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Casos Direito Familia 
Enviado por: lopesricado 11 junho 2014 
CASO CONCRETO 1 
Em outubro de 2012 uma mulher brasileira de 61 anos, casada com um homem de 55 anos, deu a luz a 
um casal de gêmeos em Santos (SP). A mulher desde 1992 era acompanhada pelo médico Orlando de 
Castro Neto e tentava engravidar sem sucesso. Inicialmente tentou engravidar pelos métodos naturais, 
mas não conseguiu. Após, foi submetida a duas tentativas de reprodução assistida que também restaram 
frustradas. Chateada, resolveu candidatar-se à adoção, mas foi rejeitada em razão da idade. Então, 
ainda em busca do sonho de ser mãe, passados dez anos, submeteu-se novamente a uma das técnicas 
de fertilização “in vitro” (utilizando embriões excedentes da primeira tentativa) que, desta vez, foi 
realizada com sucesso. Diante desta notícia e de tantas outras semelhantes no mundo, o Conselho Federal de Medicina decidiurever a Resolução que tr atava das técnicas de re produção humana assistida em maio de 2013 publicou nova Resolução para tratar do assunto (n. 2013/2013). Nesta resolução o CFM proíbe expressamente que médicos utilizem as técnicas de reprodução humana assistida em pacientes mulheres com mais de cinquenta anos. Pergunta-se: à luz dos princípios constitucionais, essa vedação é constitucional? 
Fundamente sua resposta em no máximo dez linhas. 
RESPOSTA : A luz dos pr incípios constitucionais, não se deve efetivar essa vedação, uma vez que se 
trata de uma ordem inconstitucional, onde feri o art. 5º X, inclui-se ainda o principio da dignidade da 
pessoa humana é um v alor moral e espiritual inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é dotado 
desse preceito, e tal constitui o princípio máximo do estado democrático de direito. E também ainda vai 
Caso Concreto 2 
Camila quando completou 18 anos de idade, descobriu ser irmã de Gabriel, 16 anos, filho de um 
relacionamento extraconjugal de seu pai com Eleonor. Gabriel por diversas vezes tentou se aproximar de 
Camila, que se nega a manter qualquer contato com ele afirmando não ser ele seu parente, pois não 
possuem qualquer grau de parentesco entre si. Camila tem razão? Explique sua resposta. 
RESPOSTA : Não. De acordo com o código Civil está atitude é considerando discriminatória já que a 
legislação não prevê diferença nos direitos de filhos concebidos dentro ou fora do casamento. Filiação é a relação de parentesco em primeiro e segundo grau e em linha r eta e o direito a filiação foi positivada no art. 227, §6º da CF que consagra a igualdade jurídica entre os filhos. O formato tradicional de família cedeu lugar aos novos reclamos da sociedade e aos dispositivos constitucionais, as relações são muito mais de igualdade e de respeito mutuo, sendo o traço fundamental a lealdade e afetividade. 
CASO CONCRETO 3 
Luana tem 14 anos de idade e há seis meses, com o consentimento expresso de ambos os pais, reside 
com Danilo (17 anos), seu namorado há quase dois anos. Ambos resolveram que é hora de casar e seus 
pais não se opõe ao casamento por entenderem que ambos já compreendem quais são as obrigações 
matrimoniais. Ao dar entrada no processo de habilitação para o casamento foram informados pelo oficial 
que seria necessário o p rocedimento de suprimento judicial da idade. Feito o proc edimento os nubentes 
tiveram negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Públicos, o casamento não preenche 
os pressupostos estabelecidos em lei para o casamento de quem não atingiu a idade núbil. Explique para 
os nubentes quais são esses pressupostos e que recurso seria cabível visando a autorização. 
RESPOSTA : Faz-se necessário atingir a idade núbil para casar-se, segundo art. 1550, I., o estado de 
casados implicam responsabilidades que exigem maturidade. Art. 1517 CC. Esse configura o 
entendimento da respeitada doutrina, verbis: 
Quando a Constituição Federal, em seu artigo 226, §3º, garante a proteção estatal a todas as formas 
familiares, sejam elas decorrentes ou não do casamento, cabe aos profissionais do direito encontrar os 
meios necessários para a observar. É certo, contudo, que essa proteção não significa necessariamente 
uma equiparação total e absoluta às regras do casamento, como defendem inúmeros doutrinadores e 
várias decisões judiciais. Tal insistência mostra-se em completo desacordo com o próprio espírito 
constitucional de proteção à diferença e ao pluralismo. É perfeitamente possível (e desejável) que as 
uniões estáveis tenham um estatuto próprio que observe suas peculiaridades, sem que se recorra de 
forma inexorável às normas que regem os casamento. Nessa ordem de pensamento, a própria 
Constituição reconhece abertamente que ambos os institutos são diversos, uma vez que não haveria 
qualquer sentido em afirmar que a lei deve facilitar a conversão das uniões estáveis em casamento se 
ambos fosse idênticos (metáfora).Quando o legislador constituinte requer do legislador ordinário que crie 
mecanismos facilitadores da conversão da união estável em casamento, o que ele demonstra é respeito à 
diferença e à vontade individual. O respeito ao pluralismo decorre do reconhecimento de que o 
casamento e a união estável não são idênticos (igualdade como diferença), o que exige do legislador 
ordinário e do intérprete o desenvolvimento de regimes jurídicos e interpretações que assegurem as 
diferenças próprias de cada um . 
XAVIER, Fernanda Dias. Considerações sobre a impossibilidade de equiparação da união estável ao 
casamento. In: BASTOS, E. F., LUZ, A. F. da. Família e Jurisdição 
Caso Concreto 4 
Quando eu tinha 18 anos minha mãe se casou com João, então com 50 anos. Por dois anos foram 
casados e felizes, mas minha mãe acabou morrendo em 2006 em virtude de um câncer de mama 
tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouquíssimos meses. Eu t inha um relacionamento 
muito bom com João e, após superarmos a morte prematura da minha mãe acabamos descobrindo que 
tínhamos muita coisa em comum. Resultado, começamos a namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos 
casar. Fizemos todo o procedimento de habilitação para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo-
nos. Neste mês, no entanto, fomos surpreendidos por uma ação de anulação do casamento proposta 
pelo Ministério Público que afirma que a lei proíbe o nosso casamento em virtude do parentesco. Amo 
João e depois de tantos anos juntos não posso acreditar que nosso casamento esteja sendo questionado. 
O Ministério Público tem legitimidade para propor essa ação? Depois de tanto tempo já casados este 
pedido não estaria prescrito? Nunca tive nenhum um vínculo de paren tesco com João, como esse fato 
pode estar sendo alegado? Justifique suas explicações à cliente em no máximo dez linhas. 
RESPOSTA: Art. 1521, é causa de impedimento o casamento dos ascendentes natural ou civil, que é o 
caso de João, que é padrasto e ela enteada pois na linha reta sucessória é infinita e os laços de enteado 
não se rompem nem com divórcio e nem com a morte. 
Caso Concreto 06 
Thiago e Deise se casaram em maio deste ano, mas no processo de habilitação esqueceram de informar 
que Thiago adotaria o sobrenome de Deise. Realizado e registrado o casamento Thiago ainda pode pedir 
a inclusão do sobrenome da esposa? Em caso afirmativo, como deveria ele proceder? Explique sua 
resposta em no máximo cinco linhas. 
RESPOSTA : Não obstante a regra prevista no Art. Art. 1.536 CC, ser clara, há exceções. Neste caso, 
poderá o interessado valer-se de ação judicial para retificação do nome, com a modificação ou acréscimo 
do patronímico do outro, não adotado anteriormente. 
Caso Concreto 10 
Lourdes foi casada com Vitor por dez anos, casamento que foi dissolvido em 2006 e do qual não resultou 
nenhum filho. Após o divórcio Lourdes descobriu-se apaixonada por Ricardo, seu ex-sogro. Após alguns 
meses de namoro foram morar juntos e nesse ‘status’ se mantiveram até 2013 quando Ricardo 
faleceu em um acidente de carro. Lourdes, superada a dorda perda, deu entrada no instituto 
previdenciário pleiteando a pensão deixada por Ricardo uma vez que viviam em união estável inclusive 
reconhecida por instrumento particular por eles firmado em 2009. No instituto previdenciário Ricardo já 
havia incluído Lourdes como sua única beneficiária. O instituto previdenciário negou o pagamento do 
benefício sustentando que entre eles havia concubinato e não união estável. A negativa do instituto 
está correta? Explique sua resposta em no máximo cinco linhas. 
RESPOSTA : Sim , a negativa do benefício est á correta conforme dispõe o art. 1521/cc,II juntamente 
com o art. 1723,§1 /cc 
Art. 1.521. Não podem casar: 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II - os afins em linha reta; 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; 
V - o adotado com o filho do adotante; 
VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu 
consorte. 
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, 
configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição 
de família. 
§ 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; 
não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar 
separada de fato ou judicialmente. 
§ 2o As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união 
estável
Caso Concreto 12 
(X Exame OAB) Luzia sempre desconfiou que se u neto Ricardo, fruto d o casamento do seu filho Antônio 
com e Josefa, não era filho biológico de Antônio, ante as características físicas por ele exibidas. Vindo 
Antonio a falecer, Luzia pretende ajuizar uma ação negatória de paternidade. A respeito do fato 
apresentado, responda aos seguintes itens. 
a. Tem Luzia legitimidade para propor a referida ação? 
RESPOSTA : Não , pois a ação e personalíssima , conforme dispõe art.1606/cc 
b. Caso Antonio tivesse proposto a ação negatória e falecido no curso do processo, poderia Luzia 
prosseguir com a demanda? Qual o instituto processual aplicável ao caso? 
RESPOSTA : Sim, conforme art 1055 e 1056,I/cpc e art. 43/cc 
Caso Concreto 13 
(IX Exame OAB adaptada) Moema, brasileira, solteira, natural e residente em Fortaleza, no Ceará, maior 
e capaz, conheceu Tomas, brasileiro, solteiro, natural do Rio de Janeiro, também maior e capaz. Tomas 
era um prospero empresário que visitava o Ceará semanalmente para tratar de negócios, durante o ano 
de 2010. Desde então passaram a namorar e Moema passou a frequentar to dos os lugares com Tomas 
que sempre a apresentou como sua namorada. Apos algum tempo, Moema engravidou de Tomas. E ste, 
ao receber a noticia, se recusou a reconhecer o filho, dizendo que o relacionamento estava acabado, que 
não queria ser pai naquele momento, razão pela qual não reconheceria a paternidade da criança e 
tampouco iria contribuir economicamente para o bom curso da gestação e subsistência da criança, que 
deveria ser criada por Moema sozinha. 
Moema ficou desesperada com a reação de Tomas, pois quando da descoberta da gravidez estava 
desempregada e sem condições de custear seu plano de saúde e todas as despesas da gestação que, 
conforme atestado por seu medico, era de risco. 
Como sua condição financeira também não permitia custear as despesas necessárias para a 
sobrevivência da futura criança, Moema decidiu procurar orientação jurídica. É certo que as fotografias, 
declarações de amigos e alguns documentos fornecidos por Moema conferiam indícios suficientes da 
paternidade de Tomas. Diante desses fatos, e cabendo a você pleitear em juízo a tutela dos interesses de Moema como poderia ela garantir condições financeiras de levar a termo sua gravidez e de assegurar que a futura criança, ao nascer, tenha condição de sobrevida? Justifique (em no máximo dez linhas) sua resposta e nela destaque o que aconteceria com e ventuais alimentos pagos se após o nascimento, feito o exame de DNA, restasse consta que Tomás não é o pai da criança. 
RESPOSTA : Moema deverá entrar com ação de propositura de alimentos gravídicos conforme dispõe Lei N.11.804/08 em seu art. 1. Alimentos são irreversíveis Tomas terá que entrar com ação regressiva contra Moema alegando e provando sua má-fé, conforme (art. 187 do CC), 
que nada mais é, senão, o exercício irregular de um direito, que, por força do próprio artigo e do art. 927 do CC

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