Buscar

CLT 75 anos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

CLT, 75 anos: aspectos polêmicos em torno da sua origem e de seu futuro
Em 1° de Maio de 1943, foi criada a CLT pelo Decreto-Lei nº 5.452, e sancionada pelo Presidente Getúlio Vargas, durante o período do Estado Novo, período no qual o Brasil passava por um regime ditatorial, porém muito positivo para a economia e direitos dos trabalhadores.
A Consolidação foi um marco por inserir de forma definitiva os direitos trabalhistas na legislação brasileira, tendo como principal objetivo regular as relações individuais e coletivas do trabalho nela previstas, que naquela época eram precárias e indicando aspectos positivos para a sociedade e futuro das relações trabalhistas. Surgindo como uma necessidade constitucional, após a criação da Justiça do Trabalho, criada dois anos antes, em 1941, mesmo data da CLT.
Tendo como inspiração no modelo da Carta Del Lavoro, escrita em 1927, na Itália facista, pelo ditador italiano Benito Mussolini, porém também é importante frisar que existiram outras fontes brasileiras usadas para a criação da CLT. 
A intensão inicial era criar a CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TARBALHO E DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, proposta por Getúlio e o ministro do trabalho Alexandre Marcondes Filho, em Janeiro de 1942. Porém, após a primeira reunião com os convidados para fazer parte da empreitada, os juristas José de Segadas Viana, Oscar Saraiva, Luís Augusto Rego Monteiro, Dorval Lacerda Marcondes e Arnaldo Lopes Süssekind ficou decidido que seriam criadas duas consolidações diferentes: a do Trabalho e da Previdência Social.
Neste ano de 2018, a CLT completa 75 anos e vem se adequando e se modernizando com a realidade da sociedade contemporânea e as novas formas de trabalho e emprego que são cada vez mais frequentes. Atualmente existe a chamada Reforma Trabalhista regulada pela lei n°13.467,de Julho de 2017, que altera mais de 100 pontos da CLT vigente até hoje. A nova Reforma Trabalhista tem como um de seus principais objetivos a serem alcançados a diminuição da demanda de processos na Justiça do Trabalho. Tem como um de seus pontos polêmicos a sua própria constitucionalidade que vem sendo muito discutido pelo poder judiciário. Mas para alguns a reforma trabalhista veio para possibilitar uma flexibilização das relações entre empregado e empregador permitindo que tenham mais liberdade, podendo negociar clausulas e condições do contrato de trabalho, adequando cada parte ao seu papel para que realmente possa se cumprir, sem haver prejuízo, sendo assim prevalecendo a autonomia de vontades. É sabido que o Brasil vive atualmente uma crise econômica e política horrenda, na qual afetou a maioria da população e causou muitas demissões. Sendo assim, a reforma possibilita uma adequação entre empregado e trabalhador, pois a contratação fica negociável ao que a empresa pode pagar, sendo vantajosa para ambos, gerando melhorias no quadro econômico do país. Também há um forte debate em relação aos direitos do trabalhador que se acredita que não foram respeitados, pois como já foi dito é permitido a maleabilidade do contrato de trabalho o que julga ser prejudicial ao trabalhador. Tal negociação encontra limites objetivos na própria lei, com intuito de proteger os direitos adquiridos todos esses anos. Há muitos debates em relação a nova reforma de forma divergente entre os estudiosos do direito, como também restam muitas dúvidas aos trabalhadores, principalmente porque sua maioria é semianalfabeto não tendo disposição sobre as informações necessárias sobre o assunto. Ao adentrar no âmbito jurídico, os operadores do direito apontam pontos positivos a nova reforma, como a mudança para o prazo de recorrer uma ação, art. 775 da CLT que antes eram em dias corridos, e agora serão contados em dias úteis dando um lapso temporal maior para que o advogado possa se preparar melhor. Outro aspecto polêmico é a não obrigatoriedade da contribuição sindical, tendo como principal consequência, o enfraquecimento dos sindicatos na atuação dos interesses de sua categoria. Apesar de restarem duvida quanto ao seu futuro é evidente que os direitos sociais e trabalhistas continuam garantidos. E que sua mudança está sendo vivenciada dia a dia nas relações entre trabalhador, empregador e pelo judiciário por meio das ações na justiça do trabalho, que são constantes e demasiadamente numerosas, que podendo ser evitadas com a reforma trabalhista possibilitando lapidar as relações de trabalho e a própria justiça do trabalho

Outros materiais