as diferenças entre elas e 
sua forma privilegiada de conhecer o mundo por meio do brincar.
As instituições de Educação Infantil devem elaborar, implementar e 
avaliar suas propostas pedagógicas a partir das Diretrizes Curriculares 
Nacionais para Educação Infantil e com a participação das professoras 
e dos professores.
As propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil 
devem explicitar concepções, bem como definir diretrizes referen-
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1�
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
tes à metodologia do trabalho pedagógico e ao processo de de-
senvolvimento/aprendizagem, prevendo a avaliação como parte do 
trabalho pedagógico, que envolve toda a comunidade escolar.
As professoras e professores e os outros profissionais que atuam 
na Educação Infantil exercem um papel socioeducativo, devendo 
ser qualificados especialmente para o desempenho de suas fun-
ções com as crianças de 0 a 6 anos.
A formação inicial e a continuada das professoras e professores de 
Educação Infantil são direitos e devem ser asseguradas a todos pelos 
sistemas de ensino com a inclusão nos planos de cargos e salários 
do magistério.
Os sistemas de ensino devem assegurar a valorização de funcioná-
rios não-docentes3 que atuam nas instituições de Educação Infan- 
til, promovendo sua participação em programas de formação inicial 
e continuada.
O processo de seleção e admissão de professoras e professores 
que atuam nas redes pública e privada deve assegurar a formação 
específica na área e mínima exigida por lei. Para os que atuam na 
rede pública, a admissão deve ser por meio de concurso.
As políticas voltadas para a Educação Infantil devem contribuir em âm- 
bito nacional, estadual e municipal para uma política para a infância.
A política de Educação Infantil em âmbito nacional, estadual e mu-
nicipal deve se articular com as de Ensino Fundamental, Médio e 
Superior, bem como com as modalidades de Educação Especial e 
de Jovens e Adultos, para garantir a integração entre os níveis de en-
sino, a formação dos profissionais que atuam na Educação Infantil, 
bem como o atendimento às crianças com necessidades especiais.
A política de Educação Infantil em âmbito nacional, estadual e mu-
nicipal deve se articular às políticas de Saúde, Assistência Social, 
Justiça, Direitos Humanos, Cultura, Mulher e Diversidades, bem 
como aos fóruns de Educação Infantil e outras organizações da 
sociedade civil.
Entende-se por não- 
docentes todos os 
funcionários da educação 
que não atuam em salas 
de atividades com as 
crianças.
3 >
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1�
Objetivos
Integrar efetivamente as instituições de Educação Infantil aos siste-
mas de ensino por meio de autorização e credenciamento destas 
pelos Conselhos Municipais ou Estaduais de Educação.
Fortalecer as relações entre as instituições de Educação Infantil e 
as famílias e/ou responsáveis pelas crianças de 0 a 6 anos matricu-
ladas nestas instituições.
Garantir o acesso de crianças com necessidades educacionais es-
peciais nas instituições de Educação Infantil.
Garantir recursos financeiros para a manutenção e o desenvolvi-
mento da Educação Infantil.
Expandir o atendimento educacional às crianças de 0 a 6 anos de 
idade, visando alcançar as metas fixadas pelo Plano Nacional de 
Educação e pelos Planos Estaduais e Municipais.
Assegurar a qualidade do atendimento em instituições de Educa-
ção Infantil (creches, entidades equivalentes e pré-escolas).
Garantir a realização de estudos, pesquisas e diagnósticos da rea-
lidade da Educação Infantil no país para orientar e definir políticas 
públicas para a área.
Garantir espaços físicos, equipamentos, brinquedos e materiais 
adequados nas instituições de Educação Infantil, considerando as 
necessidades educacionais especiais e a diversidade cultural.
Ampliar os recursos orçamentários do Programa Nacional de Ali-
mentação Escolar para as crianças que freqüentam as instituições 
de Educação Infantil.
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20
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
Garantir que todas as instituições de Educação Infantil elaborem, 
implementem e avaliem suas propostas pedagógicas, consideran-
do as diretrizes curriculares nacionais, bem como as necessidades 
educacionais especiais e as diversidades culturais.
Assegurar a participação das professoras e professores no pro-
cesso de elaboração, implementação e avaliação das propostas 
pedagógicas das instituições de Educação Infantil.
Assegurar a valorização das professoras e professores de Educa-
ção Infantil, promovendo sua participação em Programas de For-
mação Inicial para professores em exercício, garantindo, nas redes 
públicas, a inclusão nos planos de cargos e salários do magistério.
Garantir a valorização das professoras e professores da Educação 
Infantil por meio de formação inicial e continuada e sua inclusão nos 
planos de carreira do magistério.
Garantir, nos programas de formação continuada para professoras 
e professores de Educação Infantil, os conhecimentos específicos 
da área de Educação Especial, necessários para a inclusão, nas 
instituições de Educação Infantil, de alunos com necessidades edu-
cacionais especiais.
Garantir a valorização dos funcionários não-docentes que atuam na 
Educação Infantil.
Garantir a inclusão dos professores de Educação Infantil nos pla-
nos de cargos e salários do magistério.
Assegurar que estados e municípios elaborem e/ou adeqüem seus 
planos de educação em consonância com a legislação vigente.
Fortalecer parcerias para assegurar, nas instituições competentes, 
o atendimento integral à criança, considerando seus aspectos físi-
co, afetivo, cognitivo/lingüístico, sociocultural, bem como as dimen-
sões lúdica, artística e imaginária.
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21
Metas
Integrar efetivamente, até o final de 2007, todas as instituições de 
Educação Infantil (públicas e privadas) aos respectivos sistemas 
de ensino.
Estabelecer, até o final da década, em todos os municípios e com a 
colaboração dos setores responsáveis pela educação, pela saúde 
e pela assistência social e de organizações não-governamentais, 
programas de orientação e apoio aos pais com filhos entre 0 e 6 
anos, oferecendo, inclusive, assistência financeira, jurídica e de su-
plementação alimentar nos casos de pobreza, violência doméstica 
e desagregação familiar extrema.
Atender, até 2010, 50% das crianças de 0 a 3 anos, ou seja, 6,5 
milhões, e 80% das de 4 a 6 anos, ou seja, 8 milhões de crianças.
Assegurar que, em todos os municípios, além de outros recursos 
municipais, os 10% dos recursos de manutenção e desenvolvi-
mento do ensino não vinculados ao Fundef sejam aplicados, priori-
tariamente, na Educação Infantil.
Divulgar permanentemente parâmetros de qualidade dos serviços 
de educação infantil como referência para a supervisão, o controle 
e a avaliação e como instrumento para a adoção das medidas de 
melhoria da qualidade.
Divulgar, permanentemente, padrões mínimos de infra-estrutura 
para o funcionamentoadequado das instituições de Educação In-
fantil (creches e pré-escolas) públicas e privadas, que, respeitando 
as diversidades regionais, assegurem o atendimento das caracte-
rísticas das distintas faixas etárias e das necessidades do processo 
educativo quanto a:
espaço interno, com iluminação, insolação, ventilação, visão 
para o espaço externo, rede elétrica e segurança, água potável, 
esgotamento sanitário;
instalações sanitárias e para a higiene pessoal das crianças;
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instalações para preparo e/ou serviço de alimentação;
ambiente interno e externo para o desenvolvimento das ativi-
dades, conforme as diretrizes curriculares e a metodologia da 
Educação Infantil, incluindo o repouso, a expressão livre, o movi-
mento e o brinquedo;
mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos;
adequação às características das crianças com necessidades 
educacionais especiais.
Somente autorizar construção e funcionamento de instituições de 
Educação Infantil, públicas ou privadas, que atendam aos requisitos 
de infra-estrutura.
Adaptar os prédios de Educação Infantil de sorte que, em cinco anos, 
todos estejam conforme os padrões de infra-estrutura estabelecidos4. 
Realizar estudos sobre o custo da Educação Infantil com base nos 
parâmetros de qualidade, com vistas a melhorar a eficiência e ga-
rantir a generalização da qualidade do atendimento até 2011.
Assegurar que, até o final de 2007, todas as instituições de Educa-
ção Infantil tenham formulado, com a participação dos profissionais 
de educação nelas envolvidos, suas propostas pedagógicas.
Admitir somente novos profissionais na Educação Infantil que pos-
suam a titulação mínima em nível médio, modalidade Normal.
Formar em nível médio, modalidade Normal, todos os professores 
em exercício na Educação Infantil que não possuam a formação 
mínima exigida por lei.
Extinguir progressivamente os cargos de monitor, atendente, auxiliar, 
entre outros, mesmo que ocupados por profissionais concursados 
em outras secretarias ou na secretaria de Educação e que exercem 
funções docentes.
Colocar em execução programa de formação em serviço, em cada 
município ou por grupos de município, preferencialmente em articu-
lação com instituições de ensino superior, para a atualização per-
manente e o aprofundamento dos conhecimentos dos profissionais 
que atuam na Educação Infantil, bem como para a formação dos 
funcionários não-docentes.
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Considerando também 
o Decreto 5.296, de 2 
de dezembro de 2004, 
no que diz respeito à 
adequação do espaço 
físico para o atendimento 
de crianças com neces-
sidades educacionais 
especiais.
4 >
Estratégias
Contribuir para o fortalecimento da integração das instituições de 
Educação Infantil no sistema educacional, por meio de parceria com 
o Ministério do Desenvolvimento Social, campanhas nos meios de 
comunicação, publicações e discussões em seminários.
Apoiar técnica e pedagogicamente a construção de políticas munici-
pais de Educação Infantil, envolvendo a formação de equipes técnicas. 
 
Desenvolver ações de apoio técnico à elaboração e à implementa-
ção dos Planos Estaduais e Municipais de Educação, com atenção 
especial ao capítulo de Educação Infantil.
Estimular e apoiar tecnicamente os sistemas de ensino a acompa-
nhar e a supervisionar o funcionamento das instituições de Educa-
ção Infantil nas redes públicas e privadas.
Implementar as ações atribuídas à União pelo Plano Nacional de 
Educação e participar das ações conjuntas com os sistemas esta-
duais e municipais de ensino, definidas em seus respectivos pla-
nos.
Apoiar a implementação de Sistemas Educacionais Inclusivos.
Criar grupos de trabalho para estudar a situação das creches vincu-
ladas às empresas e aos órgãos públicos.
Estabelecer parceria com órgãos governamentais e não-governa-
mentais.
Elaborar e implementar programas para fortalecer as funções dife-
renciadas das instituições e das famílias no que diz respeito à edu-
cação e ao cuidado das crianças de 0 a 6 anos.
Criar formas de controle social dos recursos da Educação Infantil.
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24
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
Definir e implementar a ação supletiva e redistributiva da União, 
com base em decisões políticas e em compromissos sociais firma-
dos nos Planos Nacional, Estaduais e Municipais de Educação.
Incluir a Educação Infantil – creche (0 a 3 anos) e pré-escola (4 a 
6 anos) – no sistema de financiamento da Educação Básica, ga-
rantindo a inclusão da responsabilidade orçamentária da União para 
a manutenção e a continuidade do atendimento às crianças de 0 a 
6 anos.
Apoiar tecnicamente momentos de formação para as famílias e 
as comunidades escolares, oportunizando o acompanhamento de 
seus filhos.
Orientar os sistemas de ensino, em conformidade com a legis- 
lação vigente, na perspectiva do fortalecimento institucional da Educa-
ção Infantil.
Fortalecer a gestão democrática5 dos sistemas de ensino.
Implantar conselhos escolares e outras formas de participação da 
comunidade escolar local na melhoria do funcionamento das institui- 
ções de Educação Infantil e no enriquecimento das oportunidades 
educativas e dos recursos pedagógicos.
Realizar estudos, pesquisas, simpósios, seminários e encontros, ten-
do em vista o avanço e a atualização de conhecimentos na área.
Definir parâmetros nacionais de qualidade para o atendimento nas 
instituições de Educação Infantil, considerando as legislações vi-
gentes, as teorias e as pesquisas da área.
Elaborar padrões de infra-estrutura para o funcionamento adequado 
das instituições de Educação Infantil, considerando as característi-
cas regionais.
Consolidar a Comissão de Política de Educação Infantil do Comitê 
Nacional de Políticas da Educação Básica e ambos como parceiros 
na implementação, no acompanhamento e na avaliação da Política 
Nacional de Educação Infantil.
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>
O sistema de ensino 
gerido democraticamente 
é aquele no qual as 
decisões (técnicas e 
financeiras) são fruto de 
amplas discussões com a 
comunidade e com profis-
sionais envolvidos dos 
diferentes setores e níveis 
da educação.
5 >
2�
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
Apoiar financeiramente os municípios e o DF na construção, na re-
forma ou na ampliação das instituições de Educação Infantil.
Apoiar financeiramente os municípios e o Distrito Federal na 
aquisição de brinquedos e materiais pedagógicos para a Educação 
Infantil (0 a 6 anos).
Apoiar financeiramente os municípios e o DF na aquisição de equi-
pamentos, mobiliário, brinquedos e livros de literatura infantil, com 
prioridade para os que construíram, reformaram e ampliaram as ins-
tituições de Educação Infantil.
Distribuir livros e periódicos de circulação nacional para a rede pública 
de Educação Infantil, com o objetivo de socializar informações e debates. 
 
Realizar o Prêmio Qualidade na Educação Infantil.
Elaborar e implementar a Política Nacional de Formação de Leitores 
tendo como foco as crianças, as professoras e os professores da 
Educação Infantil.
Divulgar e discutir a LDB, o PNE, as DCNEI, bem como pareceres 
e resoluções do CNE que dizem respeito à área.
Colocar em pauta em todos os momentos de formação (seminários, 
Rede Nacional de Formação Continuada, encontros regionais, etc.) 
a proposta pedagógica e seus processos de elaboração, imple-
mentação e avaliação.
Apoiar tecnicamente os estados, os municípios e o Distrito Federal 
para que promovam a formação inicial dos professores em exercício na 
Educação Infantil que não possuem a formação mínima exigida por lei. 
 
Produzir edistribuir a Revista Criança para os profissionais da Edu-
cação Infantil, como meio de divulgação de idéias, pesquisas, re-
flexões e experiências na área.
Implementar o programa de formação inicial para professores em 
exercício na Educação Infantil (Proinfantil), incentivando a participa-
ção dos estados, dos municípios e dos docentes.
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2�
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
Colaborar para que a especificidade da Educação Infantil esteja as-
segurada no Programa Rede Nacional de Formação Continuada de 
Professores da Educação Básica do Ministério da Educação.
Implementar a Rede Nacional de Formação Continuada de profes-
sores da Educação Básica.
Apoiar técnica e financeiramente as secretarias estaduais e municipais 
de Educação na promoção de programas de formação continuada. 
 
Apoiar técnica e financeiramente os sistemas de ensino no que diz 
respeito à articulação com as universidades que compõem a Rede 
de Formação Continuada de Professores da Educação Básica.
Valorizar e apoiar a formação dos professores em cursos de nível 
superior com habilitação em Educação Infantil.
Promover e apoiar financeiramente a formação em serviço dos profis-
sionais não-docentes que atuam nas instituições de Educação Infantil.
Apoiar técnica e financeiramente os municípios e o Distrito Federal 
para que promovam a habilitação dos dirigentes das instituições de 
Educação Infantil.
Criar mecanismos de acompanhamento e de avaliação da Política 
Nacional de Educação Infantil, visando ao seu fortalecimento e à 
sua reorganização.
Realizar simpósios de Educação Infantil visando ao fortalecimento 
de uma política nacional para a área.
Articular a Educação Infantil com o Ensino Fundamental, de forma 
que se evite o impacto da passagem de um período para o outro 
em respeito às culturas infantis e garantindo uma política de tempo-
ralidade da infância.
Articular a Política Nacional de Educação Infantil com os fóruns 
de Educação Infantil e outras organizações da sociedade civil que 
atuam na área.
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2�
Recomendações
Que:
a prática pedagógica considere os saberes produzidos no cotidi-
ano por todos os sujeitos envolvidos no processo: crianças, profes-
soras e professores, pais, comunidade e outros profissionais;
estados e municípios elaborem ou adeqüem seus planos de educa-
ção em consonância com a Política Nacional de Educação Infantil;
as instituições de Educação Infantil ofereçam, no mínimo, 4 horas 
diárias de atendimento educacional, ampliando progressivamente 
para tempo integral, considerando a demanda real e as característi-
cas da comunidade atendida nos seus aspectos socio-econômicos 
e culturais;
as instituições de Educação Infantil assegurem e divulguem inicia-
tivas inovadoras, que levem ao avanço na produção de conheci-
mentos teóricos na área da Educação Infantil, sobre a infância e a 
prática pedagógica;
a reflexão coletiva sobre a prática pedagógica, com base nos conhe-
cimentos historicamente produzidos, tanto pelas ciências quanto pela 
arte e pelos movimentos sociais, norteie as propostas de formação;
os profissionais da instituição, as famílias, a comunidade e as crian-
ças participem da elaboração, da implementação e da avaliação 
das políticas públicas.
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Anexo 1
A
no
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30
Política Nacional de Educação Infantil: pelos direitos das crianças de zero a seis anos à Educação
31
Anexo 2
Resoluções e Pareceres do Conselho Nacional de 
Educação que Dizem Respeito à Educação Infantil
Resoluções
Resolução CNE/CEB nº 1, de 7 de abril de 1999
Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
Resolução CEB nº 2, de 19 de abril de 1999
Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Docentes 
da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível 
médio, na modalidade Normal.
Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001
Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica 
Resolução CNE/CEB nº 1, de 3 de abril de 2002
Institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do 
Campo
Resolução CNE/CEB nº 01, de 20 de agosto de 2003
Dispõe sobre os direitos dos profissionais da educação com formação 
de nível médio, na modalidade Normal, em relação à prerrogativa do 
exercício da docência, em vista do disposto na Lei nº 9394/96, e dá 
outras providências.
Resolução CNE/CEB nº 2, de 17 de fevereiro de 2004
Define normas para declaração de validade de documentos escolares 
emitidos por escolas de Educação Básica que atendem a cidadãos 
brasileiros residentes no Japão.
Pareceres
Parecer CNE/CEB nº 22/98 aprovado em 17 de dezembro de 1998
Assunto: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
Parecer CEB nº 1/99 aprovado em 29 de janeiro de 1999
Assunto: Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professo-
res na modalidade Normal em Nível Médio.
>
>
32
Parecer CNE/CEB nº 2/2002, aprovado em 5 de agosto de 2002
Assunto: Responde à consulta sobre as condições de formação de 
profissionais para a Educação Infantil.
Parecer CNE/CEB nº 04/00 aprovado em 16 de fevereiro de 2000
Assunto: Diretrizes Operacionais para a Educação Infantil.
Parecer CNE/CEB nº 32/2002, aprovado em 5 de agosto de 2002
Assunto: Responde à consulta sobre reconhecimento das escolas de 
Educação Infantil e de Ensino Fundamental.
Parecer CEB nº 39/2002, aprovado em 6 de novembro de 2002
Assunto: Responde à consulta sobre creches domiciliares.
Parecer CEB nº 01/2003, aprovado em 19 de fevereiro de 2003
Assunto: Responde consulta sobre formação de profissionais para a 
Educação Básica.
Parecer CEB nº 02/2003, aprovado em 19 de fevereiro de 2003
Assunto: Responde à consulta sobre recreio como atividade escolar.
Parecer CNE/CEB nº 03/2003, aprovado em 11 de março de 2003
Assunto: Responde à consulta tendo em vista a situação formativa 
dos professoresdos anos iniciais do Ensino Fundamental e da 
Educação Infantil.
Parecer CNE/CEB nº 26/2003, aprovado em 29 de setembro de 2003
Assunto: Responde à consulta sobre a realização de “vestibulinhos” na 
Educação Infantil e no Ensino Fundamental.
Parecer CNE/CEB nº 04/2004, aprovado em 27 de janeiro de 2004
Assunto: Responde à consulta sobre a situação de profissionais que 
atuam com crianças de 0 a 3 anos e 11 meses em Centros Municipais 
de Educação Infantil
Parecer CEB nº 26/2004, aprovado em 16 de setembro de 2004
Assunto: Responde à consulta referente à pertinência do Parecer CNE/
CEB 34/2001, que trata da autorização de funcionamento e da 
supervisão das instituições privadas de Educação Infantil.
Parecer CNE/CEB nº 29/2004, aprovado em 5 de outubro de 2004
Assunto: Responde à consulta sobre a formação de professores em 
nível médio, na modalidade Normal e proposta de formação para moni-
toras infanto-juvenis que atuam nos Centros Municipais de Educação 
Infantil no município de Campinas.

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