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ATIVIDADE civil I 19.04

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL I
DOCENTE: THIANA DE SOUZA CAIRO
DISCENTE: CAMILA SAMPAIO RIBEIRO
ATIVIDADE
Conceitue Pessoa Jurídica. Quais as Teorias explicativas da pessoa jurídica? Elucide cada uma.
Estabelecida por um sujeito abstrato, a pessoa jurídica é uma entidade que reúne pessoas e patrimônio, tendo como objetivo prestar serviços, produzir bens e vender produtos. Apesar de ser representado por pessoas físicas, o ente jurídico têm direitos e deveres, logo, responde pelos seus atos perante a Justiça ou Estado. Isso se qualifica por o mesmo ter personalidade jurídica independente e diferenciada em relação aos seus membros. Entretanto, caso haja um delito cometido em razão da decisão de um dos gestores, há a desconsideração da personalidade, sendo ambos penalizados.
Surgimento das Pessoas Jurídicas é explicado, de modo geral, por duas teorias: Teoria Negativista e Teoria Afirmativa. A primeira tem como premissa a negação do ente como sujeito de direito, isto é, não têm direitos nem obrigações. Dessa forma, não admite a existência real, sendo somente um grupo de pessoas físicas, a exemplo do condomínio. Todavia, a Teoria Afirmativa contradiz a anterior, pois define que a existência de um grupo de indivíduos formando uma unidade orgânica, é reconhecida pelo Estado, logo, constitui-se uma pessoa jurídica.
Além disso, a Teoria Afirmativa se ramifica em três vertentes:
-TEORIA DA FICÇÃO: A pessoa jurídica tem somente existência IDEAL, isto é, tem apenas valor intelectual, portanto, é fictícia. Ela só auxiliaria como fato explicativo de certos direitos a uma coletividade de pessoas físicas. De acordo com esse aspecto o sujeito jurídico não teria atuação social.
-TEORIA ORGÂNICA OU DA REALIDADE OBJETIVA: Os princípios jurídicos são de uma realidade viva, possuindo existência e vontade própria, mas que nasce por força das imposições sociais. Dessa maneira, ele é um organismo social que tem atuação própria na sociedade. Contudo, essa teoria nega a personalidade técnica, isto é, a sua criação não deriva da técnica jurídica.
-TEORIA DA REALIDADE TÉCNICA: Equilibra as anteriores, essa teoria admite que a personalidade seja fruto da técnica jurídica e da atuação social, pois é a forma utilizada pelo direito para reconhecer a existência dos grupos de indivíduos, que se unem com determinados fins comuns. Ela garante a perda da personalidade jurídica a partir do momento em que os responsáveis pela empresa causem danos de responsabilidade objetiva.
 O Estado Brasileiro reconhece a terceira teoria afirmativa, com base no Art. 45 do Código Civil.
Como se dá o surgimento/nascimento da pessoa jurídica? E a sua extinção? Como se classifica a pessoa jurídica? Quais são as pessoas jurídicas de direito público e de direito privado?
A pessoa jurídica “nasce” /passa a ter existência legal a partir do registro de seus atos constitutivos. Estes, na maioria das vezes, são registrados na Junta Comercial ou nos Cartórios de Registro da Pessoa Jurídica, o famigerado CRPJ. Ambos os registros tem natureza CONSTITUTIVA (assemelha-se a natureza declaratória do registro civil de pessoas naturais) por ser atributo de personalidade. Nesse sentido, o registro em cartório é para Estatutos (fundação de direito privado, associações civis, cooperativas e sociedades anônimas) e o contrato social é utilizado pelas sociedades em geral.
Entretanto, nos casos especiais, há a necessidade de aprovação pelo Poder Executivo, como é o caso da criação de bancos que necessita da autorização dada pelo Banco Central e a criação da seguradora que deve constar a autorização concedida pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).
Caso não se tenha registro da existência da pessoa, ocorre o que se denomina de Sociedade Irregular, sendo esta passível de despersonalização, isto é, os sócios passam a ter responsabilidade pessoal pelos débitos da empresa/associação. Porém, há associações que desde sua criação já são despersonalizadas, como o Espólio, Herança Vacante e Condomínio.
A extinção da pessoa jurídica consiste na desvinculação da relação humano-material que baseava a sua existência. O fim da personalidade jurídica só ocorre no momento do encerramento de sua liquidação, assim entendida a total destinação do seu acervo líquido, ocorrendo logo após o cancelamento do registro da pessoa jurídica.
De acordo com o artigo 1.033 do Código Civil, dissolve a SOCIEDADE quando ocorrer vencimento do prazo de duração (salvo se não entrar em liquidação), consenso entre os sócios, deliberação dos sócios (prevalece à maioria), extinção da autorização para funcionar e da falta de pluralidade de sócios (não reavendo no prazo de 180 dias). Além disso, há as outras hipóteses como por atos ilícitos, por ter sido criada para uma finalidade e esta tenha sido atingida por tornar impossível a manutenção e declarando falência.
Dentro do quesito das classificações da pessoa jurídica, observa-se a presença de duas tendências: Direito Público (interno e externo) e o Direito Privado.
D. Público Interno: UNIÃO, ESTADOS-MEMBROS, DISTRITO FEDERAL, MUNICÍPIOS, AUTARQUIAS (ex: INSS) E EMPRESAS PÚBLICAS.
Obs: Segundo o artigo 43, as pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, contudo, há o direito regressivo caso comprovado à culpa ou dolo dos terceiros.
D. Público Externo: ESTADOS ESTRANGEIROS E TODAS AS PESSOAS QUE FOREM REGIDAS PELO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO (ex: ONU, MERCOSUL e OEA).
 No Direito Privado, os entes jurídicos são criados por iniciativas particulares. São eles: 
ASSOCIAÇÕES- entidades sem fins lucrativos, mas que visam atuações culturais, beneficentes e esportivas.
FUNDAÇÕES- tem finalidade econômica para a realização de um determinado fim.
SOCIEDADES- reunião de pessoas naturais e jurídicas que objetivam fins lucrativos, sendo este repartido entre seus membros. Todavia, ela é dividida em dois tipos: Simples, que são as que têm finalidade econômica ou lucrativa, a qual deve ser repartida entre os sócios, e Empresária, visam lucro, mediante o exercício da atividade mercantil, isto é, exercem atividades econômicas organizadas para a produção ou circulação de bens.
ORGANIZAÇÂO RELIGIOSA- entidades com o propósito vocacional, cuidando da religião, crença e fé.
PARTIDO POLÍTICO- tem como base defender o sistema democrático, os direitos fundamentais e a legalidade do sistema representativo.
*EIRELI
Obs: Dentro do ramo privado, há empresas “estatais”, isto é, as iniciativas particulares contaram com o capital público, sendo a origem do recurso empregado, como é o caso das Sociedades de economia mista e Empresas Públicas.
Disserte sobre as associações, abordando dentre outros aspectos: a) conceito; b) requisitos que devem constar no seu estatuto; c)órgãos que a compõe; d) possibilidade de exclusão de associado; e) destinação do patrimônio em caso de extinção.
Baseando-se no código civil, as associações é um grupo de pessoas (corporação) que se reúnem sem visar fins econômicos. Por conta disso, há uma maior flexibilização nas regras de funcionamento, facilitando, assim, sua administração. No Estatuto da Associação, que é registrado no CRPJ, está o seu ato constitutivo e a sua organização, tendo como obrigação a existência de determinados preceitos:
- Denominação, fins e sede
- Requisitos para a admissão, demissão e exclusão de associados
- Direitos e deveres dos associados
- Fonte de recursos para a manutenção
- O modo de constituição e funcionamento dos órgãos
- Condições para a alteração e/ou dissolução das disposições estatuárias
- Forma da gestão administrativa e aprovação das contas.
Dessa maneira, caso uma associação infrinja ou negligencie uma desses tópicos, ocorre à nulidade da corporativa. 
Um dos pontos principais da associação é a sua Assembleia Geral. Esta que, em lato sensu, é responsável por destituir os administradores e alterar oestatuto, tem sua atuação estendida à criação (os associados se reúnem para a aprovação do estatuto e, por conseguinte, realizar um registro dele em cartório. Após esse registro, para que a associação civil possa funcionar corretamente deve haver inscrição na Receita Federal para o CNPJ, registro e inscrição na Secretaria da Fazenda) e extinção da associação (numa reunião, todos os associados devem concordar na dissolução, decorrendo que seus patrimônios serão doados a entidades sem fins lucrativos designada no estatuto, ou os associados escolherão outra instituição com fins idênticos ou semelhantes).
Além desse órgão, há também o Conselho Administrativo ou Diretoria e o Conselho Fiscal. A primeira é constituída por 06 (seis) membros, os quais ocuparão os cargos de:  Presidente, Vice Presidente, 1º e 2º Secretários, 1º e 2º Tesoureiros. Ela tem como objetivo representar e defender os interesses dos associados, administrando o patrimônio social.
O agrupamento fiscal é composto por três membros, e tem por objetivo fiscalizar e dar parecer sobre todos os atos da Diretoria Executiva da Associação, sendo sua participação mais financeira, visto que lhe compete a atribuição de opinar e dar pareceres sobre balanços e relatórios financeiro e contábil.
Nessa perspectiva, o estatuto da associação ainda prevê sanções disciplinares ao associado que infringir as normas estatutárias ou que praticar ato prejudicial ao grupo e, dependendo da gravidade, a exclusão do associado. Esta ocorre por justa causa, mas é assegurado o direito de defesa e de recurso.
Obs: As associações reconhecidas pelo Poder Público têm certos privilégios, como: recebe doações provenientes de órgãos públicos e tem isenção do pagamento em determinados tributos. Além disso, Poder Público emite títulos e certificados, sendo os mais comuns: Utilidade Pública, Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) e Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).
Sobre as sociedades aborde: a) conceito; b) forma de constituição; c) classificação (sociedade simples e empresárias); d) conceito de sociedade empresária.
A sociedade é fruto do contrato entre pessoas que, reciprocamente, se obrigam a contribui com bens e serviços para o exercício de atividade econômica, objetivando a partilha de resultados, logo, é a união de esforços para o bom desenvolvimento de atividades econômicas. Sua constituição se formaliza pelo contrato, como estabelece o artigo 981 do Código Civil. Apesar deste disposto as sociedades podem ter como origem um Estatuto. Além disso, a sociedade tem como premissa a desconsideração da personalidade jurídica.
Para se constituir uma sociedade é necessário três requisitos para se adquirir a capacidade e personalidade jurídica: 
- Alegar capacidade dos agentes, vontade humana criadora (união das vontades individuais).
- Devem-se observar as condições legais de sua formação (necessário o cumprimento das determinações das normas jurídicas, bem como dos requisitos legais para a sua constituição).
- Declarar as finalidades (de sempre objetivar fim econômico, não vedado pelo direito).
Além disso, tais condições devem ser compiladas aos requisitos essenciais previsto no artigo 46, tendo sua validade após o registro no órgão competente.
A ramificação da sociedade é caracterizada pela existência da Sociedade Simples e Empresária. A primeira diz respeito à união de duas ou mais pessoas objetivando o exercício profissional de caráter intelectual, de natureza científica, literária ou artística. Esta sociedade tem caráter pessoal, sendo capacitada por esses próprios sócios com seus bens ou serviços, a exemplo das associações entre advogados, médicos e dentistas, cujas profissões, correspondem à própria finalidade da união. Elas são patenteadas no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
A Sociedade Empresária se desenvolve com a atividade econômica organizada para a produção e circulação de bens ou de serviços. Nela é a pessoa jurídica que desenvolve a empresa, não podendo confundir a pessoa com os seus sócios. Empresária é a sociedade e não os sócios que a integram. Faz-se necessário lembrar eu nem toda sociedade é uma empresa, da mesma forma que nem todas as empresas são sociedades. Por se tratar de atividades comerciais, o tipo empresarial tem seus dados registrados na Junta Comercial.
Fale sobre a empresa individual de responsabilidade limitada - EIRELI.
A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) é uma categoria empresarial que permite a constituição de uma empresa com apenas um sócio: o próprio empresário. Ela foi criada em 2011 com o objetivo de acabar com o sócio “fantasma”, pois para se ter a personalidade jurídica, era necessária a existência de uma sociedade, dessa forma, muitas pessoas constituíam uma sociedade com a cota divida em 99% e 1%. Dessa forma, protege-se o empresário, que não tem seu patrimônio pessoal afetado por dívidas da empresa.
A constituição de uma EIRELI segue as mesmas etapas que outros formatos empresariais, sendo preciso fazer a elaboração do documento de constituição e encaminhar para a Junta Comercial da cidade que será implantado o negócio. Depois disso, é necessário fazer o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, conhecido como CNPJ.
Obs: Para abrir uma EIRELI, é preciso declarar um capital social de, no mínimo, 100 salários mínimos relacionado ao ano vigente.
Dessa maneira, a modalidade EIRELI é lucrativa, pois permite a separação do patrimônio privado e empresarial, com exceção dos casos de fraude, devidamente comprovados.
Discorra sobre as fundações, abordando, dentre outros aspectos: a) Conceito e forma de instituição/criação; b) etapas/requisitos para sua criação e o papel do Ministério público nesse processo (explique cada etapa). 
A Fundação é uma pessoa jurídica criada por dotação de um particular (através de escritura pública ou testamento), ou mesmo do Estado, para fins de utilidade pública em geral, em regra beneficente, filantrópica ou para desenvolvimento cultural, científico ou tecnológico. Porém, a finalidade não pode ser genérica e sim a mais especifica possível. Os principais fins são os de caridade ou beneficentes, pesquisa, educação e saúde.
A criação de uma fundação é feita pela escritura pública ou testamento, na qual o indivíduo doa bens (deve-se resguardar o mínimo existencial), especificando o fim a que este se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-lo. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens doados serão convertidos em títulos da dívida pública, ou são destinados a outras fundações com objetivos semelhantes. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado, visto que este é o CURADOR DE FUNDAÇÕES.
As etapas para a criação do Estatuto são:
-O instituidor e/ou instituidores, designam os bens patrimoniais, elaborando o estatuto, o qual é exposto ao Ministério Público que, após analise aprovará ou não a instituição, bem como indicará modificações estatutárias, se necessário.
- Autorizado pelo Ministério Público, o instituidor providenciará a lavratura da escritura de constituição da fundação.
- Após a lavratura, será registrada a fundação perante Cartório de Títulos e Documentos, atribuindo-lhe, então, a personalidade jurídica. Dessa maneira, a entidade passa a ter plena capacidade legal, e, portanto, a condição para contratar, empregar e firmar parcerias, passando a contrair direitos e obrigações.
Obs: Devido à personalidade patrimonial, as fundações de diferem das associações, pois estas têm o foco no indivíduo.
As fundações são administradas por um Conselho de Administração ou Curador (que decide em linhas gerais quanto à forma de atuação da entidade), uma Diretoria Executiva ou Superintendência (órgão executor) e um Conselho Fiscal (que realiza o acompanhamento das contas e atividades).
Sua extinção se dá por meio do prazo de sua existência, previsto no estatuto ou por decisão judicial ou quando for comprovado o seu mau funcionamento, impossibilidade ou inutilidadede sua missão. Na extinção, os bens são levados para outra fundação com fins semelhantes ou idênticos quando não há a decisão do fundador, caso contrário, serão entregues à Fazenda Estadual.

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