Buscar

Principais Neoplasias Caninas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE BRAGANÇA PAULISTA
DESSIRÊE DUQUE
ISABELLA PESENATO 
LUCAS GUARNIARI
NICOLLE VAITEKAITES
RODRIGO CUNHA
NEOPLASIAS
BRAGANÇA PAULISTA 
2017
MEDICINA VETERINÁRIA
FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE BRAGANÇA PAULISTA
Dessirêe Duque – 2014067
Isabella Pesenato – 2014265
Lucas Guarniari – 2012298
Nicolle Vaitekaites – 2014310
Rodrigo Cunha – 2012047
NEOPLASIAS
Trabalho entregue no dia 6 de abril de 2017 para a disciplina Patologia e Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais ministrada pelo Prof. Esp. Luis Alberto Lopes
BRAGANÇA PAULISTA
2017
MEDICINA VETERINÁRIA
Introdução
Neoplasias são “novos crescimentos” anormais do tecido que se desenvolvem mais rápido que os tecidos normais adjacentes, de uma maneira descoordenada e persistente, podendo ser considerados benignos ou malignos (MORRIS, 2007). 
As neoplasias malignas são a principal causa de óbito de cães e gatos, principalmente pelo fato de os animais possuírem uma maior longevidade nos últimos anos pelo avanço da medicina evitando assim, o óbito prematuro por doenças infectocontagiosas por meio de vacinas aplicadas enquanto o animal ainda é filhote.
A formação de um câncer ocorre em múltiplas etapas, sendo elas: lesão de DNA inicial, quebras e rearranjos cromossômicos com replicação gênica, produção de clones de células mutantes, havendo inativação de genes supressores de tumor. Os tumores mais graves adquirem as características de malignidade com o acúmulo dessas alterações genéticas progressivas. 
As causas primárias das neoplasias ainda estão sendo estudadas, mas estas surgem em decorrência de mutações genéticas espontâneas ou induzidas por agentes patogênicos, sendo metais, radiações, vírus, radicais livres de oxigênio, inflamações crônicas e xenobióticos considerados agentes carcinogênicos (fatores extrínsecos). Existem também as influências intrínsecas, representadas por fatores como idade, tipo de dieta, efeitos hormonais e predisposição genética. 
As metástases são uma consequência muito comum de neoplasias malignas, sendo assim, durante a fase de progressão tumoral, algumas células adquirem um fenótipo agressivo, com a habilidade de invadir os tecidos e desenvolver a metástase. Possuem a capacidade de migração disfuncional e poder de sobrevivência em mircoambientes diferentes do original da célula transformada (DALECK, 2008).
O diagnóstico das neoplasias é realizado através de anamnese, exame físico, exames de imagem (radiografia, biopsia guiada por ultrassom, tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea), intervenções cirúrgicas exploratórias, exame histopatológico, citometria de fluxo, imunohistoquímica e utilização de marcadores tumorais. 
Osteossarcoma
Osteossarcoma (OSA) é o tipo mais comum de câncer que se desenvolve no osso. Como os osteoblastos em um osso normal, as células que formam este tipo de câncer fazem matriz óssea. Mas a matriz óssea de um osteossarcoma não é tão forte quanto a dos ossos normais.
Os osteossarcomas são os tumores ósseos primários mais comum em humanos e cães. Suas características são similares, sendo que, a incidência em cães é 40 a 50 vezes maior que em humanos. Osteossarcoma (OSA) é o tumor ósseo primário mais observado em cães, sendo também conhecido como sarcoma osteogênico.
Incidência
Na oncologia veterinária, o osteossarcoma (OSA) representa 80% a 95% das neoplasias ósseas diagnosticadas em cães. O OSA se desenvolve principalmente em ossos longos (75%), sendo conhecido como osteossarcoma apendicular, e os 25% restantes em crânio e esqueleto axial.
O OSA apendicular é observado com maior freqüência em cães de raças grandes e gigante, sendo que a probabilidade do seu desenvolvimento é 61 a 185 vezes maior em cães com peso acima de 36,5 quilos e 95% dos casos afetando animais com peso superior a 15 Kg. As raças mais acometidas são: Irish Setters, São Bernardo, Rottweiler, 
Doberman, Pastor Alemão, Golden Retriever, Boxer, Labrador e Mastiff. Cães machos e fêmeas podem ser acometidos pelo OSA apendicular.
Etiologia
A etiologia do osteossarcoma (OSA) apendicular canino permanece desconhecida. Uma teoria simples é baseada na evidência de que o OSA tende a ocorrer nos ossos que sustentam os maiores pesos e em sítios adjacentes às fises de fechamento tardio e que animais de grande porte são predispostos a pequenos e múltiplos traumas nas regiões metafisárias, as quais são de maior atividade celular. A sensibilidade de células nesta região pode iniciar a doença pela indução de sinais mitogênicos, aumentando a probabilidade de desenvolvimento de linhagem.
Existem relatos de OSA apendicular em fraturas não tratada, em especial as que passaram por processos de atraso na consolidação ou não união óssea, osteomielite crônica e nos sítios prévios de fraturas associados a implantes metálicos ou enxerto cortical.
Sinais Clínicos
Cães com osteossarcoma (OSA) apendicular são comumente apresentados com claudicação aguda ou crônica e inchaço no membro afetado. O OSA causa após um certo período uma obstrução tecidual significativa, impedindo a drenagem linfática normal, levando a formação de um edema por obstrução linfática, facilmente visível devido ao inchaço do membro e pelo sinal de “Godet” positivo. Essa tumefação se localiza geralmente na extremidade distal do rádio e da ulna, assim como na extremidade proximal de fêmur, tíbia e úmero. A massa é, geralmente, firme e dolorosa à palpação, fazendo com que o animal muitas vezes não apoie o membro. O proprietário com freqüência relata alguma incidência de trauma associado com o início da claudicação. Os cães, na maioria das vezes, estão comendo e ingerindo água normalmente.
Aspectos Fisiopatológicos
O ostessarcoma (OSA) é um tumor mesenquimal maligno de células ósseas primitivas que histológicamente é composto de células mesenquimais anaplásicas que produzem osteóides. Subgrupos histológicos, baseados no tipo e quantidade de matriz e nas características celulares, incluem os osteoblásticos, condroblásticos, fibroblásticos, pobremente diferenciados, e telangiectásicos.
Meios e Métodos aplicados ao Diagnóstico
O diagnóstico do osteossarcoma (OSA) tem como base a história clínica, exame físico detalhado, exames radiográfico e citológico, sendo a confirmação, muitas vezes, feita por biópsia e exame histopatológico (LAMB, 1990). 
O exame radiográfico é o método mais utilizado para o diagnóstico de OSA apendicular canino, porém é apenas diagnóstico sugestivo. Tumores ósseos primários podem ter aparência radiográfica lítica ou mista. Os sinais mais sugestivos de neoplasia óssea incluem lise cortical em lesões que não ultrapassam o espaço articular. O aspecto radiográfico pode ser variável, porém lesões ósseas primárias tipicamente revelam proliferação óssea e lise cortical na região metafisária que podem ser severas o suficiente para promover áreas de descontinuidade do córtex. Em ossos longos, observa-se lesões osteolíticas que apresentam bordas irregulares ou onduladas com padrão de aspecto “comido por traça”, ou contorno ósseo alargado ao longo de toda a parte trabecular da epífise, estendendo-se até a metáfise ou diáfise.
Tratamento Cirúrgico
O primeiro tratamento para OSA apendicular em cães foi a amputação do membro afetado (BRODEY, 1976). Em sua maioria, os cães toleram a amputação de modo satisfatório, apresentando pouco ou nenhum decréscimo na atividade em geral, seguida à cirurgia. A principal vantagem da amputação do membro é que o procedimento proporciona a ressecção completa do tumor primário e consequentemente alívio da dor. A cirurgia raramente resulta em cura, e deve ser considerada tratamento paliativo, quando realizada isoladamente.
A amputação do membro anterior pode ser realizada por meio de remoção da escápula ou, como alternativa, o membro pode ser removido por ressecção do úmero distal. No membro posterior, a amputação por desarticulação da articulaçãocoxofemoral é mais utilizada. Depois da amputação, 70% a 90% dos cães desenvolvem metástase pulmonar com até um ano de cirurgia, sendo que 85% dos cães morrem de doença metástatica com sobrevida média de seis meses. Os 15% restantes são considerados “curados”.
Os animais com OSA do esqueleto apendicular têm sido tratados na atualidade, em nosso país, apenas com amputação do membro e terapia adjuvante, seja com quimioterapia ou com imunoterapia. Um grande número de proprietários se recusa a autorizar a amputação do membro afetado, impossibilitando, dessa maneira, que o profissional realize uma terapia mais adequada, o que, consequentemente, reduz as chances de proporcionar ao paciente maior sobrevida com melhor qualidade de vida. A técnica de preservação do membro foi desenvolvida para os casos especiais, em que o proprietário não permite a amputação do mesmo, ou para animais que, além de neoplasia óssea, apresentam alterações neurológicas ou outras afeções ortopédicas que impossibilitem a realização da amputação.
Originariamente, a técnica conservadora consiste na remoção apenas da área afetada pelo tumor, cujo tumor primário esteja afetando menos que 50% do osso ao exame radiográfico e livre de metástase ou doença, com boa margem de segurança, seguindo-se a fixação de um implante ósseo, com auxílio de uma placa de autocompressão e parafusos na qual o canal medular do implante pode ser preenchido com polimetil metacrilato, poliuretana de mamona, entre outros.
Prognóstico
Embora a raça e o sexo não sejam reconhecidos como importantes para o prognóstico, cães jovens com OSA parecem apresentar a doença biológicamente mais agressiva e um tempo de sobrevida mais curto. Quando localizados na porção proximal do úmero ou em animais com peso superior a 40Kg, parecem estar também associados a menor taxa de sobrevida.
O OSA apendicular, guando tem origem periosteal, é considerado de alto grau de malignidade, mais invasivo e potencialmente metástatico, diferindo em prognóstico daqueles com origem medular. A presença de metástase, detectada no momento do diagnóstico do ostessarcoma, é reconhecida como um fator de prognóstico pobre, sendo o tratamento menos efetivo em aumentar o tempo de sobrevida nestes casos. Níveis elevados de fosfatase alcalina, são também fatores de prognóstico negativo para cães com OSA. Animais com níveis elevados tem tempo de sobrevida mais curto em aproximadamente 50%, mesmo quando tratados agressivamente.
Linfoma
O linfoma é uma doença de elevada incidência na população canina mundial, o que certamente contribui para o fato de que é a neoplasia mais comumente tratada em cães. Os sinais clínicos do linfoma canino são variados e dependem da classificação anatômica e da extensão da doença. Sinais inespecíficos como hiporexia, perda de peso e vômito podem ocorrer, e relacionam-se com o subestágio “b” da Organização Mundial da Saúde (OMS). As anormalidades hematológicas encontradas são igualmente variadas. A anemia é a alteração hematológica mais comum nesses pacientes, sendo, na maioria das vezes, normocítica normocrômica.
Linfoma Epiteliotrópico
O linfoma epiteliotrópico é uma apresentação incomum, caracterizada pela infiltração de linfócitos T neoplásicos na epiderme e no epitélio folicular. As proliferações linfocíticas epiteliotrópicas são subclassificadas em: micose fungóide, síndrome de Sézary e reticulose pagetóide. A micose fungóide é um distúrbio de progressão lenta, que apresenta comumente despigmentação e ulceração mucocutâneas, juntamente com eritema, erosões, pústulas e lesões nodulares na mucosa oral.
Linfoma Mediastinal
A região mediastinal é caracterizada pela linfadenopatia com ou sem infiltração da medula óssea. A forma multicêntrica é a mais comum em cães, sendo responsável por mais de 80% de todos os linfomas nessa espécie. Os cães e gatos com linfoma mediastinal são geralmente examinados por apresentarem dispneia, tosse ou regurgitação de início recente. A poliúria e polidipsia são queixas comuns à apresentação de cães com linfoma mediastinal e hipercalcemia. Os sinais de trato respiratório e digestório são causados pelo aumento dos linfonodos mediastinais anteriores gerando compressão, embora a efusão pleural maligna possa contribuir para a gravidade dos sinais em trato respiratório. Ao exame físico, as normalidades estão geralmente confinadas à cavidade torácica e consistem em redução de sons bronquivesiculares, sons pulmonares normais deslocados para a região dorso-caudal da cavidade torácica, som maciço à percussão da cavidade torácica ventral e mediastino anterior não compressível. A síndrome de Horner une ou bilateral ocorre geralmente em gatos com linfoma mediastinal. Alguns cães com linfoma mediastinal possui um edema marcante de cabeça e pescoço, causado pela compressão dos linfonodos aumentados. 
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é baseado nos achados histológicos.
Existem vários tipos de protocolos de tratamento, dependendo do paciente mas principalmente do tipo celular podendo reduzir em 90% dos casos relacionados á células B e T, estes pacientes em 75% dos casos se encontram vivos um ano após o tratamento.
Adenocarcinoma Mamário
O tumor mamário é o tumor mais comum em cadelas não castradas, ou castradas após vários cios e idosas (média de idade 10 anos). Os hormônios estrógeno e progesterona estão ligados ao desenvolvimento dessa neoplasia, sendo que a castração até o terceiro cio previne a ocorrência desta doença. 
Aproximadamente 90% dos tumores são carcinomas, podendo ser descritos como: Sólido (lençóis de células densas), tubular (derivado de alvéolos), papilar (derivado de epitélio ductal e ocorrendo como ramificações papilares ou císticas), anaplásicos (muito pleomórficos e com ausência de padrão definido) (MORRIS, 2007). 
Sinais Clínicos
Os dois pares caudais das glândulas são os mais acometidos em cães, sendo que à palpação existem nódulos discretos ou massas dentro das glândulas, podendo ser ligados à pele ou a musculatura. Alguns carcinomas mamários agressivos podem apresentar aumento mamário difuso, edema e ulceração. 
Diagnóstico e Tratamento
O diagnostico pode ser feito no exame clínico e palpação, podendo ter ajuda de alguns exames complementares, como hemograma, radiografia e cintilografia (utilizada em casos de metástase), biópsia e aspiração com agulha fina. 
Seu tratamento pode ser cirúrgico, existindo algumas opções como: nodulectomia, mamectomia, mastectomia local e total. Pode ser realizada também a radioterapia e quimioterapia para estadiamento das células cancerígenas. 
Referências Bibliográficas
- DALECK, C.R.; NARDI, A.B.; RODASKI, S.; Oncologia em Cães e Gatos; Ed. Roca; São Paulo; 2008.
- MORRIS, J.; DOBSON, J.; Oncologia em Pequenos Animais; Ed. Roca; São Paulo; 2007.
- FERRI, R.C.; FRANÇA, R.K.N.; DALTRO, S.R.T.; SOUZA, G.P.O.; Characterization and diagnosis of clinical na pathological manifestations of epiteliotrophic lymphoma (mycosis fungoides) in dogs: report. 
-https://www.cancer.org/cancer/osteosarcoma/about/what-is-osteosarcoma.html Acessado dia 05/04/2017 às 18:34.

Outros materiais