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Artigo Científico Coisa Julgada

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MARCELA JORQUEIRA FANTAPPIE
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
DIREITO VESPERTINO
TURMA 4000
Londrina
2018
ASPECTOS GERAIS Da coisa julgada
Marcela Jorqueira Fantappie
majfantappie@hotmail.com
Direito Processual Civil – Silvia Tacla
RESUMO
O presente artigo busca analisar os aspectos gerais da coisa julgada, suas espécies, seus limites e sua eficácia preclusiva. É um instituto que está relacionado a uma sentença judicial irrecorrível, ou seja, que não admite mais a interposição de qualquer recurso, sendo assim, imutável.
Atualmente, é uma garantia constitucional e encontra amparo no artigo 5º inciso XXXVI da Constituição da República Federativa do Brasil, a saber: “A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. E sua principal finalidade da coisa julgada é imprimir segurança jurídica às decisões judiciais, evitando que litígios idênticos sejam novamente ajuizados, fazendo com que os conflitos se perpetuem no tempo. 
ABSTRACT
The present article seeks to analyze the general aspects of the res judicata, an institute that is related to an unappealable judicial sentence, that is, that no longer admits the lodging of any appeal, and thus, immutable.
Currently, it is a constitutional guarantee and is supported by article 5, item XXXVI of the Constitution of the Federative Republic of Brazil, namely: "The law shall not prejudice the acquired right, the perfect juridical act and the res judicata. And its main purpose of res judicata is to provide legal certainty to judicial decisions, preventing similar litigation from being resorted to, causing conflicts to be perpetuated over time.
INTRODUÇÃO
A coisa julgada é um dos direitos e garantias fundamentais previsto na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo 5º, inciso XXXVI, que explicitamente assegura que a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Esses três institutos surgiram com a necessidade de impedir a retroatividade das leis, impedindo os seus efeitos diante de uma situação jurídica consolidada, garantindo assim a segurança jurídica. 
Além do texto constitucional, o respeito à coisa julgada também é assegurado pela Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (Lei n. 4.657/1942), artigo 6º, e conceituada no parágrafo terceiro, como sendo a decisão judicial de que já não caiba mais recurso. 
O Código de Processo Civil de 1973 em seu artigo 467, retroage ao Direito Romano para conceituar a coisa julgada, refere-se a esta como sendo “a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário”. Nesse sentido, o legislador, fazia menção à coisa julgada como eficácia da sentença. Ao passo que atualmente, houve um aprimoramento no novo Código de Processo Civil, que em seu artigo 502, conceitua coisa julgada como “a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso”, ou seja, enquanto ainda couber qualquer recurso ou reexame necessário contra a decisão, não há seu trânsito em julgado e consequentemente, não há que se falar em coisa julgada.
ESPÉCIES DE COISA JULGADA
A coisa julgada, então, consiste sempre na imutabilidade e indiscutibilidade do comando da decisão sobre o qual ela recai, entretanto, esse comando pode possuir atributo formal ou material e é nesse contexto que se distinguem as duas espécies existentes: coisa julgada material e coisa julgada formal. 
A coisa julgada material tem a sua definição estabelecida pelo artigo 467 do Código de Processo Civil, que estabelece: “denomina-se coisa julgada a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.” Ou seja, é aquela que advém de uma sentença de mérito, que tem como principal efeito a impossibilidade da reforma do provimento judicial, seja no mesmo processo ou em outro. Verifica-se assim, que não se pode submeter à mesma demanda ao judiciário, diferentemente da coisa julgada formal. 
Por coisa julgada formal, entende-se que é a impossibilidade de modificação da sentença no mesmo processo, como consequência da preclusão dos recursos. Ou seja, é aquela que advém de uma sentença terminativa, como nas hipóteses em que o processo será extinto pelo juiz, quando indeferir a petição inicial, quando o processo ficar parado durante mais de um ano por negligência das partes, quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa por mais de trinta dias, quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada, quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual, pela convenção de arbitragem, quando o autor desistir da ação, quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal, ou quando ocorrer confusão entre autor e réu.
LIMITES DA COISA JULGADA
Quanto aos limites da coisa julgada, esses podem ser analisados sob três aspectos: territorial, objetivo e subjetivo. O limite territorial está disposto no artigo 16 do NCPC, que dispõe que a jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional. Ou seja, a coisa julgada decorrente do julgamento de determinado caso concreto existe, é válida e eficaz em todo o território brasileiro. Se for o caso de coisa julgada estrangeira, implicará sobre o sistema jurídico nacional somente após sua sentença ser homologada pelo STJ. Já a eficácia da coisa julgada internacional no Brasil não dependerá de homologação, mas da adesão de nosso país a tratados ou convenções internacionais. 
Com relação aos limites objetivos da coisa julgada, por força do disposto no artigo 504 do NCPC, a coisa julgada atingirá, em regra, apenas as questões decididas em caráter principal, como dispositivo da sentença, não se estendendo aos motivos – ainda que importantes determinar o alcance da parte dispositiva da sentença – e a verdade dos fatos – estabelecida como fundamento da decisão.
 Entretanto, o artigo 503, em seu parágrafo 1º, determina que a coisa julgada poderá atingir às questões prejudiciais incidentes no processo, ou seja, as questões atinentes à existência, inexistência ou modo de ser de uma relação ou situação jurídica que, embora sem constituir propriamente o objeto da pretensão formulada (mérito da causa), são relevantes para a solução desse mérito. Sendo assim, ela incidirá sobre tais questões já decididas expressa e incidentemente no processo, contanto que: a) dessa resolução depender o julgamento do mérito; b) a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia; c) o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal.
Por fim, por limite subjetivo entende-se por quais pessoas estarão vinculadas à coisa julgada formada, não podendo mais discuti-la, e segundo a regra do artigo 506 do NCPC, a coisa julgada só opera perante as partes do processo em que ela se estabeleceu. Isso não impede que os efeitos da decisão de mérito atinjam terceiros, de maneira positiva ou negativa, isto é, podendo acarretar tanto vantagens como desvantagens. Estes sofrerão os efeitos na proporção em que se relacionem com o objeto do litígio, mas não ficarão impedidos de discutir em demanda própria aquele mesmo objeto processual, desde que possuam legitimidade e interesse para tanto.
EFICÁCIA DE PRECLUSÃO DA COISA JULGADA
Com relação à eficácia preclusiva, a preclusão da coisa julgada, isto é, a perda de uma faculdade ou poder processual no curso do processo, ou seja, fica impedido que certas questões não apreciadas pelo juiz possam vir a ensejar em outro processo um novo julgamento do mesmo pedido.
 E pode ser ocasionada pelo decurso do prazo, ou pela passagem da fase processual, paraexercício do poder ou faculdade (preclusão temporal); pelo anterior exercício do poder ou faculdade (preclusão consumativa); ou pela prática de ato logicamente incompatível com o exercício do poder ou faculdade (preclusão lógica). Assim, o artigo 507 do NCPC disciplina que é vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TOJEIRO, Felipe. Coisa julgada, segurança jurídica e suas relações com o direito e a jurisdição. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/35218/coisa-julgada-seguranca-juridica-e-suas-relacoes-com-o-direito-e-a-jurisdicao>. Acesso em: 17 jan. 2018.
MARTINS, Renan Buhnemann. Os novos contornos da coisa julgada no CPC/2015. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/47700/os-novos-contornos-da-coisa-julgada-no-cpc-2015>. Acesso em: 17 jan. 2018.

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