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RESENHA SOCIOLOGIA da educação

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Universidade Federal de São Carlos
Campus São Carlos – SP
Curso de Pedagogia
Matutino
AMANDA CAMARINHO
GiOVanNA bRIOTTo ZilOTTI
1º. SEMESTRE
SOCIOLOGIA, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
.
Prof.ºAlan Victor Pimenta
SÃO CARLOS
2013
Universidade Federal de São Carlos
Campus São Carlos – SP
Curso de Pedagogia
AMANDA CAMARINHO
giovanna briotto zilotti
RESENHA DO TEXTO:
FERNANDES, Florestan; “A educação como problema social” e “A crise do
 ensino”; In: Educação e Sociedade no Brasil; SP: Dominus Editora: Ed. 		da USP, p. 100-122,1966. 
SÃO CARLOS
2013
Capitulo 4 – A educação como problema social 
O autor trata problema social como algo que é socialmente indesejável, coisa que ameaça o equilíbrio da sociedade, esse problema requer alguma forma de reconhecimento das condições e efeitos da vida social, que tem por base uma avaliação negativa de alguma situação. 
Esses problemas podem ser explicados a partir da herança cultural, ela tem o papel de regular a intensidade, forma e eficiência dos problemas sociais. A moderna civilização e o regime de classes sociais trouxeram uma nova concepção de direitos do homem, de inicio, todo homem deve estar preparado para colocar energias intelectuais em favor da coletividade, mas a ordem social democrática quer regular essas energias, querendo a distribuição equitativa de todas as condições e oportunidades essenciais para a conquista do poder. A ciência e a tecnologia elevaram o padrão de conforto e o nível de aspiração do homem, ambas querem um complexo tipo de ensino quando o assunto é educação, que se ajuste aos seus princípios, mas só funciona em uma sociedade que tende a ter uma civilização tecnológica e individual moderna. Ate mesmo os países mais ricos tem tido dificuldade nas limitações perante a educação, transformando em “dilemas educacionais” que são as inconsistências das escolas, e no sistema de ensino, apesar disso, alguns países tem tido atitudes reformistas e revolucionarias que tem como propósito integrar as instituições educacionais com o meio sócio-cultural. No Brasil, o homem que geralmente toma a frente dessas atitudes se abstém quando o assunto são problemas educacionais. Os educadores e cientistas sociais são uns dos únicos que vem demonstrando um interesse pela reconstrução educacional.
Vários são os exemplos para dizer como ainda é difícil para o conhecimento do senso comum a manipulação dos problemas educacionais. É de se estranhar a indiferença quando o assunto são os problemas “técnicos” educacionais, que deviam estar vinculados ao modo de organizar e aproveitar os recursos e fatores educacionais. Por enquanto só temos a visão de um sistema educacional com muitas deficiências, mas é alentador pensar na suposição de que no futuro, o interesse será maior na sensibilidade e na permanência das exigências educacionais de ordem social.
A palavra educador pode ter duas vertentes, uma de mestre-escola ou professor no geral e outra quanto ai teórico da educação e o reformador educacional, a especialização é que vai determinar qual rumo o educador ira seguir. Mas é de se pensar que não adianta ter varias esferas da teoria da educação e da reforma educacional, se não tiver quem as coloque em pratica (mestre-professor). No Brasil o professor é visto como uma formiga operária que não tem valor se não fizer a sua função rotineira, enquanto essa situação não mudar não será possível uma mudança na educação brasileira. 
Os teóricos da educação e os reformadores educacionais geralmente têm maior reconhecimento do que o mestre-escola, pois sua condição de letrado dá um maior prestigio entre os leigos, e os homens de ação, uma boa parte da contribuição deles possui caráter empírico, eles são levados a pensar em uma solução pratica para as exigências educacionais de outros povos, são responsáveis pela inovação cultural de um povo, a substituição de velhos conceitos por novos. 
A influência estrangeira gera grande polemica nos assuntos educacionais, pois é de se pensar que a educação nos países mais desenvolvidos é ótima, mas o Brasil não tem condições e recursos para transplantar pra cá essas “soluções pedagógicas”, sendo assim, dificilmente sairemos da situação em que estamos, precisamos estimular mudanças na produção pedagógica original, para podermos focar em modelos mais modernos. 
Os cientistas sociais dizem que, em que medida os problemas educacionais devem ser tratados como problemas sociais, para ter que ser resolvido com técnicas sociais apropriadas, e que a solução dos problemas educacionais brasileiros depende na maioria das vezes, da transformação da própria forma e do próprio sistema de ensino. 
Capitulo 5 – A crise do ensino. 
	O desenvolvimento natural da sociedade quase sempre corrige por si próprio os erros de uma ação publica. Os responsáveis pela crise no ensino brasileiro não são apenas os ministros, os deputados, os governantes, somos todos nos (inclusive o governo) responsável por essa crise, os professores e os pais de alunos, são os mais responsáveis, os professores por se acomodarem e não buscarem uma melhora no ensino, e os pais por que abrem mão do seu dever de fiscalizar os homens públicos e exigir direitos e soluções. 
	O Brasil por ser um país pobre não tem condições de enfrentar problemas por seu próprio crescimento demográfico e econômico, contudo é evidente que essas condições tendem a ser sanadas ou alteradas, mas só serão, quando elas puserem em risco o desenvolvimento da nação. Os problemas que afetam os serem humanos tendem a ser resolvidos por eles mesmos, mas socialmente, a individualidade não ajuda muito nesse momento. É preciso querer mudar individualmente, mas em escala social. 
	Não existe o “mau aluno” se não tiver um “mau ensino”, não pode supor que esse aluno se tornou assim sozinho, ele existe, mas pressupõe que se exista todo um “mau” sistema de educação, o sistema se tornou dessa forma pois não consegue corresponder as condições atuais, por não formar o homem para o ambiente em que vivemos. 
	Não se pode pensar em mudança no ensino brasileiro intervindo exclusivamente em setores particulares. Pensando dessa forma não existe um “mau aluno”, pois é uma consequência da péssima condição do ensino atual, para melhorar a valorização social da educação, deve-se melhorar a valorização social do professor. Mas também cabe ao professor reeducar-se como condição para aperfeiçoar-se e se por acima dos problemas. 
	A análise do texto permitiu inferir que ele é de grande importância para a formação de qualquer pessoa que passara por uma licenciatura, pois da uma base de como ainda é precário o sistema educacional atual, de como deve agir um professor que não esta contente com as precariedades do ensino, que não existe um “mau aluno” e sim todo um “mau sistema” que acarreta muitos problemas. Não podemos modificar nada isoladamente, individualmente e sim, pensando coletivamente. É interessante pensar que o professor não deve se acomodar ao problema, ou deixar o seu trabalho virar “rotineiro”, estabilizar, aceitar sem refletir sobre, pois ele é um dos causadores da péssima educação atual. 
	Florestan Fernandes nasceu dia 22/07/1920 e morreu dia 10/08/1995 em São Paulo, sociólogo e político, foi considerado o fundador da sociologia critica no Brasil, começou a trabalhar muito cedo, ainda criança, aos seis anos de idade. Em conseqüência disso não concluiu o curso primário, formando-se mais tarde no Curso de Madureza, uma espécie de supletivo. Em 1941, ingressou na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, graduando-se mais tarde, em Ciências Sociais. Possui mais de 50 obras publicadas, dentre elas podemos citar:
- A Organização Social dos Tupinambás (1949) 
- A Função Social da Guerra na Sociedade Tupinambá (1952) 
- Método de Interpretação Funcionalista na Sociologia (1953)
Pode-se dizer que o que Florestanfez foi transformar a maneira de se realizar a investigação sociológica.
Referencia bibliográfica: 
- http://www.infoescola.com/sociologia/florestan-fernandes

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