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servico social em foco

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REITOR DA UNIASSELVI
Prof. Ozinil Martins de Souza
PRÓ-REITOR DE ENSINO DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA
Prof. Mário Jungbeck
PRÓ-REITOR OPERACIONAL DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA
Prof. Hermínio Kloch
EDITOR DA EDITORA UNIASSELVI | Evandro André de Souza
SECRETÁRIO | André Eduardo Konell
CONSELHO EDITORIAL DA EDITORA UNIASSELVI
Antônio José Muller, Caroline Hadlich, Cátia Rosane Lange, Deivi Eduardo Oliari, Nader 
Ghoddosi, Norberto Siegel e Ozinil Martins de Souza
ORGANIZAÇÃO | Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
CAPA | Cléo Schirmann
CONCEPÇÃO DAS FIGURAS | Cléo Schirmann e Maitê Karly Roeder
PROJETO GRÁFICO | Cléo Schirmann e Maitê Karly Roeder
REVISÃO ORTOGRAMATICAL | Harry Wiese, Marcelo Bucci e Nélson Dellagiustina
REVISÃO DE CONTEÚDO | Andréia Zanluca, Denise da Silva Vieira, Joelma Bonetti, Juliana 
Maria Lazzarini, Marines Selau Lopes e Silvana Braz Wegrzynovski
SERVIÇO SOCIAL
EM FOCO
Editora
Centro Universitário 
Leonardo Da Vinci
Rod. BR-470 Km 71, nº 1.040, bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89130-000 - Indaial - SC
Fone/fax: 47 3281-9000 | 3281-9090
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
Grupo UNIASSELVI – Indaial.
361.3
P612s Pieritz, Vera Lúcia Hoffmann
Serviço social em foco / Vera Lúcia Hoffmann Pieritz (Org.); Andreia Zanluca; Denise da Silva 
Vieira... [et al.]. Indaial : Uniasselvi, 2013.
121 p. : il. Col. 
 
 ISBN 978-85-7830-744-8
 1.Serviço social – Estudo e ensino.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Copyright © Editora UNIASSELVI 2013. Todos os direitos reservados.
3SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
PREFÁCIO
SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
O cenário histórico-conjuntural atual da sociedade brasileira 
e suas incidências sob as diversas expressões da questão social 
demandam que os profi ssionais estejam focados e atualizados 
no seu fazer profi ssional. Por conseguinte, o acompanhamento 
do desenvolvimento da sociedade brasileira, principalmente no 
que tange à realidade social e cotidiana, da práxis profi ssional do 
assistente social, demonstra-nos que os profi ssionais de Serviço 
Social necessitam estar constantemente atentos e vigilantes a toda e 
qualquer transformação da realidade social.
Neste sentido, os assistentes sociais necessitam estar em 
formação contínua, buscando o aprimoramento e reestruturação 
profi ssional diante das transformações do mercado e do trabalho.
Para isto, esta obra “O Serviço Social em Foco”, visa 
apresentar aspectos que estão nas pautas da práxis profi ssional, 
principalmente no que tange à “Política Nacional de Assistência 
Social”, discutindo aspectos correlacionados aos níveis de proteção, 
gestão e conselhos no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), 
a Norma Operacional Básica (NOB/SUAS), além da Tipifi cação 
Nacional dos Serviços Socioassistenciais, o Plano Brasil sem 
Miséria, o Benefício da Prestação Continuada (BPC) e as defi nições 
de Termologias utilizadas na Política de Assistência Social.
Outro aspecto de fundamental importância para o fazer 
profi ssional do assistente social está contido nas “Práticas 
Profi ssionais do Serviço Social no âmbito das Políticas Públicas 
e Sociais do Brasil”, em que procurou-se trazer temas pontuais que 
estão em auge da realidade social brasileira, que são: a inserção do 
Serviço Social na Previdência Social, a PEC 72 dos trabalhadores 
domésticos, o auxílio reclusão, além do Serviço social no Judiciário, 
com o papel da assistência social na Lei da adoção, a Política de 
Educação Especial no Brasil, a Política Social da Habitação, com o 
papel do Assistente Social na organização da comunidade, a questão 
da mediação na intervenção profi ssional e o Controle Social.
Além disso, prezado leitor, outra questão que não poderia 
faltar, é uma discussão relativa às “Legislações de Intervenção 
Copyright © Editora UNIASSELVI 2013. Todos os direitos reservados.
4 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
do Serviço Social”, como o Código de Ética profi ssional, a Lei 
das 30 horas para assistentes sociais, a Lei Maria da Penha, a Lei 
de regulamentação da profi ssão, principalmente no que tange às 
atribuições profi ssionais e o sigilo profi ssional, além de abordarmos 
aspectos relativos às medidas socioeducativas que estão expostos 
no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Também não poderíamos esquecer-nos de abordar alguns 
temas pertinentes à “Realidade Social Contemporânea”, tais como 
as novas confi gurações familiares, os casamentos homoafetivos, 
além da questão da alienação parental e a maioridade penal.
Deste modo, caro leitor, nota-se que o profi ssional do serviço 
social é indispensável em qualquer organização, seja ela uma escola, 
um órgão público, uma empresa, uma entidade sem fi ns lucrativos, 
enfi m, em todo lugar onde se estabelecem relações sociais se 
faz necessária a presença e a atuação de assistentes sociais e 
outros profi ssionais necessários para o desenvolvimento da práxis 
profi ssional. 
Lembre-se, que estes profi ssionais necessitam estar em 
constante capacitação, para assim apropriar-se de conhecimentos 
e habilidades profi ssionais que lhes permitam intervir na realidade 
social.
Vale lembrar que esta obra foi desenvolvida e organizada pela 
equipe de professores e tutores, além da Coordenadora e integrantes 
do NDE e Colegiado do Curso de Bacharelado em Serviço Social 
da UNIASSELVI, pois o mesmo refl ete a práxis profi ssional de toda 
equipe de Assistentes Sociais vinculada à esta Instituição de Ensino 
Superior (IES).
 
PROFª VERA LÚCIA HOFFMANN PIERITZ
CRESS Nº 4016 DA 12ª REGIÃO
COORDENADORA DO CURSO DE BACHARELADO EM 
SERVIÇO SOCIAL
UNIASSELVI - NEAD
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5SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
SUMÁRIO
POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ............................................. 1
1 SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS ..................................... 1
1.1 TIPOS E NÍVEIS DE GESTÃO DO SUAS ....................................................... 3
1.2 ASSISTÊNCIA SOCIAL E AS PROTEÇÕES AFIANÇADAS: ........................... 5
1.3 CONSELHOS ................................................................................................... 6
2 NORMA OPERACIONAL BÁSICA NOB/SUAS ............................................... 11
2.1 CARÁTER DA NORMA OPERACIONAL BÁSICA DO SUAS ........................ 11
2.2 NORMA OPERACIONAL BÁSICA DE RECURSOS HUMANOS DO 
 SUAS NOB-RH/SUAS .................................................................................... 12
3 TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS .............. 20
4 O PLANO BRASIL SEM MISÉRIA ................................................................... 23
4.1 O CADASTRO ÚNICO E O PÚBLICO-ALVO DO PLANO 
 NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS ................................................................ 25
5 BENEFÍCIO DA PRESTAÇÃO CONTINUADA – BPC ..................................... 29
6 DEFINIÇÃO DE TERMOLOGIAS UTILIZADAS NA POLÍTICA 
 DE ASSISTÊNCIA SOCIAL .............................................................................. 30
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 40
POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIAIS DO BRASIL E A PRÁTICA 
PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL ............................................................. 41
1 O SERVIÇO SOCIAL NA PREVIDÊNCIA SOCIAL .......................................... 41
1.1 DO AUXÍLIO-RECLUSÃO .............................................................................. 43
1.2 A PEC 72: TRABALHADORES DOMÉSTICOS (EMENDA 
 CONSTITUCIONAL 72/2013) ......................................................................... 50
2 O SERVIÇO SOCIAL NO JUDICIÁRIO: ADOÇÃO ..........................................54
2.1 CADASTROS ................................................................................................. 60
3 POLÍTICA E EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL ......................................... 62
4 POLÍTICAS SOCIAIS DA HABITAÇÃO ........................................................... 67
4.1 COMUNIDADE ............................................................................................... 68
5 MEDIAÇÃO: A INTERVENÇÃO PROFISSIONAL ........................................... 69
6 CONTROLE SOCIAL NO SUAS ...................................................................... 74
6.1 O CONTROLE SOCIAL COMO UM DOS EIXOS NO SUAS ......................... 75
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 81
LEGISLAÇÃO DE INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL ............................... 83
1 CÓDIGO DE ÉTICA DOS ASSISTENTES SOCIAIS ........................................ 83
2 A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE ASSISTENTE SOCIAL ........... 85
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6 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
3 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA ............................... 86
4 LEI DAS 30 HORAS PARA ASSISTENTES SOCIAIS ..................................... 89
5 LEI MARIA DA PENHA ..................................................................................... 93
5.1 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA MULHER E A LEI MARIA 
 DA PENHA ...................................................................................................... 93
5.2 TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER ................................................... 98
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 102
REALIDADE SOCIAL CONTEMPORÂNEA ...................................................... 103
1 FAMÍLIA .......................................................................................................... 103
2 NOVAS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES .................................................... 108
3 CASAMENTO HOMOAFETIVO ...................................................................... 111
4 ALIENAÇÃO PARENTAL ............................................................................... 113
5 MAIORIDADE PENAL .................................................................................... 115
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 120
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1SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
EMENTA
O Sistema Único de Assistência Social (os níveis de proteção, 
gestão e conselhos). A NOB / SUAS – NOB/RH/wO Plano Brasil sem 
Miséria. O Benefício da Prestação Continuada – BPC. Defi nição de 
Termologias utilizadas na Política de Assistência Social.
1 SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS 
Por: Denise da Silva Vieira
FIGURA 1 – SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA 
SOCIAL – SUAS
FONTE: Disponível em: <http://www.mds.gov.br>. 
Acesso em: 8 maio 2013.
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2 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
Caro(a) acadêmico(a)! Você já ouviu falar sobre SUAS? 
Esperamos que sim.
Agora vamos nos lembrar de alguns detalhes importantes.
Vejamos:
Conforme Brasil (2005a), a IV Conferência Nacional de 
Assistência Social foi realizada em dezembro 2003, em Brasília/
DF, que apontou como principal deliberação a construção e 
implementação do SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
– SUAS, que é requisito essencial da Lei Orgânica de Assistência 
Social – LOAS – para dar efetividade à assistência social como 
política pública.
Mas, então o que é o SUAS?
No que tange ao SUAS, devemos compreender que:
O SUAS é um sistema público não contributivo, descentralizado 
e participativo que tem por FUNÇÃO a gestão do conteúdo 
específi co da assistência social no campo da proteção brasileira. 
(BRASIL, 2005a, p. 86 – grifos nossos).
E qual é o seu objetivo?
O OBJETIVO do SUAS, conforme BRASIL (2005a), é 
assegurar a concretude dos preceitos da LOAS e integrar o governo 
federal com os estaduais e municipais em uma ação pública comum 
de garantia de direitos.
Compreenderam?
Esperamos que sim.
Continuando nossos estudos, agora vamos compreender um 
pouco mais sobre os tipos e níveis de gestão do SUAS.
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3SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
1.1 TIPOS E NÍVEIS DE GESTÃO DO SUAS
Agora, prezado(a) acadêmico(a), vamos conhecer em detalhes 
os tipos e níveis de GESTÃO do SUAS.
O SUAS comporta quatro tipos de gestão:
Conforme BRASIL (2005a), a Gestão dos Municípios pode ser 
compreendida em inicial, básica e plena.
Vejamos cada uma delas:
INICIAL: Aos municípios que não se habilitam na gestão plena e 
básica. 
BÁSICA: Nível em que o município assume a proteção básica.
PLENA: Nível em que o município tem a gestão total das ações 
de assistência social, assumindo a responsabilidade de organizar 
a proteção social básica e especial em seu município.
Município de Pequeno Porte I: Mínimo 1 CRAS, para até 2.500 
famílias referenciadas.
Município de Pequeno Porte II: Mínimo 1 CRAS, para até 3.500 
famílias referenciadas.
Município de Médio Porte: Mínimo 2 CRAS, cada um para até 
5.000 famílias referenciadas.
Município de Grande Porte: Mínimo 4 CRAS, cada um para até 
5.000 famílias referenciadas.
Metrópoles: Mínimo 8 CRAS, cada um para até 5.000 famílias 
referenciadas.
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4 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
OBS.: CRAS – Centro de referência de assistência social.
Instrumentos de Gestão: são ferramentas de planejamento 
técnico e fi nanceiro da política e do SUAS, nas três esferas de 
governo, tendo como parâmetro o diagnóstico social e os eixos 
de proteção social, básica e especial, sendo eles: plano de 
assistência social, orçamento, monitoramento, avaliação e gestão 
da informação, relatório anual de gestão.
Instâncias de Articulação, Pactuação e Deliberação: 
Articulação: são espaços de participação aberta, constituídos por 
organizações governamentais e não governamentais. 
Pactuação: são negociações estabelecidas com a anuência das 
esferas de governo envolvidas, no que tange à operacionalização 
da política não pressupondo processo de votação nem tão pouco de 
deliberação. As instâncias de negociação e pactuação da assistencia 
social são as CIB e CIT.
CIB: Comissão Intergestoras Bipartite: representantes do 
estado e dos municípios, são instâncias com particularidades 
diferenciadas e não substituem o papel do gestor.
CIT: Comissão Intergestores Tripartite: é um espaço de 
articulação entre os gestores federal, estaduais e municipais, 
pactuam estratégias para implementação e operacionalização do 
SUAS. 
Deliberação: apenas os conselhos podem deliberar, são eles: 
Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS; Conselhos 
Estadual de Assistência Social – CEAS; Conselho de Assistência 
Social do Distrito Federal – CAS/DF; Conselho Municipal de 
Assistência Social – CMAS e conferências de assistência social. 
FONTE: BRASIL (2005a)
Entenderam? Esperamos que sim.
Continuando, iremos ver agora a questão da Assistência 
Social e as proteções afi ançadas.
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5SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
1.2 ASSISTÊNCIA SOCIAL E AS PROTEÇÕES AFIANÇADAS:
Prezado(a) acadêmico(a)! Veja os conceitos de Proteção 
Social Básica, Proteção Social Especial e Proteção Social de Média 
Complexidade e Alta, que são importantíssimos para a sua atuação 
profi ssional, vejamos: 
Proteção Social BÁSICA: tem como objetivos prevenir 
situaçõesde risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e 
aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comúnitários. 
(BRASIL, 2005a, p. 33).
Serviços de proteção básica serão executados de forma direta 
nos Centros de Referência da Assistência Social – CRAS, que é 
responsável pelo programa de atenção integral às famílias – PAIF.
Proteção Social ESPECIAL: é a modalidade de atendimento 
assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram em 
situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, 
maus tratos físicos e, ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias 
psicoativas, cumprimentos de medidas socioeducativas, situação de 
rua, situação de trabalho infantil, entre outras. (BRASIL, 2005a, p. 
37).
Proteção Social de MÉDIA COMPLEXIDADE: aquela que 
oferece atendimentos às famílias e indivíduos com seus direitos 
violados, mas cujos vínculos familiares e comunitário não foram 
rompidos. (BRASIL, 2005a, p. 38).
 
Ex.: serviço de orientação e apoio familiar; plantão social; 
abordagem de rua; cuidado no domicílio, serviços de habilitação e 
reabilitação na comunidade das pessoas com defi ciência; medidas 
socioeducativas em meio aberto.
Proteção Social Especial de ALTA COMPLEXIDADE: é 
aquela que garante proteção integral – moradia, alimentação, 
higienização e trabalho protegido para famílias e indivíduos que 
se encontram sem referências e, ou, em situação de ameaça, 
necessistando ser retirado de seu núcleo famíliar e, ou, comunitário. 
(BRASIL, 2005a, p. 38). 
 
Ex.: atendimento integral institucional; casa lar; república; casa 
de passagem; albergue; família substituta; família acolhedora; medidas 
socioeducativas restritivas e privativas de liberdade (semiliberdade, 
Copyright © Editora UNIASSELVI 2013. Todos os direitos reservados.
6 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
internação provisória e sentenciada), trabalho protegido.
Para compreendermos melhor, vejamos o esquema a seguir:
Esperamos que você tenha percebido as diferenças entre estes 
tipos de proteção.
Vejamos agora alguns detalhes importantes relativos aos 
conselhos na política de assistência social.
1.3 CONSELHOS 
Caro(a) acadêmico(a)! Vamos conhecer o PAPEL dos 
conselhos na política de assistência social. 
Então, vejamos:
O CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
– CNAS foi instituído pela Lei Orgânica da Assistência Social – 
LOAS (Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993), como órgão 
superior de deliberação colegiada, vinculada à estrutura do 
órgão da Administração Pública Federal, que é responsável pela 
coordenação da Política Nacional de Assistência Social (que 
atualmente, é o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à 
Fome), cujos membros, nomeados pelo Presidente da República, 
têm mandato de dois anos, permitida uma única recondução por 
igual período.
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7SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
O CNAS é composto por 18 (dezoito) membros e respectivos 
suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração 
Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional 
de Assistência Social, de acordo com os critérios seguintes:
I - 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 (um) 
representante dos estados e 1 (um) dos municípios. 
II - 9 (nove) representantes da sociedade civil, entre representantes 
dos usuários ou de organizações de usuários, das entidades e 
organizações de assistência social e dos trabalhadores do setor, 
escolhidos em foro próprio sob a fi scalização do Ministério Público 
Federal.
As principais COMPETÊNCIAS do Conselho Nacional de 
Assistência Social - CNAS são: 
• aprovar a Política Nacional de Assistência Social; 
• normatizar as ações e regular a prestação de serviços de 
natureza pública e privada no campo da assistência social; 
• zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo 
de assistência social; 
• convocar ordinariamente a Conferência Nacional de Assistência 
Social; 
• apreciar e aprovar a proposta orçamentária da Assistência 
Social a ser encaminhada pelo órgão da Administração Pública 
Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de 
Assistência Social; 
• divulgar, no Diário Ofi cial da União, todas as suas decisões, 
bem como as contas do Fundo Nacional de Assistência Social 
(FNAS) e os respectivos pareceres emitidos.
FONTE: Disponível em: <http://www.mds.gov.br/cnas/sobre-o-cnas/quem-
somos-e-como-funcionamos/>. Acesso em: 10 maio 2013.
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8 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
Caro(a) acadêmico(a)! Agora vamos relembrar alguns tópicos 
importantes para o estudo:
FONTE: Disponível em: <http://www.crasmeninojesus-saogabriel-rs.blogs-
pot.com>. Acesso em: 11 maio 2013.
Assistência Social
Saúde
Previdência Social
Não Contributa
Não Contributa
Contributiva
FIGURA 2 – CRAS
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9SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
PROTEÇÃO SOCIAL: consiste no conjunto de ações, cuidados, 
atenções, benefícios e auxílios ofertados pelo SUAS. (BRASIL, 
2005a, p. 40). 
PRINCÍPIOS: a matricidade sociofamiliar; territorialização; a proteção 
proativa; integração à seguridade social; fi nanciamento; controle 
social; desafi o da participação popular/cidadão usuário; política de 
recursos humanos; informação, o monitoramento e a avaliação. 
(BRASIL, 2005a, p. 39). 
GARANTIAS: a segurança de acolhida; a segurança social de renda; 
a segurança do convívio ou vivência familiar, comunitária e social; 
a segurança do desenvolvimento da autonomia individual, familiar 
e social; a segurança de sobrevivência a riscos circunstanciais. 
(BRASIL, 2005a, p. 40). 
VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL: consiste no desenvolvimento 
da capacidade e de meios de gestão assumidos pelo órgão público 
gestor da assistência social para conhecer a presença das formas 
de vulnerabilidade social da população e do território pelo qual é 
responsável. (BRASIL, 2005a, p. 39). 
REDE SOCIOASSISTENCIAL: é um conjunto integrado de ações de 
iniciativa pública e da sociedade, que ofertam e operam benefícios, 
serviços, programas e projetos, o que supõe a articulação entre todas 
estas unidades de provisão de proteção social, sob a hierarquia 
básica e especial e ainda por níveis de complexidade. (BRASIL, 
CRAS: Centro de referência 
da Assistência Social.
CREAS: Centro de 
referência especializado 
da assistência social.
PAIF: É um trabalho de caratér continuado que 
visa a fortalecer a função de proteção das famílias, 
prevenindo a ruptura de laços, promovendo o 
acesso e usufruto de direitos e contribuindo para 
a melhoria da qualidade de vida.
Copyright © Editora UNIASSELVI 2013. Todos os direitos reservados.
10 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
2005a, p. 38). 
 
BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – BPC E EVENTUAIS 
(NATALIDADE E FUNERAL) = proteção básica, os benefícios, BPC, 
como os eventuais, integram a proteção social básica e devem ser 
articulados aos demais programas e serviços ofertados pelas três 
esferas de governo dentro do SUAS. 
O FUNDO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL criado pela LOAS 
e regulamentado pelo decreto nº 1.605/95, tem o objetivo de fi nanciar 
o BPC e apoiar serviços, programas e projetos da assistência social.
Compreenderam um pouco mais?
Esperamos que sim.
Para concluir este assunto indicamos como sugestão para leitura 
a obra: 
FIGURA 3 – O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA 
SOCIAL NO BRASIL SUAS: UMA 
REALIDADE EM MOVIMENTO
FONTE: Disponível em: <http://www.cortezeditora.
com.br>. Acesso em: 11 maio 2013.
Copyright © Editora UNIASSELVI 2013. Todos os direitos reservados.
11SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
2 NORMA OPERACIONAL BÁSICA NOB/SUAS
Por: Denise da Silva Vieira
FIGURA 4 – NORMA OPERACIONALBÁSICA NOB/
SUAS
FONTE: Disponível em: <http://www.mds.gov.br>. 
Acesso em: 13 maio 2013.
Caro(a) acadêmico(a)! Você já ouviu falar sobre NOB/SUAS E 
NOB/RH? 
Agora vamos lembrar alguns detalhes importantes.
Vejamos:
2.1 CARÁTER DA NORMA OPERACIONAL BÁSICA DO SUAS
A Norma Operacional Básica – NOB/SUAS disciplina a gestão 
pública da política de assistência no território brasileiro, exercida no 
módulo sistêmico pelos entes federativos, em consonância com a 
Constituição da República de 1988, a Lei Orgânica da Assistência 
Social – LOAS e as legislações complementares a ela aplicáveis. 
(BRASIL, 2005b, p. 85).
Seu conteúdo estabelece: caráter do SUAS; funções da política 
de assistência social para extensão da proteção social brasileira; 
Copyright © Editora UNIASSELVI 2013. Todos os direitos reservados.
12 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
níveis de gestão do SUAS; instâncias de articulação, pactuação e 
deliberação que compõem o processo democrático de gestão do 
SUAS; fi nanciamento; regras de transição.
O pacto federativo, que sustenta o conteúdo do SUAS e de sua 
regulação por meio da NOB/SUAS: o conhecimento da realidade 
municipal, do Distrito Federal, estadual e nacional, quanto à presença 
e à prevenção de riscos e vulnerabilidade sociais da população; 
a distância entre a demanda de proteção social em face da rede 
socioassistencial existente e entre esta e aquela que se busca 
alcançar com a implementação do SUAS; construção gradual de 
metas nos planos municipais, do Distrito Federal, estaduais e federal; 
o trato igualitário e equitativo dos municípios, dos estados e regiões 
nacionais e das microrregiões dos estados; a defesa dos direitos 
socioassistenciais; padrão de fi nanciamento e o controle social.
A NOB/SUAS: é fundada em pacto entre os entes federativos, o 
que assegura a unidade de concepção e de âmbito da política de 
assitência social em todo território nacional, sob o paradigma dos 
direitos à proteção social pública de seguridade social e à defesa da 
cidadania do usuário. 
2.2 NORMA OPERACIONAL BÁSICA DE RECURSOS 
HUMANOS DO SUAS NOB-RH/SUAS
Caro(a) acâdemico(a) vejamos agora o conteúdo da NOB/RH, 
conforme nos mostra BRASIL (2006).
A partir do DIAGNÓSTICO realizado na pesquisa, no item 
Gestão de Pessoas na área da Assistência Social em todo o 
Brasil, a “V Conferência” deliberou algumas metas que embasam 
esta NOB-RH/SUAS. 
Neste sentido, depois de um amplo processo de discussão, 
aprimoramento e contribuições, surgiu a Norma Operacional 
Básica – NOB/RH-SUAS.
E, de que trata esta tal de NOB/RH-SUAS?
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13SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
Vejamos:
Vamos conhecer a EQUIPE DE REFERÊNCIA que preconiza 
a NOB/RH/SUAS.
As equipes de referência são aquelas constituídas por 
servidores efetivos responsáveis pela organização e oferta de 
serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica 
e especial, levando-se em consideração o número de famílias e 
indivíduos referenciados, o tipo de atendimento e as aquisições que 
devem ser garantidas aos usuários.
Então, de que trata a proteção social Básica?
A PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA, nada mais é do que 
a composição de uma equipe de referência dos Centros de 
Referência da Assistência Social – CRAS para a prestação de 
serviços e execução das ações no âmbito da Proteção Social Básica 
nos municípios.
FIGURA 5 – CRAS
FONTE: Disponível em: <http://crasjg.blogspot.com/2012/07/
projeto-siga-bem-caminhoneiro-do-sbt.html>. Acesso em: 13 
maio 2013.
Vejamos agora alguns detalhes específi cos dos CRAS:
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14 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
QUADRO 1 – CENTRO DE REFERÊNCIA SOCIAL - CRAS
CENTRO DE REFERÊNCIA SOCIAL – CRAS
Pequeno Porte I Pequeno Porte II Médio, Grande, Metrópole e DF
Até 2.500 famílias 
referenciadas
Até 3.500 famílias 
referenciadas
A cada 5.000 
famílias 
referenciadas
2 técnicos de nível 
superior, sendo
1 profi ssional 
assistente social e o
outro 
preferencialmente 
psicólogo.
3 técnicos de nível 
superior, sendo
2 profi ssionais assistentes 
sociais
e preferencialmente 
1psicólogo.
4 técnicos de nível 
superior, sendo
2 profi ssionais 
assistentes sociais,
1 psicólogo e um 
profi ssional que 
compõe o SUAS.
2 técnicos de nível 
médio. 3 técnicos nível médio.
4 técnicos de nível 
médio.
FONTE: BRASIL (2006, p. 15)
Deste modo, conforme BRASIL (2006), as equipes de 
referência para os Centros de Referência da Assistência Social 
– CRAS devem contar sempre com um coordenador, devendo o 
mesmo, independentemente do porte do município, ter o seguinte 
perfi l profi ssional: ser um técnico de nível superior, concursado, 
com experiência em trabalhos comunitários e gestão de programas, 
projetos, serviços e benefícios socioassistenciais.
Ok, compreenderam?
Agora iremos ver quais são as características da Proteção 
Social Especial.
A PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL, é composta de uma equipe 
de referência para a prestação de serviços e execução das ações no 
âmbito da Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade.
De Média Complexidade:
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social 
– CREAS – é uma unidade pública que se constitui como polo de 
referência, coordenador e articulador da proteção social especial de 
média complexidade.
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15SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
FIGURA 6 – CREAS
FONTE: Disponível em: <http://creas.tamboril.zip.net/>. 
Acesso em: 13 maio 2013.
Vejamos agora alguns detalhes específi cos relativos a esta 
questão:
QUADRO 2 – DETALHES ESPECÍFICOS
Municípios em Gestão Inicial e 
Básica
Municípios em Gestão Plena e 
Estados com Serviços Regionais
Capacidade de atendimento de 
50 pessoas/indivíduos
Capacidade de atendimento de 80 
pessoas/indivíduos
1 coordenador 1 coordenador;
1 assistente social;
1 psicólogo;
1 advogado;
2 profi ssionais de nível superior 
ou médio (abordagem dos 
usuários);
1 auxiliar administrativo.
1 coordenador 1 coordenador;
2 assistentes sociais;
2 psicólogos;
1 advogado;
4 profi ssionais de nível superior ou 
médio (abordagem dos usuários);
2 auxiliar administrativo.
FONTE: BRASIL (2006, p. 16) 
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16 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
De Alta Complexidade:
1 Atendimento em pequenos grupos (abrigo institucional, casa-lar 
e casa de passagem). Equipe de referência para atendimento direto:
QUADRO 3 – EQUIPE DE ATENDIMENTO EM PEQUENOS GRUPOS
PROFISSIONAL / 
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE QUANTIDADE
Coordenador Nível superior ou médio
1 profi ssional referenciado para até 20 
usuários acolhidos em, no máximo, 2 
equipamentos.
Cuidador
Nível médio e 
qualifi cação 
específi ca
1 profi ssional para até 10 usuários, por 
turno.
A quantidade de cuidador por usuário 
deverá ser aumentada quando houver 
usuários que demandem atenção 
específi ca (com defi ciência, com 
necessidades específi cas de saúde, 
pessoas soropositivas, idade inferior 
a um ano, pessoa idosa com grau de 
dependência II ou III, entre outros). Para 
tanto, deverá ser adotada a seguinte 
relação:
a) 1 cuidador para cada 8 usuários, 
quando houver 1 usuário com demandas 
específi cas;
b) 1 cuidador para cada 6 usuários, 
quando houver 2 ou mais usuários com 
demandas específi cas.
Auxiliar de 
Cuidador
Nível fundamental 
e qualifi cação 
específi ca
1 profi ssional para até 10 usuários, 
por turno. A quantidade de cuidador 
por usuário deverá ser aumentada 
quando houver usuários que demandem 
atenção específi ca (com defi ciência, 
com necessidades específi cas de saúde, 
pessoas soropositivas, idade inferior 
a um ano, pessoaidosa com Grau de 
Dependência II ou III, dentre outros).
Para tanto, deverá ser adotada a 
seguinte relação:
a) 1 auxiliar de cuidador para cada 8 
usuários, quando houver 1 usuário com 
demandas específi cas;
b) 1 auxiliar de cuidador para cada 6 
usuários, quando houver 2 ou mais 
usuários com demandas específi cas.
FONTE: BRASIL (2006, p. 17)
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17SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
Equipe de referência para atendimento psicossocial, vinculada 
ao órgão gestor:
QUADRO 4 – EQUIPE DE REFERÊNCIA PARA ATENDIMENTO 
PSICOSSOCIAL
PROFISSIONAL / 
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE QUANTIDADE
Assistente Social Nível superior
1 profi ssional para 
atendimento a, no máximo, 
20 usuários acolhidos em até 
dois equipamentos da alta 
complexidade para pequenos 
grupos.
Psicólogo Nível superior
1 profi ssional para 
atendimento a, no máximo, 
20 usuários acolhidos em até 
dois equipamentos da alta 
complexidade para pequenos 
grupos.
FONTE: BRASIL (2006, p. 17)
Agora, prezado(a) acadêmico(a), vejamos outros programas.
A Família Acolhedora: que é uma Equipe de Referência para 
atendimento psicossocial, vinculada ao órgão gestor:
QUADRO 5 – EQUIPE DE REFERÊNCIA
PROFISSIONAL / 
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE QUANTIDADE
Coordenador Nível superior 1 profi ssional referenciado para até 45 usuários acolhidos.
Assistente Social Nível superior
1 profi ssional para 
acompanhamento de até 
15 famílias acolhedoras e 
atendimento a até 15 famílias de 
origem dos usuários atendidos 
nesta modalidade.
Psicólogo Nível superior
1 profi ssional para 
acompanhamento de até 
15 famílias acolhedoras e 
atendimento a até 15 famílias de 
origem dos usuários atendidos 
nesta modalidade.
FONTE: BRASIL (2006, p. 17)
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18 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
A República: que é uma Equipe de Referência para atendimento 
psicossocial, vinculada ao órgão gestor:
QUADRO 6 – EQUIPE DE REFERÊNCIA
PROFISSIONAL / 
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE QUANTIDADE
Coordenador Nível superior 1 profi ssional referenciado para até 20 usuários.
Assistente Social Nível superior
1 profi ssional para atendimento 
a, no máximo, 20 usuários.
em até dois equipamentos.
Psicólogo Nível superior
1 profi ssional para atendimento 
a, no máximo, 20 usuários em 
até dois equipamentos.
FONTE: BRASIL (2006, p. 17)
As Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPIs, 
que é uma Equipe de Referência para Atendimento Direto:
QUADRO 7 – EQUIPE DE REFERÊNCIA PARA ATENDIMENTO DIRETO
PROFISSIONAL / FUNCÃO ESCOLARIDADE
1 Coordenador Nível superior ou médio
Cuidadores Nível médio
1 Assistente Social Nível superior
1 Psicólogo Nível superior
1 Profi ssional para desenvolvimento de 
atividades socioculturais. Nível superior
Profi ssional de limpeza Nível fundamental
Profi ssional de alimentação Nível fundamental
Profi ssional de lavanderia Nível fundamental
FONTE: BRASIL (2006, p. 17)
Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira, Cargos 
e Salários – PCCS: Os Planos de Carreira, Cargos e Salários – 
PCCS deverão ser instituídos em cada esfera de governo para os 
trabalhadores do SUAS, da administração direta e indireta, baseados 
nos seguintes princípios defi nidos nacionalmente.
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19SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
Caro(a) acadêmico(a)! Agora vamos relembrar alguns tópicos 
importantes para o estudo:
Compreenderam um pouco mais?
Esperamos que sim.
Para concluir este assunto, prezado(a) acadêmico(a), indicamos 
como sugestão para leitura: 
NOB: é o instrumento normativo que 
defi nirá o modo de operacionalizar 
os preceitos da legislação que rege o 
Sistema Único de Assistência Social 
(SUAS). Assistência social.
N O B / R H - S U A S : i n s t r u m e n t o 
normativo responsável pela defi nição 
de diretrizes e responsabilidades no 
âmbito da política do trabalho na área 
da assistência social.
TRABALHADORES DA ASSISTÊNCIA 
SOCIAL: são todos aqueles que 
atuam institucionalmente na política 
de assistência social, conforme 
preconizado na LOAS, na PNAS e no 
SUAS, inclusive quando se tratar de 
consórcios intermunicipais e entidades e 
organizações da assistência social.
FAMÍLIA REFERENCIADA: é aquela 
que vive em áreas caracterizadas como 
de vulnerabilidade, defi nidas a partir de 
indicadores estabelecidos por órgão 
federal, pactuados e deliberados. A unidade 
de medida “família referenciada” é adotada 
para atender situações isoladas e eventuais 
relativas a famílias que não estejam em 
agregados territoriais atendidos em caráter 
permanente, mas que demandam do ente 
público proteção social.
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20 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
FIGURA 7 – OBRA “NORMA OPERACIONAL BÁSICA DE 
RECURSOS HUMANOS DO SUAS (NOB-RH/SUAS), FRENTE 
ÀS DEMANDAS DOS TRABALHADORES DO SUAS
FONTE: Disponível em: <http://www.slideshare.net/
alavieira/nobrh-e-as-demandas-dos-trabalhadores-
do-suas>. Acesso em: 14 maio 2013.
3 TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS 
SOCIOASSISTENCIAIS
Por: Denise da Silva Vieira
FIGURA 8 – TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE 
SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS
FONTE: Disponível em: <http://www.mds.gov.br>. 
Acesso em: 14 maio 2013.
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21SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
Caro(a) acadêmico(a)! Você já ouviu falar de TIPIFICAÇÃO? 
Vamos lembrar alguns detalhes importantes.
Conforme, Brasil (2009), a VI Conferência Nacional de 
Assistência Social, realizada em dezembro 2007, em Brasília/DF, 
apontou como deliberação de “Tipifi car e consolidar a classifi cação 
nacional dos serviços socioassistenciais”, sendo aprovada com a 
resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009.
Mas, então do que se trata esta tal de TIPIFICAÇÃO?
A Tipifi cação é a padronização de serviços Socioassistenciais, 
organizados por níveis de complexidade.
Vejamos:
No que tange aos SERVIÇOS DE PROTEÇÃO SOCIAL 
BÁSICA, possuem-se as seguintes denominações:
• Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 
(PAIF).
• Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.
• Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para 
Pessoas com Defi ciência e Idosos. 
Já, com relação aos SERVIÇOS DE PROTEÇÃO SOCIAL 
ESPECIAL MÉDIA e ALTA COMPLEXIDADE, existem as seguintes 
denominações:
a) DE MÉDIA COMPLEXIDADE:
• Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e 
Indivíduos (PAEFI).
• Serviço Especializado em Abordagem Social.
• Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento 
de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de 
Prestação de Serviços à Comunidade (PSC).
• Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com 
Defi ciência, Idosos e suas Famílias.
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22 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
b) DE ALTA COMPLEXIDADE:
Serviço de acolhimento institucional, nas seguintes modalidades:
- Abrigo institucional.
- Casa-lar.
- Casa de passagem.
- Residência inclusiva.
• Serviço de Acolhimento em República.
• Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora.
• Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de 
Emergências.
Caro(a) acadêmico(a)! Destacaremos agora, um demostrativo 
para entender melhor o PROCESSO DE TIPIFICAÇÃO dos serviços 
socioassistenciais.
NOTA: O quadro acima é um exemplo da tipifi cação e se aplica aos 
demais serviços socioassistenciais - CREAS.
CREAS antes da tipifi cação
Com a Resolução Nº 109 de 
11/11/2009 Tipifi cação dos 
serviços socioassistenciais
FONTE: Disponível em: <http://portalsocial.sedsdh.pe.gov.br/sigas/Arquiv-
os/capacitacao/meta%2006/CREAS%20E%20TIPIFICACAO%20-%20AM-
PLIADA.pdf>. Acessoem 14/05/2013.
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23SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
Caro(a) acadêmico(a)! Agora vamos relembrar alguns tópicos 
importantes para o estudo:
Compreenderam um pouco mais sobre a tipifi cação?
Esperamos que sim.
4 O PLANO BRASIL SEM MISÉRIA
Por: Marines Selau Lopes 
Prezado(a) acadêmico(a)! Agora adentraremos a questão do 
Plano Brasil sem Miséria.
Mas, você já viu este assunto antes?
Esperamos que sim.
Mas vamos compreender um pouco mais sobre este assunto 
muito importante para a nossa atuação profi ssional.
NOME DO SERVIÇO: termos utilizados 
para denominar o serviço de modo a 
evidenciar sua principal função e os 
seus usuários.
ARTICULAÇÃO EM REDE: sinaliza a 
completude da atenção hierarquizada em 
serviços de vigilância social, defesa de 
direitos e proteção básica e especial de 
assistência social e dos serviços de outras 
políticas públicas e de organizações privada.
IMPACTO SOCIAL ESPERADO: trata dos 
resultados e dos impactos esperados de 
cada serviço e do conjunto dos serviços 
conectados em rede socioassistencial.
ABRANGÊNCIA: referência territorializada 
da procedência dos usuários e do alcance do 
serviço.
REGULAMENTAÇÕES: remissão a leis, decretos, 
normas técnicas e planos nacionais que regulam 
benefícios e serviços socioassistenciais e 
atenções a segmentos específi cos que demandam 
a proteção social de assistência social.
QUISIÇÕES DOS USUÁRIOS: trata dos 
compromissos a serem cumpridos pelos 
gestores em todos os níveis, para que os 
serviços prestados no âmbito do SUAS 
produzam seguranças sociais aos seus usuários, 
conforme suas necessidades e a situação de 
vulnerabilidade e risco em que se encontram.
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24 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
Vejamos:
O PLANO BRASIL SEM MISÉRIA foi lançado em junho de 
2011, com a fi nalidade de superar a extrema pobreza no país. 
O PÚBLICO ALVO defi nido foram os brasileiros que, mesmo 
com os avanços sociais e econômicos do país nos últimos anos, 
continuavam em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda 
familiar mensal inferior a R$ 70,00 por pessoa. 
Considerando que a extrema pobreza se mostra de diversas 
formas além da insufi ciência de renda, o Plano foi estruturado em 
três linhas: 
• garantia de renda 
• inclusão produtiva e 
• acesso a serviços. 
São várias ações, programas e políticas distribuídas nas 
três linhas, que envolvem vários ministérios. O Ministério do 
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) coordena o Brasil 
sem Miséria. Todos os estados brasileiros aderiram ao Plano.
Entretanto, para que o Brasil sem Miséria funcione de verdade, 
é fundamental que haja forte envolvimento dos municípios.
 
Um dos motivos para a centralidade nos municípios é o 
CADASTRO ÚNICO, porta de entrada para o Brasil sem Miséria. 
Afi nal, o responsável pelo registro das famílias no Cadastro é 
o poder público municipal, que também tem papel de destaque no 
funcionamento das políticas de saúde, educação e assistência social, 
essenciais para a superação da extrema pobreza.
Para saber mais acesse: <http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/
RIv3/geral/index.php>. 
Vejamos agora, prezado(a) acadêmico(a), do que trata este tal 
de CADASTRO ÚNICO! 
4.1 O CADASTRO ÚNICO E O PÚBLICO-ALVO DO PLANO 
NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS
Para o acompanhamento do Plano Brasil sem Miséria, o Ministério 
de Desenvolvimento Social-MDS utiliza as informações do Cadastro 
Único. Ele provê dados individualizados, atualizados no máximo a cada 
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25SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
FIGURA 9 – REPRESENTA EM NÍVEL NACIONAL O 
PBF
FONTE: Disponível em: <http://noticias.portalbraganca.
com.br/economia/bolsa-familia-2013-confira-o-cal-
endario-de-pagamentos-do-bolsa-familia-2013.php>. 
Acesso em: 13 maio 2013.
dois anos, sobre os brasileiros com renda mensal de até meio salário 
mínimo per capita, ou renda mensal total de até três salários mínimos, 
permitindo saber quem são, onde moram, o perfi l de cada um dos 
membros das famílias e as características das suas habitações.
De acordo com os registros de fevereiro de 2013, existiam 
25.319.728 famílias brasileiras inscritas no Cadastro Único para 
Programas Sociais, o que corresponde a 81.848.784 pessoas 
cadastradas. 
A distribuição das famílias cadastradas conforme a renda por 
pessoa mensal declarada aponta que:
• 13.205.720 possuem renda per capita familiar de até R$70,00;
• 18.528.057 possuem renda per capita familiar de até R$ 140,00;
• 23.007.791 possuem renda per capita até meio salário mínimo.
Compreenderam?
Vejamos mais alguns detalhes importantes a serem 
compreendidos por você meu(minha) caro(a) acadêmico(a):
a) O Programa Bolsa Família
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26 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA (PBF) contemplou no mês de 
abril de 2013, 13.647.478 famílias, que receberam benefícios com 
valor médio de R$ 150,32. 
O valor total transferido pelo governo federal em benefício às 
famílias atendidas alcançou R$ 2.051.462.250 no mês.
Em relação às condicionalidades, o acompanhamento da 
frequência escolar, com base no bimestre fi nalizado em novembro de 
2012, atingiu o percentual de 89,32%, para crianças e adolescentes 
entre 6 e 15 anos, o que equivale a 13.305.702 alunos acompanhados 
em relação ao público de 14.896.854 alunos com perfi l para 
acompanhamento. 
Para os jovens entre 16 e 17 anos que recebem o Benefício 
Vinculado ao Adolescente (BVJ), o percentual de acompanhamento 
da frequência escolar foi de 77,62%, resultando em 2.389.544 jovens 
acompanhados de um total de 3.078.673 jovens com perfi l.
 
Já o acompanhamento da saúde das famílias, na vigência até 
o mês de dezembro de 2012, atingiu 73,12 %, percentual equivale 
a 8.689.047 famílias de um total de 11.883.263 que compunham o 
público no perfi l para acompanhamento da área de saúde.
Para saber mais acesse: <http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/
RIv3/geral/relatorio.php>. 
b) Acesso a Serviços: Assistência Social
Para fazer frente a um desafi o com o tamanho e a abrangência 
territorial do Brasil sem Miséria, focado no público mais vulnerável do 
país, foi necessário que o Plano tivesse como menção uma rede com 
as mesmas características – a rede do Sistema Único de Assistência 
Social (SUAS). 
O sucesso do Brasil sem Miséria demanda do bom funcionamento 
do SUAS e uma atuação integrada entre as secretarias municipais 
de assistência social e as secretarias de trabalho, educação, saúde 
e outras que estejam envolvidas na estratégia de superação da 
extrema pobreza.
 
O fortalecimento da agenda municipal da assistência social, 
em especial no que diz respeito à estruturação do SUAS, requer 
reforço no seu fi nanciamento. É por isso que o MDS disponibiliza 
aos municípios recursos para a ampliação da rede (saúde, educação, 
inclusão produtiva) e a qualifi cação de seus serviços.
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27SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
Para saber mais acesse: <http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/
RIv3/geral/index.php>. 
c) Saúde
Os municípios recebem repasse do Ministério da Saúde 
para a construção de Unidades de Saúde em localidades de alta 
concentração de pobreza.
d) Educação
A Ação Brasil Carinhoso dá estímulos fi nanceiros aos municípios 
para que os serviços de educação infantil cheguem à população mais 
pobre. O objetivo é incentivar o aumento das vagas para as crianças 
de 0 a 48 meses benefi ciárias do Bolsa Família nas creches públicas 
ou conveniadas com o poder público. E, com mais recursos, melhorar 
o atendimento às crianças e suas famílias.
Para isso, o MDS complementa os valores do Fundo de 
Manutençãoe Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) 
repassados pelo MEC. São 50% mais recursos para cada vaga 
ocupada por criança do Bolsa Família. Desta forma são identifi cadas 
crianças no Bolsa Família em creches do município. Em razão disso, 
com o Brasil Carinhoso, o MDS repassa mais recursos para creches.
 
Outra iniciativa importante para a superação da extrema 
pobreza é o Mais Educação, programa que estimula a ampliação da 
jornada nas escolas públicas para, no mínimo, sete horas diárias. 
Para oferecer educação básica em tempo integral, acrescentam-se 
às atividades curriculares já existentes outras como reforço escolar, 
educação ambiental, esporte e artes.
O governo federal, por meio do Programa Dinheiro Direto na 
Escola, repassa recursos para ressarcir a escola pelo pagamento 
de alimentação e transporte dos monitores, compra de materiais 
permanentes e de consumo, contratação de serviços e aquisição de 
kits pedagógicos.
Na expansão do Mais Educação, o MEC privilegia escolas onde 
a maioria dos estudantes são benefi ciários do Bolsa Família.
e) Inclusão Produtiva: Programa Nacional de Acesso ao Ensino 
Técnico e Emprego (PRONATEC Brasil Sem Miséria)
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28 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
 O PRONATEC Brasil sem Miséria oferece gratuitamente 
cursos de qualifi cação profi ssional com duração mínima de 160 
horas para cidadãos com mais de 16 anos de idade. Custeados pelo 
MEC, os cursos são ministrados por instituições de reconhecida 
qualidade técnica, como as entidades do Sistema “S” (SENAI, 
SENAC, SENAT E SENAR), a rede federal de educação profi ssional, 
científi ca e tecnológica e a rede estadual de educação profi ssional e 
tecnológica. O aluno recebe todo o material escolar e didático, além 
da “assistência estudantil”, que consiste de alimentação e transporte, 
ou de recursos para custeá-los.
 São muitas opções de cursos em áreas como construção civil, 
serviços, hotelaria, comércio, bares e restaurantes, cuidador de idoso, 
operador de computador, eletricista, auxiliar administrativo, entre 
outras. Há vagas para pessoas com diversos níveis de escolaridade, 
desde quem tem letramento inicial até alunos com ensino médio, a 
depender do curso.
 Ao proporcionar qualifi cação profi ssional, o PRONATEC Brasil 
sem Miséria aumenta as possibilidades de inserção de pessoas de 
baixa renda nas oportunidades de trabalho disponíveis. Municípios 
de qualquer porte populacional podem aderir, sem a necessidade 
de celebração de convênio com a União ou de pagamento de 
contrapartida por parte do poder público municipal. Trimestralmente 
as prefeituras podem renegociar com as escolas a oferta de cursos 
do PRONATEC Brasil sem Miséria no município.
 
Para saber mais acesse:
<http://aplicacoes.mds.gov.br/ead/ri/carrega_pdf.php?rel=subsidios_
paa_municipal>. 
Compreendeu um pouco mais sobre o Plano Brasil sem 
Miséria?
Esperamos que sim.
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29SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
5 BENEFÍCIO DA PRESTAÇÃO CONTINUADA – BPC
Por: Joelma Bonetti
Prezado(a) acadêmico(a)! Veremos agora as questões 
pertinentes ao Benefício da Prestação Continuada, o tal do BPC. 
Você já viu falar deste assunto antes? Esperamos que sim.
Vamos compreender um pouco mais sobre isso? Vejamos:
O Acesso ao BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – 
BPC é um direito constituído a IDOSOS com idade igual a superior 
a 65 anos de idade e que não tenha como manter sua subsistência 
ou de tê-la garantido através dos fi lhos, ou ser uma pessoa com 
defi ciência que não tem como se subsidiar ou de tê-la subsidiada 
pela família.
 
Esse direito garante o ACESSO A UM SALÁRIO MÍNIMO, 
estabelecido na Constituição Federal de 1988 e posteriormente 
regulamentado na Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS, 
o acesso a esse benefício visa à garantia da manutenção das 
necessidades básicas como saúde, educação, habitação. 
O Benefício Assistencial de Prestação Continuada – BPC – é um 
direito constitucional dos idosos e pessoas com defi ciência intelectual 
e ou múltipla, regulamentado pela Lei Orgânica de Assistência Social 
– LOAS, nº 8.742/93, o Decreto nº 1.744/95 e pelo Estatuto do Idoso 
Lei nº 10.741/2003.
Esse repasse fi nanceiro foi instaurado em janeiro de 1993, 
é fi nanciado através do Fundo Nacional de Assistência Social e 
operacionalizado pelo INSS. O benefi cio é concedido desde que 
atenda aos critérios, renda idade e ou defi ciência independe de 
haver contribuição previdenciária. Ressaltamos que esse benefício 
será revisto ao fi nal de 24 meses, podendo haver a suspensão ou a 
continuidade do mesmo, após a avaliação da situação sociofamiliar. 
Por se tratar de um benefício assistencial, não poderá acessar 
nenhum outro benefi cio previdenciário, e em caso de falecimento não 
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30 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
haverá repasse para dependentes e o benefi cio terá fi m.
A pessoa deverá ingressar no INSS com os formulários 
devidamente preenchidos, acompanhados da cópia dos documentos 
pessoas, comprovante de residência e renda. No caso das pessoas 
com defi ciência deverá acompanhar um atestado médico que 
especifi ca a defi ciência e a incapacidade para o trabalho. A LOAS 
nos traz que a receita total na família deverá ser dividida pelo 
número de integrantes e esta deve obedecer ao critério de ser igual 
ou menor de ¼ do salário mínimo para acessar ao benefi cio, este 
deverá acompanhar com o aval do perito médico que considere o 
indivíduo incapaz de ter vida independente ou de prover sua própria 
manutenção.
Assim, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 203, 
relata: “A assistência social será prestada a quem dela necessitar, 
independentemente de contribuição à seguridade social”. Ainda, em 
seu Inciso V prevê: “a garantia de um salário mínimo de benefício 
mensal, à pessoa portadora de defi ciência e ao idoso que comprovem 
não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provido 
por sua família, conforme dispuser a lei”. 
Outra informação importante é que os benefi ciários do BPC, 
não recebem o 13º salário, como os demais benefi ciários das políticas 
contributivas da Previdência Social.
 
Compreenderam um pouco mais sobre o BPC?
Esperamos que sim.
6 DEFINIÇÃO DE TERMOLOGIAS UTILIZADAS NA POLÍTICA 
DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Por: Juliana Maria Lazzarini
Agora, prezado(a) acadêmico(a), iremos revisitar alguns 
conceitos fundamentais da Política de Assistência Social. Vamos lá?
CONTROLE SOCIAL: é a participação da população na gestão 
pública que garante aos cidadãos espaço para infl uir nas políticas 
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31SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
públicas, além de possibilitar o acompanhamento, a avaliação 
e fi scalização das instituições públicas e organizações não 
governamentais, visando assegurar os interesses da sociedade. 
VULNERABILIDADE SOCIAL: famílias e indivíduos com perda 
ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento e 
sociabilidade; desvantagem pessoal resultante de defi ciência; 
exclusão pela pobreza e/ou pelo acesso às demais políticas 
públicas. 
CRAS: é referência para o desenvolvimento de todos os serviços 
socioassistenciais de proteção básica do Sistema Único de 
Assistência Social (SUAS), de caráter preventivo, protetivo e 
proativo, no seu território de abrangência. É uma unidade que 
possibilita o acesso de um grande número de famílias à rede de 
proteção social e assistência social. É uma unidade que tem por 
objetivo prevenir a ocorrência de situações de vulnerabilidade 
e risco social nos territórios, por meio do desenvolvimento de 
potencialidades e aquisições, do fortalecimento de vínculos 
familiares e comunitários e da ampliação do acesso aos direitosde cidadania.
TIPIFICAÇÃO NACIONAL DOS SERVIÇOS 
SOCIOASSISTENCIAIS: detalha a descrição de cada serviço da 
Proteção Social Básica e Especial, os usuários a que se destina, 
seus objetivos, as provisões que devem ofertar, as aquisições 
que devem garantir aos usuários, entre outros. Foi aprovada pela 
Resolução do CNAS nº 109, de 11 de novembro de 2009.
ACESSIBILIDADE: possibilidade e condições de alcance para 
utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários 
e equipamentos urbanos, das edifi cações, dos transportes e dos 
sistemas e meios de comunicação, por pessoa com defi ciência 
ou com mobilidade reduzida (Lei nº 10.098, de 19 de dezembro 
de 2000). A essa referência devem ser acrescidas as condições 
de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança, adaptadas 
a cada serviço socioassistencial e orientadas por profi ssional 
especializado da administração pública, quando da instalação de 
cada unidade.
ACOLHIMENTO FAMILIAR: consiste na inclusão de crianças/
adolescentes, por meio de medida protetiva, em residências de 
famílias acolhedoras cadastradas, selecionadas, capacitadas e 
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32 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
acompanhadas pela equipe profi ssional do Serviço de Acolhimento 
em Família Acolhedora, de forma temporária até a reintegração da 
criança à família ou seu encaminhamento para família substituta. 
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL: o acolhimento para crianças 
e adolescentes, por meio de medida protetiva, oferecido em 
diferentes equipamentos como Abrigo Institucional para pequenos 
grupos e casa-lar, de forma temporária até a reintegração da 
criança à sua própria família ou seu encaminhamento para família 
substituta. 
ADOÇÃO: medida judicial de colocação, em caráter irrevogável, 
de uma criança ou adolescente em outra família, que não seja 
aquela onde nasceu, conferindo vínculo de fi liação defi nitivo, com 
os mesmos direitos e deveres da fi liação biológica.
AUTONOMIA: capacidade e possibilidade de cidadão suprir 
suas necessidades vitais, culturais políticas e sociais, sob as 
condições de respeito às ideias individuais e coletivas, supondo 
uma relação com o mercado – onde parte das necessidades deve 
ser adquirida – e com o Estado, responsável por assegurar outra 
parte das necessidades. É a possibilidade de exercício de sua 
liberdade, com reconhecimento de sua dignidade e a possibilidade 
de representar pública e partidariamente os seus interesses sem 
ser obstaculizado por ações de violações dos direitos humanos e 
políticos ou pelo cerceamento à sua expressão.
BUSCA ATIVA: neste documento este termo é utilizado para 
designar o ato de buscar família para crianças e adolescentes 
em condições legais de adoção, visando garantir-lhes o direito de 
integração a uma nova família, quando esgotadas as possibilidades 
de retorno ao convívio familiar de origem.
CadÚnico: Cadastro Único para Programas Sociais é um 
instrumento de identifi cação e caracterização socioeconômica das 
famílias brasileiras de renda mensal de até meio salário por pessoa 
ou renda familiar mensal de até três salários mínimos. Por meio 
dele é realizada a seleção dos benefícios de alguns programas 
sociais do Governo Federal, como, por exemplo, o Bolsa Família. 
Além de servir como referência para diversos programas sociais 
de concessão de benefícios, o CadÚnico permite que os estados 
e municípios conheçam melhor os riscos e vulnerabilidades aos 
quais a sua população está exposta.
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33SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
CASA-LAR: acolhimento institucional oferecido em unidades 
residenciais, nas quais pelo menos uma pessoa ou casal trabalha 
como educador/cuidador residente – em uma casa que não é a sua 
– prestando cuidados a um grupo de crianças e/ou adolescentes.
CLICO DE VIDA: diferentes etapas do desenvolvimento humano 
(infância, adolescência, juventude, idade adulta e terceira idade), 
ou do desenvolvimento familiar (marcado, por exemplo, pela 
união dos parceiros, separação, recasamento, nascimento e 
desenvolvimento dos fi lhos e netos, morte e outros).
CONSELHO TUTELAR: órgão permanente, autônomo e não 
jurisdicional (que não integra o Judiciário) encarregado pela 
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança 
e do adolescente. O Conselho Tutelar é constituído por cinco 
membros escolhidos pelos cidadãos de cada município, para 
um mandato de três anos, admitida uma recondução. A principal 
função do Conselho Tutelar é a garantia dos direitos das crianças 
e adolescentes estabelecidos no ECA. Suas atribuições estão 
defi nidas no art. 136 do ECA.
CUIDADOS: ações praticadas por agente institucional capacitado 
a orientar e desenvolver atos de zelo pessoal a favor de alguém 
com contingências pessoais.
DEMANDA: manifestação de necessidades, apresentadas 
explicitamente pelo usuário ou identifi cadas pelo técnico, que 
exigem intervenções de natureza socioassistencial.
DESLIGAMENTO: é a conclusão do atendimento/acompanhamento 
da criança e do adolescente de acordo com critérios técnicos, 
que leva ao retorno à família de origem, colocação em família 
substituta ou encaminhamento a outro serviço de acolhimento que 
esse mostrar mais adequado para as necessidades da criança e 
do adolescente.
DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR: refere-se à retirada dos 
poderes dos pais sobre seus fi lhos, bem como seus bens, com base 
na lei e após o devido processo legal. A perda do Poder Familiar é 
decretada judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos 
previstos na legislação civil (art. 1638, Código Civil) e também na 
hipótese de descumprimento injustifi cado dos seguintes deveres e 
obrigações: sustento, guarda e educação dos fi lhos. 
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34 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
DINÂMICA FAMILIAR: é caracterizada pela forma de 
funcionamento de uma família, ou seja, suas regras, hierarquias, 
padrões de comunicação.
EDUCADORES/CUIDADOR: pessoas selecionadas para trabalhar 
em instituições de acolhimento, com o objetivo de cuidar, proteger 
e educar crianças e adolescentes acolhidos nesses serviços por 
meio de medida protetiva.
EMPODERAMENTO DA FAMÍLIA: potencialização da capacidade 
e dos recursos da família para o enfrentamento de desafi os 
inerentes às diferentes etapas do ciclo de vida familiar, bem como 
para a superação de condições adversas, tais como situações 
de vulnerabilidade e violação de direitos. Refere-se ainda, ao 
processo pelo qual a família obtém controle sobre decisões e 
ações relacionadas a políticas públicas, por meio de mobilização 
e expressão de suas necessidades.
ENCAMINHAMENTOS: é um processo de articulação da 
necessidade do usuário com a oferta de serviços do município 
realizado pelos técnicos do serviço. Deve ser sempre formal, seja 
para a rede socioassistencial, seja para outras políticas. Quando 
necessário, deve ser precedido de contrato com o serviço de 
destino para contribuir com a efetivação do encaminhamento e 
sucedido de contrato para o retorno da informação.
ENTREVISTA: procedimento técnico que serve para acolher, 
conhecer, coletar dados, orientar, acompanhar, avaliar e indicar 
os elementos para trabalhar a família e/ou o usuário do serviço em 
seu processo de formação cidadã.
ESTUDO DE CASO: atividade técnica utilizada durante o processo 
de acompanhamento, para elaboração de diagnóstico, visando à 
realização de intervenções. 
FAMÍLIA: refere-se não apenas ao grupo formado pelos pais 
ou qualquer um deles e seus dependentes, mas, aos diferentes 
arranjos familiares resultantes de agregados sociais por relações 
consanguíneas ou afetivas, ou de subsistência e que assumem a 
função de cuidar dos membros.
FAMÍLIA ACOLHEDORA: nomenclatura dada à família que 
participa de Serviçode Acolhimento em Famílias Acolhedoras, 
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35SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
recebendo crianças e adolescentes sob sua guarda, de forma 
temporária até a reintegração da criança à sua própria família 
ou para família extensa, ou ainda para adoção. Também é 
denominado família de apoio, família cuidadora, família solidária, 
família guardiã. 
FAMÍLIA DE ORIGEM: família com a qual a criança e o adolescente 
viviam no momento em que houve a intervenção dos operadores 
sociais ou de direito. Pode ser tanto a família nuclear como extensa, 
uma família que se estende para além da unidade pai/fi lhos e/ou 
da unidade do casal, estando ou não dentro do mesmo domicílio 
irmãos, meio-irmãos, avós, tios e primos de diversos graus.
GRUPO DE APOIO À ADOÇÃO: são formados, na maioria 
das vezes, por iniciativas de pais adotivos que trabalham 
voluntariamente para a divulgação da nova cultura da adoção, 
prevenir o abandono, preparar adotantes e acompanhar 
pais adotivos, encaminhar crianças para adoção e para a 
conscientização da sociedade sobre a adoção e principalmente 
sobre a adoção e principalmente sobre as adoções necessárias 
de crianças mais velhas, com necessidades especiais e inter-
raciais. Um de seus maiores objetivos é a busca de soluções 
alternativas para as crianças destituídas de relações familiares, 
ou seja, resguardar os direitos destas de viver em família e em 
comunidade.
GRUPOS DE PERTENCIMENTOS: grupos aos quais ao longo da 
vida uma pessoa participa (familiares, escolares, profi ssionais, de 
amizade), que são fundamentais para a construção da identidade 
individual e social.
INTERSETORIALIDADE: princípio de gestão das políticas sociais 
que privilegia a integração das políticas em sua elaboração, 
execução, monitoramento e avaliação. Busca superar a 
fragmentação das políticas, respeitando as especifi cidades de 
cada área.
JUSTIÇA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE: Justiça da Infância e 
da Juventude está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente 
em seu art. 145, como um dos órgãos garantidores da doutrina 
da proteção integral. Tem potencial para se apresentar como 
capaz para defender, proteger e promover os direitos previstos 
nas normativas pertinentes, devendo assumir-se, de acordo com 
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36 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
a comunidade internacional, como parte integrante do processo 
de desenvolvimento nacional de cada país e ser administrada no 
marco geral da justiça social de modo não apenas a contribuir 
para a proteção, mas também para a manutenção da paz e ordem 
na sociedade. 
LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – LOAS: organiza 
a Assistência Social no país e responsabiliza o poder público 
a responder às necessidades das pessoas em situação de 
vulnerabilidade. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993.
MORADIA SUBSIDIADA: condições materiais em forma de bolsa-
moradia ou pagamento dos custos de locação e tarifas públicas 
para a manutenção de moradias para pessoas em situação de 
abandono, sem condições de prover seu autossustento e em 
construção de autonomia pessoal e social. 
NEGLIGÊNCIA: consiste na omissão injustifi cada por parte do 
responsável em supervisionar ou prover as necessidades básicas 
de crianças, adolescentes ou pessoas com defi ciência, os quais, 
face ao estágio do desenvolvimento no qual se encontram e de suas 
condições físicas e psicológicas, dependem de cuidados prestados 
por familiares ou responsáveis. Este desatendimento injustifi cado 
pode representar risco à segurança e ao desenvolvimento do 
indivíduo, podendo incluir situações diversas como privação de 
cuidados necessários à saúde, higiene; o descumprimento do 
dever de encaminhar a criança ou adolescente à escola; o fato de 
deixar a pessoa sozinha em situação que represente risco à sua 
segurança. O abandono, deixando a criança, o adolescente ou a 
pessoa com defi ciência em situação de extrema vulnerabilidade e 
risco consiste na forma mais grave de negligência. 
NOB/RH – SUAS: Normal Operacional Básica de Recursos 
Humanos do SUAS, que tem por fi nalidade primordial estabelecer 
parâmetros gerais para a política de recursos humanos a ser 
implementada na área da Assistência Social.
NORMA OPERACIONAL BÁSICA – NOB/SUAS: disciplina 
a gestão pública da Política de Assistência Social no território 
brasileiro, exercida de modo sistêmico entre os entes federados, 
em consonância com a Constituição Federal de 1988, LOAS e 
legislações complementares. Seu conteúdo estabelece – a) 
caráter do SUAS; b) funções da Política de Assistência Social; c) 
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37SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
níveis da gestão do SUAS; d) instâncias de articulação, pactuação 
e deliberação que compõem o processo democrático de gestão do 
SUAS; e) fi nanciamento.
PRONTUÁRIOS: registros de atos e procedimentos técnicos 
com atualização contínua do acompanhamento do caso, utilizado 
conforme acesso e capacidade do registro eletrônico e das 
exigências do serviço, a ser disponibilizado ao usuário se assim 
for requerido e que subsidia a construção de relatórios técnicos.
PROTOCOLOS: padrões éticos e de procedimentos do agente 
institucional e de técnicos que produzem qualidade de atenção 
a serem ofertadas a famílias, pessoas e comunidades, no 
desenvolvimento de projetos, programas e serviços. 
REDE SOCIAL DE APOIO: formada pelas relações estabelecidas 
entre pessoas, grupos e instituições com o objetivo de suprir 
necessidades materiais e/ou afetivas. Pode ser primária, incluindo 
familiares e amigos, ou secundárias, composta por instituições 
governamentais e não governamentais.
 
REINTEGRAÇÃO FAMILIAR: retorno da criança e do adolescente 
ao contexto da família de origem da qual se separou.
REPÚBLICA DE JOVENS: acolhimento institucional que visa 
à transição da vida institucional para a vida autônoma, quando 
atingida a maioridade, sem contar necessariamente com 
características de ambiente familiar. Moradia onde jovens se 
organizam em grupo com vistas à autonomia.
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS: o SUAS 
confi gura-se como o novo modelo de gestão e organização da 
política de assistência social na oferta de programas, projetos, 
serviços e benefícios, em todo o território nacional. 
TRABALHO INTERDISCIPLINAR: forma de atuação que 
consiste, de um lado, na qualifi cada abordagem dentro de cada 
especifi cidade profi ssional, e do outro, na complementaridade 
entre os membros da equipe na construção coletiva do trabalho 
comum. Pressupõe o diálogo e trocas intersubjetivas dos diferentes 
especialistas e o reconhecimento de saber teóricos, práticos e 
existenciais, em si e nos outros. 
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38 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
TRANSTORNO MENTAL: o termo “doença mental” ou transtorno 
mental é qualquer anormalidade na mente ou no seu funcionamento 
que pode causar mais sofrimento e incapacidade que qualquer 
outro tipo de problema de saúde. Transtornos mentais como 
a ansiedade, distúrbios alimentares, depressão, abuso de 
dependência de álcool e outras drogas, demência e esquizofrenia, 
podem afetar qualquer pessoa em todas as épocas de sua vida. 
VIOLAÇÃO DE DIREITOS: atentado aos direitos de crianças e 
adolescentes estabelecidos no Estatuto da criança e do adolescente, 
negligência por parte dos pais ou responsáveis, vivência nas ruas 
ou em instituições de abrigo e violência física, psicológica ou sexual 
se confi guram formas de violação de direitos.
VIOLÊNCIA FÍSICA: este tipo de violência ocorre quando a força 
física é praticada de forma intencional e não acidental, com o 
objetivo de causar danos, ferimentos ou até a morte da vítima. 
O agressor pode ser pessoa com que a vítima mantém vínculofamiliar ou afetivo, ou até mesmo de pessoas desconhecidas pela 
vítima.
VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR: é todo ato ou omissão praticado por 
pais, parentes ou responsáveis contra crianças e/ou adolescentes 
que – sendo capaz de causar dano físico, sexual e/ou psicológico 
à vitima – implica de um lado uma transgressão de poder/dever 
de proteção do adulto e, de outro, uma coisifi cação da infância, 
isto é, uma negação do direito que as crianças e adolescentes 
têm de ser tratados como sujeitos e pessoas em condições de 
desenvolvimento. 
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: tipo de violência de difícil identifi cação 
e, muitas vezes, praticada conjuntamente com outras formas de 
violência. Por meio da comunicação verbal ou não verbal a vítima 
é exposta à situação de rejeição, depreciação, discriminação, 
desrespeito, cobrança, ameaças ou punição excessivas, o que 
pode lhe causar intenso sofrimento psíquico, rebaixamento da 
autoestima e danos ao desenvolvimento biopsicossocial.
VISITA DOMICILIAR: atividade técnica que envolve a ida da equipe 
até o local de moradia das famílias e/ou indivíduos, que objetiva 
fornecer subsídios para compor o acompanhamento, fortalecer 
vínculos, compreender a realidade, demanda e necessidades, 
recursos e vulnerabilidades, fazer convites para atividades. Esta 
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39SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
atividade também é importante para contatar outros membros do 
grupo familiar.
FONTE: EGEM. Escola de Gestão Pública Municipal. Criando competên-
cias e construindo conhecimentos. Apostila. Florianópolis. S.d.
Assim, fi nalizamos os estudos desta segunda etapa.
Lembre-se de que os conteúdos apresentados são apenas um 
breve resumo da POLÍTICA NACIONAL DA ASSISTÊNCIA SOCIAL e 
que devem ser revisitados e aprofundados por você, pois a atuação 
profi ssional de um assistente social está pautada diretamente nestas 
questões.
SUCESSO A VOCÊ!
E vamos lá... Sempre na defesa da garantia dos direitos 
humanos e sociais da população brasileira.
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40 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 
SUAS – Sistema Único de Assistência Social. Brasília, 2005a. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 
Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004, Norma 
Operacional Básica – NOB/SUAS. Brasília, 2005b. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 
Disponível em: <http://www.mds.gov.br>. Acesso em: 8 maio 2013.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 
Disponível em: <http://www.mds.gov.br/cnas/sobre-o-cnas/quem-
somos-e-como-funcionamos/>. Acesso em: 10 maio 2013.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 
Norma operacional básica NOB/SUAS. Brasília, 2005.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 
Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS NOB-
RH/SUAS. Brasília, 2006. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 
Disponível em: <http://www.mds.gov.br>. Acesso em: 8 maio 2013.
 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 
Tipifi cação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Brasília, 2009. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 
Disponível em: <http://www.mds.gov.br>. Acesso em: 13 maio 2013.
BRASIL. Constituição Federal, de 5/10/88. Atualizada com as 
Emendas Constitucionais Promulgadas.
BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de janeiro de 1993. Dispõe sobre a Lei 
Orgânica da Assistência Social. Brasília, 1993.
 
BRASIL. Decreto nº 1.330, de 8 de dezembro de 1994. Regulamenta 
a concessão do Benefício de Prestação Continuada. Brasília, 1994.
CORTEZ. Editora Cortez. Disponível em: <http://www.cortezeditora.
com.br>. Acesso em: 3 maio 2013.
Relatório de Informações Sociais. Disponível em: <http://aplicacoes.
mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/texto/proc.php>. Acesso em: 16 maio 
2013.
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41SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIAIS DO BRASIL E A 
PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL
EMENTA
O Serviço Social na Previdência Social: PEC 72: trabalhadores 
domésticos e o auxílio reclusão. O Serviço social no Judiciário: a Lei da 
adoção, papel da assistência social. A Política de Educação Especial 
no Brasil. A Política Social da Habitação: o papel do Assistente 
Social na organização da comunidade. A questão da mediação na 
intervenção profi ssional. O Controle Social.
1 O SERVIÇO SOCIAL NA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Por: Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
Caro(a) acadêmico(a)! Você ouviu falar de seguridade social 
no Brasil? Ou auxílio-reclusão? Ou a PEC 72? Esperamos que sim. 
Vamos lembrar alguns detalhes muito importantes.
A Seguridade Social no Brasil é composta por três pilares 
fundamentais, que são:
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42 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
E estas por sua vez, proporcionam a todos os brasileiros uma 
PROTEÇÃO SOCIAL, seja nas áreas da Saúde, da Assistência ou 
da Previdência social.
Neste sentido, prezado(a) acadêmico(a), no âmbito da, 
devemos compreender que:
A PREVIDÊNCIA SOCIAL é um seguro que garante a renda 
do contribuinte e de sua família, em casos de doença, acidente, 
gravidez, prisão, morte e velhice. 
A Previdência Social é o SEGURO SOCIAL para a pessoa 
que contribui. 
É uma instituição pública que tem como objetivo reconhecer 
e conceder direitos aos seus segurados. 
A RENDA transferida pela Previdência Social é utilizada 
para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando 
ele perde a capacidade de trabalho, seja pela:
• Doença
• Invalidez
• Idade avançada
• Morte
• Desemprego involuntário
• Maternidade
• Reclusão
Sua MISSÃO é garantir proteção ao trabalhador e sua 
família, por meio de sistema público de política previdenciária 
solidária, inclusiva e sustentável.
Possui como OBJETIVO - promover o bem-estar social. 
Tem como VISÃO ser reconhecida como patrimônio do 
trabalhador e sua família, pela sustentabilidade dos regimes 
previdenciários e pela excelência na gestão, cobertura e 
atendimento.
Portanto, ela oferece vários benefícios que juntos garantem 
tranquilidade quanto ao presente e em relação ao futuro, 
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43SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
assegurando um rendimento seguro. 
FONTE: Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br>. Acesso em: 6 
maio 2013. 
Contudo, para que os trabalhadores e seus familiares possam 
usufruir destas PROTEÇÕES SOCIAIS, se faz necessário que façam 
sua inscrição junto à Previdencia Social, além de contribuir todos os 
meses. 
E entre os tipos de proteção social, garantidas pela Previdêcia 
Social, tem-se o AUXÍLIO-RECLUSÃO.
Assim sendo, de que trata este benefício? Vejamos:
1.1 DO AUXÍLIO-RECLUSÃO
FIGURA 1 – AUXÍLIO-RECLUSÃO
FONTE: Disponível em: <www.mcl-sias.org.br>. <www.slowvideo.com.br>. 
<www.previdenciaecidadania.blogspot.com.br>. <www.educolorir.com>. 
Acesso em: 13 maio 2013.
Você sabe o que é o AUXÍLIO-RECLUSÃO?
O AUXÍLIO-RECLUSÃO é um benefício protetivo do INSS, que 
é pago aos DEPENDENTES de quem foi preso por qualquer motivo. 
É pago somente durante o período de reclusão do apenado.
NO
TA! �
Vale lembrar que este benefício não foi 
desenvolvido diretamente para o preso, 
mas para os seus dependentes.
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44 SERVIÇO SOCIAL EM FOCO
Outro ponto fundamental, para compreendermos é de que:
SOMENTE é concedido o auxílio-reclusão se o preso estiver em 
REGIME FECHADO ou SEMIABERTO. 
Caso ele cumpra pena em regime aberto, seus dependentes NÃO 
têm direito ao benefício

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