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Modos Gregos e Gregorianos

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CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA 
 
 
Harmonia Aplicada 
Professor(a): José de Carvalho 
 
 
 
Modos Gregos e Gregorianos. 
 
 
 
Nome: 
Artur Souza Pereira Junior 
 R.A: 73332-6 
 
 
 
 
3º Semestre – Matutino 
Sala F401 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
Abril/ 2018 
 
 
 
 
 
 
 
ARTUR SOUZA PEREIRA JUNIOR 
 
 
 
 
Modos Gregos e Gregorianos. 
 
 
 
 
 
Trabalho de aproveitamento do terceiro semestre do 
Curso de Licenciatura em Música do Centro 
Universitário Sant’Anna, como um dos pré-
requisitos para avaliação do 1° bimestre na 
disciplina Harmonia Aplicada orientada pelo 
Professor José de Carvalho. 
 
 
 
 
 
 
 SÃO PAULO 
 Abril / 2018 
 
 
 
Uma breve história da música grega e medieval. 
 
A Grécia Antiga, conhecida pela sua mitologia, pelos seus filósofos e por 
todas as teorias que se fundamentaram naquele tempo e que até hoje algumas são 
bem-conceituadas, foi a terra mãe da primeira teorização da música. 
Pitágoras, eminente filosofo, demonstrou o fundamento numérico dos 
intervalos e a partir daí foram formados as escalas e modos. 
Para os pitagóricos, o universo é regido pelos números: 
 
Nos ensinamentos de Pitágoras e dos seus seguidores a música e a 
aritmética não eram disciplinas separadas; os números eram considerados 
a chave de todo o universo espiritual e físico; assim, o sistema dos sons e 
ritmos musicais, sendo regido pelo número, exemplificava a harmonia do 
cosmos e correspondia a essa harmonia. (GROUT, PALISCA, 2007, p. 19). 
 
Assim, torna-se evidente que na Grécia antiga, e no mundo antigo em geral, 
o conceito de Música continha um sentido mais lato do que hoje lhe damos. As 
pessoas daquela época consideravam a música de origem divina, e atribuía como 
seus inventores e primeiros intérpretes deuses e semideuses. (GROUT, PALISCA, 
2007). 
Ela estava sempre presente na vida das pessoas, em todas as esferas da 
sociedade. Tinha um papel muito importante nas cerimônias religiosas, nas 
tragédias, a poesia e na vida militar daquele tempo. Aliás, poesia e música eram 
praticamente sinônimos para os Gregos. Acreditava-se que a música continha 
poderes que podiam curar e purificar o corpo e o espirito e realizar milagres na 
natureza. (GROUT, PALISCA, 2007). No geral, essa crença era comum em todo 
mundo antigo e ainda é no oriente. 
O mais importante exemplo de música grega que chegou até nós foi um 
fragmento de um coro do Orestes de Eurípedes (vv. 338-344), de um papiro datado 
em cerca do ano 200 a.c, que provavelmente o próprio Eurípedes tenha escrito, 
sendo de um período relativamente tardio. 
 
 
"A música grega assemelhava-se à da igreja primitiva em muitos aspectos 
fundamentais. Era, em primeiro lugar, monofónica, ou seja, uma melodia sem 
harmonia ou contraponto". (GROUT, PALISCA, 2007, p. 19). 
No início da Idade Média a igreja primitiva não mediu esforços para apagar a 
pratica da música greco-romana, pois a maior parte dessa música estava associada 
a práticas sócias e aos rituais que julgava serem eliminados. "Por conseguinte, 
foram feitos todos os esforços não apenas para afastar da Igreja essa música, que 
traria tais abominações ao espírito dos fiéis, como, se possível, para apagar por 
completo a memória dela". (GROUT, PALISCA, 2007, p. 16). 
 
Houve, no entanto, alguns elementos da prática musical antiga 
que sobreviveram durante a Idade Média, que mais não fosse porque seria 
quase impossível aboli-los sem abolir a própria música; além disso, as 
teorias musicais estiveram na base das teorias medievais e foram 
integradas na maior parte dos sistemas filosóficos. (GROUT, PALISCA, 
2007, p. 17). 
 
Falemos agora sobre o cantochão, a música mais difundida na Idade Média 
e uma visão geral desta. 
 
Nos primeiros séculos da igreja cristã, algumas características da música 
Grega e das sociedades orientais-helenisticas do Mediterrâneo oriental foram 
absorvidas em seu seio, embora algumas características da vida musical antiga 
tinham sido rejeitadas. 
Os conhecimentos e as ideias musicais foram transmitidos para o Ocidente por 
diferentes vias, embora muitas vezes de maneira infiel ao que foi transmitido. Uma 
dessas vias foi a igreja cristã, que teve como herança de sua tradição a tradição 
judaica. 
 
 
 
 
 
 
Na Gália — território que correspondia, 
aproximadamente, à França actual — havia o canto galicano, no Sul da Itália, o 
benaventino, em Roma, o canto romano antigo, em Espanha, o visigótico ou 
moçárabe, na região de Milão, o ambrosiano. (Mais tarde a Inglaterra desenvolveu 
o seu dialecto do canto gregoriano, chamado sarum, e que subsistiu do final da Idade 
Média até à Reforma.) (GROUT, PALISCA, 2007, p. 38). 
 
"Os cânticos da igreja romana são um dos grandes tesouros da civilização 
ocidental". (GROUT, PALISCA. 2007, p. 42). Se ergueram como importantes 
monumentos para a fé religiosa do homem medieval e eles foram a fonte de 
inspiração de grande parte do conjunto da música ocidental até o século XVI. 
 
A partir da liturgia romana, o cantochão foi se desenvolvendo em bases religiosas, 
para servir nos serviços da igreja, o oficio e a missa. 
O cantochão consistia em melodias que fluíam livremente, sempre dentro de 
uma oitava e se desenvolvendo com suavidade através de intervalos de um tom. 
(BENNETT, 1986). Os ritmos são irregulares, baseados nas acentuações das 
palavras e no ritmo da língua latina. 
 
Alguns cantos eram 
expressos de modo antifônico, isto é, os coros cantavam alternadamente. Outros 
eram cantados no estilo de responsório, que se faz com as vozes do coro 
respondendo a um ou mais solistas. Ainda hoje, em muitas igrejas e abadias, o 
cantochão é usado normalmente. (BENNETT, 1986. p. 13). 
 
O sistema de escalas que era utilizado na música antiga, tanto grega quanto o 
cantochão era o sistema de modos. Os modos na música grega e no cantochão 
eram semelhantes em alguns sentidos, como os nomes das escalas: Jônico, Dórico, 
Frígio, Lídio, Mixolidio e Eólio, (o modo Locrio só passou a existir no século XX, para 
"fechar o ciclo", esse não é muito utilizado.) mas em outros há também algumas 
 
diferenças. Vamos agora fazer um breve resumo das semelhanças e diferenças dos 
modos gregos e gregorianos. 
 
Modos Gregos e Gregorianos 
 
"O sistema tonal grego é o fundamento para a formação das escalas". 
(MARILENA, [2018]). Após o pentatonismo antigo surge o heptatonismo (sec. VIII) e 
junto com ele surge também o sistema diatônico teleion. A partir do período clássico 
e helênico surge os sistemas cromáticos e enarmônicos. O principal elemento do 
sistema diatônico teleion era a 4º descendente que dava origem ao tetracorde. E o 
que diferenciava os tetracordes era a posição dos semitons: 
 
Modos Gregos (modos descendentes) 
 
Jônico (T - m - T - T - m - T - T) 
Exemplo Modo em Sol: Sol - La - Si - Do - Re- Mi- Fa - Sol 
 Dórico (T - T - m - T - T - T - m) 
Exemplo Modo em Mi: Mi - Re - Dó - Si - La - Sol - Fa - Mi 
 Frígio (T - m - T - T - T - m - T) 
Exemplo Modo em Ré: Ré - Dó - Si - La - Sol - Fa - Mi - Re 
 Lídio (m - T - T - T - m - T - T) 
Exemplo Modo em Dó: Dó - Si - La - Sol - Fa - Mi - Re - Dó 
 Mixolidio (T - T - T - m - T - T - m) 
Exemplo Modo em Si: Si - La - Sol - Fa - Mi - Re - Do - Si 
 Eólio (T - T - m - T - T - m - T) 
Exemplo Modo em Lá: La - Sol - Fa - Mi - Re - Do - Si – La 
 
 
 
 
 
Em decorrênciados tetracordes, usavam-se 4 modos autênticos (Dórico, 
Frígio, Lídio e Mixolidio) e foram formando-se a partir deles os modos plagais hipo 
(4ª abaixo) e hiper (5ª acima). O modo Hipomixolidio corresponde a mesma 
sequência de tons e semitons do modo Dórico. O modo Hipolidio em Fá (Fá - Mi - Re 
- Do - Si - La - Sol - Fá, m - T - T - m - T - T - T), corresponde ao modo Hipomixolidio 
em Fá e os Modos Hipofrigio, Hipodórico e Hiperdórico contém a mesmas 
sequencias intervalares dos modos Jônico, Eólio e Mixolidio respectivamente. 
No que concerne aos modos gregorianos que, partindo de um princípio 
histórico, "no século IX a musica enchiriadis organizou as qualidades das escalas 
(modos) segundo o modelo do tetracorde grego, embora modificado e com nomes 
diferentes". (MARILENA, [2018]). E a partir do século XI Guido D' Arezzo 
(Micrologus, 1025) implantou novas modificações nas tessituras das escalas. 
Ao total são oito modos: 4 autênticos e 4 plagais. 
 
As principais características dos modos gregorianos são: a final, que 
sugere repouso (ou tônica que é também a fundamental); o tenor (ou 
dominante que é a nota principal de sustentação da melodia) e o ambito 
(ou tessitura), que permanece dentro de um oitava, podendo estender-se 
um tom para baixo e até dois para cima. (...) Sua tessitura é restrita ao da 
tessitura vocal (masculina). (MARILENA, [2018]). 
 
Além disso, existe uma diversidade de nomenclatura para os modos 
gregorianos, existindo pelo menos três formas, inclusive a nomenclatura grega, só 
que aplicada a modos diferentes. (MARILENA, [2018]). 
 
 
 
 
 
 
 
Modos Gregorianos (modos ascendentes) 
 
Jônico 
Exemplo Modo em Dó: Dó - Re - Mi - Fá - Sol- La- Si - Dó 
 Dórico 
Exemplo Modo em Re: Re - Mi - Fá - Sol - La - Si - Do - Re 
 Frígio 
Exemplo Modo em Mi: Mi - Fá - Sol - La - Si - Do - Re - Mi 
 Lídio 
Exemplo Modo em Fá: Fá - Sol - La - Si - Dó - Re - Mi - Fá 
 Mixolidio 
Exemplo Modo em Sol: Sol - La - Si - Do - Re - Mi - Fá - Sol 
 Eólio 
Exemplo Modo em Lá: La - Si - Do - Re - Mi - Fá - Sol – La 
 
A primeira diferença entre os modos gregos e gregorianos são suas tessituras, 
os gregorianos são de uma oitava com algumas exceções. A tessitura dos mogos 
gregos por sua vez abrangia cerca de três oitavas. "A partir das 8 notas naturais, 
organizadas em dois tetracordes, estabeleceram-se os modos, sendo os modos 
gregos tratados descendentemente e os gregorianos ascendentemente. 
 
Conclusão 
 
Este assunto de comparação entre os modos gregos e gregorianos muitas 
vezes se torna confusa por causa da nomenclatura das duas serem semelhantes, 
não obstante, devemos considerar as ideias escritas acima, ou seja, e estrutura de 
cada modo se diferencia consideravelmente, pois, os modos gregos são tratados em 
modo descendente. O phorminx (instrumento de 4 cordas) é que executava os 
tetracordes descendentes. 
 
Já os modos gregorianos, nos parece mais familiar, pois esses são tratados 
ascendentemente. 
Enfim, devemos ter cuidado ao confundir modos gregos com gregorianos, pois 
possuem muitas particularidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
BENNETT, Roy; Uma breve história da música. Jorge Zahar Editor Ltda. Rio de 
Janeiro: Zahar, 1986. 
 
GROUT, Donald J; PALISCA, Claude V; História da Música Ocidental. 5ª ed, 
Lisboa: gradiva, 2007. 
 
OLIVEIRA, Marilena de; Modos: Comparação entre os gregos e gregorianos. 
E.d. Disponível em: 
<http://www.neuromusic.com.br/donwload/didatico/qdms/Qdm%205%20Modos%20a
ntigos.cdr.pdf>. Acesso em 20 abr. 2018.

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