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Penal Geral CTA ART. 1º ao 20 ALFACON

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1 
 
 
 
#ESEFOSSEVERDADE 
 
ART.1º - ANTERIORIDADE, LEGALIDADE E 
RESERVA LEGAL 
 Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o 
defina. Não há pena sem prévia cominação legal. 
 Questões 
1. Acerca dos princípios que regem a aplicação da 
lei penal, julgue o item a seguir. 
No enunciado "não há crime sem lei anterior que o 
defina, não há pena sem prévia cominação legal", 
estão contidos tanto o princípio da legalidade quanto 
o princípio da anterioridade da lei penal. 
2. O princípio da legalidade, que é desdobrado nos 
princípios da reserva legal e da anterioridade, não 
se aplica às medidas de segurança, que não 
possuem natureza de pena, pois a parte geral do 
Código Penal apenas se refere aos crimes e 
contravenções penais. 
3. Quanto ao princípio da legalidade penal pode-se 
dizer que do princípio da legalidade decorrem, ao 
menos, três acepções, quais sejam, reserva legal, 
anterioridade da lei e taxatividade. 
4. A analogia é considerada uma forma de 
autointegração da lei. A respeito dela é possível 
afirmar que nada impede a aplicação da analogia 
às normas incriminadoras quando se vise, na 
lacuna evidente da lei, favorecer a situação do réu 
por um princípio de eqüidade. 
5. Com referência à aplicação da lei penal, julgue o 
item subsequente. 
Conforme o Supremo Tribunal Federal, é vedada no 
direito penal a aplicação da interpretação extensiva, 
em face da observância do princípio da legalidade, 
embora seja admitida a subsunção dos fatos ao tipo 
penal. 
6. Uma das funções do princípio da legalidade 
refere-se à proibição de se realizar incriminações 
vagas e indeterminadas, visto que, no preceito 
primário do tipo penal incriminador, é obrigatória 
a existência de definição precisa da conduta 
proibida ou imposta, sendo vedada, com base em 
tal princípio, a criação de tipos que contenham 
conceitos vagos e imprecisos. 
7. O princípio da reserva legal aplica-se, de forma 
absoluta, às normas penais incriminadoras, 
excluindo-se de sua incidência as normas penais 
não incriminadoras. 
8. No item a seguir, é apresentada uma situação 
hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Juliano foi preso em flagrante por ingressar no 
país portando cloreto de etila, uma substância 
definida como entorpecente em portaria expedida 
pelo Ministério da Saúde. O advogado de Juliano 
impugnou judicialmente a prisão, argumentando 
que, em respeito ao princípio da legalidade, uma 
substância somente pode ser definida como 
entorpecente mediante lei federal. Nessa 
situação, o argumento do advogado é 
improcedente. 
9. No que diz respeito a noções gerais aplicadas no 
âmbito do direito penal, julgue o próximo item. 
A analogia, cuja utilização é vedada no direito 
penal, constitui método de integração do 
ordenamento jurídico. 
10. De acordo com a atual jurisprudência do STJ, a 
aplicação do princípio da consunção pressupõe a 
existência de ilícitos penais que funcionem como 
fase normal de preparação ou de execução de 
outro crime com evidente vínculo de dependência 
ou subordinação entre eles. 
11. Aplica-se o princípio da especificidade aos tipos 
mistos alternativos, já que, mesmo havendo 
várias formas de conduta no mesmo tipo, 
somente um único delito será consumado, 
independentemente da quantidade de condutas 
realizadas no mesmo contexto. 
12. Subsidiariedade, consunção, alternatividade e 
especialidade são princípios que resolvem o 
conflito aparente de normas penais. 
13. Jefferson, segurança da mais famosa rede de 
supermercados do Brasil, percebeu que João 
escondera em suas vestes três sabonetes, de valor 
aproximado de R$ 12,00 (doze reais). Ao tentar 
sair do estabelecimento, entretanto, João é preso 
em flagrante delito pelo segurança, que chama a 
polícia. A conduta de João não constitui crime, 
uma vez que o fato é formalmente atípico. 
14. Carlos, primário e de bons antecedentes, subtraiu, 
para si, uma mini barra de chocolate avaliada em 
R$ 2,50 (dois reais e cinquenta centavos). 
Denunciado pela prática do crime de furto, o 
2 
 
 
 
#ESEFOSSEVERDADE 
 
defensor público em atuação, em sede de defesa 
prévia, requereu a absolvição sumária de Carlos 
com base no princípio da insignificância. De 
acordo com a jurisprudência dos Tribunais 
Superiores, o princípio da insignificância afasta a 
tipicidade material do fato. 
15. Acerca dos princípios e fontes do direito penal, 
assinale a opção correta. Segundo a 
jurisprudência do STJ, o princípio da 
insignificância deve ser aplicado a casos de furto 
qualificado em que o prejuízo da vítima tenha 
sido mínimo. 
16. O princípio da legalidade é parâmetro fixador do 
conteúdo das normas penais incriminadoras, ou 
seja, os tipos penais de tal natureza somente 
podem ser criados por meio de lei em sentido 
estrito. 
17. Dado o reconhecimento, na CF, do princípio da 
retroatividade da lei penal mais benéfica como 
garantia fundamental, o advento de lei penal mais 
favorável ao acusado impõe sua imediata 
aplicação, mesmo após o trânsito em julgado da 
condenação. Todavia, a verificação da lex mitior, 
no confronto de leis, é feita in concreto, cabendo, 
conforme a situação, retroatividade da regra nova 
ou ultra-atividade da norma antiga. 
18. Considera-se, em relação aos crimes de conteúdo 
múltiplo, que, se em um mesmo contexto, o 
agente realizar ação correspondente a mais de um 
dos verbos do núcleo do tipo penal, ele só deverá 
responder por um único delito, em virtude do 
princípio da alternatividade. 
19. Conforme o Código Penal Brasileiro, é correto 
afirmar que se Jorge Mano atirar com uma Pistola 
em via pública com intenção de matar alguém, 
Jorge não responderá pelo crime de disparo de 
arma de fogo, mas pelo crime que ele pretendia 
praticar, ou seja, crime doloso contra a vida. 
20. O Presidente da República, diante da nova onda 
de protestos, decide, por meio de medida 
provisória, criar um novo tipo penal para coibir 
os atos de vandalismo. A medida provisória foi 
convertida em lei, sem impugnações. Com base 
nos dados fornecidos, é correto afirmar que há 
ofensa ao princípio da reserva legal, pois não é 
possível a criação de tipos penais por meio de 
medida provisória. 
21. É incorreto afirmar que, com relação ao princípio 
da legalidade, tal princípio impede a aplicação de 
analogia de qualquer forma no Direito Pena. 
22. Os tipos penais são criados pelo legislador, 
excepcionalmente, entretanto, o juiz pode, 
usando analogia, criar tipos penais. 
23. As normas penais em branco homólogas, ou em 
sentido amplo, podem ser homovitelinas e 
heterovitelinas, sendo que essas últimas são 
aquelas que têm suas respectivas normas 
complementares oriundas de outro ramo do 
direito. 
24. A lei penal admite interpretação analógica, 
recurso que permite a ampliação do conteúdo da 
lei penal, através da indicação de fórmula 
genérica pelo legislador. 
25. A interpretação extensiva é admitida em direito 
penal para estender o sentido e o alcance da 
norma até que se atinja sua real acepção. 
26. Considere que Adolfo, querendo apoderar-se de 
bens existentes no interior de uma casa habitada, 
tenha adentrado o local e subtraído telas de LCD 
e forno micro-ondas. Nessa situação, aplicando-
se o princípio da consunção, Adolfo não 
responderá pelo crime de violação de domicílio, 
mas somente pelo crime de furto. 
27. Havendo conflito aparente de normas, aplica-se o 
princípio da subsidiariedade, que incide no caso 
de a norma descrever várias formas de realização 
da figura típica, bastandoa realização de uma 
delas para que se configure o crime. 
28. Aquele que utilizar laudo médico falso para, sob 
a alegação de possuir doença de natureza grave, 
furtar-se ao pagamento de tributo, deverá ser 
condenado apenas pela prática do delito de 
sonegação fiscal se a falsidade ideológica for 
cometida com o exclusivo objetivo de fraudar o 
fisco, em virtude da aplicação do princípio da 
subsidiariedade. 
29. O princípio da consunção enseja a absorção de 
um delito por outro, sendo aplicável aos casos 
que envolvam crime progressivo, crime 
3 
 
 
 
#ESEFOSSEVERDADE 
 
complexo, progressão criminosa, fato posterior 
não punível e fato anterior não punível. 
30. Segundo Nelson Hungria, aplica-se o princípio 
da subsidiariedade aos crimes de ação múltipla 
ou de conteúdo variado, ou seja, aos crimes 
plurinucleares. 
GABARITO: 1C – 2E – 3C – 4C- 5C – 6C – 7C – 
8C- 9E – 10C – 11E – 12C- 13E – 14C – 15E- 16C-
17C- 18C- 19C- 20C- 21C- 22E- 23C- 24C- 25C- 
26C- 27E- 28E- 29C- 30E 
ART. 2, 3 E 4 DA LEI PENAL NO TEMPO 
 
Lei penal no tempo 
 Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei 
posterior deixa de considerar crime, cessando em 
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. 
 Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer 
modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, 
ainda que decididos por sentença condenatória 
transitada em julgado. 
Lei excepcional ou temporária 
 Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora 
decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato 
praticado durante sua vigência. 
Tempo do crime 
 Art. 4º - Considera-se praticado o crime no 
momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o 
momento do resultado. 
 
SÚMULA 711 - STF 
 A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é 
anterior à cessação da continuidade ou da permanência. 
 
 Questões 
1. De acordo com o CP, com relação à sucessão das 
leis penais no tempo, não se aplicam as regras gerais 
da irretroatividade da lei mais severa, tampouco a 
retroatividade da norma mais benigna, bem como 
não se aplica o preceito da ultra-atividade à situação 
caracterizada pela chamada lei penal em branco. 
2. Suponha que Leôncio tenha praticado crime de 
estelionato na vigência de lei penal na qual fosse 
prevista, para esse crime, pena mínima de dois 
anos. Suponha, ainda, que, no transcorrer do 
processo, no momento da prolação da sentença, 
tenha entrado em vigor nova lei penal, mais 
gravosa, na qual fosse estabelecida a duplicação 
da pena mínima prevista para o referido crime. 
Nesse caso, é correto afirmar que ocorrerá a 
ultratividade da lei penal. 
3. Considerando os princípios informativos da 
retroatividade e ultratividade da lei penal, a lei 
nova mais benéfica será aplicada mesmo quando 
a ação penal tiver sido iniciada antes da sua 
vigência. 
4. Um crime de extorsão mediante sequestro 
perdura há meses e, nesse período, nova lei penal 
entrou em vigor, prevendo causa de aumento de 
pena que se enquadra perfeitamente no caso em 
apreço. Nessa situação hipotética, a lei penal 
mais grave deverá ser aplicada, pois a atividade 
delitiva prolongou-se até a entrada em vigor da 
nova legislação, antes da cessação da 
permanência do crime. 
5. A revogação expressa de um tipo penal 
incriminador conduz a abolitio criminis, ainda 
que seus elementos passem a integrar outro tipo 
penal, criado pela norma revogadora. 
6. No Código Penal brasileiro, adota-se, com 
relação ao tempo do crime, a teoria da 
ubiquidade. 
7. Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um 
delito. Em seguida, passou a viger a lei Y, que, 
além de ser mais gravosa, revogou a lei X. Depois 
de tais fatos, Lauro foi levado a julgamento pelo 
cometimento do citado delito. Nessa situação, o 
magistrado terá de se fundamentar no instituto da 
retroatividade em benefício do réu para aplicar a 
lei X, por ser esta menos rigorosa que a lei Y. 
8. Não retroage a lei penal que alterou o prazo 
prescricional de dois anos para três anos dos 
crimes punidos com pena máxima inferior a um 
ano. 
9. Na hipótese de crime continuado ou permanente, 
deve ser aplicada a lei penal mais grave se esta 
tiver entrado em vigor antes da cessação da 
continuidade ou da permanência. 
10. Sobre a lei penal temporária ou excepcional. 
Aplicar-se-á aos crimes praticados no período em 
que esteve em vigor, embora decorrido o prazo 
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que 
4 
 
 
 
#ESEFOSSEVERDADE 
 
a determinaram, mesmo que ainda não tenha sido 
instaurada a ação penal. 
11. A lei penal que, de qualquer modo, beneficia o 
agente tem, em regra, efeito extra-ativo, ou seja, 
pode retroagir ou avançar no tempo e, assim, 
aplicar-se ao fato praticado antes de sua entrada 
em vigor, como também seguir regulando, 
embora revogada, o fato praticado no período em 
que ainda estava vigente. A única exceção a essa 
regra é a lei penal excepcional ou temporária que, 
sendo favorável ao acusado, terá somente efeito 
retroativo. 
12. No que diz respeito à eficácia temporal da lei 
penal, o término da vigência das leis 
denominadas temporárias e excepcionais não 
depende de revogação por lei posterior. 
Consumado o lapso da lei temporária ou cessadas 
as circunstâncias determinadoras das 
excepcionais, cessa, então, a vigência dessas leis. 
13. A extra-atividade da lei penal constitui exceção à 
regra geral de aplicação da lei vigente à época dos 
fatos. 
14. Ainda que se trate de crime permanente, a 
novatio legis in pejus não poderá ser aplicada se 
efetivamente agravar a situação do réu. 
15. A lei mais benéfica deve ser aplicada pelo juiz 
quando da prolação da sentença — em 
decorrência do fenômeno da ultratividade — 
mesmo já tendo sido revogada a lei que vigia no 
momento da consumação do crime. 
16. Considere que um indivíduo seja preso pela 
prática de determinado crime e, já na fase da 
execução penal, uma nova lei torne mais branda 
a pena para aquele delito. 
Nessa situação, o indivíduo cumprirá a pena 
imposta na legislação anterior, em face do 
princípio da irretroatividade da lei penal. 
17. Na hipótese de o agente iniciar a prática de um 
crime permanente sob a vigência de uma lei, 
vindo o delito a se prolongar no tempo até a 
entrada em vigor de nova legislação, aplica-se a 
última lei, mesmo que seja a mais severa. 
18. A lei penal que beneficia o agente não apenas 
retroage para alcançar o fato praticado antes de 
sua entrada em vigor, como também, embora 
revogada, continua a reger o fato ocorrido ao 
tempo de sua vigência. 
19. A lei penal que, de qualquer modo, beneficie o 
agente deve retroagir, desde que respeitado o 
trânsito em julgado da sentença penal 
condenatória. 
20. Em caso de abolitio criminis, a reincidência 
subsiste, como efeito secundário da infração 
penal. 
21. No Código Penal (CP), é adotada a teoria da 
ubiquidade, segundo a qual tanto o momento da 
ação quanto o do resultado são relevantes para a 
definição do momento do crime. 
22. Segundo os princípios que regem a lei penal no 
tempo, a nova lei penal, independentemente de 
ser mais ou menos benéfica ao acusado, será 
aplicada aos fatos ocorridos a partir do momento 
de sua entrada em vigor, mas a lei revogada, 
desde que mais benéfica ao acusado, continua a 
ser aplicada a fato anterior, ou seja, a fato 
praticado durante o período desua vigência. 
23. Ocorrendo a hipótese de novatio legis in mellius 
em relação a determinado crime praticado por 
uma pessoa definitivamente condenada pelo fato, 
caberá ao juízo da execução, e não ao juízo da 
condenação, a aplicação da lei mais benigna. 
24. Considere que uma pessoa tenha sido denunciada 
pela prática de determinado fato definido como 
crime, que, em seguida, foi descriminalizado pela 
lei A. Posteriormente, foi editada a lei B, que 
revogou a lei A e voltou a criminalizar aquela 
conduta. Nessa situação, a última lei deve ser 
aplicada ao caso. 
25. Túlio sequestrou Caio com o intuito de obter 
vantagem pecuniária por meio da exigência de 
resgate. Durante o período em que a vítima 
permaneceu presa no cativeiro, entrou em vigor 
uma nova lei penal que agravou a pena referente 
ao crime de extorsão mediante sequestro. Alguns 
meses depois, a vítima foi solta em virtude do 
pagamento do resgate. Com base nessa situação 
hipotética e na jurisprudência firmada pelos 
Tribunais Superiores, assinale a opção correta. 
a) Se Túlio for condenado por extorsão mediante 
sequestro, deve ser aplicada a nova lei penal mais 
gravosa. 
5 
 
 
 
#ESEFOSSEVERDADE 
 
b) Se Túlio for condenado por extorsão mediante 
sequestro, não se deve aplicar a nova lei penal 
mais gravosa, em razão do princípio da 
irretroatividade da lei penal mais severa. 
c) Se Túlio for condenado por extorsão mediante 
sequestro, aplica-se uma combinação da lei 
antiga com a lei nova, para que sejam 
determinadas as disposições mais favoráveis das 
duas leis. 
d) O crime de extorsão mediante sequestro 
consumou-se com o pagamento do resgate. 
e) O crime de extorsão mediante sequestro 
consumou-se com a exigência do resgate. 
26. Desde que em benefício do réu, a jurisprudência 
dos Tribunais Superiores admite a combinação de 
leis penais, a fim de atender aos princípios da 
ultratividade e da retroatividade in mellius. 
27. Ainda que se trate de tentativa delituosa, 
considera-se lugar do crime não só aquele onde o 
agente tiver praticado atos executórios, mas 
também aquele onde deveria produzir-se o 
resultado. 
28. No que diz respeito ao tema lei penal no tempo, 
a regra é a aplicação da lei apenas durante o seu 
período de vigência; a exceção é a extra-
atividade da lei penal mais benéfica, 
que comporta duas espécies: a retroatividade e a 
ultra-atividade. 
29. Lei superveniente que abrande a penalidade 
referente a determinado crime somente 
beneficiará réu processado na vigência da lei 
anterior se não houver trânsito em julgado da 
sentença condenatória quando de sua entrada em 
vigor. 
30. A lei penal retroage em benefício do agente, 
respeitada a coisa julgada. 
 
GABARITO: 1E– 2C- 3C- 4C- 5E- 6E- 7E- 8C- 
9E- 10C- 11E- 12C- 13C – 14E- 15C-16E – 17C-
18C- 19E- 20E- 21E- 22C- 23C- 24E- 25A – 26E- 
27C- 28C- 29E- 30E 
 
 
ART. 5, 6 E 7 DA LEI PENAL NO ESPAÇO 
 
Territorialidade 
 Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de 
convenções, tratados e regras de direito internacional, 
ao crime cometido no território nacional. 
 § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se 
como extensão do território nacional as embarcações e 
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço 
do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem 
como as aeronaves e as embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em 
alto-mar. 
 § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes 
praticados a bordo de aeronaves ou embarcações 
estrangeiras de propriedade privada, achando-se 
aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no 
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar 
territorial do Brasil. 
 
Lugar do crime 
 Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar 
em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, 
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado. 
 
Extraterritorialidade 
 Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora 
cometidos no estrangeiro: 
I - os crimes: 
 a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da 
República; 
 b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, 
do Distrito Federal, de Estado, de Território, de 
Município, de empresa pública, sociedade de economia 
mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder 
Público; 
 c) contra a administração pública, por quem 
está a seu serviço; 
 d) de genocídio, quando o agente for brasileiro 
ou domiciliado no Brasil; 
II - os crimes: 
 a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se 
obrigou a reprimir; 
 b) praticados por brasileiro; 
 c) praticados em aeronaves ou embarcações 
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, 
quando em território estrangeiro e aí não sejam 
julgados. 
 § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido 
segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou 
condenado no estrangeiro. 
6 
 
 
 
#ESEFOSSEVERDADE 
 
 § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei 
brasileira depende do concurso das seguintes 
condições: 
 a) entrar o agente no território nacional; 
 b) ser o fato punível também no país em que foi 
praticado; 
 c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais 
a lei brasileira autoriza a extradição; 
 d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro 
ou não ter aí cumprido a pena; 
 e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro 
ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, 
segundo a lei mais favorável. 
 § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime 
cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do 
Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo 
anterior: 
 a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
 b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
 
 Questões 
1. Considere que tenha sido cometido um homicídio 
a bordo de um navio petroleiro de uma empresa 
privada hondurenha ancorado no porto de Recife 
– PE. Nessa situação hipotética, caberá à 
autoridade policial brasileira instaurar, de ofício, 
o inquérito policial para investigar a 
materialidade e a autoria do delito, que será 
punido conforme as leis brasileiras. 
2. De acordo com o princípio da nacionalidade, é 
possível a aplicação da lei penal brasileira a fato 
criminoso lesivo a interesse nacional ocorrido no 
exterior. 
3. A aplicação da lei penal brasileira a cidadão 
brasileiro que cometa crime no exterior é 
possível, de acordo com o princípio da defesa. 
4. De acordo com o princípio da representação, a lei 
penal brasileira poderá ser aplicada a delitos 
cometidos em aeronaves ou embarcações 
brasileiras privadas, quando estes delitos 
ocorrerem no estrangeiro e aí não forem julgados. 
5. Segundo o princípio da territorialidade, a lei 
penal brasileira poderá ser aplicada no exterior 
quando o sujeito ativo do crime praticado for 
brasileiro. 
6. No Código Penal brasileiro, adota-se a teoria da 
ubiquidade, conforme a qual o lugar do crime é o 
da ação ou da omissão, bem como o lugar onde 
se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
7. A lei penal brasileira aplica-se ao crime 
perpetrado no interior de navio de guerra de 
pavilhão pátrio, ainda que em mar territorial 
estrangeiro, dado o princípio da territorialidade. 
8. O crime contra a fé pública de autarquia estadual 
brasileira cometido no território da República 
Argentina fica sujeito à lei do Brasil, aindaque o 
agente seja absolvido naquele país. 
9. Jurandir, cidadão brasileiro, foi processado e 
condenado no exterior por ter praticado tráfico 
internacional de drogas, e ali cumpriu seis anos 
de pena privativa de liberdade. Pelo mesmo 
crime, também foi condenado, no Brasil, a pena 
privativa de liberdade igual a dez anos e dois 
meses. Nessa situação hipotética, de acordo com 
o Código Penal, a pena privativa de liberdade a 
ser cumprida por Jurandir, no Brasil, não poderá 
ser maior que quatro anos e dois meses. 
10. A bordo de um avião da Força Aérea Brasileira, 
em sobrevoo pelo território argentino, Andrés, 
cidadão guatemalteco, disparou dois tiros contra 
Daniel, cidadão uruguaio, no decorrer de uma 
discussão. Contudo, em virtude da inabilidade de 
Andrés no manejo da arma, os tiros atingiram 
Hernando, cidadão venezuelano que também 
estava a bordo. Nessa situação, em decorrência 
do princípio da territorialidade, aplicar-se-á a lei 
penal brasileira. 
11. Segundo a atual redação do Código Penal 
Brasileiro, os crimes cometidos no estrangeiro 
são puníveis segundo a lei brasileira se praticados 
contra a administração pública quando o agente 
delituoso estiver a serviço do governo brasileiro, 
salvo se já absolvido pela justiça no exterior com 
relação àqueles mesmos atos delituosos. 
12. Preenchidos os requisitos legais, é possível que a 
lei penal brasileira seja aplicada ao estrangeiro 
que cometa crime fora do território nacional, 
sendo a vítima brasileira. 
13. Pela lei brasileira, o território nacional estende-se 
a aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes 
7 
 
 
 
#ESEFOSSEVERDADE 
 
ou de propriedade privada, onde quer que se 
encontrem. 
14. A lei penal brasileira será aplicada a crime 
cometido contra a administração pública por 
servidor público em serviço, ainda que seja 
praticado no estrangeiro. 
15. A extraterritorialidade da lei penal condicionada 
e a da incondicionada têm como elemento 
comum a necessidade de ingresso do agente no 
território nacional. 
16. Somente mediante expressa manifestação pode o 
agente diplomático renunciar à imunidade 
diplomática, porquanto o instituto constitui causa 
pessoal de exclusão da pena. 
17. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos 
no estrangeiro, os crimes contra a vida do 
presidente da República, exceto se o agente tiver 
sido condenado no estrangeiro. 
18. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos 
no estrangeiro, os crimes contra a administração 
pública praticados por quem esteja ao seu 
serviço, exceto se o agente for absolvido no 
estrangeiro. 
19. Segundo o princípio da territorialidade, se uma 
pessoa comete latrocínio em embarcação 
brasileira mercante em alto-mar, aplica-se a lei 
brasileira. 
20. O embaixador de um país estrangeiro que praticar 
um crime contra a vida do presidente da 
República Federativa do Brasil, neste país, 
deverá ser processado e julgado segundo as leis 
brasileiras. 
GABARITO: 1C-2E- 3E-4C – 5E- 6C-7C- 8C- 9E-
10C-11E-12C-13E-14C-15E- 16E- 17E-18E- 19C-
20E 
ART. 13 DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE 
 
Relação de causalidade 
 Art. 13 - O resultado, de que depende a existência 
do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. 
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o 
resultado não teria ocorrido. 
 
Superveniência de causa independente 
 § 1º - A superveniência de causa relativamente 
independente exclui a imputação quando, por si só, 
produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, 
imputam-se a quem os praticou. 
 
Relevância da omissão 
 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o 
omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O 
dever de agir incumbe a quem: 
 a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou 
vigilância; 
 b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de 
impedir o resultado; 
 c) com seu comportamento anterior, criou o risco 
da ocorrência do resultado. 
 
 Questões 
1. De acordo com preceito expresso no CP, a 
relação de causalidade limita-se aos crimes 
materiais. 
2. O nexo causal consiste em mera constatação 
acerca da existência de relação entre conduta e 
resultado, tendendo a sua verificação apenas às 
leis da física, mais especificamente, da causa e do 
efeito, razão pela qual a sua aferição independe 
de qualquer apreciação jurídica, como a 
verificação da existência de dolo ou culpa por 
parte do agente. 
3. Considere que Márcia, com intenção homicida, 
apunhale as costas de Sueli, a qual, conduzida 
imediatamente ao hospital, faleça em 
consequência de infecção hospitalar, durante o 
tratamento dos ferimentos provocados com o 
punhal. Nesse caso, Márcia responderá por 
tentativa de homicídio. 
4. O estudo do nexo causal nos crimes de mera 
conduta é relevante, uma vez que se observa o elo 
entre a conduta humana propulsora do crime e o 
resultado naturalístico. 
5. Como a relação de causalidade constitui 
elemento do tipo penal no direito brasileiro, foi 
adotada como regra, no CP, a teoria da 
causalidade adequada, também conhecida como 
teoria da equivalência dos antecedentes causais. 
6. Suponha que Mara, com intenção homicida, 
desfira dois tiros em Fábio e que, por má 
pontaria, acerte apenas o braço da vítima, a qual, 
conduzida ao hospital, faleça em consequência de 
um desabamento. Nesse caso, Mara deverá 
responder por homicídio doloso consumado. 
8 
 
 
 
#ESEFOSSEVERDADE 
 
7. Em uma festividade natalina que ocorria em 
determinado restaurante, o garçom, ao estourar 
um champanhe, afastou-se do dever de cuidado 
objetivo a todos imposto e lesionou levemente o 
olho de uma cliente, embora não tivesse a 
intenção de machucá-la. Levada ao hospital para 
tratar a lesão, a moça sofreu um acidente 
automobilístico no trajeto, vindo a falecer em 
consequência exclusiva dos ferimentos 
provocados pelo infortúnio de trânsito. Com 
referência a essa situação hipotética e ao instituto 
do nexo causal no ordenamento jurídico 
brasileiro, o garçom poderá responder apenas 
pelo delito de lesão corporal culposa. 
8. Um policial militar em serviço, ao abordar um 
cidadão, exigiu dele o pagamento de determinada 
soma em dinheiro, utilizando-se de violência e 
ameaçando-o de sequestrar o seu filho. A vítima, 
ante o temor da ameaça, cedeu às exigências 
formuladas e entregou ao policial a quantia 
exigida. Nessa situação, não obstante a prática de 
crime pelo agente, não há que se falar em delito 
de concussão, pois inexiste nexo causal entre a 
função pública desempenhada pelo policial e a 
ameaça proferida. 
9. A superveniência de causa relativamente 
independente exclui a imputação quando, por si 
só, produziu o resultado; os fatos anteriores, 
entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
10. A omissão é penalmente relevante quando o 
omitente devia e podia agir para evitar o 
resultado. 
11. De acordo com o Código Penal, “o resultado, de 
que depende a existência do crime, somente é 
imputável a quem lhe deu causa”. Ainda de 
acordo com o Código Penal, considera-se causa a 
ação ou omissão sem a qual o resultado não teria 
ocorrido. 
12. A superveniência de causa relativamente 
independente não exclui a imputação quando, por 
si só, produziu o resultado. 
13. O CP adota, como regra, a teoria da causalidade 
adequada, dada a afirmação nele constante de que 
“o resultado, de que depende a existência do 
crime, somente é imputável a quem lhe deu 
causa; causa é a ação ou omissão sem a qual oresultado não teria ocorrido”. 
14. Para os crimes omissivos impróprios, o estudo do 
nexo causal é relevante, porquanto o CP adotou a 
teoria naturalística da omissão, ao equiparar a 
inação do agente garantidor a uma ação. 
15. A respeito da relação de causalidade, é incorreto 
afirmar que não há crime sem resultado. 
16. Denis desferiu cinco facadas em Henrique com 
intenção de matar. Socorrido imediatamente e 
encaminhado ao hospital mais próximo, 
Henrique foi submetido a cirurgia de emergência, 
em razão da qual contraiu infecção e, finalmente, 
faleceu. Acerca dessa situação hipotética, julgue 
o item, com base no entendimento majoritário 
dos Tribunais Superiores. 
a) Trata-se de causa absolutamente independente 
superveniente, que rompeu o nexo causal, 
devendo Denis responder por tentativa de 
homicídio. 
b) Trata-se de causa relativamente independente e 
superveniente que rompeu o nexo causal, 
devendo Denis responder por tentativa de 
homicídio. 
c) Não houve rompimento do nexo de causalidade, 
devendo Denis responder por homicídio doloso 
consumado. 
d) Trata-se de causa relativamente independente e 
superveniente que rompeu o nexo causal, 
devendo Denis responder por lesão corporal 
seguida de morte. 
e) Não houve rompimento do nexo causal, mas 
Denis deve responder apenas por tentativa de 
homicídio. 
17. Considere a seguinte situação hipotética. 
Alberto, pretendendo matar Bruno, desferiu 
contra este um disparo de arma de fogo, 
atingindo-o em região letal. Bruno foi 
imediatamente socorrido e levado ao hospital. No 
segundo dia de internação, Bruno morreu 
queimado em decorrência de um incêndio que 
assolou o nosocômio. 
Nessa situação, ocorreu uma causa relativamente 
independente, de forma que Alberto deve 
9 
 
 
 
#ESEFOSSEVERDADE 
 
responder somente pelos atos praticados antes do 
desastre ocorrido, ou seja, lesão corporal. 
18. Nos crimes omissivos próprios e impróprios, não 
há nexo causal, visto que inexiste resultado 
naturalístico atribuído ao omissor, que responde 
apenas por sua omissão se houver crime previsto 
no caso concreto. 
19. Crimes omissivos impróprios, comissivos por 
omissão ou omissivos qualificados são os que 
objetivamente são descritos como uma conduta 
negativa, de não fazer o que a lei determina, 
consistindo a omissão na transgressão da norma 
jurídica sem que haja necessidade de qualquer 
resultado naturalístico. Para a existência do 
crime, basta que o autor se omita quando deva 
agir. 
20. Caio dispara uma arma objetivando a morte de 
Tício, sendo certo que o tiro não atinge um órgão 
vital. Durante o socorro, a ambulância que levava 
Tício para o hospital é atingida violentamente 
pelo caminhão dirigido por Mévio, que 
ultrapassara o sinal vermelho. Em razão da 
colisão, Tício falece. Os crimes imputáveis a 
Caio e Mévio, respectivamente, são tentativa de 
homicídio e homicídio culposo. 
GABARITO: 1C- 2C- 3E- 4E- 5E- 6E- 7C- 8C- 
9C- 10C-11C-12C-13E-14E- 15C- 16C- 17E- 18E- 
19E- 20C 
 
ART.14 CRIME CONSUMADO E TENTADO 
 
Crime consumado 
Art. 14 - Diz-se o crime: 
 I - consumado, quando nele se reúnem todos os 
elementos de sua definição legal; 
 
Tentativa 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se 
consuma por circunstâncias alheias à vontade do 
agente. 
 
Pena de tentativa 
 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-
se a tentativa com a pena correspondente ao crime 
consumado, diminuída de um a dois terços. 
 
 Questões 
1. A tentativa perfeita ou crime falho é aquela na 
qual o agente interrompe a atividade executória e 
não consuma o crime por circunstâncias alheias à 
sua vontade. 
2. O crime tentado é punido da mesma forma que o 
crime consumado, pois o que vale é a intenção do 
agente. 
3. A tentativa e o crime omissivo impróprio são 
exemplos de tipicidade mediata. 
4. É possível a consumação do furto em 
estabelecimento comercial, ainda que dotado de 
vigilância realizada por seguranças ou mediante 
câmara de vídeo em circuito interno. 
5. Em relação à punição da modalidade tentada de 
crime, a teoria que o Código Penal adotou foi a 
subjetiva, segundo a qual a tentativa deve ser 
punida da mesma forma que o crime consumado, 
com redução da pena. 
6. Se um indivíduo desferir cinco tiros em direção a 
seu desafeto, com intenção apenas de o lesionar, 
e, no entanto, por má pontaria, nenhum projétil 
atingir a vítima, ocorrerá a denominada tentativa 
cruenta. 
7. Admite-se a tentativa nos crimes 
unissubsistentes. 
8. Quando o agente dá início à execução de um 
delito e desiste de prosseguir em virtude da 
reação oposta pela vítima, ocorre um crime 
tentado. 
9. Situação hipotética: Maria entrou em uma loja 
de cosméticos e furtou um frasco de creme 
hidratante, em um momento de descuido da 
vendedora. Assertiva: Nesse caso, a consumação 
do crime ocorreu com a mera detenção do bem 
subtraído. 
10. Um agente alvejou vítima com disparo e, embora 
tenha iniciado a execução do ilícito, não exauriu 
toda a sua potencialidade lesiva ante a falha da 
arma de fogo empregada, fugindo do local do 
crime em seguida. Nessa situação hipotética, a 
atitude do agente configura tentativa imperfeita, 
pois ele não conseguiu praticar todos os atos 
executórios necessários à consumação, por 
interferência externa. 
11. Admite-se a tentativa nos crimes: 
10 
 
 
 
#ESEFOSSEVERDADE 
 
a) unissubsistentes. 
b) culposos. 
c) preterdolosos. 
d) complexos. 
e) omissivos próprios. 
 
12. A tentativa, uma norma de extensão temporal, 
não se enquadra diretamente no tipo 
incriminador; faz-se necessária uma norma que 
amplie a figura típica até alcançar o fato material. 
13. Conforme orientação atual do STJ, é 
imprescindível para a consumação do crime de 
furto com a posse de fato da res furtiva, ainda que 
por breve espaço de tempo, a posse mansa, 
pacífica e desvigiada da coisa, caso em que se 
deve aplicar a teoria da ablatio. 
14. No direito brasileiro, os atos preparatórios não 
são puníveis em nenhuma circunstância, nem 
mesmo como tipo penal autônomo. 
15. O STJ tem firmado entendimento de que, na 
tentativa incruenta de homicídio qualificado, 
deve-se reduzir a pena eventualmente aplicada ao 
autor do fato em dois terços. 
16. Nos crimes materiais, a consumação só ocorre 
ante a produção do resultado naturalístico, 
enquanto que, nos crimes formais, este resultado 
é dispensável. 
17. Segundo o STJ, configura crime consumado de 
tráfico de drogas a conduta consistente em 
negociar, por telefone, a aquisição de 
entorpecente e disponibilizar veículo para o seu 
transporte, ainda que o agente não receba a 
mercadoria, em decorrência de apreensão do 
material pela polícia, com o auxílio de 
interceptação telefônica. 
18. No iter criminis, a aquisição de uma corda a ser 
utilizada para amarrar a vítima que se pretende 
sequestrar é ato executório do crime de sequestro. 
19. Os atos preparatórios de um crime de homicídio, 
a ser executado com o emprego de arma de fogo 
que possui a numeração raspada, não 
caracterizam a tentativa e não podem constituir 
crime autônomo. 
20. Policiais surpreenderam João portando uma 
chave-mestra enquanto circulava próximo a uma 
loja no interior de um shopping Center em atitude 
suspeita. Assertiva: Nesse caso, João responderá 
por tentativa de furto, pois, devido ao porte da 
chave-mestra, os policiais puderam inferir que 
ele pretendia furtar um veículo no 
estacionamento.GABARITO: 1E – 2E- 3C- 4C- 5E- 6E- 7E- 8C- 
9C- 10C- 11D- 12C- 13E- 14E- 15C- 16C- 17C-
18E- 19E – 20E 
 
ART. 15 - DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E 
ARREPENDIMENTO EFICAZ 
 
ART. 16 - ARREPENDIMENTO POSTERIOR 
 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de 
prosseguir na execução ou impede que o resultado se 
produza, só responde pelos atos já praticados 
 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave 
ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, 
até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois 
terços. 
 
 Questões 
1. Conforme previsto no CP, a consequência penal 
do arrependimento eficaz é a mesma do 
arrependimento posterior. 
2. Em se tratando do delito de furto, havendo 
subsequente arrependimento do agente e 
devolução voluntária da res substracta antes do 
oferecimento da denúncia, fica caracterizado o 
arrependimento eficaz, devendo a pena, nesse 
caso, ser reduzida de um a dois terços. 
3. A voluntariedade e a espontaneidade da 
interrupção da execução do crime são requisitos 
caracterizadores fundamentais das hipóteses de 
desistência voluntária. 
4. Configura-se a desistência voluntária ainda que 
não tenha partido espontaneamente do agente a 
ideia de abandonar o propósito criminoso, com o 
resultado de deixar de prosseguir na execução do 
crime. 
5. Mesmo quando o agente, de forma espontânea, 
desiste de prosseguir nos atos executórios ou 
impede a consumação do delito, devem ser a ele 
11 
 
 
 
#ESEFOSSEVERDADE 
 
imputadas as penas da conduta típica dolosa 
inicialmente pretendida. 
6. O agente que tenha desistido voluntariamente de 
prosseguir na execução ou, mesmo depois de tê-
la esgotado, atue no sentido de evitar a produção 
do resultado, não poderá ser beneficiado com os 
institutos da desistência voluntária e do 
arrependimento eficaz caso o resultado venha a 
ocorrer. 
7. Marcos, imbuído de animus necandi, disparou 
tiros de revólver em Ricardo por não ter recebido 
deste pagamento referente a fornecimento de 
maconha. Apesar de ferido gravemente, Ricardo 
sobreviveu. Marcos, para chegar ao local onde 
Ricardo se encontrava, foi conduzido em 
motocicleta por Rômulo, que sabia da intenção 
homicida do amigo, embora desconhecesse o 
motivo, e concordava em ajudá-lo. Ricardo foi 
atingido pelas costas enquanto caminhava em via 
pública, e Marcos e Rômulo, ao verem a vítima 
tombar, fugiram, supondo tê-la matado. 
Assertiva: Houve desistência voluntária, pois os 
agentes fugiram do local ao perceberem a vítima 
tombar no chão, sem disparar o tiro de 
misericórdia. 
8. Nos crimes cometidos sem violência ou grave 
ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a 
coisa até a audiência de instrução e julgamento, 
por ato voluntário do agente, a pena será reduzida 
de um a dois terços. 
9. Para a configuração do arrependimento posterior, 
o agente deve agir espontaneamente, e a 
reparação do dano ou a restituição do bem devem 
ser integrais. 
10. O instituto do arrependimento posterior não se 
aplica ao autor de um crime de lesão corporal 
culposa. 
11. De acordo com a doutrina majoritária, a 
espontaneidade não é requisito para o 
reconhecimento da desistência voluntária e do 
arrependimento eficaz. 
12. O arrependimento posterior, por ser uma 
circunstância subjetiva, não se estende aos 
demais corréus, uma vez reparado o dano 
integralmente por um dos autores do delito até o 
recebimento da denúncia. 
13. Ocorre tentativa qualificada na desistência 
voluntária, no arrependimento eficaz e no 
arrependimento posterior. 
14. Para que fique caracterizado o arrependimento 
eficaz ou a desistência, a atitude do agente deve 
ser espontânea, ou seja, natural, sincera e 
verdadeira. 
15. O arrependimento posterior só pode ser aplicado 
se crime tiver sido cometido sem violência ou 
grave ameaça a pessoa, se houver reparação do 
dano ou restituição do objeto material antes do 
recebimento da denúncia ou da queixa e se o ato 
do agente for voluntário. 
16. Entre a desistência voluntária e o arrependimento 
eficaz, em verdade, não há nenhuma diferença, 
porquanto em ambas as situações o que se busca 
é impedir o resultado. 
17. Na desistência voluntária o que ocorre é a 
desistência no prosseguimento dos atos 
executórios do crime, feita de modo voluntário, 
respondendo o agente somente pelo que praticou. 
No arrependimento eficaz a desistência ocorre 
entre o término dos atos executórios e a 
consumação. O agente, neste caso, já fez tudo o 
que podia para atingir o resultado, mas resolve 
interferir para evitar a sua concretização. 
18. A diferença entre a desistência voluntária e o 
arrependimento eficaz está em que, na primeira, 
o agente é impedido de consumar o delito, já no 
arrependimento eficaz a consumação não ocorre 
porque o próprio agente a impede. 
19. Configura-se a desistência voluntária caso o 
agente seja induzido a desistir no prosseguimento 
da execução criminosa por circunstâncias 
externas, sem as quais teria ele consumado a 
infração penal. 
20. A desistência da tentativa inacabada deve ser 
entendida como arrependimento eficaz. 
21. A desistência voluntária e o arrependimento 
eficaz constituem causas que excluem a 
antijuridicidade do fato típico. 
22. A lei penal impõe que a desistência seja 
voluntária, mas não espontânea. 
23. No arrependimento posterior, o agente pratica 
todos os atos executórios, e, arrependido, assume 
12 
 
 
 
#ESEFOSSEVERDADE 
 
nova conduta, visando impedir que o resultado 
inicialmente almejado se concretize. 
24. Caso a restituição da coisa ou a reparação do 
dano se dê até o recebimento da denúncia, 
configurar-se-á o arrependimento posterior. Caso 
se dê após o recebimento da denúncia e até a 
sentença, a restituição ou reparação será 
considerada circunstância atenuante. 
25. O arrependimento eficaz pode ocorrer durante a 
execução e após a consumação do crime. 
GABARITO: 1E-2E-3E-4C-5E-6C-7E-8E-9E-
10E-11C-12E-13E-14E-15C- 16E- 17C- 18E- 19C- 
20E- 21E- 22C- 23E- 24C- 25E 
 
ART. 17 – CRIME IMPOSSÍVEL 
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia 
absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do 
objeto, é impossível consumar-se o crime. 
 Questões 
1. Configura o crime impossível, quando por 
ineficácia absoluta do meio ou por absoluta 
impropriedade do objeto, a finalização e 
consumação do ato típico, antijurídico e culpável 
é afetada. 
2. Não se pune a tentativa quando, por absoluta 
impropriedade do meio ou por ineficácia absoluta 
do objeto, é impossível consumar-se o crime. 
3. Configura crime impossível a tentativa de 
subtrair bens de estabelecimento comercial que 
tem sistema de monitoramento eletrônico por 
câmeras que possibilitam completa observação 
da movimentação do agente por agentes de 
segurança privada. 
4. A apresentação de laudo médico falso ao Instituto 
Nacional do Seguro Social (INSS) para fins de 
obtenção de auxílio-doença caracteriza crime 
impossível caso sua consumação seja impedida 
pela identificação da falsidade do documento 
pelos peritos do referido órgão antes do 
deferimento do benefício pleiteado. 
5. Nos termos da legislação penal vigente há crime 
impossível quando o agente objetiva praticar 
determinado crime e não alcança sua meta por 
ineficácia absoluta do meio empregado ou 
impropriedade absoluta do objeto. 
6. O Brasil adota, em relação ao crime impossível, 
a teoria objetiva temperada, segundo a qual os 
meiosempregados e o objeto do crime devem ser 
absolutamente inidôneos a produzir o resultado 
idealizado pelo agente. 
7. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia 
absoluta do meio ou por absoluta impropriedade 
do objeto, é impossível consumar-se o crime. 
8. A jurisprudência dos Tribunais Superiores tem 
entendido que a existência de sistema de 
monitoramento do local por câmeras não 
autoriza, por si só, o reconhecimento de crime 
impossível. 
9. Cecília colocou a mão no bolso esquerdo e, 
posteriormente, no bolso direito da roupa de uma 
transeunte, com a intenção de subtrair-lhe 
dinheiro. Não encontrou, contudo, qualquer 
objeto de valor. Nessa situação, houve crime 
impossível e, assim, Cecília não responderá por 
crime algum. 
10. O princípio da lesividade é um dos principais 
fundamentos para o tratamento conferido pelo 
Código Penal ao crime impossível. 
11. Não há crime quando a preparação do flagrante 
pela polícia torna impossível a sua consumação. 
12. Se houver absoluta ineficácia do meio a tentativa 
é atípica, mas punível. 
13. Não se pune a tentativa de crime quando, por 
qualquer ineficácia do meio ou impropriedade do 
objeto, é impossível consumar-se o crime. 
14. Considere que Roberto exiba a agente de polícia 
carteira de habilitação falsificada, sendo que este, 
imediatamente e a olho nu, constata a falsidade. 
Nessa situação, a conduta de Roberto configura 
crime impossível 
15. Em relação à punição do fato que caracteriza 
crime impossível, o CP adotou a teoria subjetiva. 
GABARITO: 1C-2E-3E-4E-5C-6C-7C-8C-
9C-10C- 11C- 12E- 13E- 14C- 15E 
 
 
 
 
13 
 
 
 
#ESEFOSSEVERDADE 
 
ART. 18 – CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO 
 
ART. 19 – CRIME PRETERDOLOSO 
 
Art. 18 - Diz-se o crime: 
Crime doloso 
 I - doloso, quando o agente quis o resultado ou 
assumiu o risco de produzi-lo; 
Crime culposo 
 II - culposo, quando o agente deu causa ao 
resultado por imprudência, negligência ou imperícia. 
 Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, 
ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, 
senão quando o pratica dolosamente. 
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a 
pena, só responde o agente que o houver causado ao 
menos culposamente. 
Questões 
1. O crime é doloso quando o agente deu causa ao 
resultado por imprudência, negligência ou 
imperícia. 
2. Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis 
o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e 
que o crime é culposo, quando o agente deu causa 
a resultado previsível por imprudência, 
negligência ou imperícia. Sobre o tema, é correto 
afirmar que o dolo direto de segundo grau 
também é conhecido como dolo de 
consequências necessárias. 
3. Caracteriza-se o dolo eventual no caso de um 
caçador que, confiando em sua habilidade de 
atirador, dispara contra a caça, mas atinge um 
companheiro que se encontra próximo ao animal 
que ele desejava abater. 
4. Ricardo, com o objetivo de matar Maurício, 
detonou, por mecanismo remoto, uma bomba por 
ele instalada em um avião comercial a bordo do 
qual sabia que Maurício se encontrara, e, devido 
à explosão, todos os passageiros a bordo da 
aeronave morreram. Nessa situação hipotética, 
Ricardo agiu com dolo direto de primeiro grau no 
cometimento do delito contra Maurício e dolo 
direto de segundo grau no do delito contra todos 
os demais passageiros do avião. 
5. O crime culposo advém de uma conduta 
involuntária. 
6. De acordo com a legislação penal vigente, toda 
conduta de quem prevê o resultado é considerada 
dolosa. 
7. Em se tratando de culpa consciente, o agente 
prevê o resultado, mas não se importa que ele 
venha a ocorrer. 
8. Considerando que, em determinada casa noturna, 
tenha ocorrido, durante a apresentação de 
espetáculo musical, incêndio acidental em 
decorrência do qual morreram centenas de 
pessoas e que a superlotação do local e a falta de 
saídas de emergência, entre outras 
irregularidades, tenham contribuído para esse 
resultado, julgue os itens seguintes. A causa 
jurídica das mortes, nesse caso, pode ser atribuída 
a acidente ou a suicídio, descartando-se a 
possibilidade de homicídio, visto que não se pode 
supor que promotores, realizadores e 
apresentadores de shows em casas noturnas 
tenham, deliberadamente, intenção de matar o 
público presente. 
9. Nos termos do CP, a caracterização de uma 
conduta dolosa prescinde da consciência ou do 
conhecimento da antijuridicidade dessa conduta 
e requer apenas a presença dos elementos que 
compõem o tipo objetivo. 
10. A culpa inconsciente distingue-se da consciente 
no que diz respeito à previsão do resultado: 
naquela, este, embora previsível, não é previsto 
pelo agente; nesta, o resultado é previsto, mas o 
agente acredita sinceramente que não será 
responsabilizado, por confiar em suas 
habilidades pessoais. 
11. Excetuadas as exceções legais, o autor de fato 
previsto como crime só poderá ser punido se o 
praticar dolosamente. 
12. Se o sujeito ativo do delito, ao praticar o crime, 
não quer diretamente o resultado, mas assume o 
risco de produzi-lo, o crime será culposo, na 
modalidade culpa consciente. 
13. No crime preterdoloso, a totalidade do resultado 
representa um excesso de fim (isto é, o agente 
quis um minus e ocorreu um majus), de modo que 
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#ESEFOSSEVERDADE 
 
há uma conjugação de dolo (no antecedente) e 
culpa (no subsequente). 
14. Todo crime qualificado pelo resultado é um 
crime preterdoloso. 
15. Pelo resultado que agrava especialmente a pena, 
só responde o agente que não o houver causado 
ao menos culposamente. 
16. A tentativa de crime preterdoloso é aceitável 
tanto pela doutrina quanto pela jurisprudência, 
porquanto, apesar de o agente não desejar o 
resultado agravador, sua conduta inicial é sempre 
dolosa. 
17. Nos crimes culposos, é dispensável a produção 
do resultado naturalístico involuntário. 
18. Nos crimes preterdolosos, agente prevê o 
resultado, mas espera que este não aconteça. 
19. No direito penal brasileiro, admite-se a 
compensação de culpas no caso de duas ou mais 
pessoas concorrerem culposamente para a 
produção de um resultado naturalístico, 
respondendo cada um, nesse caso, na medida de 
suas culpabilidades. 
20. Considere que, durante a formação de uma 
tempestade, Lino tenha convencido Jorge a 
visitar determinada floresta na esperança de que 
um raio o atingisse de forma letal. Considere, 
ainda, que, de fato, Jorge tenha sido, na ocasião, 
atingido por um raio e falecido como 
consequência. Nesse caso, Lino deve responder 
pelo delito de homicídio na modalidade dolo 
eventual. 
21. Nos crimes preterdolosos, o dolo do agente é 
subsequente ao resultado culposo. 
22. Uma pessoa, com intenção de lesionar, agride 
uma pessoa hemofílica com um pontapé no 
abdômen, o que resulta em pequena laceração 
hepática, hemoperitônio e morte. Nesse caso, 
houve homicídio preterdoloso. 
23. Admite-se a tentativa nos crimes preterdolosos. 
24. Considere o exemplo a seguir: João quer ferir e 
assim dá um soco no rosto de Antônio; esse ao 
cair, bate com a cabeça na pedra e morre. estamos 
diante de exemplo de um crime com erro de tipo. 
25. Segundo o Código Penal Brasileiro, o agente que, 
voluntariamente, desiste de prosseguir na 
execução ou impede que o resultado se produza, 
só responde pelos atos já praticados. De acordo 
com essa informação, essa hipótese trata de crime 
preterdoloso. 
GABARITO: 1E- 2C- 3E- 4C- 5E- 6E- 7E- 8E- 9C- 
10C-11C- 12E-13C- 14E- 15E- 16E- 17E- 18E- 19E- 
20E- 21E- 22C- 23E- 24E- 25E 
 
ART. 20 - ERRO SOBRE O ELEMENTO DO TIPO 
 
 Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do 
tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição 
por crime culposo, se previsto em lei. 
 Descriminantes putativas 
 § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente 
justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato 
que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há 
isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato 
é punível como crime culposo.(Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 Erro determinado por terceiro 
 § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina 
o erro. 
 Erro sobre a pessoa 
 § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime 
é praticado não isenta de pena. Não se consideram, 
neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão 
as da pessoa contra quem o agente queria praticar o 
crime. 
 
 Questões 
1. O erro do tipo exclui o dolo, tendo em vista que 
o autor da conduta desconhece ou se engana em 
relação a um dos componentes da descrição legal 
do crime, seja ele descritivo ou normativo. 
2. O erro do tipo exclui a culpabilidade do agente 
pela ausência e impossibilidade de conhecimento 
da antijuridicidade do fato que pratica. 
3. O erro inescusável sobre elementos do tipo exclui 
o dolo e a culpa, se essencial. 
4. Motorista que, em estacionamento, se apodera de 
veículo pertencente a terceiro supondo-o seu, em 
decorrência de absoluta semelhança entre os 
automóveis, incide em erro do tipo. 
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#ESEFOSSEVERDADE 
 
5. A diferença entre erro sobre elementos do tipo e 
erro sobre a ilicitude do fato reside na 
circunstância de que o erro de tipo exclui o dolo, 
o de fato a invencibilidade do erro. 
6. O erro de tipo essencial e inescusável exclui o 
dolo, mas não a culpa. 
7. João e Paulo sobrevoam uma lavoura com um 
pequeno avião utilizado na pulverização de 
veneno. Em dado momento o avião apresenta 
pane mecânica, e põe-se a cair. Existem dois 
para-quedas a bordo. João, imaginando, por erro 
inevitável, haver apenas um para-quedas, e 
supondo-se em estado de necessidade, joga Paulo 
para fora da aeronave. João agiu em 
descriminante putativa por erro de tipo. 
8. O erro de tipo inevitável exclui o dolo e a culpa. 
9. Se o erro de tipo for evitável, isenta-se de pena o 
agente. 
10. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal 
de crime exclui o dolo e a culpa, podendo o 
agente, no entanto, responder civilmente pelos 
danos eventualmente ocasionados. 
11. Com relação à disciplina das descriminantes 
putativas, é isento de pena quem, por erro 
plenamente justificado pelas circunstâncias, 
supõe situação de fato que, se existisse, tornaria 
a ação legítima, mas essa isenção de pena não 
ocorre se o erro derivar de culpa e o fato for 
punível como crime culposo. 
12. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal 
de crime exclui a ilicitude, mas permite a punição 
por crime culposo, caso previsto em lei. 
13. Configura erro de tipo essencial a conduta de um 
indivíduo que, após estrangular outro, com as 
mãos, crendo que ele esteja morto, enforque-o, 
com corda, para simular suicídio, com 
comprovação posterior de que a vítima tenha 
morrido em decorrência do enforcamento. 
14. Considere que um servidor público receba, por 
escrito, séria ameaça a fim de não realizar ato de 
ofício e se omita, e verifique, posteriormente, que 
a carta tenha sido endereçada a outro servidor 
público em idêntica situação funcional. Nesse 
caso, a conduta do servidor que recebe a carta 
configura erro de tipo essencial invencível. 
15. É considerado erro de tipo evitável, capaz de 
reduzir a pena, aquele em que o agente atue ou se 
omita sem a consciência da ilicitude do fato, 
quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou 
atingir essa consciência. 
GABARITO: 1C- 2E- 3E- 4C- 5E- 6C- 7C- 8C- 9E- 
10E- 11C- 12E- 13E- 14E- 15E

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