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Resumo Contratos

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Direito Civil - Dos Contratos em Geral - Noções e Princípios do Direito Contratual
Autor Antônio Carvalho Filho   Disciplina: Direito Civil
NOÇÕES E PRINCÍPIOS DO DIREITO CONTRATUAL
Noção Geral de Contrato
O artigo 421 do Código Civil inicia a normativa dos contratos enunciando que a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. 
É o acordo de vontades, ou negócio jurídico, entre duas ou mais pessoas (físicas ou jurídicas) com finalidade de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos de natureza patrimonial. Todos os contratos são atos jurídicos bilaterais, pois resultam de uma conjugação de duas ou mais vontades.
Como se pode verificar, contrato é manifestação bilateral de vontade dirigida a um fim querido pelas partes, a sua consubstanciação em instrumento escrito, ou não, nada tem a ver com sua essência, embora esteja a facilitar a prova de que realmente tenha existido consentimento.
PRINCÍPIOS CONTRATUAIS
Princípio da autonomia da vontade 
Segundo este princípio a pessoa poderá regular seus direitos, ou seja, seus interesses próprios. Através de sua liberdade de contratar a pessoa realiza suas contratações. 
A liberdade contratual é prevista no art. 421 do Código Civil: “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”. 
Fato que deve ser mencionado é a questão da limitação dessa liberdade em razão da ordem pública. As pessoas possuem liberdade de contratar, só que a questão contratual fica limitada a função social. 
Princípio da supremacia da ordem pública
A liberdade contratual encontrou sempre limitação na ordem pública. 
A ideia de ordem pública, entende-se que o interesse da sociedade deve prevalecer quando colide com o interesse individual.
O princípio da autonomia da vontade, não é absoluto. É limitado pelo princípio da supremacia da ordem pública, em que ampla liberdade de contratar provoca desequilíbrios e a exploração do economicamente mais fraco. 
A doutrina considera de ordem pública, 
as normas que instituem a organização da família (casamento, filiação, adoção, alimentos); 
as que estabelecem a ordem de vocação hereditária e a sucessão testamentária; 
as que pautam a organização política e administrativa do Estado, 
as bases mínimas da organização econômica; 
os preceitos fundamentais do direito do trabalho;  
Os bons costumes referem-se a um conceito que decorre da observância das normas de convivência, segundo um padrão de conduta social estabelecido pelos sentimentos morais da época. Serve para definir o comportamento das pessoas. 
Pode-se dizer que bons costumes são aqueles que se cultivam como condições de moralidade social, matéria sujeita a variações de época e lugar.
Em suma, a noção de ordem pública e o respeito aos bons costumes constituem freios e limites à liberdade contratual. 
Princípio da obrigatoriedade da convenção (pacta sunt servanda).
Tal princípio decorre da liberdade de contratar, visando fazer com que aquilo que foi contratado se torne lei entre as partes. Assim as partes ficaram obrigadas ao conteúdo contratual, o que gera limitação. 
Esse princípio também é denominado de princípio da intangibilidade dos contratos, e representa a força vinculante das convenções. Daí por que é também chamado de princípio da força vinculante dos contratos.
Pelo princípio da autonomia da vontade, ninguém é obrigado a contratar. A ordem jurídica concede a cada um a liberdade de contratar e definir os termos e objeto da avença. 
Os que o fizerem, porém, sendo o contrato válido e eficaz, devem cumpri-lo, não podendo se esquivarem da obrigação, a não ser com a anuência do outro contraente.
Fundamentos:
a) necessidade de segurança nos negócios, que deixaria de existir se os contratantes pudessem não cumprir a palavra empenhada, 
b) intangibilidade ou imutabilidade do contrato, decorrente da convicção de que o acordo de vontades faz lei entre as partes, personificada pela máxima pacta sunt servanda (os pactos devem ser cumpridos), não podendo ser alterado nem pelo juiz.
Qualquer modificação ou revogação terá de ser, também, bilateral. O seu inadimplemento confere à parte lesada o direito de fazer uso dos instrumentos judiciários para obrigar a outra a cumpri-lo, ou a indenizar pelas perdas e danos, sob pena de execução patrimonial (CC, art. 389).
A única limitação a esse princípio, dentro da concepção clássica, é a escusa por caso fortuito ou força maior, consignada no art. 393 e parágrafo único do Código Civil.
Entretanto, tal fundamentação está sendo mitigada pela doutrina mais moderna, bem como, pela jurisprudência. A visão atual é pela defesa da permanência do princípio, só que não mais como regra geral.
Princípio da revisão dos contratos ou da onerosidade excessiva
Opõe-se tal princípio ao da obrigatoriedade, pois permite aos contraentes recorrerem ao Judiciário, para obterem alteração da convenção e condições
A teoria recebeu o nome de rebus sic stantibus e consiste basicamente em presumir, nos contratos comutativos, de trato sucessivo e de execução diferida, a existência implícita (não expressa) de uma cláusula, pela qual a obrigatoriedade de seu cumprimento pressupõe a inalterabilidade da situação de fato.
A teoria da imprevisão consiste, portanto, na possibilidade de desfazimento ou revisão forçada do contrato quando, por eventos imprevisíveis e extraordinários, a prestação de uma das partes tornar-se exageradamente onerosa o que, na prática, é viabilizado pela aplicação da cláusula rebus sic stantibus, já referida.
O Código de 2002 dedicou uma seção, composta de três artigos, à resolução dos contratos por onerosidade excessiva. 
Artigo 478:
“Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação”
Artigo 479: 
“A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato”.
Artigo 480:
“Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva”
Princípio do consensualismo
De acordo com o princípio do consensualismo, basta, para o aperfeiçoamento do contrato, o acordo de vontades. Decorre ele da moderna concepção de que o contrato resulta do consenso, do acordo de vontades, independentemente da entrega da coisa.
A compra e venda, por exemplo, quando pura, torna-se perfeita e obrigatória, desde que as partes acordem no objeto e no preço (CC, art. 482). O contrato já estará perfeito e acabado desde o momento em que o vendedor aceitar o preço oferecido pela coisa, independentemente da entrega desta. O pagamento e a entrega do objeto constituem outra fase, a do cumprimento das obrigações assumidas pelos contratantes (CC, art. 481).
Assim, a forma é, em regra, livre. As partes podem celebrar o contrato por escrito, público ou particular, ou verbalmente, a não ser nos casos em que a lei, para dar maior segurança e seriedade ao negócio, exija a forma escrita, pública ou particular (CC, art. 107). O consensualismo, portanto, é a regra, e o formalismo, a exceção.
Princípio da relatividade dos efeitos dos contratos 
Funda-se tal princípio na ideia de que os efeitos do contrato só se produzem em relação às partes, àqueles que manifestaram a sua vontade, vinculando-os ao seu conteúdo, não afetando terceiros nem seu patrimônio.
Porém, o Código Civil, que não concebe mais o contrato apenas como instrumento de satisfação de interesses pessoais dos contraentes, mas lhe reconhece uma função social.
Assim, há a possibilidadede terceiros que não são propriamente partes do contrato possam nele influir, em razão de serem direta ou indiretamente por ele atingidos.
Cláusulas Gerais - boa fé
Consiste em um dever de probidade entre as partes, de transparência e lisura. Deve ser observado em todas as fases do contrato. A boa-fé objetiva não está ligada ao ânimo interior das pessoas envolvidas na relação; em verdade, constitui um conjunto de padrões éticos de comportamento, modelo ideal de conduta que se espera de todos os integrantes de determinada sociedade.  
Artigo 422 do Código Civil:
“Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”.
O princípio da boa-fé exige que as partes se comportem de forma correta não só durante as tratativas, como também durante a formação e o cumprimento do contrato. 
Guarda relação com o princípio de direito segundo o qual ninguém pode beneficiar-se da própria torpeza. 
Pressupõem a boa-fé objetiva, que impõe ao contratante um padrão de conduta, de agir com retidão, ou seja, com probidade, honestidade e lealdade, nos moldes do homem comum, atendidas as peculiaridades dos usos.
 A regra da boa-fé, como já dito, é uma cláusula geral para a aplicação do direito obrigacional, que permite a solução do caso levando em consideração fatores metajurídicos e princípios jurídicos gerais.
A probidade, mencionada no art. 422 do Código Civil, é um dos aspectos objetivos do princípio da boa-fé, podendo ser entendida como a honestidade de proceder ou a maneira criteriosa de cumprir todos os deveres, que são atribuídos ou cometidos à pessoa. Ao que se percebe, ao mencioná-la teve o legislador mais a intenção de reforçar a necessidade de atender ao aspecto objetivo da boa-fé. 
Cláusula Geral - A Função Social 
Artigo 421 do Código Civil:
“A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”. 
Não limitou a liberdade de contratar e sim legitimou a liberdade contratual. O conteúdo contratual será submetido a um controle de merecimento, averiguando se o mesmo se encontra de acordo com uma ordem social. Ou seja, subordina a liberdade contratual à sua função social, com prevalência dos princípios condizentes com a ordem pública
O contrato não pode gerar obrigações para terceiros estranhos à relação negocial. Em decorrência da autonomia privada, ninguém pode tornar-se devedor de obrigação contratual por força de declaração manifestada por outrem. 
A cláusula geral da função social é uma expansão da relatividade, com vistas a impedir que possam ser afetados negativamente pelo contrato quaisquer interesses públicos, coletivos ou difusos acerca dos quais não possam dispor os contratantes.
Não atende à função social, assim, os contratos cuja execução possa sacrificar, comprometer ou lesar, de qualquer modo, interesses metaindividuais. 
A consequência para a inobservância da cláusula geral da função social do contrato é a nulidade do negócio jurídico e a responsabilidade dos contratantes pela indenização dos prejuízos provocados.
O descumprimento do dever geral de boa-fé importa repercussões restritas aos interesses dos contratantes, e, por isso, a mera responsabilidade civil é consequência adequada à plena coibição do ilícito, não sendo necessário fulminar a validade do contrato. 
No desrespeito à cláusula geral da função social, contudo, a nulidade é imposta pela lei, sem prejuízo da obrigação de indenizar, para que a ofensa à norma de ordem pública seja reprimida por completo. Atente-se para a extensão da consequência legal: se o contrato não atende a sua função social, é nulo; desse modo, o contratante inadimplente não pode ser judicialmente compelido pelo outro a cumprir as obrigações assumidas.
	Cumpre sua função social o contrato que não sacrifica, compromete ou lesa interesses metaindividuais (públicos, difusos ou coletivos) acerca dos quais não têm os contratantes a disponibilidade.
O contrato que descumpre a função social, prejudicando interesses dessa ordem, é nulo.
Deve-se ainda realçar o disposto no parágrafo único do art. 2.035 do novo Código: “Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos”. As partes devem celebrar seus contratos com ampla liberdade, observadas as exigências da ordem pública.
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