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2 Semestre - individual - Minha jornada pelo mundo do aprendizado - EXCELENTE

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UNIVERSIDADE NORTE PARANÁ 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
ANA PAULA LOPES PINHEIRO 
MATRÍCULA Nº 01108502 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINHA JORNADA PELO MUNDO DO APRENDIZADO 
TRABALHO INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itaperuna-RJ 
2013 
 
 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANA PAULA LOPES PINHEIRO 
MATRÍCULA Nº 01108502 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINHA JORNADA PELO MUNDO DO APRENDIZADO 
TRABALHO INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNO-
PAR – Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas 
Psicologia da Educação; Políticas e Gestão dos Espaços 
Educativos e Currículo, Conhecimento e Cultura Escolar. 
Professores: Carlos Eduardo de Souza Gonçalves, Adri-
ana de Araújo, Josilane Burque Ricci Nascimento, Samira 
Fayez Kfouri e Adriana Regina de Jesus Santos. 
Tutora eletrônica: Tatiane Dantas Silva de Jesus. 
Tutora de sala: Laurinda Oliveira M. Rosa. 
 
 
 
 
Itaperuna-RJ 
2013 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todas as nossas palavras serão inúteis se não 
brotarem do fundo do coração. As palavras que 
não dão luz aumentam a escuridão. 
(Madre Teresa de Calcutá) 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
Entende-se memorial de formação como um gênero predominante-
mente narrativo, circunstanciado e analítico, que trata do processo de formação de 
um determinado período. Combina elementos de textos narrativos com elementos de 
textos expositivos.1 
Essa foi a proposta que o curso de Pedagogia da UNOPAR fez aos 
alunos do segundo semestre de 2013, ou seja, compor um relato que expusesse o 
memorial de formação de cada um de nós, o que comporá a base para que entenda-
mos o que seja pedagogia, tanto no que ela pretende ser como de fato é. 
Portanto, segue-se no desenvolvimento desse trabalho um pequeno 
relato de minha infância e adolescência e, também, alguns fatos relativos à minha 
juventude e vida adulta que me conferiram atualmente a compreensão do motivo de 
estar cursando pedagogia. 
Ressalto que ao relatar minha trajetória escolar desde o início dela, 
não posso deixar de enfatizar que meus pais sempre me educaram com esmero e me 
proporcionaram, mesmo com dificuldades em certos momentos, as melhores oportu-
nidades que pudessem me levar a descobrir esse mundo maravilhoso das palavras. 
Por saberem da minha paixão, sempre me incentivaram a leitura (comprando livros 
ou me levando a bibliotecas, algo que eu amava frequentar e que hoje não posso, por 
não ter uma no município que resido), como também me ensinaram a conviver com 
outros de maneira ética e moralmente correta. 
 
 
MEMÓRIAS DA MINHA JORNADA PELO MUNDO DO APRENDIZADO 
 
Palavras, seus conceitos, suas formas, como que as letras se junta-
vam e têm tais sons, isso, e muito mais, foi o que desde que “me entendi como gente”2 
me atraiu, chamou a atenção dos meus olhos e ouvidos e, portanto, as imagens da 
 
1 In: Formação de Professores de Línguas na América Latina e Transformação Social. 1 ed. Vol. 4. Campinas: 
Pontes, 2010. Disponivel em < http://pt.scribd.com/doc/147201780/Livro-Formacao-Professores> 
2 Expressão popular que significa quando o ser humano começa a ter consciência, mesmo que primárias, de 
alguns fatos, primeira infância. 
 
4 
 
tenra infância que ainda trago na memória, são formadas pelo desejo de conhecer as 
letras: como elas eram desenhadas e como tinham aquele som e porque duas ou mais 
palavras com sons diferentes poderiam ter o mesmo significado. Digo isso, pois saí 
do Brasil com um ano e meio e fui criada até os cinco anos de idade em Accra (Gana) 
e, portanto, meus pais me deram a oportunidade de ter duas línguas maternas, o por-
tuguês (que era ensinado por minha mãe) e o inglês (ensinado por meu pai). Além 
dessas duas línguas, havia também os dialetos que eram falados ao meu redor e que 
fui naturalmente aprendendo, chegando a compreender em média uns cinco dialetos 
diferentes. Portanto, como eu amava saber o que significava uma palavra nova! Sem-
pre estava perguntando e até mesmo expressando em uma mesma fala vários idio-
mas, o que me tornava até uma criança “engraçada”, ou seja, que falava de modo 
diferente e fazia com que os adultos dessem gargalhadas. Isso nunca me incomodou, 
pois o que eu desejava era usar todas as novas palavras que conhecia no meu voca-
bulário infantil. 
Goethe uma vez disse que “no mundo há muitas palavras, mas pou-
cos ecos.” E isso é uma realidade, pois há muitas palavras que acabam não sendo 
conhecidas e faladas por não se ter o cuidado de lhe darem a projeção necessária, 
como forma de ser falada, escrita e, principalmente, o seu significado. 
Ainda em Gana, idos anos 70, iniciei minha jornada educacional, 
sendo aluna de um colégio frequentado pelos filhos de vários estrangeiros que mora-
vam na cidade. Isso foi um privilégio! Pois consegui ser matriculada em tal instituição 
por ser de uma família estrangeira legalmente residindo naquele país e, portanto, apta 
a frequentar uma instituição sustentada pelas embaixadas brasileira e de outras naci-
onalidades que estavam naquele país. Convivi com crianças de várias nações nessa 
época: brasileiros, portugueses, americanos, chineses, africanos e outros. O colégio 
não fazia distinção entre nós, pelo contrário, os professores (uma branca, que nos 
ensinava a ler, escrever e calcular, e um negro que comandava a educação física e 
recreativa) sempre procuraram nos mostrar que diferenças existem e que devemos 
respeitá-las e aprender com elas. Aproveitei disso! Como nunca tive problemas com 
diferenças físicas, como cor da pele, saía questionando aos meus colegas, em inglês, 
como era tal palavra na sua língua original. E assim aumentava meu vocabulário e 
comecei a escrever minhas primeiras palavras. 
 
5 
 
Pelo que minha memória me revela, vejo que havia naquela época 
(1975) em Gana colégios já conscientes sobre a diversidade em todos os seus aspec-
tos e que procuravam educar seus alunos para que compreendessem e respeitassem 
as diferenças. 
Como já disse, minha infância foi no exterior, mas não residi apenas 
em Gana. Por ser filha de missionários, tive a oportunidade de também morar nos 
Estados Unidos e em Portugal. 
Nos Estados Unidos frequentei um colégio público apenas por um ano 
(1978). Já conhecia algumas palavras, portanto não tive dificuldade de adaptação. 
Lembro-me que por já conhecer algumas das lições que eram dadas, a professora 
sempre me encontrava no canto dos livros, que ficava dentro da sala de aula. No 
intervalo, minha atenção era mais voltada para ele também. 
Foi em Lisboa, Portugal, que fiz o primário (o que hoje denominamos 
de ensino fundamental, primeiros anos). Foi em um colégio público, no horário matu-
tino. Minha professora chamava-se Ana Vitória, uma típica portuguesa, que tinha seus 
quarenta e poucos anos, forte, cabelos curtos e que sempre estava maquiada. Tive 
um pouco de dificuldade no primeiro ano, pois havia estudado sempre em colégios de 
língua inglesa e, com isso, a maioria das palavras que eu já sabia rudimentarmente 
escrever eram dessa língua. Mas me lembro bem da atenção que a professora tinha 
em relação às minhas dificuldades, sempre me mostrando o novo modo de se escre-
ver a mesma palavra, só que na língua portuguesa. O cuidado que ela tinha com nossa 
educação era demonstrado pelo esmero ao ensinar: chegávamos em sala de aula e 
o quadro verde já estava todo desenhado com diferentes cores de giz, com a nova 
letra ou palavraque iríamos aprender naquele dia. Quando íamos para o recreio, uma 
outra professora nos acompanhava e ela ficava em sala, para apagar aqueles primei-
ros ensinamentos relativos às palavras e colocar os relativos aos números. Estudáva-
mos no horário matutino e o intervalo tinha uma hora de duração, onde nos alimentá-
vamos e brincávamos. Em um período desse intervalo os professores que ficavam 
conosco no pátio, direcionavam sempre algum exercício físico ou recreação direcio-
nada para algum ensinamento social, moral ou ético. Outro fato interessante desse 
meu período escolar, é que a mesma professora, Ana Vitória, foi quem me acompa-
nhou do primeiro ao quarto ano, uma característica da educação fundamental daquele 
país, o que confere à criança mais segurança no relacionamento professor × aluno. 
 
6 
 
Ao término do quarto ano, o professor inicia mais um período de quatro anos com 
outras crianças. Caso alguma das crianças tenha que mudar de colégio dentro desse 
período, é feito um relatório detalhado pelo professor que a acompanha e entregue ao 
novo professor no outro colégio. 
Posso dizer que isso contribuiu muito para que eu tivesse uma base 
educacional muito bem constituída, conferindo-me uma formação de caráter mais bem 
estruturada com a associação da educação que obtive formalmente e com a recebida 
no meu lar. Ainda possuo até hoje o livro onde fui alfabetizada, cujo título é “Saltarico”. 
E as palavras? 
Estas começaram a expor meus pensamentos por meio de poesias e 
textos, o que me concedeu sempre uma boa conceituação em português. Sempre tive 
dificuldade com os números, mas com as palavras nem um pouco. Afinal, eu era fas-
cinada por elas e, por isso, sempre procurava conhecer mais um pouco. Tanto que foi 
nessa época que adquiri o hábito de não apenas ler livros em demasia (conquanto 
que não ache demasiado ler), mas também a ler dicionários, tanto de definições como 
de sinônimos, e também a escrever. 
Chegando ao Brasil em 1981, fiz a segunda fase do ensino fundamen-
tal e médio em colégio privados. Nunca fui uma aluna excelente, mas mediana, devido 
à minha total desatenção nas aulas que não me atraiam. Estudava-as por obrigação, 
mas não por paixão. Tinha um convívio com os outros colegas de turma saudável, 
sendo sempre procurada quando tinham dificuldades em escrever algum trabalho ou 
fazer alguma redação. Lembro que participava sempre dos concursos de poesias e, 
em um deles, fui premiada “virtualmente” nos dois primeiros lugares: em primeiro ficou 
uma colega que frequentava uma série abaixo da minha, mas que pediu um poema 
meu para poder participar, e o segundo lugar foi meu. 
Da segunda fase do ensino fundamental tenho recordações de alguns 
professores que foram fundamentais para que eu sempre lograsse êxito em minhas 
conceituações: a de biologia, Aparecida, e o e matemática, Cleiton. Aparecida era 
dócil no falar, sensibilizava-se conosco, alunos, sempre procurando saber quais eram 
nossas reais dificuldades. Lembro que pelo fato de sempre ter facilidade em compor 
textos e trabalhos, quando eu estava com deficiência em algum tema específico da 
biologia, ela solicitava que eu fizesse um trabalho, que deveria ser escrito à mão e em 
papel almaço pautado. Adorava isso, pois eu ia para a biblioteca (naquela época não 
 
7 
 
tínhamos a facilidade da internet) e pegava livros relativos ao tema, levava para casa 
e mergulhava na confecção do trabalho. Sempre fui mais afeita a compor trabalhos 
do que a realizar testes e provas. Estes me davam (e até hoje dão) um certo bloqueio, 
famoso “branco”, e isso prejudicava meus conceitos. 
No ensino médio fui para outro colégio privado, na cidade do Rio de 
Janeiro. Lá convivi com alunos de nível social considerado como classe média alta e 
alta. Tive dificuldades de relacionar com os mesmos, por ser aluna bolsista (estudei 
em colégios particulares, mas por meio de bolsas de estudo). Dos poucos amigos que 
fiz, tenho relacionamento apenas com dois até o dia de hoje. Creio que pelo fato de 
no término do ensino médio ter ido para o interior do estado do Rio de Janeiro, a uma 
distância de mais ou menos 360 quilômetros deles. Como as distâncias foram virtual-
mente diminuídas há poucos anos, com o advento das redes sociais, consegui locali-
zar apenas um deles e, infelizmente, fiquei triste ao saber que alguns professores que 
muito estimava e um amigo, que era o líder da nossa turma, faleceram. Entre esses 
professores do ensino médio, dois se destacaram: Luiz, de história, e Waldir, de Edu-
cação Física. Luiz sempre dava suas aulas com um esmero, paixão, que nos prendia 
a atenção. Nas suas provas ele sempre me dizia que eu era a “escritora”, por relatar 
detalhadamente cada pergunta, sendo por vezes até redundante. Waldir era o paizão, 
preocupava-se até mesmo com nossa vida emocional e, por isso, sempre o procurá-
vamos para receber algum conselho. 
Relendo o que acabei de escrever, percebo que os professores que 
mais marcaram minhas memórias não têm a ver com português e literatura. Parei e 
fiquei pensando sobre isso. Achei interessante por perceber que mesmo sendo uma 
boa aluna nessas matérias, os que a lecionaram nunca me fizeram ir além do que 
ensinavam e, por isso, não foram tão marcantes. Já os outros, me instigavam a mais, 
sempre me mostravam que o saber é para ser buscado como um tesouro precioso e 
que eles estavam me dando o mapa para encontra-lo. Devo a eles esse meu desejo 
ainda latente em relação ao saber mais. 
Não tive oportunidade de fazer uma graduação assim que terminei o 
ensino médio e quanto tive, as duas vezes foram desastrosas, pois procurei seguir 
áreas que de imediato não foram realmente desejadas, ou seja, estava fazendo uma 
graduação apenas para dizer que tinha um diploma. Não terminei ambas. 
 
8 
 
Sou grata aos meus professores do ensino fundamental e médio. Pois 
me proporcionaram uma excelente formação educacional, conferindo-me condições 
de ser uma cidadã que procura ser bem conceituada em todas as áreas de sua vida. 
Não pretendia fazer o curso de pedagogia, sou sincera. Mas devido 
ao que vivi na minha jornada de aprendizado (relatada acima) e ao que tenho visto 
meus filhos vivenciarem nas suas respectivas jornadas, alguns questionamentos fo-
ram por mim levantados, que se tornaram uma certa “agonia” de insatisfação e, por-
tanto, quando surgiu uma oportunidade de tempo e facilidade (sou mais afeita a estu-
dar sozinha e o curso à distância propicia isso), procurei logo tal formação. Em meu 
convívio religioso sou atuante na área de educação, sendo professora de teologia em 
algumas matérias de um curso médio à distância em minha denominação local. Além 
disso, contínuo com a paixão pelo saber mais, sempre lendo vários temas relativos à 
educação, sociologia, filosofia, psicologia e teologia, e também escrevendo (possuo 
uma página pessoal na internet onde exponho algumas das minhas divagações escri-
turárias). 
Portanto, eis-me aqui cursando uma graduação que acredito que me 
conferirá mais ferramentas e condições de exercer minha cidadania e, principalmente, 
propiciar às novas gerações que adentram uma sala de aula o mesmo prazer em se-
guir a jornada do aprendizado que eu tive. 
 
 
CONCEITOS EM RELAÇÃO À REALIDADE 
 
As palavras possuem seus conceitos, definições. Algumas vezes a 
realidade não evidência de modo fidedigno tais conceitos, gerando certos incômodos 
pessoais e até mesmo sociais. Uma delas é o conceito de Educação. 
Educar, no sentido mais amplo, significa “o meio em que os hábitos, 
costumes e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a ge-
ração seguinte.” Para tanto, ela se desenvolve nas situações presenciadas e experi-
ências vividas por cada indivíduo ao longo da sua vida. 
Mas o que temos visto hodiernamente na sociedade é uma progres-
são de hábitos, costumes evalores que têm sido deteriorados. A moral e a ética têm 
tido suas bases, tanto culturais quanto acadêmicas, abaladas de modo incisivo. E isso 
 
9 
 
tem conferido o que podemos dizer ser uma “falta de educação” em certas relações 
sociais do homem ante aos outros e às situações da vida. 
Temos educado nossos filhos? Têm eles recebido realmente educa-
ção nas instituições educacionais que frequentam? E mais, têm eles sido educados 
nas instituições religiosas que estejam participando? Tem realmente o professor com-
preendido sua missão, independente dos revezes que se apresentam no exercício de 
sua profissão? 
São questionamentos que devem ser considerados na pedagogia, 
pois ela 
é o campo do conhecimento científico referente à teoria e à 
prática educativa, sendo constituída por saberes especializa-
dos e autonomamente estabelecidos, os quais são necessários 
ter-se em conta para enfrentar a complexidade dos fenômenos 
educativos.3 
 
Ou seja, é na pedagogia que respostas podem ser formuladas e, a 
partir delas, direcionadas as ações para que aja o devido encaminhamento da educa-
ção nas instituições educacionais. 
Isso é um processo contínuo. Pois o ser humano está em constante 
evolução desde o seu nascimento, tanto nas suas faculdades físicas, quanto intelec-
tuais, morais e sociais. Quando “bem educado” melhor se integra à sociedade. 
Na minha jornada posso elencar várias situações e relações que com-
provam o valor de uma verdadeira educação, pois tive pais e professores que soube-
ram exercer de modo eficiente seus papeis, não levando em consideração as dificul-
dades inerentes à minha pessoa como um todo (personalidade, deficiência de apren-
dizagem e outros), como também às dificuldades inerentes às políticas educacionais 
e salariais. 
O professor brasileiro é desmerecido. Mas como pedagogo deve 
questionar de onde parte tal desmerecimento e buscar por meio de sua atuação mo-
dificar a realidade que ora se apresenta. 
Ao falar sobre pedagogos, Platão uma vez disse: “São muitos os que 
usam a régua, mas poucos os inspirados.” 
 
3 In: Introdução aos estudos de gestão e política nos espaços educativos. Editora Pearson Prentice Hall, 2011. 
São Paulo, SP, p. 5. 
 
10 
 
Que possamos buscar nossa inspiração na alegria sentida ao se ver 
o sucesso do próximo, com os quais temos o privilégio de em uma fase de suas vidas 
(infância ou adolescência) educar em uma das tantas matérias curriculares que se 
apresentam e, por meio delas, dar-lhes uma base sólida que se evidencia em atitudes 
morais e éticas de um caráter bem formado. 
Afinal, a educação “é um processo social, é desenvolvimento. Não é 
a preparação para a vida, é a própria vida.”, como bem disse John Dewey. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARAÚJO, A. de. Políticas e gestão dos espaços educativos. Pedagogia III / Adriana 
de Araújo, Josilane Burque Ricci Nascimento, Samira Fayez Kfouri da Silva. Edi-
tora Pearson Prentice Hall, São Paulo, SP. 2011. 
GIMENES, T. MONTEIRO, M. C. de G. Formação de Professores de Línguas na 
América Latina e Transformação Social. 1 ed. Vol. 4. Campinas: Pontes, 2010. 
Disponivel em < http://pt.scribd.com/doc/147201780/Livro-Formacao-Professo-
res>. 
SIGNIFICADO DE EDUCAÇÃO. In: < http://www.significados.com.br/educacao/>

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