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EQUAÇÃO VETORIAL DO PLANO Sejam �⃗� = (𝑎1, 𝑎2, 𝑎3) e 𝑣 = (𝑏1, 𝑏2, 𝑏3) vetores diretores de um plano 𝜋, 𝐴(𝑥0, 𝑦0, 𝑧0) um ponto fixo de 𝜋 e P um ponto genérico de 𝜋. Dois vetores �⃗� e 𝑣 são ditos diretores de um plano 𝜋 se não tiverem mesma direção e se forem paralelos a este plano. Note que, �⃗� , 𝑣 e 𝐴𝑃⃗⃗⃗⃗ ⃗ são coplanares, conforme Figura a seguir: Vetores coplanares Temos que, 𝐴𝑃⃗⃗⃗⃗ ⃗ = 𝑃 − 𝐴 = 𝛼�⃗� + 𝛽𝑣 , ou seja, 𝑃 = 𝐴 + 𝛼�⃗� + 𝛽𝑣 , com 𝛼, 𝛽 ∈ ℝ Se considerarmos os eixos coordenados x, y e z, podemos escrever esta equação como 𝜋: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥0, 𝑦0, 𝑧0) + 𝛼(𝑎1, 𝑎2, 𝑎3) + 𝛽(𝑏1, 𝑏2, 𝑏3) Exemplo: Qual a equação vetorial do plano 𝜋 que passa pelo ponto 𝐴(3,3, −1) e é paralelo aos vetores �⃗� = (−1,2,3) e 𝑣 = (2,3,6)? Obtenha algum ponto pertencente a este plano. Solução: Temos que, a equação vetorial de 𝜋 é dada por 𝜋: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (3, 3, −1) + 𝛼(−1, 2, 3) + 𝛽(2, 3, 6). �⃗� 𝑣 A P Esta é a Equação Vetorial do Plano. Para obter algum ponto de 𝜋, basta atribuir valores para 𝛼 e 𝛽. Por exemplo: Para 𝛼 = 1 e 𝛽 = 0, temos 𝜋: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (3,3, −1) + 1(−1, 2, 3) + 0(2, 3,6) = (2, 5, 2). Logo, o ponto (2, 5, 2) ∈ ao plano 𝜋. 2.2.13 EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DO PLANO Dada a equação vetorial do plano 𝜋, em coordenadas, e considerando a condição de igualdade, obtemos 𝑥 = 𝑥0 + 𝛼. 𝑎1 + 𝛽. 𝑏1 𝑦 = 𝑦0 + 𝛼. 𝑎2 + 𝛽. 𝑏2 𝑧 = 𝑧0 + 𝛼. 𝑎3 + 𝛽. 𝑏3 Nestas equações, os parâmetros 𝛼 (alpha) e 𝛽 (Beta) são variáveis auxiliares, (𝑥, 𝑦, 𝑧) é um ponto genérico e (𝑥0, 𝑦0, 𝑧0) é um ponto dado. Exemplo: A partir da equação vetorial do plano 𝜋: (𝑥, 𝑦, 𝑧) = (3,3, −1) + 𝛼(−1,2,3) + 𝛽(2,3,6) determinar um sistema de equações paramétricas de 𝜋. Solução: Temos que, as equações paramétricas de 𝜋 serão dadas por 𝑥 = 3 − 1𝛼 + 2𝛽 𝑦 = 3 + 2𝛼 + 3𝛽 𝑧 = −1 + 3𝛼 + 6𝛽 2.2.14 EQUAÇÃO GERAL DO PLANO Como vimos, da equação vetorial do plano, os vetores �⃗� , 𝑣 e 𝐴𝑃⃗⃗⃗⃗ ⃗ são coplanares. Assim, pela condição de coplanaridade temos que: | 𝑥 − 𝑥𝑜 𝑦 − 𝑦𝑜 𝑧 − 𝑧𝑜 𝑎1 𝑎2 𝑎3 𝑏1 𝑏2 𝑏3 | = 0 Desenvolvendo este determinante obtemos, Estas são as Equações Paramétricas do Plano. (𝑥 − 𝑥𝑜) | 𝑎2 𝑎3 𝑏2 𝑏3 | + (𝑦 − 𝑦0) | 𝑎1 𝑎3 𝑏1 𝑏3 | + (𝑧 − 𝑧0) | 𝑎1 𝑎2 𝑏1 𝑏2 | = 0 Fazendo a = | 𝑎2 𝑎3 𝑏2 𝑏3 |, b = | 𝑎1 𝑎3 𝑏1 𝑏3 | e c = | 𝑎1 𝑎2 𝑏1 𝑏2 |, podemos reescrever a equação acima como 𝑎(𝑥 − 𝑥𝑜) + 𝑏(𝑦 − 𝑦𝑜) + 𝑐(𝑧 − 𝑧𝑜) = 0 𝑎𝑥 − 𝑎𝑥0 + 𝑏𝑦 − 𝑏𝑦0 + 𝑐𝑧 − 𝑐𝑧0 = 0 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 − (𝑎𝑥0 + 𝑏𝑦0 + 𝑐𝑧0) = 0 Considerando 𝑑 = −(𝑎𝑥0 + 𝑏𝑦0 + 𝑐𝑧0), segue que, 𝜋: 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0 Exemplo: Obtenha a equação geral de um plano π que passa pelos pontos 𝐴 (1,1, −2) e é paralelo aos vetores �⃗� = (3, −2,2) e 𝑣 = (1,2,3). Solução: Temos que, 𝐴𝑃⃗⃗⃗⃗ ⃗, �⃗� 𝑒 𝑣 são coplanares conforme a figura a seguir. Vetores 𝑨𝑷⃗⃗⃗⃗⃗⃗ , �⃗⃗� 𝒆 �⃗⃗� coplanares Logo, | 𝑥 − 1 𝑦 − 1 𝑧 + 2 3 −2 2 1 2 3 | = 0 Resolvendo o determinante obtemos: −6(𝑥 − 1) + 2(𝑦 − 1) + 6(𝑧 + 2) + 2(𝑧 + 2) − 9(𝑦 − 1) − 4(𝑥 − 1) = 0 A �⃗⃗� �⃗� P 𝜋 Esta é a Equação Geral do Plano. −6𝑥 + 6 + 2𝑦 − 2 + 6𝑧 + 12 + 2𝑧 + 4 − 9𝑦 + 9 − 4𝑥 + 4 = 0 −10𝑥 − 7𝑦 + 8𝑧 + 33 = 0 Portanto: 𝜋: − 10𝑥 − 7𝑦 + 8𝑧 + 33 = 0 é a Equação Geral do Plano. Existe outra maneira de representar a Equação Geral de um Plano 𝜋 baseado no vetor normal. Seja �⃗� = (𝑎, 𝑏, 𝑐) um vetor normal ortogonal a um plano π (�⃗� ≠ 0⃗ ), então �⃗� será ortogonal a qualquer vetor de π. Vetor normal �⃗� ortogonal a um plano π Se um vetor 𝐴𝑃⃗⃗⃗⃗ ⃗ é ortogonal a �⃗� , então 𝑛 . 𝐴𝑃⃗⃗⃗⃗ ⃗ = 0 ⇒ (𝑎, 𝑏, 𝑐) . (𝑃 − 𝐴). Sendo 𝑃(𝑥, 𝑦, 𝑧) e A(𝑥0, 𝑦0, 𝑧0) = 0 pontos pertencentes a π, segue que: (𝑎, 𝑏, 𝑐) . (𝑥 − 𝑥0, 𝑦 − 𝑦0, 𝑧 − 𝑧0 ) = 0 𝑎(𝑥 − 𝑥𝑜) + 𝑏(𝑦 − 𝑦𝑜) + 𝑐(𝑧 − 𝑧𝑜) = 0 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 − (𝑎𝑥0 + 𝑏𝑦0 + 𝑐𝑧0) = 0 Fazendo 𝑑 = − (𝑎𝑥0 + 𝑏𝑦0 + 𝑐𝑧0) obtemos a Equação Geral do Plano π a partir do vetor normal dada por: 𝜋: 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0 Exemplo: Qual a equação geral do plano π que passa pelo ponto 𝐴 (4, 1, 3) e tem �⃗� = (2, 3, 4) como vetor normal. A P 𝜋 �⃗� Solução: Temos que, as coordenadas do vetor �⃗� correspondem aos coeficientes da Equação Geral do Plano, isto é; 𝜋: 2𝑥 + 3𝑦 + 4𝑧 + 𝑑 = 0 Se A é um ponto do plano, podemos determinar d substituindo suas coordenadas na equação: 2 . 4 + 3 . 1 + 4 . 3 + 𝑑 = 0 𝑑 = −23 Assim, 𝝅: 𝟐𝒙 + 𝟑𝒚 + 𝟒𝒛 − 𝟐𝟑 = 𝟎 Se um ou mais coeficientes na Equação Geral do Plano forem nulos, teremos os seguintes casos particulares da equação geral do plano: 1º caso: Se 𝑑 = 0, 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 = 0 (o plano passa pela origem). 2º caso: Se a = 0, 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0 (o plano é paralelo ao eixo dos x); Se b = 0, 𝑎𝑥 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0 (o plano é paralelo ao eixo dos y); Se c = 0, 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑑 = 0 (o plano é paralelo ao eixo dos z). 3º caso: Se 𝑎 = 𝑑 = 0, 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 = 0 (o plano contém o eixo dos x); Se 𝑏 = 𝑑 = 0, 𝑎𝑥 + 𝑐𝑧 = 0 (o plano contém o eixo dos y); Se 𝑐 = 𝑑 = 0, 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 0 (o plano contém o eixo dos z). 4º caso: Se 𝑎 = 𝑏 = 0, 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0 (o plano é paralelo ao plano xy); Se 𝑎 = 𝑐 = 0, 𝑏𝑧 + 𝑑 = 0 (o plano é paralelo ao plano xz); Se 𝑏 = 𝑐 = 0, 𝑎𝑥 + 𝑑 = 0 (o plano é paralelo ao plano yz). Exemplos: Indique a posição de cada plano em relação ao sistema cartesiano. Solução: a) 𝟐𝒙 + 𝒚 − 𝟑𝒛 = 𝟎 (o plano passa pela origem); b) 𝟑𝒙 + 𝟐𝒛 + 𝟑 = 𝟎 (o plano é paralelo ao eixo y); c) 𝟖𝒙 + 𝟒𝒚 = 𝟎 (o plano contém o eixo dos z). 4º caso 2º caso 3º caso 1º caso
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