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Análise das Demonstrações Financeiras CONTEÚDO 2

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Análise das Demonstrações Financeiras / Aula 2 - Estrutura das Demonstrações Financeiras
IntroduçãoDesenvolvedor
Conjunto completo das demonstrações financeiras
A Análise de Balanços começa a partir das demonstrações financeiras, e para o êxito do trabalho do analista é indispensável dominar a estrutura do conjunto completo das demonstrações, pois a partir do entendimento quanto a sua elaboração e suas respectivas normas e princípios pode-se assim, interpretar os dados contidos nos demonstrativos e consequentemente, extrair informações proativas que auxiliam no processo decisório.
As principais normas brasileiras que disciplinam a publicação das Demonstrações Financeiras estão disponíveis pela NBCT 26 (R4), pela Lei nº 10.406/02 – novo Código Civil (NCC) e CPC PME (R1) – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas.
CPC
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades:
• ABRASCA;
• APIMEC NACIONAL;
• BOVESPA;
• Conselho Federal de Contabilidade;
• FIPECAFI; e
• IBRACON.
O CPC tem como objetivo "o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais".
Conforme a NBC TG 26 (R4) – Apresentação das Demonstrações Financeiras, o conjunto completo de demonstrações financeiras inclui:
Pela Resolução CFC 1.373/11 a NBC TG Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira, no balanço patrimonial, são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido.
CFC
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) tem, dentre outras finalidades, nos termos da legislação em vigor, principalmente a de orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil, por intermédio dos Conselhos Regionais de Contabilidade.
NBC TG Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro
A NBC TG Estrutura Conceitual - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro aborda:
(a) o objetivo da elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro;
(b) as características qualitativas da informação contábil-financeira útil;
(c) a definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos a partir dos quais as demonstrações financeiras são elaboradas; e 
(d) os conceitos de capital e de manutenção de capital.
Os elementos diretamente relacionados com a mensuração do desempenho na demonstração do resultado são as receitas e as despesas. Estão apresentam os seguintes conceitos:
Recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.
Obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
É o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.
RECEITAS
Abrangem tanto as receitas propriamente ditas quanto os ganhos. A receita surge no curso das atividades usuais da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, royalties, aluguéis.
DESPESAS
Abrangem tanto as perdas quanto as despesas propriamente ditas que surgem no curso das atividades usuais da entidade. Tais despesas incluem, por exemplo, o custo das vendas, os salários e a depreciação. Geralmente, tomam a forma de desembolso ou redução de ativos como caixa e equivalentes de caixa, estoques e ativo imobilizado.
Estrutura das Demonstrações Financeiras: Balanço Patrimonial (BP)
As definições de ativo e de passivo identificam suas características essenciais, mas não procuram especificar os critérios que precisam ser observados para que eles possam ser reconhecidos no balanço patrimonial. Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência subjacente e realidade econômica e não apenas para sua forma legal.
Reconhecidos
Reconhecimento é o processo que consiste na incorporação ao balanço patrimonial ou à demonstração do resultado de item que se enquadre na definição de elemento e que satisfaça os critérios de reconhecimento:
(a) for provável que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a entidade ou flua da entidade; e
(b) o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade (*).
(*) A informação é confiável quando ela é completa, neutra e livre de erro.
• O balanço patrimonial é composto em ativo e passivo, sendo seus totais sempre idênticos;
• O ativo é formado pelos bens e créditos;
• O passivo é formado pelo passivo exigível (dívidas com terceiros) e patrimônio líquido.
• O ativo e o passivo são divididos em grupos, subgrupos, contas e subcontas.
É o método derivado da aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal.
Ativo
No ativo, as contas são evidenciadas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registradas, isto é, dos itens de maior para os de menor liquidez. O grau de liquidez considera a expectativa de conversão dos bens e direitos em dinheiro.
O ativo é composto por dois grupos, circulante e não circulante e dividido em subgrupos, como veremos a seguir.
O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou
(d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido na NBC TG 03), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
Os planos de contas, tradicionalmente fazem a divisão do ativo circulante em quatro subgrupos:
1. Disponibilidades;
2. Direitos de curto prazo;
3. Estoques;
4. Despesas antecipadas.
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulante.
O ativo não circulante deve ser subdividido em realizável em longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, art. 179, II, o ativo não circulante realizável em longo prazo é composto por dois itens:
1. Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;
2. Direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores (administradores em geral), acionistas (ou sócio) ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto (atividade) da companhia.
Conforme a Lei das S/A, são classificadas como investimentos no ativo não circulante:
1. As participações permanentes no capital social de outras sociedades;
2. Os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante e, que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.
Para os bens não destinados a manutenção pode-se classificar em duas categorias:
a) Demais investimentos permanentes recebem os ativos que não podem ser classificados em outros grupos e subgrupos. Exemplos: Terrenos não destinados a aluguel e sim a futuras instalações; obras de arte mantidas na empresa por prazo indeterminado.
b) Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício — ou parte de edifício ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatárioem arrendamento financeiro) para auferir aluguel, valorizar o capital ou para ambas as atividades.
No ativo imobilizado, classificam-se os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
A Depreciação e Exaustão Acumuladas são contas retificadoras, de natureza credora. Não se confundem com as contas que registram os bens do imobilizado.
INTANGÍVEL
No intangível, são classificados os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos (imateriais) destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Por exemplo, quando adquiridos para serem destinados às atividades usuais da empresa, são do intangível: marcas, patentes, programas de computador e fundo de comércio.
Para fins de amortização, é importante segregar os ativos intangíveis com vida útil definida dos intangíveis com vida útil indefinida.
Ativo especial é o bem, tangível ou intangível, vinculado à atividade principal ou fim da empresa, gerador de benefícios econômicos de forma continuada, que pode ser explorado sem que haja a transferência de seu controle. Assim, o ativo pode gerar receita em diversas transações, sem haver sua alienação. Por exemplos, programas de computador e filmes cinematográficos destinados à cessão de direitos de uso, não à transferência definitiva.
De acordo com o CPC 29, entende-se como ativo biológico um animal ou uma planta, vivos que produz produto agrícola. O produto agrícola é definido com o produto colhido ou, de alguma forma, obtido a partir de um ativo biológico de uma entidade. Transformação biológica é o processo de crescimento, degeneração, produção e procriação que altera, qualitativa e quantitativamente, o ativo biológico.
Saiba Mais
O ciclo operacional da entidade é o tempo entre a aquisição de ativos para processamento e sua realização em caixa ou seus equivalentes. Quando o ciclo operacional normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se que sua duração seja de doze meses.
Passivo
O passivo é composto por três grupos:
O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou
(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço (ver item 73).
Os termos de um passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na sua liquidação por meio da emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação. (Redação alterada pela Resolução CFC n.º 1.376/11).
Pode ser subdividido em: Obrigações a Fornecedores, Empréstimos e Financiamento, Obrigações Tributárias, Obrigações Trabalhistas e Previdenciárias, Outras Obrigações e Participações e Destinações do Lucro Líquido.
Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes.
No Passivo Não Circulante pode-se abranger todos os subgrupos do Passivo, exceto aquele relativo às Participações e Destinações do Lucro Líquido, pois normalmente, não ultrapassam o vencimento de curto prazo.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Basicamente, o patrimônio líquido é dividido em:
1. Capital social;
2. Reservas de capital;
3. + ou (-) ajustes de avaliação patrimonial;
4. Reservas de lucros;
5. (-) ações em tesouraria;
6. (-) prejuízos acumulados.
Demonstração do resultado (DRE)
É um relatório contábil com o propósito de evidenciar a composição do resultado da empresa, ou seja, o lucro ou prejuízo em um dado momento. Ao apurar o desempenho econômico da empresa, a DRE é elaborada consagrando o Princípio da Competência.
Se a entidade apresenta a demonstração do resultado separada da demonstração do resultado abrangente, ela não deve apresentar a demonstração do resultado incluída na demonstração do resultado abrangente. (Incluído pela NBC TG 26 (R2))
Resultado abrangente
A legislação societária brasileira vigente na data da emissão desta Norma requer que a demonstração do resultado seja apresentada em uma demonstração separada.
Se a entidade apresentar a demonstração do resultado em demonstração separada, ela apresentará a alínea (a) nessa demonstração. (Incluído pela NBC TG 26 (R2))
Veja, a seguir, os itens que devem constar na demonstração:
Rubricas obrigatórias
Além dos itens requeridos em outras normas, a demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas, obedecidas também as determinações legais:
(a) receitas;
(aa) ganhos e perdas decorrentes de baixa de ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado;
(b) custos de financiamento;
(c) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método da equivalência patrimonial;
(d) tributos sobre o lucro;
(e) (eliminada);
(ea) um único valor para o total de operações descontinuadas (ver a NBC TG 31);
(f) em atendimento à legislação societária brasileira vigente na data da emissão desta Norma, a demonstração do resultado deve incluir ainda outras rubricas.
Divulgação separada
As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de receitas e despesas incluem:
(a) reduções nos estoques ao seu valor realizável líquido ou no ativo imobilizado ao seu valor recuperável, bem como as reversões de tais reduções;
(b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer provisões para gastos de reestruturação;
(c) baixas de itens do ativo imobilizado;
(d) baixas de investimento;
(e) unidades operacionais descontinuadas;
(f) solução de litígios; e
(g) outras reversões de provisão.
01
02
Demonstração do Resultado Abrangente (DRA)
Demonstrativo contábil que se inicia a partir do resultado líquido do período e evidencia os outros resultados abrangentes, tais como: as demais despesas e receitas não divulgadas na DRE e que impactam no Patrimônio Líquido, como também, o efeito de reclassificações dos outros resultados abrangentes para o resultado do período.
A DRA pode ser apresentada em quadro demonstrativo próprio ou incluso na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), entretanto, mesmo que seja evidenciada na DMPL, há obrigatoriedade da elaboração da DRA em separado.
Outros resultados abrangentes compreendem itens de receita e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na demonstração do resultado como requerido ou permitido pelas normas, interpretações e comunicados técnicos emitidos pelo CFC.
Outros resultados abrangentes
 Os componentes dos outros resultados abrangentes incluem:
(a) variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente (ver a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado e a NBC TG 04 – Ativo Intangível);
(b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido reconhecidos conforme item 93A da NBC TG 33 – Benefícios a Empregados;
(c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações financeiras de operações no exterior (ver a NBC TG 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Financeiras);
(d) ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda (ver a NBC TG 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração); (Redação alterada pela Resolução CFC n.º 1.376/11)
(e) efetiva parcela de ganhos ou perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo de caixa (ver também a NBC TG 38). (Redação alterada pela Resolução CFC n.º 1.376/11)
Agora, precisamos compreender alguns conceitos, como:
mamanamsai / Shutterstock
Quando os itens de receitas e despesas são materiais, sua natureza e montantes devem ser divulgados separadamente. (Redação alterada pela Resolução CFC n.º 1.376/11)
Itens de receitas e despesas
A entidade deveapresentar os seguintes itens, além da demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes, como alocação da demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes do período:
(a) resultado do período atribuível a:
(i) participação de não controladores, e
(ii) sócios da controladora;
(b) resultado abrangente atribuível a:
(i) participação de não controladores, e
(ii) sócios da controladora.
Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL)
A DMPL expõe as variações ocorridas, durante o exercício, em todas as contas do patrimônio líquido, inclusive na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, sendo mais abrangente que a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA).
Veja, a seguir, quais elementos devem ser apresentados no patrimônio líquido:
Vadim Ermak / Shutterstock
A DMPL constitui uma tabela em que as colunas se destinam a cada conta integrante do Patrimônio Líquido, sendo a primeira coluna utilizada para a descrição da natureza das transações que ocasionaram as mutações, e a última é destinada para os totais.
Já as linhas da DMPL referem-se às transações ocorridas e que devem ser destacadas em função da movimentação de cada conta; na primeira linha são apresentados os saldos iniciais e na última linha os respectivos saldos finais.
Exemplo
Clique aqui e veja um exemplo de DMPL.
Demonstração dos fluxos de caixa (DFC)
A informação sobre fluxos de caixa proporciona aos usuários das demonstrações financeiras uma base para avaliar a capacidade da entidade para gerar caixa e seus equivalentes e as necessidades da entidade para utilizar esses fluxos de caixa. A NBC TG 03 (R3) define os requisitos para a apresentação da demonstração dos fluxos de caixa e respectivas divulgações.
Caixa
Para fins da DFC, "Caixa" compreende numerário em espécie e depósitos bancários de livre movimentação (Bancos Conta Movimento).
Além do Caixa, a DFC também trata como Equivalentes de caixa as aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
Obrigatória para todas as companhias abertas e para as fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço, igual ou superior a R$ 2 milhões, a demonstração dos fluxos de caixa evidencia as modificações ocorridas no caixa e nos equivalentes de caixa da companhia, em um determinado exercício, por meio da exposição dos fluxos de recebimentos e pagamentos (método direto) ou de forma indireta (método indireto ou da reconciliação).
AMV_80 / Shutterstock
A demonstração dos fluxos de caixa deve indicar, pelo menos, as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando essas alterações em, no mínimo, três fluxos:
Métodos de Elaboração (Método Direto e Método Indireto)
Há dois métodos de elaboração da DFC: direto e indireto. As diferenças entre eles limitam-se, exclusivamente, aos fluxos das atividades operacionais. Os fluxos das atividades de financiamento e de investimento são demonstrados de forma igual em ambos os métodos.
Como na DFC devemos evidenciar o fluxo financeiro das atividades operacionais gerado pelo lucro ou prejuízo, são eliminadas do resultado, por adição ou exclusão, as receitas e despesas que não afetaram as disponibilidades ou que representam atividades de financiamento ou investimento; e são acrescidas ou diminuídas do lucro ou prejuízo líquido as disponibilidades geradas pelas atividades operacionais que não afetaram o resultado.
Desse modo, os ganhos e perdas na alienação de bens do ativo imobilizado que estejam embutidos no resultado do exercício devem ser eliminadas das atividades operacionais e apresentados no grupo das atividades de investimento, como parte integrante do valor total recebido na alienação dos bens.
Exemplo
Clique aqui e veja um exemplo de DFC.
Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
Informa a riqueza gerada pela empresa, durante determinado período, sabendo que essa riqueza pertence a toda a sociedade (empregados, governo, financiadores e acionistas).
A DVA parte do conceito de Produto Interno Bruto (PIB) calculado pelos economistas. Enquanto o PIB retrata a riqueza gerada por um país durante determinado período, isto é, o que o país produz menos o que ele compra pronto de outros países, a DVA retrata a riqueza gerada por uma entidade durante determinado período, ou seja, o que ela gera de receitas menos o que ela compra pronto de outras empresas.
PIB X DVA
De forma geral, pode-se dizer que o somatório dos valores adicionados por todas as empresas de um determinado país, durante determinado período, corresponde ao PIB desse país.
A diferença seria relacionada aos estoques, uma vez que o PIB parte da produção e a DVA parte da Receita (pelo Princípio da Competência, a parcela da produção não vendida — não transformada em Receita — fica contabilizada no Estoque).
A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações financeiras informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinado período e a forma como tais riquezas foram distribuídas.
Distribuição da riqueza
A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte forma:
(a) pessoal e encargos;
(b) impostos, taxas e contribuições;
(c) juros e aluguéis;
(d) juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos;
(e) lucros retidos/prejuízos do exercício.
Iconic Bestiary / Shutterstock
Exemplo
Clique aqui e veja um exemplo de DVA.
Nesta aula, já vimos o que são DRE e DVA. Agora, reflita e responda: Qual é a principal diferente entre a DVA e a DRE?
Corrigir
Informações, relatórios e pareceres que acompanham as demonstrações financeiras
RELATÓRIO DA DIRETORIA
Representa a apresentação do Balanço Patrimonial e das demais demonstrações financeiras aos acionistas. Quando a sociedade tiver a obrigatoriedade de manter o conselho de administração, as demonstrações financeiras serão publicadas precedidas do relatório da administração.
Veja o exemplo a seguir:
Prezados Acionistas,
Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de Vossas Senhorias o Balanço Patrimonial e as demais demonstrações financeiras encerradas em 31 de dezembro de x1. Estaremos à disposição de Vossas Senhorias em nossa sede social para quaisquer outros esclarecimentos.
São Paulo, ...de.......de x1
A Diretoria
COnSELHO de administração DE ADMINISTRAÇÃO
É composto por membros eleitos ou designados com a finalidade de supervisionar as atividades da entidade. Cada estatuto ou regimento interno irá destacar as autoridades e responsabilidades, bem como a duração de seus mandatos, os procedimentos de escolha e funcionamento do conselho.
O Conselho de Administração é composto por até 11 membros, eleitos em Assembleia Geral, sendo maioria independente. O mandato é de até 2 anos, sendo permitida a reeleição. Entre suas principais funções estão a definição da estratégia da Companhia, incluindo a aprovação do orçamento anual, zelando por sua boa execução, deliberação sobre a convocação da Assembleia Geral e proposta de destinação dos lucros, eleição, destituição e monitoramento dos diretores executivos e escolha dos auditores independentes.
Obs.: Periodicidade das reuniões: bimestrais e, extraordinariamente, sempre que necessário.
Para mais informações, clique aqui.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO
Tem como objetivo complementar as demonstrações financeiras com informações sobre o contexto operacional da companhia a partir de fatos relevantes ocorridos ao longo do período e apresenta tendências para exercícios futuros.
De acordo com a Lei 6.404/76, o relatório da administração deve ser publicado juntamente com as demonstrações financeiras do encerramento do exercício social precisando conter informações sobre:
a) aquisição de debêntures de sua própria emissão (art. 55, § 2º);
b) política de reinvestimento de lucros e distribuição de dividendos constantesde acordo de acionistas (art. 118, § 5º);
c) negócios sociais e principais fatos administrativos ocorridos no exercício (art. 133, inciso I);
d) relação dos investimentos em sociedades coligadas e/ou controladas evidenciando as modificações ocorridas durante o exercício (art. 243).
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), através do Parecer de Orientação nº 15/87, relaciona itens de divulgações que atendem de um modo geral as linhas estabelecidas pela legislação societárias.
Itens relacionados pela CVM
a) Descrição dos negócios, produtos e serviço;
b) Comentários sobre a conjuntura econômica geral;
c) Recursos humanos;
d) Investimento;
e) Pesquisa e desenvolvimento;
f) Novos produtos e serviço;
g) Proteção ao meio-ambiente;
h) Reformulações administrativas;
i) Investimentos em controladas e coligadas;
j) Direitos dos acionistas e dados de mercado;
k) Perspectivas e planos para o exercício em curso e os futuros; e
l) Em se tratando de companhia de participações, o relatório deve contemplar as informações acima mencionadas, mesmo que de forma mais sintética, relativas às empresas investidas.
OPINIÃO DO AUDITOR INDEPENDENTEOPINIÃO DO AUDITOR INDEPENDENTE
Vale enfatizar que a CVM emite sugestões, mas que deve-se manter a criatividade dos administradores na elaboração do Relatório da Administração.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) emitiu as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria (NBC TA).
Há seis tipos distintos de opinião. São elas:
• Opinião sem Modificação — Relatório sem Ressalva.
É a opinião expressa pelo auditor quando ele conclui que as demonstrações financeiras são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
• Opinião com Modificação — Relatório com Ressalva.
Ocorre:
a) quando se obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente, concluindo que as distorções individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações financeiras; ou
b) quando não se consegue obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações financeiras, poderiam ser relevantes, mas não generalizadas.
• Opinião com Modificação — Relatório Adverso.
Ocorre quando se obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente, concluindo que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações financeiras.
• Opinião com Modificação — Relatório com Abstenção de opinião.
Ocorre quando não se consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião, concluindo-se que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações financeiras, poderiam ser relevantes e generalizadas.
• Opinião com Parágrafo de Ênfase — Relatório com Parágrafo.
É o parágrafo incluído no relatório de auditoria, referente a um assunto apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações financeiras que, de acordo com o julgamento do auditor, é de tal importância que é fundamental para o entendimento, pelos usuários, das demonstrações financeiras.
• Opinião com Parágrafo de Outros Assuntos – Relatório com Parágrafo.
É o parágrafo incluído no relatório de auditoria, que se refere a um assunto não apresentado ou não divulgado nas demonstrações financeiras e que, de acordo com o julgamento do auditor, é relevante para os usuários entenderem a auditoria, a responsabilidade do auditor ou os relatórios de auditoria.
Questão 1 - (Adaptada / Exame de Suficiência-CFC): Uma Sociedade Empresária apresentou as seguintes contas com seus respectivos saldos, em 31.12.2016:
Os saldos apresentados já foram ajustados e as respectivas apropriações realizadas.
Considerando-se apenas as informações apresentadas e de acordo com a NBC TG 26 (R3) – Apresentação das Demonstrações Financeiras, o total do Ativo, em 31.12.2016, é de:
R$145.670,00
R$160.770,00
R$160.830,00
R$195.685,00
Corrigir
Questão 2 - (Adaptada /Exame de Suficiência-CFC): Uma Sociedade Empresária realizou uma venda de mercadoria à vista, no valor de R$480.000,00, com incidência de ICMS à alíquota de 18%. O Custo da Mercadoria Vendida foi de R$288.000,00. O Lucro Bruto dessa única transação de venda realizada pela Sociedade Empresária é de:
R$393.600,00
R$192.000,00
R$86.400,00
R$105.600,00
Corrigir
Questão 3 - (Adaptada /Exame de Suficiência-CFC): Com base nas informações a seguir, elabore a Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido (DMPL), e, em seguida, assinale a opção correta:
Informações adicionais:
• O lucro do Exercício foi de R$80.000,00;
• A Reserva Legal é de 5% do Lucro do Exercício;
• Houve reversão total das Reservas para Contingências por deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição;
• Foram constituídas Reservas de Lucros para Expansão de R$40.200,00.
O valor destinado para dividendos é de:
R$76.000,00
R$60.800,00
R$101.000,00
R$35.800,00
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Questão 4 - (Adaptada /Exame de Suficiência-CFC): Uma Sociedade Empresária apresentou os seguintes eventos em 2015:
Considerando-se o reflexo desses eventos nas atividades apresentadas na Demonstração dos Fluxos de Caixa, é correto afirmar que:
os eventos geraram caixa líquido nas atividades operacionais, no valor de R$322.000,00.
os eventos geraram caixa líquido nas atividades de investimento, no valor de R$250.000,00.
os eventos geraram caixa líquido nas atividades operacionais, no valor de R$42.000,00.
os eventos geraram caixa líquido nas atividades de investimento, no valor de R$180.000,00.
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Questão 5 - Na Demonstração do Valor Adicionado, Juros, Custos dos Produtos e Receitas Financeiras são evidenciados, respectivamente, como:
Insumos adquiridos de terceiros; insumos adquiridos de terceiros e remuneração do capital próprio.
Insumos adquiridos de terceiros; remuneração do capital de terceiros e valor adicionado recebido em transferência.
Remuneração do capital de terceiros; insumos adquiridos de terceiros e valor adicionado recebido em transferência.
Remuneração do capital de terceiros; remuneração do capital de terceiros e remuneração do capital próprio.
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