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DESAFIO PROFISSIONAL 1º BIMESTRE[2]

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
Aluna: CRISTIANE EUGÊNIA FERNANDES MAIA - RA: 2300003451
História da Educação e da Pedagogia e Didática da Alfabetização e do Letramento
 
Projeto: “Análise histórica e metodológica da prática profissional docente do ensino da língua escrita baseando-se no depoimento de professores de Educação infantil, de épocas distintas”.
Tutora: Joecimara Miquelino
BELO HORIZONTE/UNIDADE 1
 18 de Abril de 2015.
Introdução
A prática pedagógica exige ousadia e interdisciplinaridade para exercer os saberes. Em época de constantes mudanças e com o uso das Novas Mídias, torna-se urgente a formação continuada de professores e sua reformulação.
Para melhoria da qualidade do ensino prestado e o desenvolvimento de métodos capazes de provocar o interesse dos alunos na aprendizagem no inacabado processo de construção do conhecimento da língua escrita. 
Na proposta deste projeto será descrita a evolução do magistério infantil e a conclusão através da análise dos métodos utilizados ao longo dos anos de trabalho pelos professores entrevistados.. Apoiando-se, também, a partir da seleção de relatos feitos por educadores que no exercício do magistério veem superando dificuldades e adaptando-se em meio aos desafios e métodos empregados ao longo da carreira profissional.
DESENVOLVIMENTO 
Sabemos que diferenciar o papel do educador não é tão simples, porém para uma compreensão crítica faz-se necessário discutir os sujeitos da práxis pedagógica educador educando.
Na tentativa de superarmos o entendimento do senso comum sobre esses sujeitos é que buscaremos refletir sobre as características sistemáticas do processo educativo associado ao tema proposto por esse trabalho e suas influências no processo educativo e desenvolvimento para aprendizagem nas crianças participantes do projeto. Para isto, entende-se que esse trabalho aplica-se à Pedagogia histórico crítica dos conteúdos, pois está preocupada com a aquisição de conhecimentos, com a formação de habilidades e hábitos por parte do educando, assim como com a formação de convicções, através de conhecimentos e experiências humanas. LUCKESI, Carlos Cipriano. 2010. São Paulo. (Pág. 137).
A profissionalização docente busca como experiência intervir nas práticas pedagógicas como recurso para que advindo das experiências individuais e do histórico social dos alunos a serem alfabetizados, haja melhora no desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. Resultados positivos são obtidos por meio de jogos lúdicos com figuras que representam as letras e as composições silábicas, como constam nos trabalhos acadêmicos desenvolvidos pelos professores entrevistados, portanto, a experiência com os diversos processos concretos desenvolvidos para a alfabetização e o letramento vem superando o método das cartilhas e de forma satisfatória abrangendo novos conceitos e metodologias aplicáveis aos processos de alfabetização na sociedade contemporânea.
Passo1 – Histórico da profissionalização docente
A história da profissionalização docente no Brasil aconteceu em decorrência das profundas transformações econômicas e sociais, pertinentes à nova fase da produção capitalista monopolista, instalada ao término do século XIX e início do século XX, mas somente após a Independência, que nosso ensino, pelo menos em nível dos projetos e das leis, se tornou gratuito e extensivo a todos.
Antes disso a atividade educacional era exercida sem o cumprimento de qualquer exigência legal, pois o professor vinha geralmente de outras profissões, havendo em exercício pessoas com as mais diferentes formações, autodidatas, militares, membros de irmandades religiosas e estudantes ou diplomados de escolas superiores, sobretudo de Portugal. Os mestres que se dedicavam ao ensino das primeiras letras, eram reconhecidos e pagos por suas comunidades, faziam-no de uma maneira autônoma e na intimidade de seus lares, escolhendo métodos e programas específicos.
No processo de profissionalização da Educação Infantil não foi diferente, a preocupação com a formação docente para educação infantil inicia-se a partir de 1930, quando o país passa por profundas transformações político-econômicas e sociais. Em meio à crise internacional da economia, a sociedade patriarcal que se pautava no modelo agrário-rural urbaniza-se e industrializa-se, seguindo a aceleração do capitalismo industrial e a introdução de novas formas de produção, gerando com o decorrer dos anos a necessidade de os operários terem um mínimo de instrução para operar as máquinas. Nesse período, destaca-se também o papel dos intelectuais educadores na luta pela expansão da escolaridade. Os pioneiros da educação nova vinham lutando, desde a década de 20, por uma escola pública gratuita para todos; visto que o que predominava na manutenção das escolas era as ordens religiosas e que mantinham escolas privadas. 
Na década de 1970, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases para o ensino de 1º e 2º graus, Lei nº 5692/91, o Curso de Magistério transformou-se em Habilitação Específica para o Magistério, em nível de segundo grau. Essa mudança acabou com a formação de professores regentes, descaracterizando a estrutura anterior do curso. Assim “a formação de professores para a docência nas quatro séries do ensino de primeiro grau passou a ser realizada através de uma habilitação profissional, dentre as inúmeras outras que foram regulamentadas” (Gonçalves e Pimenta, 1992, p. 106). O currículo deveria apresentar um núcleo comum, obrigatório em âmbito nacional e um destinado à formação especial. Desapareciam os Institutos de Educação (existia um em Belo Horizonte, “modelo” de ensino para a época) e a formação de especialistas e professores para o curso normal passou a ser feita exclusivamente nos cursos de Pedagogia. Já com a promulgação da LDB nº 9.394 de dezembro de 1996, ocorreu o fim da Escola Normal em nível secundário.
É nesse momento que a situação do professor que atua com a educação infantil (creche e pré-escola), e que atua na primeira etapa da educação básica (educação infantil) é mencionada com uma atenção específica para sua formação e valorização profissional. 
Voltando no tempo, momento da Revolução Industrial do século XIX, tornou-se cada vez maior a necessidade de mão de obra para o trabalho em indústrias. Surgiu dessa forma o trabalho feminino, rompendo com a tradição familiar onde o homem trabalhava para sustentar a família e a mulher ficava em casa cuidando e educando os filhos. A sociedade se encarrega de cuidar da educação das crianças, criando-se então, as primeiras creches e instituições de cunho assistencial, onde as crianças permaneciam, enquanto suas mães trabalhavam. Foram essas instituições, destinadas à guarda dos filhos das mulheres trabalhadoras é que deram origem à pré-escola atual. No Brasil, com a crescente crise social e econômica a partir das décadas de 60 e 70, essa realidade se evidencia mais com o agravo de desemprego e miséria e atualmente as mulheres ajudam de forma ativa no sustento familiar devido ao alto custo de vida em nosso país. As creches e pré-escolas são oferecidas para atender às crianças pobres, que necessitavam de assistência médica, higienista, alimentar. A partir daí, grandes questões surgem no que tange à formação dos profissionais que atuarão nesta área.
A constituição de 1988 assegura em seus artigos referentes à educação a garantia do atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos, como o direito de todos e dever do estado e da família.
 A Lei 4024/61 que trata de Diretrizes e Bases da Educação Nacional não fez nenhuma menção à Educação Infantil, em qualquer dos seus aspectos. Assim, de forma cronológica, há 54 anos atrás a questão da educação de crianças de 0 a 5 anos de idade aindanão tinha sido tratada pela legislação brasileira, muito menos a formação dos profissionais dessa área. Em 1971, dez anos depois, a Lei 5692/71 dedicou à Educação Infantil apenas um parágrafo, no art. 19, parágrafo 2º, declarando que: “Os sistemas de ensino velarão para que as crianças de idade inferior a sete anos recebam conveniente educação em escolas maternais, jardins de infância e instituições equivalentes”.
Ao estar elencado na constituição o atendimento às crianças de 0 a 6 anos e seu reconhecimento como sujeitos de direitos, isto passou a exigir novas regulamentações, o que culminou na promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 1990 e na atual LDB, Lei nº 9394/96.
Por razões históricas, o acesso a cursos superiores é para poucos no Brasil e é desejável que essa oferta seja prioritária pois para educar e cuidar crianças de 0 a 6 anos, é necessário um profissional bem preparado, portanto, as matrículas e ofertas em cursos de pedagogia aumentaram muito nos últimos 15 anos.
Atendendo a exigência legal a creche deixa de ter um caráter somente assistencial e passa a ser um espaço de educação, devendo ser comprometida com o desenvolvimento integral da criança nos aspectos físico, intelectual, afetivo e social, compreendendo a criança como um ser total, completo que a cerca de maneira gradual e articulada, oferecendo a criança uma educação de qualidade e respeitando seus direitos fundamentais.
A formação dos profissionais para Educação Infantil torna-se um desafio para educadores, sociedade (família), Estado, município, enfim, a responsabilidade é de todos.
Para isso, os cursos de formação devem estar atentos ao currículo que capacitará esse profissional, abrangendo as premissas do cuidar e educar. Uma competência técnica e um compromisso político, também devem ser ligados aos fatores Exatamente no saber ser é que estão as características mais pertinentes do educador infantil, pois trabalhar com crianças significa gostar delas e do que elas fazem.
A herança histórica desses séculos sem uma educação sistemática e de qualidade faz com que as mudanças ocorram lentamente. Reverter esse quadro é difícil, mas não impossível. LANTER (1999, p. 137)
Passo 2 – Abordagens e métodos utilizados para a docência na educação infantil
Neste passo foram entrevistados três profissionais que atuam como alfabetizadores em classes de educação infantil. Através dos relatos descritos abaixo, poderemos compreender melhor os métodos e abordagens por eles utilizados a fim de, enriquecermos essa pesquisa:
Professora Marina de Andrade Silva, docente há 10 anos, trabalha atualmente com classes do 1º ano do ensino fundamental em uma escola da rede privada de educação infantil de Belo Horizonte. Colégio Pitágoras.
A escolha pela profissão se deu quando ao ingressar na faculdade de Letras, pela UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais pôde estagiar com crianças no Centro pedagógico da Universidade. Conhecendo os alunos, que eram do 2º período, Marina começa a se interessar pelo universo encantador das crianças onde percebe a beleza do magistério, decidindo optar ainda no 1º ano de faculdade a fazer o curso de Pedagogia. Ao longo do curso Marina cria laços com a profissão que no futuro iria desencadear sua carreira que não diferente dos alunos, esta em constate aprendizado, desenvolvimento em meio às mudanças que nos levam a aprender e a ensinar.
A metodologia utilizada para alfabetização dos alunos por Marina é baseada no Programa Pedagógico da Escola que se apoia no método construtivista, onde as crianças são instigadas, levadas a encontrar respostas a suas curiosidades, a partir de seus próprios conhecimentos e de sua interação com a realidade e a convivência com os colegas.
Há uma conjunção entre o método e a forma de transmitir o conhecimento, mas a professora ressalva que por se tratar de uma instituição que provem de recursos tecnológicos avançados e atuais, existe uma maior facilidade na aplicação do método, bem, como na resposta advinda pelos alunos que aprendem de forma espontânea e surpreendente. O processo de alfabetização das turmas conclui-se em três meses, mas a prática da leitura e compreensão letrada se dá através de um constate incentivo a leitura e atividades extraclasse em meio a motivação dos pais que desempenham o importante papel em incentivar a aplicação dos conteúdos ensinados aos alunos na rotina diária do lar.
Professora Alda Seiman, docente há 20 anos trabalha atualmente com classes do 2º ano do ensino fundamental – I ciclo da alfabetização das séries iniciais em uma escola da rede pública de educação infantil de Belo Horizonte. Escola Municipal Delfin Moreira, localizada na região central da cidade.
A professora relata que os processos metodológicos utilizados para a alfabetização dos alunos em muito vem evoluindo ao longo dos anos, mas nem sempre foi assim. A professora é formada em Pedagogia pela PUCMG – Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais onde arte do ensino fundamentava-se através da lógica da centralidade da gramatica. A organização do ensino se dava através do método das cartilhas aliados a rigidez da disciplina e da forte influência religiosa protecionista que ensina através da estrutura da linguagem gramatical, itens de vocábulos e práticas de padrões audiovisuais atenuados a repetições mecânicas que em muitos se tornam desgastantes no trabalho de aprendizagem da língua, Alda relata que durante muitos anos o ensino estava condicionado a uma ideologia errônea do aprender, pois este anulava a abordagem imaginativa da criança, suas vivências e vocabulários culturais, sendo difícil a compreensão das praticas quando estas eram submetidas a exercícios avaliativos. A reflexão, a produção do conhecimento intrínseco, não era levada em conta, uma vez que não havia uma concordância entre o que se ensina e o que é aprendido pelo aluno.
Hoje se observa na escola um novo contexto que vai além da norma culta padrão para o aprendizado, pois se inclui diálogos inventados no lugar de textos, para certas situações, fotos reais de pessoas em meio a personagens, práticas em pares e pequenos grupos, transformando a arte de ensinar para o aluno, com objetivo de que ele possa produzir frases de si mesmo, de sua família e amigos. A alfabetização torna-se algo prazeroso e natural, crescente, agradável e muito gratificante.
Professora Maria Célia Nogueira, docente aposentada, lecionou durante 25 anos, trabalha atualmente como voluntária na construção e adequação de projetos pedagógicos para alunos de educação infantil de escolas Municipais na cidade de Belo Horizonte, a mesma acompanha por um determinado período alunos em processo de alfabetização nas escolas.
A professora em muito contribuiu para esta pesquisa, ao fornecer informações sobre a instauração e desenvolvimento dos métodos para aprendizagem na adequação dos alunos advindos de escolas publicas de periferias da cidade. A professora formada em Magistério pelo Instituto de Educação de Belo Horizonte na década de 70 relata que a metodologia em que foi formada, não foi diferente da apontada pela professora Alda Seiman, ao longo dos anos docentes, a mesma foi se adequando as novas formas de ensinar, mas enfatizou a importância do erro no processo de aprendizagem, servindo como um trampolim, mas também, assim como a professora Alda, condenou a rigidez nos procedimentos de ensino, as avaliações padronizadas e a utilização de material didático demasiadamente estranho no universo pessoal do aluno. A escola para ela é um lugar de reflexão, de auto avaliação, de interação com as realidades individuais e coletivas, elas transformam o conhecimento enriquecendo os saberes. A escola para ela tem um papel importante para desenvolver a aprendizagem da criança, mas para isso é preciso acompanhar a curiosidade da criança, propondo atividades com temas que a interessam naquele momento. No projeto desenvolvido nas classes em que a professora acompanha, há uma interação entre o brincar e o aprender, pois além dascartilhas e recursos audiovisuais, eles utilizam de brinquedos pedagógicos, como letras figuras e formas, brincadeiras, usam de cantigas de roda, rimas, contação de histórias, tudo isso aliado a representação dos objetos e coisas que fazem a interação e a lógica do aprender. Há também uma preocupação com o bem estar da criança, elas são bem cuidadas, instruídas quanto as boas maneiras, hábitos de higiene pessoal, são bem alimentadas, ressaltando assim, a importância do bem estar da criança. Segundo a professora dessa forma, acontece a aquisição do conhecimento das habilidades e há a formação de atitudes e valores que serão absorvidos pelas crianças por toda a vida.
Passo 3 – Metodologia e didáticas usadas pelas depoentes na aprendizagem da língua escrita
O conjunto de experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, foi historicamente influenciado na formação dos professores que atuam ou atuaram na educação infantil.
As metodologias de ensino adotadas até a década de 80 eram de cunho religioso e não se preocupavam com o histórico cultural e social eminente da época, com isso, tinha a clara convicção de que o conhecimento era para poucos e não havia escolas suficientes para todos. Apesar das dificuldades as depoentes, cada uma, pode relatar de alguma forma suas dificuldades na vivencia escolar e não muito diferente de cada uma percebe-se o compromisso e a perseverança até que fosse alcançado o conhecimento com entendimento. Ambas relatam que foram alfabetizadas de forma rígida, individual e disciplinadas. Os professores eram qualificados e tinha por eles uma relação de autoridade, o que em muito prejudicava a relação do aprender, pois o medo corrompia a dúvida que nunca era sanada, ou quase sempre, não era sanada.
Entretanto, há uma divergência no que se refere em ponto positivo, ou negativo no que se refere ao processo de alfabetização, pois a criança tinha que ter um comportamento de adulto e o ensino das primeiras letras era baseado nas cartilhas tradicionais para o método de alfabetização. Os ditados eram presentes e não havia muito a compreensão do que se escrevia. Era uma “incógnita”, segundo Maria Célia.
Para Marina, um pouco mais jovem, os vocábulos eram “multifacetados” e cheios e o domínio do alfabeto era decorado e “desestruturado”, tornando-se difícil a compreensão. O tempo para alfabetizar-se era mais longo, pois, não se preocupava com o que se aprende, mas com a prova, porque não podíamos tomar “bomba”, ou serem reprovados. O domínio do código convencional da leitura se dava por treinamento e não de forma espontânea, atrativa. 
O domínio do código convencional da leitura, da escrita, dos fonemas e grafemas e do uso dos diferentes meios que nos fazem escrever, é pré-requisito para o letramento. Ensinar as primeiras letras significa alfabetizar e ter a habilidade para ler e escrever e isso é básico e acontece até hoje, com metodologias diferentes, atuais, mais elaboradas. A participação na cultura escrita é um fenômeno quando a criança passa a conviver com diferentes manifestações de escrita em meio a sociedade em que esta inserida, mas se prolonga o conhecimento por toda a vida, letramento visto como sistemas de alfabetização que era implícita, porém, no que se favorece a metodologia atual é exatamente as pluralidades de métodos que com eficiência vem garantido o que é mais precioso à nossa sociedade: a liberdade ao conhecimento e a erradicação do analfabetismo.
Passo 4 – Texto dissertativo sobre os resultados obtidos na pesquisa
“Cuidar e educar”: Para promoção da alfabetização infantil
Cada momento representa um período marcante da educação brasileira.
Somos seres históricos que produzem a cultura a que pertencemos, estabelecemos relações sociais e pessoais, por isso, devemos educar de forma consciente e critica para que possamos ser capazes de compreender nossa atuação com relação aos nossos antecessores e agirmos de maneira intencional e não intuitiva ou ao acaso.
Como a educação no Brasil nunca teve um modelo próprio, que se preocupasse com a realidade politica, social e econômica do país, muito se despendeu em torno do tempo na tentativa da assertividade no âmbito dos métodos e teorias aplicadas ao conhecimento aos alunos, em especial na educação infantil, que há muito era ignorada pelas autoridades politicas de nosso país e assumidas pelas famílias e pela igreja. Porém, reconheçamos que em muito se evoluiu os passos necessários ao alcance na educação infantil no Brasil.
O novo modelo de educação deixa de lado o individualismo e busca a valorização e o cuidado humano, tentando ainda que de forma um tanto excludente garantir o direito a educação e a alfabetização nas escolas publicas do nosso país.
A escola hoje é garantida por lei a todos, ou seja, todos têm os mesmos direitos independentemente de classes social, raça, cultura, ou lugar onde vivemos. Desde a escola infantil, esse é um direito do ser humano.
Da mesma forma, existe também uma preocupação com a formação e a preparação especifica para os professores que exercem a função da educação infantil nos anos iniciais do ensino fundamental. Com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da LDB, Lei nº 9394/96 de 1996 garante-se a aplicabilidade dos processos constituídos ao programa de politica educacional nos sistemas escolares, bem como a formação docente.
Sabemos que ainda há muito que se investir no âmbito educacional para que haja a erradicação do analfabetismo no Brasil e para que seja cumprida a determinação da lei, mas também sabemos que só através da valorização da educação é que se transformará a realidade do nosso país, por isso educação infantil deve ser uma prioridade das politicas públicas para garantia da luta pela educação.
Como se pode ver ao longo do desenvolvimento deste trabalho, os métodos e abordagens utilizados pelos docentes para transformar a dura realidade do analfabetismo são plurais e eficazes, pois o comprometimento, o cuidado com desenvolvimento individual de cada um é visto como prioridade para o aprendizado.
Os professores preocupados com o desenvolvimento das crianças e com os métodos a serem aplicados para garantia da aprendizagem bem como a maneira como será transmitido o conhecimento, utilizam de recursos materiais muitas vezes bem simples, mas que ajudam na compreensão e faz com que a alfabetização ocorra de forma natural, mas satisfatória e eficaz, construindo ao longo dos ciclos educacionais estabelecidos para a formação da criança e seu desenvolvimento intelectual.
De acordo com as depoentes é possível analisar de forma introspectiva a realidade da escola atual no âmbito da educação infantil. A alfabetização e o letramento nesta fase da infância têm como objetivo orientar a criança a desenvolver-se para o domínio da escrita aliado a pratica da leitura. Como sabemos, uma criança alfabetizada é aquela cujo tem o domínio do ler e escrever, é uma criança que tem como habito o prazer da escrita e da leitura e isso é conquistado e não imposto a criança. A leitura torna-se prazerosa e a criança é conduzida de forma natural a compreensão de diversos tipos de expressões textuais que contribuem para o seu desenvolvimento social e profissional, pois a criança torna-se um adulto conhecedor do mundo e de sua sociedade. 
Sabemos que a alfabetização e o letramento estão intrinsicamente ligados e que os reflexos do aprendizado construído de forma gradual, traz a compreensão da língua e por isso é extremamente importante alfabetizar letrando a criança. Dai a importância da participação dos pais na convivência com a leitura e a escrita, incentivando as crianças em casa a darem continuidade ao processo iniciado na escola. Com isso ela possuirá fundamentos de compreensão nas relações da escrita e dos objetos e fatos vivenciados por ela fora da escola, enriquecendo seus conteúdos e trazendo também a escola novos conhecimentos da língua e seus contextos.
Cuidar e educar é como principio o conhecimento dos interesses e necessidadesdas crianças, pois se deve verdadeiramente ser consciente e estabelecer uma visão integrada do desenvolvimento da criança respeitando a diversidade de realidades presentes no âmbito escolar. O docente em suas abordagens e métodos deve saber um pouco da historia de cada criança, conhecer sua família, as características de sua faixa etária e da fase de desenvolvimento a que se encontra. Ele deve trabalhar de forma respeitosa levando a criança ao conhecimento das letras, sons fonemas e grafemas, de forma natural e atrativa, brincando, interagindo com o universo da criança. Ele deve ser um bom observador para que as regras impostas por ele não se torne em atividades mecânicas e automatizadas, sabendo que o conhecimento se da a partir das praticas não condimentadas. Sua mediação levará as crianças a desenvolverem-se em um ambiente sadio, cheio de atrativos que irão determinar o sucesso de seu aprendizado. A metodologia para alfabetizar pode não ser a mesma para cada escola ou professor, mas o professor quando bem preparado, disposto e comprometido com seus alunos e com a prática profissional, conseguirá alcançar sucesso no processo de alfabetização e do letramento com as crianças, além de se tornar um profissional realizado com a prática docente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sabemos que a pratica de ensinar do professor de educação infantil é promotora do desenvolvimento integral da criança e os resultados obtidos com o ensino refletem na vida humana e que as pessoas de um modo geral, sentem-se realizadas quando são alfabetizadas e letradas, ou educadas. Desse modo é possível entender como é benéfico para o ser humano, ter a oportunidade de construir o conhecimento e começar essa construção logo na 1ª infância. O professor, além de, manifestar-se significativamente sendo proporcionador de intervenções no campo da educação é um construtor de identidade e formador da intelectualidade a ser desenvolvida ao indivíduo, criança.
Neste projeto foi abordado o breve histórico da profissionalização docente onde se pesquisou o processo metodológico de ensino e aprendizagem das crianças da educação infantil nos ciclos iniciais do ensino fundamental e as formas de abordagens, bem como, a compreensão dos métodos adotados e as práticas docentes desenvolvidas ao longo da carreira profissional dos professores que lecionam e cuidam da alfabetização e do letramento das crianças.
Acompanhando um pouco das histórias relatadas pelos educadores, podemos perceber que há uma relação recíproca dos educadores e educandos e que através das praticas pedagógicas adotadas por cada um e da colaboração, dedicação e comprometimento, estes tem alcançado a promoção da sociabilidade e enriquecimento pessoal, através relações de vínculo e afeto criados, bem como as atividades elaboradas, contribuindo para aprendizagem desses alunos e proporcionando melhor convivência favorecendo a aceitação das diferenças “inclusão”, diminuindo os níveis de estresse, proporcionando melhor controle emocional, desenvolvimento e comunicação dos alunos, enfim, alcançando o objetivo principal que é a alfabetização e o letramento da língua oral e escrita.
Acreditando no potencial do ser humano e na construção do caráter da formação de uma criança é que aprendemos a nos superar a cada dia, transformando nosso pensar, criando possibilidades para transformação de vidas. 
Em todo momento como educadores devemos proporcionar às crianças momentos que lhe façam aprender e crescer.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.fae.ufmg.br/estrado/cdviseminario/trabalhos/eixotematico1/umaretrospecticformprof.pdf. Acesso em 20/03/2015.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012719.pdf. Acesso em 22/03/2015.
MARQUES, Mário Osório. Formação do profissional da educação. Ijuí/RS: Ed. UNIJUI, 2000.
SILVA, Rose Neubauer e al. Formação de professores no Brasil: um estudo analítico e bibliográfico. São Paulo: Fundação Carlos Chagas, REDUC, 1991.
UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP

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