Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL FAENG - FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITETURA E URBANISMO E GEOGRAFIA ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE FÍSICA 2 Alice Fernandes Alves Sabrina Luana Dias Pereira Wesley Silva Alves Amaral RELATÓRIO: VELOCIDADE DO SOM EM METAIS CAMPO GRANDE / MS MARÇO, 2018 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL FAENG - FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITETURA E URBANISMO E GEOGRAFIA ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE FÍSICA 2 Alice Fernandes Alves Sabrina Luana Dias Pereira Wesley Silva Alves Amaral VELOCIDADE DO SOM EM METAIS Atividade obrigatória da disciplina de Laboratório de Física II do Curso de Engenharia Civil sob orientação do Professor Dr. Airton Carlos Notari. CAMPO GRANDE / MS MARÇO, 2018 ÍNDICE página INTRODUÇÃO...................................................................................................04 OBJETIVOS........................................................................................................04 TEORIA...............................................................................................................04 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS...........................................................07 4.1 Materiais........................................................................................................07 4.2 Método...........................................................................................................07 DADOS E ANÁLISES........................................................................................09 CONCLUSÃO.....................................................................................................13 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................13 INTRODUÇÃO Em física uma onda é a perturbação oscilante no espaço que se propaga em um meio (liquido, gasoso, sólido), toda onda possui uma determinada frequência de modo que a mesma se dá de acordo com a amplitude e velocidade. Segundo Halliday as ondas podem ser de três tipos principais, (Ondas mecânicas, Ondas eletromagnéticas e Ondas de matéria). Vamos tratar apenas das ondas mecânicas nesse relatório. A onda mecânica estudada é classificada como longitudinal, a qual a direção de propagação é a mesma da fonte geradora da onda. As propriedades do meio que determinam a velocidade de propagação de uma onda mecânica são a inércia e a elasticidade. A elasticidade do meio dá origem às forças restauradoras e a inércia determina como o meio responde a tais forças. OBJETIVOS Determinar a velocidade de propagação de um pulso longitudinal em barras de metal. TEORIA Onda mecânica é uma perturbação que se propaga em um meio material elástico, ou seja, em uma substância material capaz de propagar a energia da onda através das vibrações das partículas que constituem o meio. Na propagação de ondas mecânicas há o transporte de energia cinética e potencial. Essa propriedade é usada para determinar a velocidade do som na barra metálica, pois a onda é gerada quando a barra se choca com o chão, é refletido na extremidade superior da barra e retorna à extremidade inferior. A energia propagada na onda faz com que a barra “pule” quando a onda retornar à extremidade inferior. As ondas mecânicas são as mais conhecidas, são aquelas que além de serem governadas pelas Leis de Newton, necessitam de um meio material para se propagar (ar, água), um exemplo é a onda do mar ou as ondas sonoras. Podem ser classificadas também como ondas longitudinais e ondas transversais. As ondas longitudinais, as oscilações acontecem segundo a direção da propagação da onda (Figura 1.1), para frente e para trás. As características elásticas e inerciais do meio em que ela se propaga vão determinar sua velocidade de propagação. Sendo assim o som tem velocidades diferentes conforme esteja se propagando no ar, no liquido, ou em determinados metais. As ondas transversais são aquelas em que a direção da vibração é perpendicular à direção da onda (Figura 1.2). Figura 1.1: Onda Longitudinal se propagando em uma mola Figura 1.2: Onda Transversal se propagando em uma corda Portanto para calcular a velocidade da propagação da velocidade de um pulso longitudinal em metais utiliza-se a seguinte equação: Onde é igual à velocidade da propagação, representa o comprimento utilizado no experimento e representa o tempo de contato da barra metálica coma superfície. O tempo de contato da barra metálica com a superfície é medido em milésimos de segundo, portanto usaremos a seguinte equação abaixo como base Vf = Vi e (-tc/RC) (2) Deduzindo a fórmula para se obter o tempo de contato da barra metálica com a superfície (Vf / Vi) = e (-tc/RC) (3) ln (Vf / Vi) = (-tc/RC) (4) Logo, Tc = -RC ln(Vf / Vi) (5) Tais equações norteiam o experimento, possibilitando as devidas análises do mesmo. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 4.1 Materiais Fonte de tensão contínua, capacitor eletrolítico, resistor, multímetro digital, barras metálicas e trena. 4.2 Método O tempo necessário para um pulso percorrer uma barra metálica de 1 m de comprimento é menor que um milésimo de segundo. Como cronômetros convencionais não são adequados para se medirem tempos dessa ordem, outro tipo de “relógio” foi empregado. Nesse caso o “relógio” utilizado para medir o tempo tc baseou-se na medida de descarga de um capacitor em um circuito RC. A montagem utilizada nesta experiência está apresentada, na fig. 2. Ligando-se momentaneamente a chave S, o capacitor carrega-se até atingir a voltagem V0 da fonte. Ao soltar a barra, o capacitor descarrega-se através do resistor R, durante o tempo em que a barra permanece em contato com a base metálica. Figura 2 – Procedimento de montagem do experimento. Neste experimento, foram tomados os seguintes cuidados: Observado a polaridade do capacitor eletrolítico antes de ligar a fonte; Ajustado a tensão da fonte para zero Volt e aumentado gradativamente, atentando para o valor máximo que o sistema admite; Ao soltar a barra, posicionado a aproximadamente 15 cm acima da base metálica, para evitar que a ponta dela se amassasse; tomado o cuidado para que a barra caísse verticalmente, sem girar. Montada a instrumentação como ilustrado na fig.2, ligamos a chave para carregar o capacitor. Desse modo, o procedimento foi: Anotado o valor inicial da tensão e desconectado a chave S. Foi solta imediatamente a barra e, depois de ela colidir com a base foi segurada; lido e anotado rapidamente a tensão. Foi solta novamente a barra e segurada; lidos e anotado a tensão. Repetido esse processo até que atingisse o valor bem baixo de tensão. Feito um gráfico de Vn versus n. DADOS E ANÁLISES Tabela 1 (Tensão inicial e final por número de batidas) Tensão Inicial Tensão final Número de batidas 0 1,554 0 1,549 1,539 1 1,537 1,436 2 1,429 1,382 3 1,381 1,376 4 1,369 1,321 5 1,315 1,265 6 1,253 1,232 7 1,230 1,211 8 1,206 1,128 9 1,125 1,090 10 1,086 1,042 11 1,038 1,001 12 0,999 0,939 13 0,939 0,915 14 0,860 0,839 15 0,832 0,792 16 0,792 0,750 17 0,750 0,728 18 0,728 0,708 19 0,702 0,694 20 0,694 0,660 21 0,659 0,634 22 0,634 0,619 23 0,615 0,609 24 0,610 0,594 25 0,594 0,557 26 0,556 0,535 27 0,531 0,501 28 0,501 0,469 29 0,471 0,463 30 0,462 0,456 31 0,456 0,438 32 0,434 0,428 33 0,427 0,414 34 0,414 0,394 35 0,392 0,383 36 0,374 0,348 37 0,349 0,326 38 0,332 0,319 39 0,3180,313 40 Tensão Inicial Tensão final Número de batidas 0,316 0,299 41 0,292 0,274 42 0,285 0,265 43 0,265 0,247 44 0,246 0,230 45 0,233 0,217 46 0,226 0,210 47 0,219 0,204 48 0,201 0,194 49 0,194 0,176 50 0,178 0,169 51 0,169 0,159 52 0,162 0,153 53 0,154 0,149 54 0,143 0,134 55 0,134 0,125 56 0,122 0,114 57 0,115 0,108 58 0,108 0,101 59 0,100 0,091 60 0,091 0,086 61 0,080 0,075 62 0,075 0,070 63 0,069 0,065 64 0,067 0,063 65 0,063 0,059 66 0,059 0,055 67 0,055 0,052 68 0,052 0,049 69 0,048 0,046 70 0,046 0,044 71 0,043 0,042 72 0,042 0,040 73 0,040 0,039 74 0,038 0,036 75 0,035 0,034 76 A tabela 1 mostra os dados de tensão inicial, final e número de quiques obtidos ao realizar o experimento. Figura 3 – Gráfico de dispersão e regressão com tenção final em função do número de batidas (n) Na figura 3 temos um gráfico de dispersão e regressão cuja equação é dada por: Com o objetivo de calcularmos a velocidade da propagação do som na barra metálica, primeiramente é preciso obter o tempo de contato da barra com a base. A tensão elétrica entre as placas do capacitor pode ser escrita da forma: Onde pela equação gerada pelo gráfico temos que: Sendo que: 12 R = Resistência: 56 Ω = C = Capacitor: Onde: Com os dados: comprimento da barra e tempo de contato da barra com a base, calculamos a velocidade do som: Em comparação à tensão carregada no voltímetro e o valor obtido pelo gráfico: Tensão inicial, carregada no voltímetro: Valor da tensão obtido pelo gráfico: Pode-se observar que ao longo dos testes, as diferenças de tensão entre as batidas diminuíram, ao ponto de haver diferenças de tensão de apenas 0,01 ao final do experimento. CONCLUSÃO De acordo com os resultados obtidos, concluímos que o material da barra se aproxima muito do Alumínio e Latão. Provavelmente o valor foi superior ao relatado na tabela do relatório devido a erros na manipulação da barra fazendo com que ela atingisse altura um pouco maior da recomendada no relatório e a força do manipulador não foi constante. BIBLIOGRAFIA HALLIDAY, David et. al. Fisica 2 - Gravitação, ondas e Termodinamica. 7ª ed. LTC HEWITT, Paul G. , Física Conceitual. 12ª Ed. 2015, Bookman YOUNG, H.D. et. al., Física I: Mecânica. 12º Ed, São Paulo, 2009. 12
Compartilhar