Buscar

DIREITO PENAL II Resposta casos concretos semana 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PENAL II
Aluno: Ranieri Leite Pinheiro Batista
Matrícula: 201512539181
Professor: Antônio Augusto Rodrigues Serpa
Estácio Parangaba
CASOS CONCRETOS SEMANA I
Descrição: Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor. 
1) Ricardo, menor inimputável, com 14 anos de idade, disse para Lúcio, maior de idade, que pretendia subtrair aparelhos de som (CD player) do interior de um veículo. Para tanto, Lúcio emprestou-lhe uma chave falsa, plenamente apta a abrir a porta de qualquer automóvel. Utilizando a chave, Ricardo conseguiu seu intento. Na situação acima narrada, quem é partícipe de furto executado por menor de idade responde normalmente por esse crime? Fundamente sua resposta de acordo com teoria adotada pelo Código Penal quanto à natureza jurídica da participação.(135° Exame de Ordem/SP – 2ª Fase. Cespe/UnB). 
R: O partícipe de furto executado por menor responde normalmente pelo crime, pois a conduta principal não precisa necessariamente ser executada por um agente culpável; bastando apenas que o fato seja típico e antijurídico/ ilícito. A teoria que fundamenta a natureza jurídica da participação é a Teoria da Acessoriedade Limitada, que é a teoria adotada pelo Código Penal Brasileiro.
2) Caio, com a intenção de matar , coloca na xícara de chá servida a Tício certa dose de veneno. Mévio, igualmente interessado na morte de Tício, desconhecendo a ação de Caio, também coloca certa dose de veneno na mesma xícara. Tício vem a falecer por efeito combinado das duas doses ingeridas, já que cada uma delas, isoladamente, seria insuficiente para produzir a morte, segundo conclusão da perícia. Caio e Mévio agiram individualmente, cada um desconhecendo o plano, a intenção e a conduta do outro. (MPF Procurador da República. 1ª Fase. XII Concurso) 
a) Caio e Mévio respondem, como co-autores, por homicídio doloso, qualificado, consumado.
 b) Caio e Mévio respondem por lesão corporal dolosa, seguida de morte. 
c) Caio e Mévio respondem, cada um, por homicídio culposo. 
d) Caio e Mévio respondem por tentativa de homicídio dolosos, qualificado. 
R: Item “D”. Caio e Mévio respondem por tentativa de homicídio dolosos, qualificado, pois trata-se de um caso de Autoria Incerta, no qual é impossível precisar quem produziu o resultado. Também deve ser observado que cada dose de veneno isoladamente não seria capaz de matar a vítima, o que faz com que ambos respondam isoladamente pelo crime tentado. Outro ponto a ser ressaltado é que não há liame subjetivo ou biológico entre Caio e Mévio, o que faz com que haja dois crimes diferentes, e não um concurso de pessoas.
3) Bruno, previamente ajustado com Eduardo, subtrai dinheiro de entidade paraestatal, valendo-se da facilidade que lhe proporciona o cargo que nela exerce, circunstância entretanto desconhecida de Eduardo. Mais tarde, em local seguro, dividem o produto do crime, quando são surpreendidos pela Polícia e presos em flagrante, sendo apreendido todo o dinheiro subtraído, enfim devolvido à vítima. Entende-se que: (Promotor de Justiça/SP) 
a) Bruno e Eduardo cometeram peculato consumado. 
b) Bruno cometeu peculato e Eduardo cometeu furto, consumados. 
c) Bruno e Eduardo cometeram furto tentado. 
d) Bruno e Eduardo cometeram furto consumado. 
e) Bruno cometeu apropriação indébita e Eduardo cometeu furto. 
R: Item “B”. Bruno responde por peculato consumado porque se valeu da facilidade que o cargo lhe proporciona e, assim, produziu o resultado criminoso. Já Eduardo responde por furto consumado, tendo em vista que, apesar de haver o liame subjetivo entre ele e Bruno para praticarem o mesmo crime, a qualidade de servidor da entidade paraestatal por parte de Bruno era desconhecida por Eduardo, o que faz com que ele não responda também por peculato, mas sim pelo furto.

Outros materiais