PRATICA SIMULADA I AULA 6

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Karen Hellen Nogueira da Silva, Turma 1002, Matrícula 201502617234
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE DOURADO/MS
BERNARDO ... , brasileiro, Estado Civil ..., Profissão ..., Inscrito no CPF ..., E-mail ..., Residente e domiciliado ... na cidade de Dourado/MS, Representado pelo seu Advogado ..., OAB ..., Domiciliado ..., E-mail ... . Para fins do Artigo 319, inciso II e Artigo 77, inciso V do CPC, vem a presença de VOSSA EXCELÊNCIA propor a presente demanda.
 AÇÃO INDENIZATÓRIA
Pelo Rito Comum, em face de SAMUEL ... , Nacionalidade ..., Estado Civil ..., Profissão ..., CPF ..., E-mail ..., Residente e Domiciliado ... na cidade de Campo Grande/MS, pelos fatos que passa a expor.
I - PROCEDIMENTO A INCLUSÃO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO , Artigo 319, inciso VII, CPC.
II - DOS FATOS
O presente caso concreto versa sobre o estabelecimento do contrato de comodato escrito pelo Autor, em favor do Réu, sendo o objetivo da avença o cavalo da raça Manga Larga, o qual tinha por nome "Tufão", avaliado em R$10.000,00 ( DEZ MIL REAIS).
O cavalo deveria ser restituído, conforme contrato no dia 02 de Outubro de 2016. No entanto, até o mês de Janeiro de 2017 não houvera a devolução pelo réu, ressaltando que fora constatado a desídia do mesmo para restituir o equino.
A mora perdurou até a chegada de um caso de força maior no local onde ficava o cavalo, causando assim a morte do mesmo em decorrência da altura atingida pela água, bem como a sua força. 
III - FUNDAMENTOS
 
É de fundamental importância mencionar que o direito do autor encontra-se fundamentada no Artigo 399, CC, uma vez que o inadimplemento do Réu na obrigação de restituir o cavalo, deu causa ao perecimento do mesmo.
Nos Artigos 186 e 187,CC, tendo em vista que por omissão voluntária, negligência e imprudência o Réu violou o direito do Autor e causou-lhe dano.
Tribunal Regional Federal da 1ª Região TRF-1 - APELAÇÃO CIVEL : AC13384 MA 2001.01.00.013384-5
Processo: AC 13384 MA 2001.01.00.0113384-5
Orgão julgador: QUINTA TURMA
Publicação: 28 de setembro de 2006 DJ p.65
Julgamento: 13 de setembro de 2006 
Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL SELENE MARIA DE ALMEIDA
Ementa
 DIREITO CIVIL. OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR COISA CERTA. INADIMPLEMENTO. DETERIORAÇÃO DA COISA. CULPA DO DEVEDOR. PAGAMENTO DO EQUIVALENTE EM DINHEIRO.
 1. Trata-se de Ação Ordinária movida com a finalidade de obter o ressarcimento de 32.554 Kg de farinha de charque e/ou o valor equivalente em moeda corrente, monetariamente corrigido.
 2. A sentença julgou procedente o pedido, condenando a parte ré a indenizar a autora pelo equivalente a 32.554 kg de charque transformado em farinha, no valor de R$ 5.208,64, conforme a avaliação feita pelo perito judicial em 28.01.97, acrescido de juros de mora, a contar da citação, e de correção monetária, a partir de quando a obrigação se tornou exigível.
 3. A ré apelou sob o argumento de que a deterioração do charque ocorreu sem sua culpa.
 4. A hipótese dos autos subsume-se à previsão legal constante do art. 239 do Código Civil de 2002, ou seja, trata-se de obrigação de restituir coisa certa, cuja perda se deu com culpa do devedor.
 5. A ré inadimpliu a obrigação, sob o argumento de que a presença de gás sulfídrico no charque depositado, além de torná-lo impróprio para o consumo, foi responsável por sua deterioração, o que a eximiria de culpa, à luz dos arts. 1103, 1104 e 866 do antigo Código Civil (arts. 443, 444 e 235 do Código Civil de 2002, respectivamente), tornando a indenização indevida.
 6. Os arts. 443 e 444, do CC só são aplicáveis aos casos de vício redibitório, o que não ocorreu no caso dos autos, uma vez que a ré, ao receber o charque, já sabia do elevado grau de gás sulfídrico do produto, excluindo, assim, a responsabilidade da autora pela redibição.
 7. Também não há que se aplicar ao caso o art. 235 do CC, uma vez que a ré, ao receber o charque, mesmo sabendo da presença de gás sulfídrico, obrigou-se a restituir à autora o equivalente transformado em farinha. Por isso, tinha a obrigação de cuidá-lo com diligência, o que não o fez, devendo, portanto, assumir o ônus da sua desídia. (arts. 239, 389, 927 c/c 186, do CC).
 8. Dada a inviabilidade de se restituir o charque 
 depositado, deve a ré restituir ao autor o seu 
 equivalente em dinheiro, conforme apurado pelo perito.
 
 9. Apelação e remessa oficial não providas. 
 
IV - PEDIDO
A - Diante dos fatos expostos a não possibiliade de audiência de mediação e conciliação.
B - A citação da parte ré, para integralizar a presente demanda.
C - Procedência do presente pedido com a condenação do réu ao pagamento de indenização por Perdas e Danos de acordo com os Artigos 389 e 186,CC.
D - Condenação do réu em custas processuais. 
E - Honorários advocatícios em 20%, sobre o valor da causa. 
V - DAS PROVAS
Art. 369, CPC, Reter folhas de prova admitidas e documento testemunhal e pessoal.
II - VALOR DA CAUSA
Tendo em vista o valor do cavalo avaliado em R$10.000,00 (DEZ MIL REAIS) e um acréscimo de danos morais, dar-se-a valor da causa de R$... (...) , pelo Artigo 292, II, CPC.
Nestes termos pede-se e é esperado deferimento.
Cidade/Estado ..., dia ..., mês ..., ano ... .
Advogado ..., OAB ... .