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Aula 00 Direito Tributario ISS Niteroi Tributos definicao e especie v1

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Aula 00 – Aula Demonstrativa 
Curso: Direito Tributário p/ ISS Niterói 
Professoras: Aline Martins e Juliana Migowski 
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Curso: Direito Tributário p/ ISS Niterói 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski Aula 00 
 
 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski 2 de 92 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Olá, amigos do Exponencial Concursos! 
É com enorme satisfação que iniciamos hoje o nosso “Curso de Direito 
Tributário (teoria e questões comentadas) para o cargo de Fiscal de 
Tributos do Município de Niterói – RJ (ISS Niterói)”! 
 Até pouco tempo atrás, estávamos aí “do outro lado” estudando 
insanamente na busca de uma vaga na área fiscal. Sofremos muito com a 
ansiedade e a insegurança que corroem os concurseiros. Mas, com muito 
esforço e muita fé, deu tudo certo pra gente e agora estamos aqui pra fazer 
dar tudo certo pra você também!  
 Agora, pedimos licença para nos apresentar: 
Meu nome é Aline Martins da Silva e a minha história concurseira 
começou em 2009, quando iniciei meus estudos para a área bancária. Eu 
cursava Ciências Contábeis na UFRGS e havia me decepcionado com um 
estágio na iniciativa privada. Em toda a minha trajetória, prestei 46 concursos! 
Muitos eu não tinha nem intenção de assumir, mas fazia a prova como um 
esporte, um treino para eu me aprimorar rumo ao meu objetivo final: ICMS 
RS. 
 Em 2010, ingressei em uma instituição bancária e comecei a prestar 
concursos para minha formação: contabilidade. Em 2011, surgiram os 
rumores do ISS POA e resolvi me dedicar bastante pra essa prova. 
Infelizmente, eu não sabia muito dos melhores materiais e perdi muito tempo 
com cursos presenciais de segunda a domingo e acabei ficando no cadastro 
reserva e não sendo chamada até hoje. Mas, nessa ocasião, me apaixonei pelo 
Direito Tributário e decidi que eu iria ser fiscal, custasse o que custasse! 
Após isso, como não havia perspectiva de concurso fiscal no RS e eu 
não queria sair do RS, estudei com muito afinco para o TJ/RS – Analista 
Judiciário – Área Adm. e obtive a 3ª posição e também fiquei em 2º lugar 
no concurso da DPE/RS para Contador. Essas aprovações me deram muita 
motivação para perseguir meu sonho da área fiscal. Foram muitas derrotas 
nessa caminhada, e algumas reprovações que doeram muito, quase me 
fazendo desistir desse sonho... Mas, com muita dedicação e uma persistência 
acima da média, eu consegui driblar minhas dificuldades e atingir a tão 
almejada aprovação! \o/ 
O meu tão esperado resultado do longo plantio veio em 2014, aos 25 
anos: Aprovada Auditora Fiscal da Receita Estadual do RS (ICMS RS 
37º lugar) e Auditora Pública Externa – Contadora do TCE RS (35º 
lugar). 
O recado que eu preciso deixar pra vocês disso tudo é que meu 
sofrimento nos estudos foi longo e dolorido, mas eu faria tudo de novo sem 
APRESENTAÇÃO 
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Curso: Direito Tributário p/ ISS Niterói 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski Aula 00 
 
 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski 3 de 92 
www.exponencialconcursos.com.br 
dúvida nenhuma!! A sensação de pendurar as chuteiras concurseiras com o 
gostinho da vitória é surreal! É uma felicidade que não cabe no peito!  
Meu nome é Juliana Migowski e minha trajetória no mundo dos 
concursos começou em 2009, assim que concluí a graduação em Jornalismo 
na UFRJ. Sempre fui boa aluna, havia ficado nas primeiras colações dos 
vestibulares com apenas 16 anos, e me sentia frustrada por atuar numa área 
em que o estudo não era muito recompensado. Decidi que seria servidora 
pública por duas razões: ter sucesso dependeria apenas de mim e me sentiria 
satisfeita por realizar um trabalho que beneficia a todos. 
Com cerca de três meses de estudo, período em que ainda trabalhava 
(muito) na área da Comunicação Social, fui classificada em 5º lugar no 
concurso para Técnico Assistente de Procuradoria da PGE-RJ. Meu 
trabalho era bastante simples, mas, ainda assim, sentia que ele era muito 
importante! Percebi que meu caminho era mesmo ser servidora pública. 
No ano seguinte iniciei o curso de Direito na Uerj com o objetivo de 
ampliar o leque de opções de concursos públicos. No final de 2010 prestei 
concurso para Agente Executivo da CVM e fui classificada em 1º lugar. 
Havia tentado outros concursos, como Bacen e MPU, mas a rotina de trabalho 
/ faculdade / casa e estudo para concursos estava bem complicada! Foi nessa 
época que “descobri” a área fiscal e, logo de cara, decidi que meu foco seria o 
ICMS-RJ, pois não gostaria de sair do meu Estado. No início de 2011, iniciei o 
estudo para esse concurso e tranquei a faculdade para poder me dedicar a ele. 
Não via mais propósito em fazer outro curso para só então prestar concurso 
de nível superior. 
 Por fim, consegui atingir o objetivo de ser aprovada no concurso para 
Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro. Imaginem minha 
alegria ao ser classificada em primeiro lugar, aos 25 anos! Claro que o 
importante mesmo é estar dentro do número de vagas oferecidas, mas esse 
resultado representou o coroamento de muita, muita dedicação e esforço. 
 
Como vocês podem ver, nós sentimos na pele, durante bastante tempo 
o que se passa “do outro lado”: a ansiedade, as dificuldades, a insegurança. 
Esperamos dividir com você, amigo concurseiro (a), a experiência adquirida ao 
longo da nossa preparação e desejamos fortemente fazer parte da sua 
conquista! 
A área fiscal está de braços abertos para pessoas de todas as 
formações! Basta dedicação, ter em mãos os melhores materiais e seguir uma 
rotina de estudos bem organizada. É aí que entra a equipe do Exponencial 
para te mostrar o “caminho das pedras”. 
Nosso curso será de Teoria e Questões Comentadas e iremos MASTIGAR 
toda a matéria para vocês, com uma abordagem totalmente objetiva, concisa 
e esquematizada. Contem conosco nessa trajetória! Salientamos aos iniciantes 
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Curso: Direito Tributário p/ ISS Niterói 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski Aula 00 
 
 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski 4 de 92 
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que no primeiro contato com alguma matéria, é normal as dúvidas surgirem. 
Por isso, ficamos à disposição de vocês para qualquer dúvida no Fórum. 
 
 
 Ninguém duvida da importância de nossa disciplina nos concursos para 
a área fiscal. São sempre muitas questões de Direito Tributário! No caso do 
recente concurso para o ISS Cuiabá organizado pela FGV foram 12 questões 
de Direito Tributário em um total de 70 questõesda P2. 
No quadro abaixo temos um RAIO-X dos tópicos exigidos na prova de 
Cuiabá e do número de questões que haviam por assunto. Na última coluna 
consta em que aula cada assunto será abordado: 
ASSUNTO 
 
PROVA ISS 
Cuiabá 
2014 
(Quantidade de 
questões por 
assunto) 
AULA 
Conceito de direito tributário. Tributos: conceito; 
natureza jurídica. Classificação. Espécies. 
2 00 
Competência Tributária e Capacidade Tributária. 01 
Limitações Constitucionais ao poder de tributar 1: 
Princípios Constitucionais do Direito Tributário. 
1 01 
Limitações ao poder de tributar 2: Imunidade. 
Incidência e não incidência. Isenção. 
1 02 
Tributos de Competência da União. 2 03 
Tributos de Competência dos Municípios. 1 03 
Legislação tributária. 2 04 
Obrigação Tributária Principal e Acessória. Fato 
Gerador da Obrigação Tributária. Sujeição Ativa e 
Passiva. Solidariedade. Domicílio tributário. 
 05 
Responsabilidade Tributária. 06 
Crédito tributário. 1 07 
Histórico e análise das provas 
Direito Tributário 
 
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Teoria e Questões comentadas 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski Aula 00 
 
 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski 5 de 92 
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Suspensão, extinção e exclusão do crédito 
tributário. 
 08 
Administração tributária. Dívida ativa. Certidão 
negativa. 
 09 
Garantias e privilégios. 10 
Simples Nacional. 2 10 
TOTAL 12 
 
 
Este é o conteúdo do nosso edital para Fiscal de Tributos, publicado 
pela FGV dia 07/10/15: 
Receitas públicas. Sistema Tributário Nacional: previsão constitucional; 
atribuição e competência tributária, princípios constitucionais tributários, 
limitações ao poder de tributar. Lei complementar: funções e matérias 
reservadas. Tributos: conceito, natureza jurídica, classificação e espécies de 
tributos: impostos, taxas, contribuição de melhoria, empréstimos 
compulsórios, contribuições especiais. Tributos de competência da União. 
Tributos de competência dos Estados e do Distrito Federal. Tributos de 
competência dos Municípios. Repartição das receitas tributárias: receita da 
União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Receitas dos Estados 
distribuídas aos Municípios. Legislação tributária: lei complementar, lei 
ordinária, lei delegada; decretos legislativos, resoluções do Senado Federal; 
atos normativos de autoridades administrativas: decretos e despachos 
normativos do Executivo, resoluções administrativas, portarias, decisões 
administrativas, tratados e convenções internacionais, vigência, aplicação, 
interpretação e integração. Obrigação tributária: principal e acessória – 
conceito. Fato gerador: hipótese de incidência tributária, incidência e não 
incidência, isenção, imunidade, domicílio tributário, momento e local da 
ocorrência. Aspecto subjetivo: competência tributária, capacidade tributária. 
Sujeição ativa. Sujeição passiva: contribuinte e responsável; responsabilidade 
solidária, responsabilidade de terceiros, responsabilidade por infrações; 
substituição tributária. Elemento valorativo: base de cálculo, alíquota. Crédito 
tributário: lançamento: efeitos e modalidades. Suspensão, extinção e exclusão 
do crédito tributário. Sonegação fiscal. Administração tributária: fiscalização, 
regulamentação, competência, limites, procedimentos. Dívida ativa: certidão 
negativa e execução fiscal. Repetição de indébito. Informações e sigilo fiscal. 
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Curso: Direito Tributário p/ ISS Niterói 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski Aula 00 
 
 
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Processo administrativo tributário. Processo tributário: princípios. Processo 
judicial tributário. Execução. Ação anulatória de débito fiscal. Mandado de 
segurança. Ação de consignação em pagamento. Lei nº 6.830, de 22 de 
setembro de 1980. Ação cautelar fiscal. Código Tributário do Município de 
Niterói (Lei nº 2.597/08). 
 
Buscando ser o mais objetivo possível, sem abrir mão da qualidade, 
nosso curso será composto de 12 aulas (0 a 11). E, sem mais rodeios, vamos 
ao programa do nosso curso!  
Aula Conteúdo 
00 Receitas públicas. Tributos: conceito, natureza jurídica, classificação e 
espécies de tributos: impostos, taxas, contribuição de melhoria, 
empréstimos compulsórios, contribuições especiais. 
01 Aspecto subjetivo: competência tributária, capacidade tributária. 
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar 1: Princípios 
Constitucionais Tributários. 
02 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar 2: Imunidade. 
Incidência e não incidência, isenção. 
03 Tributos de competência da União. Tributos de competência dos 
Estados e do Distrito Federal. Tributos de competência dos Municípios. 
Repartição das receitas tributárias: receita da União aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios. Receitas dos Estados distribuídas 
aos Municípios. 
 
 
04 
Legislação tributária: lei complementar, lei ordinária, lei delegada; 
decretos legislativos, resoluções do Senado Federal; atos normativos 
de autoridades administrativas: decretos e despachos normativos do 
Executivo, resoluções administrativas, portarias, decisões 
administrativas, tratados e convenções internacionais, vigência, 
aplicação, interpretação e integração. 
Lei complementar: funções e matérias reservadas. 
05 Obrigação tributária: principal e acessória – conceito. Fato gerador: 
hipótese de incidência tributária, momento e local da ocorrência. 
Elemento valorativo: base de cálculo, alíquota. Sujeição ativa. 
Sujeição passiva: contribuinte e responsável. Solidariedade. Domicílio 
tributário. 
06 Responsabilidade solidária, responsabilidade de terceiros, 
responsabilidade por infrações; substituição tributária. 
07 Crédito tributário: lançamento: efeitos e modalidades. 
08 Suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário. Repetição de 
indébito. 
09 Administração tributária: fiscalização, regulamentação, competência, 
limites, procedimentos. Dívida ativa: certidão negativa e execução 
fiscal. Informações e sigilo fiscal. 
10 Sonegação Fiscal. Processo administrativo tributário. Processo 
tributário: princípios. Processo judicial tributário. Execução. Ação 
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Teoria e Questões comentadas 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski Aula 00 
 
 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski 7 de 92 
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anulatória de débito fiscal. Mandado desegurança. Ação de 
consignação em pagamento. Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 
1980. Ação cautelar fiscal. Código Tributário do Município de Niterói 
(Lei nº 2.597/08). 
11 SIMULADO. 
*Confira o cronograma de liberação das aulas (datas) na página do 
curso, no site do Exponencial Concursos. 
 
Não se assuste com o número total de páginas de nossas aulas. Perceba 
que, na presente aula, a parte teórica se encerra na página 39. As páginas 
seguintes contêm apenas questões e seus respectivos comentários, para fazer 
a matéria aqui tratada grudar no seu cérebro! ;) 
Dito tudo isso, hora de partirmos para a nossa aula 00! Tenha uma boa 
aula!  
 
Um forte abraço, 
Aline Martins e Juliana Migowski 
 
“No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à 
dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou 
não faz.” 
(Ayrton Senna) 
 
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Curso: Direito Tributário p/ ISS Niterói 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski Aula 00 
 
 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski 8 de 92 
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Sumário 
 
1- Conceito de Tributo ......................................................................... 9 
1.1- Receitas Públicas ................................................................................................................ 9 
1.2- Conceito de Direito Tributário ........................................................................................... 9 
1.3- Definição legal de tributo ................................................................................................. 10 
2- Espécies de Tributos ...................................................................... 15 
2.1 Taxas (art. 77 a 80 do CTN e art. 145, II e § 2º) ...................................................................... 17 
2.2 Taxas x Preços Públicos .......................................................................................................... 19 
2.3. Contribuição de melhoria (CTN, arts. 81 e 82; CF, art. 145, III) ............................................ 23 
2.4. Impostos (CTN, art. 16; CF, art. 145, I e § 1º) ........................................................................ 27 
2.5. Empréstimos Compulsórios (CTN, art. 15; CF, art. 148) ........................................................ 28 
2.6 Contribuições Especiais (CF, arts. 149 e 149-A) ..................................................................... 30 
3- Classificação dos Tributos ............................................................. 37 
3.1. Classificação quanto ao destino da arrecadação: Tributos de arrecadação vinculada e de 
arrecadação não vinculada .......................................................................................................... 37 
3.2. Quanto à finalidade: Fiscal; Extrafiscal e Parafiscal .............................................................. 37 
3.3. Quanto à possibilidade de repercussão do encargo econômico-financeiro: Tributos Diretos 
e Indiretos .................................................................................................................................... 38 
4- Questões Comentadas ................................................................... 40 
5- Lista de Exercícios ......................................................................... 76 
6- Gabaritos ....................................................................................... 92 
 
 
Aula 00 – Conceito e Classificação dos Tributos. 
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Curso: Direito Tributário p/ ISS Niterói 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski Aula 00 
 
 
Profs. Aline Martins e Juliana Migowski 9 de 92 
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1.1- Receitas Públicas 
O Direito Tributário é a ramificação do Direito Público dedicado ao 
estudo da principal fonte de receita pública: o tributo. Trata-se de um tipo de 
receita derivada, isto é, aquela que o Estado obtém por meio da realização 
das atividades que lhe são típicas, utilizando-se da soberania. 
As receitas derivadas surgem das prerrogativas de Direito Público, nas 
quais o Estado ocupa posição de superioridade em relação ao particular (a 
receita é DERIVADA DO poder de império do Estado). A lei obriga o 
particular a contribuir com o Estado, independente de sua vontade. 
Há também as receitas originárias, aquelas que o Estado explora seu 
próprio patrimônio. As receitas originárias são fruto de obrigações constituídas 
pela vontade das partes (manifestação bilateral da vontade). O Estado 
despe-se de sua soberania e age como se particular (Direito Privado) fosse. 
Ex. Receitas de alugueis, comerciais, industriais. 
RECEITAS 
ORIGINÁRIAS DERIVADAS 
Relações de Dir. Privado Relações de Dir. Público 
Exploração do próprio patrimônio DERIVA do Poder de Império 
Natureza contratual Previsão legal 
Isonomia entre as partes Desigualdade entre as partes 
Ex: Alugueis, dividendos Ex: Tributos 
 (FCC/Analista de Controle - TCE PR/2011 - adaptada) 
Com relação aos tributos, classifique a afirmação abaixo em certa ou errada: 
 São considerados receita derivada e têm por finalidade obter recursos 
financeiros para o Estado custear as atividades que lhe são correlatas. 
Comentários: Certinho, os tributos constituem receita derivada e possibilitam 
que o Estado realize a prestação de serviços à sociedade. Gabarito: correta. 
 
1.2- Conceito de Direito Tributário 
Conforme Hugo de Brito Machado, direito tributário é o ramo do Direito 
que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas a imposições 
tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo 
o cidadão contra abusos desse poder. 
No que se refere às fontes do direito, “fonte” refere-se ao órgão ou 
norma de onde se origina o direito. Assim, fontes materiais são aqueles 
órgãos que produzem o direito, sendo, normalmente, atribuição do Poder 
1- Conceito de Tributo 
 
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Legislativo. Também pode ser o Presidente da República, quando legisla ao 
editar uma Medida Provisória. 
Já as fontes formais são: a Constituição Federal, que é a Própria Lei 
Fundamental do Estado; as Emendas Constitucionais; as Leis 
Complementares; as leis Ordinárias; enfim a Legislação Tributária (expressão 
descrita no art. 96 do CTN, e, que será melhor analisada futuramente).1.3- Definição legal de tributo 
A definição legal de tributo é dada pelo art. 3º do CTN. Para ser 
considerada tributo, a prestação deve se enquadrar em todas as 
características abaixo desmembradas: 
 
 
i) “Prestação pecuniária” – significa que o tributo é algo que deve ser 
pago em dinheiro, não em serviços ou bens. 
 
ii) “Compulsória” – por ser uma receita derivada, como vimos, o tributo 
tem caráter obrigatório. 
 
iii) “Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir” – A interpretação 
deste dispositivo não autoriza a possibilidade de se pagar os tributos com 
mercadorias ou serviços, mas sim a de adotar índices ou indexadores, tal 
como a UFIR para quantificá-los. 
Entretanto, há uma exceção! Atualmente o tributo também pode ser pago 
em bens imóveis, nos termos da lei. Essa hipótese encontra-se no CTN (inciso 
XI do art. 156) e depende de ser regulada em lei de cada esfera (União, 
Estados, DF e municípios). 
TRIBUTO é 
toda 
prestação pecuniária 
compulsória 
em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir 
que não constitua sanção e de ato ilícito 
instituída em lei 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada 
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Contudo, ATENÇÃO! Embora a LC 104/2001 tenha introduzido essa 
exceção no CTN, não se pode considerar essa autorização como uma 
derrogação do art. 3º do CTN, no que se refere à definição de tributo como 
uma prestação pecuniária “em moeda ou cujo valor nela [em moeda] se possa 
exprimir”. 
Em resumo, o CTN permitiu o pagamento de créditos tributários por 
intermédio da entrega de outras utilidades que possam ter seu valor exprimido 
em moeda. Contudo, em obediência ao art. 141 do Código, tais hipóteses 
devem estar previstas no próprio texto do CTN para que extingam o crédito 
tributário. 
 
iv) “Não constitua sanção de ato ilícito” – significa que o dever de 
pagar tributo decorre do acontecimento do fato gerador, que é uma situação 
prevista na lei instituidora do tributo. Por exemplo, a propriedade de veículo 
automotor é o fato gerador do IPVA e a circulação de mercadorias é fato 
gerador do ICMS. Assim, o dever de pagar tributo não pode ser confundido 
com uma punição / sanção ao contribuinte. 
Por essa razão, tributo e multa apresentam naturezas distintas. Mesmo as 
multas tributárias, decorrentes do descumprimento de algum dever legal 
previsto na legislação tributária (como efetuar o recolhimento do tributo 
dentro do prazo legal ou emitir notas fiscais), não são tributos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRIBUTO 
• Não possui finalidade 
sancionária. 
• O objetivo é arrecadar e 
interfirir no cenário econômico e 
social. 
MULTA 
• É sanção por ato ilícito. 
• O objetivo é coibir o ato 
ilícito. 
CUIDADO!!! No caso de fatos geradores que ocorrem em meio a 
atos ilícitos, tal como ocorre no jogo do bicho, o tributo Imposto de 
Renda é devido (a cobrança ocorre não em consequência do ato ilícito 
praticado, mas sim em função do acontecimento do fato gerador 
obtenção de rendimentos). A doutrina denomina essa possibilidade 
como “princípio do pecúnia non olet”, que significa o dinheiro não 
cheira. 
 O art. 118, I, do CTN, também corrobora a cobrança de tributos 
no caso de fato geradores ocorrendo em meio a ilícitos. Conforme o 
Código, “a definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se 
da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos 
contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu 
objeto ou dos seus efeitos.” 
 
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Estudaremos a matéria crédito tributário em aula futura. Por ora, 
memorize que, apesar de tributo e multa serem conceitos distintos, a doutrina 
e a jurisprudência consideram que a expressão crédito tributário 
compreende tanto os tributos como as multas pecuniárias cobradas do 
sujeito passivo pelo inadimplemento da obrigação tributária. A título de 
exemplo, o STJ, em 2006, afirmou que: "(...) o conceito de crédito tributário 
abrange também a multa (...)” (REsp 831.278/PR). No trabalho prático do 
auditor fiscal, essa regra também se verifica, pois o auto de infração é lançado 
abrangendo o tributo devido e também a multa aplicada pelo inadimplemento 
da obrigação tributária. 
 
v) “instituída em lei” – essa característica é decorrência do tributo ser 
compulsório, pois, conforme a Constituição Federal: “ninguém será obrigado a 
fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude da lei” (CF, art. 5º, II). A 
depender do tributo, sua instituição pode estar prevista em lei ordinária ou 
complementar ou, até mesmo, em ato normativo com força de lei, como as 
medidas provisórias (MP). 
Entretanto, os atos infralegais, isto é, hierarquicamente abaixo das leis, 
como os decretos, não podem instituir tributos. Essa é uma regra sem 
exceção! CUIDADO! Embora não haja exceções à essa regra na criação de 
tributos, existem exceções na alteração das alíquotas, conforme detalharemos 
na próxima aula. 
 
 
vi) “cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada” – A autoridade tributária não pode analisar se é conveniente e 
oportuno cobrar o tributo. Ou seja, não há nenhuma discricionariedade na 
cobrança de tributos. 
Assim, o agente não pode escolher de quem cobrar ou o valor da cobrança, 
por exemplo. Mas sim deve agir exatamente conforme previsto nas leis 
tributárias. 
 
LEI ou MP 
Criar ou 
extinguir 
tributo 
Sem 
exceção! 
Alteração de 
alíquotas de 
tributo 
Há 
exceções! 
II, IE, IOF, 
IPI, ICMS 
monofásico 
sobre 
combustíveis 
e CIDE 
combuistíveis 
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 (ESAF/APO - MPOG/2010) É sabido que, de acordo com o 
art. 3º do Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação pecuniária, 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamentevinculada. 
Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que: 
a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos, 
mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo, para 
que se submetam ao mesmo regime de constituição, discussão administrativa, 
inscrição em dívida ativa e execução dos tributos. 
b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear 
suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica exercício 
do poder de polícia, e somente mediante atividade administrativa pode ser 
exigido o pagamento de tributo. 
c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa 
tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte, 
havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade. 
d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o 
produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos 
ilícitos, são passíveis de tributação. 
e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim 
toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do 
art. 3º do CTN, como por exemplo o caráter obrigatório. 
Comentários: 
Alternativa A: Correta. Apesar de tributo e multa serem conceitos distintos, 
a doutrina e a jurisprudência consideram que a expressão crédito tributário 
compreende tanto os tributos como as multas pecuniárias cobradas do sujeito 
passivo pelo inadimplemento da obrigação tributária. A título de exemplo, o 
STJ, em 2006, afirmou que: "(...) o conceito de crédito tributário abrange 
também a multa (...)” (REsp 831.278/PR). No trabalho prático do auditor 
fiscal, essa regra também se verifica, pois o auto de infração é lançado 
abrangendo o tributo devido e também a multa aplicada pelo inadimplemento 
da obrigação tributária. 
Alternativa B: Correta. O tributo constitui um tipo de receita derivada, isto 
é, aquela que o Estado obtém por meio da realização das atividades que lhe 
são típicas, utilizando-se da soberania. 
As receitas derivadas surgem das prerrogativas de Direito Público, nas 
quais o Estado ocupa posição de superioridade em relação ao particular (a 
receita é DERIVADA DO poder de império do Estado). A lei obriga o 
particular a contribuir com o Estado, independente de sua vontade. Assim, o 
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poder de tributar é exclusivo dos Entes políticos, para obtenção de recursos 
para custear as ações no interesse da sociedade. 
No final dessa alternativa, consta que “somente mediante atividade 
administrativa pode ser exigido o pagamento de tributo”. Salientamos a 
diferença existente entre os conceitos de Exigibilidade e Executoriedade, 
estudada na disciplina de Direito Administrativo. Pela exigibilidade, o Estado, 
mediante atividade administrativa, pode exigir os tributos, sendo 
originada uma obrigação para o particular. Já, pela executoriedade, o Poder 
Público pode compelir materialmente o administrado (sem necessidade de 
buscar previamente as vias judiciais) ao cumprimento da obrigação que impôs 
e exigiu. Assim, correto esse final da alternativa também. 
Alternativa C: Incorreta. Conforme o art. 3º do CTN, o tributo é uma 
prestação “cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada”. Assim, a autoridade tributária não pode analisar se é conveniente 
e oportuno cobrar o tributo. Ou seja, não há nenhuma discricionariedade 
na cobrança de tributos. 
Alternativa D: Correta. No caso de fatos geradores que ocorrem em meio a 
atos ilícitos, tal como ocorre no jogo do bicho, a tributação ocorre 
normalmente (a cobrança ocorre não em consequência do ato ilícito praticado, 
mas sim em função do acontecimento do fato gerador obtenção de 
rendimentos e circulação de mercadorias). A doutrina denomina essa 
possibilidade como “princípio do pecúnia non olet”, que significa o 
dinheiro não cheira. 
 O art. 118, I, do CTN, também corrobora a cobrança de tributos no caso 
de fato geradores ocorrendo em meio a ilícitos. Conforme o Código, “a 
definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade 
jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou 
terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos.” 
Alternativa E: Correta. Para ser considerada tributo, a prestação deve se 
enquadrar em todas as características presentes no art. 3º do CTN. 
Gabarito: C 
 
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O CTN, em seu art. 5º e o art. 145 da CF adotaram a Teoria Tripartite 
ou Tripartida dos tributos: ou seja, os tributos são divididos em 3 espécies: 
impostos, taxas e contribuições de melhoria. Contudo, há uma corrente 
que defende que as espécies tributárias existentes são 5, incluindo, além das 
já mencionadas, os empréstimos compulsórios e as contribuições 
especiais, definidos no art. 145 e 149 da CF, respectivamente. A Teoria 
Pentapartida tornou-se a corrente dominante em nosso ordenamento jurídico 
após ser adotada em decisões do STF, além de ser amplamente cobrada em 
provas de concurso público. No entanto, CUIDADO! Se for perguntado quais 
são as espécies tributárias “de acordo com o CTN”, lembre-se de que são 
apenas três! 
 
>> E como podemos distinguir um tributo do outro? 
São exatamente as características dos respectivos fatos geradores que 
fazem a distinção de cada espécie tributária. 
Isso consta do art. 4º do CTN: a natureza jurídica específica do 
tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo 
irrelevantes para qualificá-la: a denominação e demais características 
formais adotadas pela lei, bem como a destinação legal do produto da sua 
arrecadação. 
Portanto, o principal elemento determinante da natureza do tributo é 
seu FATO GERADOR, situação prevista em lei e que, ao ocorrer no caso 
concreto, gera para o contribuinte o dever de pagá-lo. Assim, quando ocorre 
prestação de serviço num salão de beleza, por exemplo, ocorre uma situação 
prevista na lei do Imposto sobre Serviços (ISS), ocorrendo o fato gerador 
desse tributo. 
Espécies de tributos 
Imposto Taxa 
Contribuição 
de melhoria 
Empréstimos 
compulsórios 
Contribuições 
especiais 
Teoria Tripartida 
(CTN) 
Teoria Pentapartida 
(STF) 
2- Espécies de Tributos 
 
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Vale ressaltar que, em virtude de a CF no art. 145, § 2º proibir que as 
taxas tenham bases de cálculo próprias de impostos, tem-se que, além do 
Fato gerador, torna-se necessário também avaliar a BASE DE CÁLCULO para 
decifrar sua natureza jurídica. 
CUIDADO! Isso já foi cobrado pelo CESPE (Procurador do Estado 
RN/2002): “A natureza jurídica específica de um tributo é dada pelo cotejo 
entre o seu fato gerador e a sua base de cálculo”. 
 
>> Tributos vinculados X Não vinculados 
Ainda que as 3 espécies tributárias sejam diferentes, as taxas e 
contribuições de melhoria têm uma certa proximidade que por vezes é objeto 
de cobrança em provas: 
1. Taxas e Contribuição de Melhoria- nesses casos, os fatos geradores 
estão relacionados com alguma atividade estatal: serviço público 
específico e divisível ou exercício regular do poder de polícia (taxas) e 
valorização imobiliária decorrente de obra pública (contribuição de 
melhoria). Assim, pode-se dizer que as taxas e contribuições de melhoria são 
tributos contraprestacionais (ou vinculados), pois a obrigação de pagar está 
vinculada ao momento em que o Estado realiza alguma atividade em direção 
ao contribuinte. São também chamadas de retributivas. 
2. Impostos – são ligados a uma situação de manifestação de riqueza por 
parte do sujeito passivo (devedor), como a propriedade de um imóvel ou 
de um veículo, obtenção de renda, importação de bens, etc. Desse modo, 
como os impostos fundam-se na ideia da solidariedade social, pois o Estado 
não tem de realizar nenhuma atividade em relação ao sujeito passivo para 
validar a cobrança. 
 
 
IMPOSTOS 
•Fato do Contribuinte 
• Não vinculado 
• Não contraprestacional 
• Caráter contributivo 
TAXAS e CONTRIBUIÇÕES 
DE MELHORIA 
• Fato do Estado (da Adm. 
Pública) 
• Vinculadas 
• Contraprestacionais 
• Caráter retributivo 
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2.1 Taxas (art. 77 a 80 do CTN e art. 145, II e § 2º) 
Sintetizamos as informações sobre as taxas no esquema abaixo: 
 
Explicando o esquema, tem-se que, a taxa é um tributo previsto na 
competência comum dos entes políticos, podendo ser instituída por qualquer 
um deles, isto é pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições (daí vêm as abreviações 
do primeiro retângulo à esquerda ). 
Pela leitura do disposto no CTN, percebemos que o fato gerador das 
taxas é dividido em duas espécies. 
 
a) Taxa de serviço 
Pelo CTN, a taxa de serviço tem como fato gerador a utilização efetiva 
ou potencial de um serviço público. 
Primeiramente, tem-se que não basta o Estado ter a incumbência de 
prestar o serviço, mas sim é necessário que o serviço exista 
efetivamente, em condições razoáveis de utilização. O que pode ser 
potencial é apenas a sua utilização por parte do usuário-contribuinte no 
caso de serviços de utilização compulsória que sejam colocados à disposição 
do contribuinte (CUIDADO!! Repare no esquema acima que os atributos 
“efetiva” e “potencial” referem-se à utilização, e não ao serviço!!). 
Por exemplo, a taxa de coleta domiciliar de lixo é de utilização 
compulsória e tem como contribuintes os proprietários de imóveis, em virtude 
de eles disporem deste serviço em suas unidades imobiliárias. No caso de o 
proprietário manter sua casa vazia, sem produção de lixo, ainda sim a taxa 
será devida, eis que ocorre a utilização potencial do serviço. Essa utilização 
potencial significa a mera disponibilidade do serviço, isto é, o contribuinte não 
se utiliza concretamente do serviço, mas o tem à sua disposição. 
Outro ponto que devemos esclarecer a respeito das taxas de serviço é 
que só podem ser cobradas se o serviço em questão for específico e 
divisível (art. 79, CTN). O STF consagrou o entendimento de que as 
atividades ou serviços gerais do Estado (universais, prestados “uti universi”) 
U, 
E, 
DF 
e 
M 
Taxa pela 
UTILIZAÇÃO 
Efetiva 
OU 
potencial 
de 
serviço 
público 
específico 
E 
divisível 
 prestado ao 
contribuinte 
OU 
posto à sua 
disposição 
Taxa pelo EXERCÍCIO regular do poder de polícia. 
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devem ser financiados com impostos, e não com taxas, por não constituírem 
serviços públicos específicos e divisíveis. Assim, apenas os serviços públicos 
específicos (singulares, prestados “uti singuli”) devem ser financiados por 
meio das taxas (ADI 1.942, ADI 2.424). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São constitucionais: 
 A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, 
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de 
imóveis. (Súmula Vinculante nº 19 do STF); 
 A taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários. 
(Súmula nº 665 do STF); 
 Taxa de prevenção de incêndio, em razão da prevenção de incêndios. (AI 
677.891); 
 Taxa Judiciária - é possível que tome por base de cálculo o valor da causa 
ou da condenação. (ADI 948); 
 Taxa de serviços notariais e de registro. (ADI 3.694); 
 Custas e os emolumentos judiciais ou extrajudiciais - os quais têm 
natureza de taxa, conforme o STF. (ADI 1.444); 
 Taxas judiciárias, em razão da prestação de serviços pelos órgãos 
judiciários. CUIDADO!! Súmula nº 667 STF: “Viola a garantia 
constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite 
sobre o valor da causa.” 
 
Serviço específico – Segundo o CTN, é aquele que possa ser destacado 
em unidades autônomas de intervenção, utilidade ou necessidade 
pública. Ou seja, o contribuinte, ao pagar a taxa, sabe por qual serviço 
está pagando. Exemplo: o serviço de combate a incêndios é um serviço 
específico. 
 
Serviço divisível – Conforme o CTN, é aquele suscetível ser utilizado 
separadamente, por parte de cada um de seus usuários. Isto é, o 
fornecimento da utilidade por parte do Estado deve ocorrer 
individualmente em relação a cada usuário. Não pode ser cobrada taxa 
por serviços prestados de forma genérica à coletividade, como por 
exemplo, pela segurança pública ou pela limpeza dasruas, já que não são 
oferecidos de forma individualizada aos cidadãos. 
 
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b) Taxa de polícia 
Conforme visto no esquema da página anterior, a outra forma de taxa 
prevista no CTN além da taxa de serviço, é a taxa cobrada pelo exercício do 
poder de polícia. 
A definição do que significa poder de polícia consta no art. 78 do 
CTN: consiste em uma atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à 
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao 
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização 
do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos 
direitos individuais ou coletivos. Exemplos de taxas de polícia: taxa de alvará; 
taxa de fiscalização de obras; taxa de vigilância sanitária. 
Conforme o STF, é presumido o exercício do poder de polícia quando 
existente a estrutura do órgão fiscalizador e este estiver em pleno 
funcionamento. Ou seja, para ser cobrada a taxa, não se exige a ocorrência 
de efetiva fiscalização ao contribuinte. 
CUIDADO! A taxa de polícia decorre de uma atividade administrativa 
(polícia administrativa) e não da polícia de manutenção da ordem pública ou 
da polícia judiciária... 
Enquanto a polícia administrativa é inerente a toda a Administração 
Pública, as demais são exercidas apenas por determinados órgãos (Polícias 
Civis) ou corporações (Polícias Militares). 
 
2.2 Taxas x Preços Públicos 
As bancas adoram armar pegadinhas aqui em virtude de os preços 
públicos guardarem semelhanças com taxas de serviço, devido ao caráter 
contraprestacional da exigência. Entretanto, preços públicos não são 
compulsórios, pois o dever de pagá-los não surge da imposição legal, mas sim 
do contrato entre o usuário e a prestadora do serviço. 
 
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Importante que você conheça a Súmula 545 STF: “preços de 
serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, 
diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada 
à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.” 
Salientamos que esta súmula foi elaborada em 1969, estando hoje 
desatualizada em sua segunda parte, pois o princípio da anualidade já foi 
revogado no ordenamento jurídico brasileiro. Por esse motivo, deve ser 
desconsiderada a exigência de prévia autorização orçamentária para a cobrança 
de taxas. Neste sentido, conforme o STF: "Não é constitucionalmente 
indispensável que lei tributária preceda à lei orçamentária" (RMS1879RN, RDA 
47/26). 
 
>> A Base de Cálculo das Taxas 
Reunindo as informações do art. 145, § 2º da CF e do parágrafo único 
do art. 77 do CTN, temos: 
 
Como a taxa é um tributo contraprestacional, o valor a ser pago pelo 
contribuinte a título de taxa deve ter relação com o custo suportado pelo 
Preço Público (TARIFA) 
• Não é tributo 
• Decorre de contrato 
• Regime Jurídico de direito 
Privado 
• A receita arrecadada é originária 
• Depende de manifestação de 
vontade (é facultativo) 
• Não se sujeita aos princípios 
tributários 
• Pode ser exigida por pessoa jur. de 
dir. público ou privado. 
• A relação pode ser rescindida 
 
• Exemplo: Pedágio cobrado por 
concessionária; Passagem de 
transporte coletivo 
TAXA 
• É tributo 
• Decorre sempre de lei 
• Regime Jurídico de Direito 
Público (tributário) 
• A receita arrecadada é derivada 
• Não há autonomia da vontade 
(compulsória) 
• Se sujeita aos princípios tributários 
• Pode ser exigida apenas por 
pessoa jurídica de direito público 
• Inadmissível a rescisão da 
relação. 
 
• Exemplo: Taxa de coleta domiciliar 
de lixo; taxa judiciária (custa 
processual) 
A TAXA não pode 
ter base de cálculo 
própria de impostos 
ter base de cálculo ou fato 
gerador idênticos aos que 
correspondam a imposto 
ser calculada em 
função do capital 
das empresas 
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Estado para a prestação do serviço ou para o exercício do poder de polícia. Por 
esse motivo, justifica-se a previsão legal acima esquematizada. 
 Súmula Vinculante STF nº 29: “É constitucional a adoção, no 
cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo 
própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade 
entre uma base e outra.” 
Nesse contexto, o STF considera constitucional a Taxa da CVM de 
fiscalização do mercado de títulos e valores mobiliários (Súmula 665), 
ainda que ela utilize como fator de referência patrimônio líquido da sociedade 
sujeita à fiscalização. Ocorre que o valor do patrimônio líquido é adotado 
apenas como um parâmetro para a base de cálculo, pois o tributo é 
estabelecido em valores fixos de acordo com as faixas de variação do PL. 
 
 (ESAF/Analista de Comércio Exterior - MDIC/2012) 
Sobre as taxas, espécie tributária prevista pelo art. 145, inciso II da 
Constituição Federal, julgue os itens abaixo e a seguir assinale a opção 
correta. 
I. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder 
de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando 
apenas a estas a prestação potencial do serviço público. 
II. O Supremo Tribunal Federal entende como específicos e divisíveis, e 
passíveis de tributação por meio de taxa, os serviços públicos de coleta, 
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de 
imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de 
outros serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população em 
geral (uti universi) e de forma indivisível. 
III. Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, 
diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada 
à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. 
IV.A taxa, enquanto contraprestação a uma atividade do Poder Público, não 
pode superar a relação de razoável equivalência que deve existir entre o custo 
real da atuação estatal referida ao contribuinte e o valor que o Estado pode 
exigir de cada contribuinte, considerados, para esse efeito, os elementos 
pertinentes às alíquotas e à base de cálculo fixadas em lei. 
a) Apenas I, II e IV estão corretos. 
b) Apenas I, III e IV estão corretos. 
c) Apenas II e IV estão corretos. 
d) Apenas III e IV estão corretos. 
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e) Todos os itens estão corretos. 
Comentários: 
Item I: Correto. Essa afirmação está de acordo com o art. 145, II, da CF, o 
qual de fato discrimina as duas espécies de taxas em seu texto: 
"Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
instituir os seguintes tributos: 
(...) 
II- taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva 
ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao 
contribuinte ou postos a sua disposição". 
Contudo, salientamos que o que pode ser efetivo ou potencial é a UTILIZAÇÃO 
do serviço público pelo contribuinte. A prestação do serviço que enseja a taxa 
de serviços deve existir (a prestação do serviço deve ser efetiva, deve estar 
disponível), o uso pelo contribuinte é que pode ser apenas potencial. 
Item II: Correto. Essa afirmação está contida na Súmula Vinculante nº 
19 do STF: “A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços 
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos 
provenientes de imóveis não viola o art. 145, II, da CF”. 
Além disso, o entendimento descrito no item também está presente em um 
julgado do STF de 2011 (RE 613287): "As taxas cobradas em razão dos 
serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo 
ou resíduos provenientes de imóveis, desde que dissociadas da 
cobrança de outros serviços públicos de limpeza são constitucionais 
(...)". 
Item III: Correto. Segundo a Súmula 545 STF: “preços de serviços 
públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente 
daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia 
autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.” Salientamos que 
esta súmula foi elaborada em 1969, estando hoje desatualizada em sua 
segunda parte. Ocorre que o princípio da anualidade já foi revogado no 
ordenamento jurídico brasileiro. Por esse motivo, deve ser desconsiderada a 
exigência de prévia autorização orçamentária para a cobrança de taxas. 
Item IV: Correto. Como a taxa é um tributo contraprestacional, o valor a ser 
pago pelo contribuinte deve ter relação com o custo suportado pelo Estado 
para a prestação do serviço ou para o exercício do poder de polícia. Essa regra 
é decorrência do princípio da proporcionalidade e da razoabilidade. 
Gabarito: E 
 
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LIMITE INDIVIDUAL 
• Acréscimo de valor que 
da obra resultar para 
cada imóvel 
beneficiado. 
LIMITE TOTAL 
• Despesa realizada pelo 
ente público com a 
obra. 
2.3. Contribuição de melhoria (CTN, arts. 81 e 82; CF, art. 145, 
III) 
Esse tributo está previsto no art. 81 do CTN: 
 
ATENÇÃO!! Aqui há uma pegadinha muito comum!! O fato gerador da 
contribuição de melhoria NÃO é a obra pública, mas sim a sua 
consequência: a valorização imobiliária decorrente de obra pública. O fato 
gerador também NÃO é “a obra pública trazer qualquer benefício ou 
comodidade”, tem que haver um incremento no valor do imóvel para que seja 
legítima a cobrança da contribuição de melhoria! Fiquem ligados nisso: não 
basta que seja feita uma obra para que esteja constituída a obrigação 
tributária! Se a obra em questão não promover a valorização do imóvel, não 
haverá fato gerador de contribuição de melhoria. 
Perceba que, por se tratar de um tributo de competência comum, a 
contribuição de melhoria pode ser exigida por qualquer um dos entes 
políticos (U, E, DF, M), desde que o ente em questão tenha realizado uma 
obra pública da qual decorreu uma valorização imobiliária. Além disso, tenha 
em mente que, segundo o STF, não se pode instituir taxa quando for cabível a 
criação de contribuição de melhoria (RE 121.617). 
A contribuição de melhoria é um tributo contraprestacional, baseado no 
princípio geral do direito de que ninguém deve enriquecer sem justa causa. 
Em consequência disso, tem-se que o Estado pode exigir por que gastou na 
obra e o contribuinte pode ser exigido, uma vez que obteve a valorização. 
Nesse sentido, o CTN estabelece limites individual e total para a 
cobrança da contribuição de melhoria: 
 
 
 
 
 
 
Abaixo temos outros regramentos estabelecidos pelo CTN acerca da 
contribuição de melhoria: 
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
FG = valorização imobiliária 
decorrente de obra pública 
Competência comum = U, E, DF, M 
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 (FCC/ICMS RJ/2014) O Estado do Rio de Janeiro decidiu 
realizar obras públicas para conter as enchentes que assolavam um 
determinado município hipotético de seu território. Essas obras consistiam em 
elevar as margens do Rio que banhava esse município e incluíam, em 
decorrência disso, a abertura de vias públicas largas e modernas, recuperação 
da região degradada e, inclusive, a realização de obras de paisagismo. 
As obras públicas a serem realizadas foram orçadas em R$ 250 mil, 
valor esse a ser integralmente financiado por contribuição de melhoria. 
Estudos efetuados demonstraram que a zona a ser beneficiada pelas 
obras abrangeria cinco imóveis da região, sendo que a valorização média 
esperada desses imóveis seria de 20%. 
Com base nisso, o Estado promoveu o lançamento da contribuição de 
melhoria, cobrando, de cada um dos cinco imóveis localizados na região 
A lei relativa à 
contribuição de 
melhoria 
observará osseguintes 
requisitos 
mínimos: 
publicação prévia dos 
seguintes elementos: 
memorial descritivo do 
projeto 
orçamento do custo da obra 
determinação da parcela do 
custo da obra a ser 
financiada pela contribuição 
delimitação da zona 
beneficiada 
determinação do fator de 
absorção do benefício da 
valorização para toda a zona 
ou para cada uma das áreas 
diferenciadas, nela contidas 
fixação de prazo não 
inferior a 30 dias, p/ 
impugnação pelos 
interessados, de 
qualquer dos elementos 
regulamentação do 
processo 
administrativo de 
instrução e julgamento 
da impugnação, sem 
prejuízo da sua 
apreciação judicial 
ATENÇÃO ao § 1º do art. 82, CTN: 
A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio 
da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição entre os 
imóveis situados na zona beneficiada, em função dos respectivos 
fatores individuais de valorização. 
Além disso, por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte 
deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos 
de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. 
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beneficiada, contribuição de melhoria equivalente a 20% do valor do imóvel, 
resultando na seguinte situação: 
 
Considerando as informações acima, é correto afirmar: 
a) Todos os cinco imóveis deveriam pagar contribuição de melhoria, pois as 
obras realizadas trouxeram vários tipos de benefícios à região, como, por 
exemplo, o fim das enchentes e o embelezamento da área. 
b) O Estado poderá cobrar contribuição de melhoria de todos os imóveis que 
se valorizam em decorrência da obra em questão, tendo como único valor 
máximo limite, para essa cobrança, o montante equivalente à valorização que 
cada imóvel sofreu em decorrência das obras realizadas. 
c) Embora os imóveis valorizados em decorrência da obra em questão tenham 
tido uma valorização média de 20%, o Estado poderá cobrar, de todos eles, 
linearmente, contribuição de melhoria calculada com base na aplicação do 
percentual de 18% sobre o valor do imóvel antes da realização da obra. 
d) Se o fator individual de valorização do imóvel II, apurado com base na 
legislação própria, fosse igual a 0,074 (ou 7,4%), a contribuição de melhoria 
relativa a esse imóvel poderia ser determinada e, posteriormente, lançada e 
cobrada, mediante o rateio do custo total da obra por esse fator individual de 
valorização (art. 82, § 1º, CTN). 
e) Considerando que a valorização do imóvel V (R$ 125 mil) é equivalente a 
46,29% da soma total das valorizações individuais de cada imóvel (R$ 270 
mil), o Estado poderá aplicar esse índice de 46,29% sobre o valor do imóvel 
antes da valorização, para fins de cálculo do valor da contribuição de melhoria 
por ele devida. 
Comentários: 
Antes de mais nada, não se assuste com o tamanho da questão! Apesar de 
imensa, vamos resolvê-la de forma rápida. A questão trata de Contribuição de 
Melhoria. Ela possui um fato gerador que exige primeiramente uma obra 
pública e depois uma valorização imobiliária decorrente dela. 
No caso de cobrança de contribuição de melhoria, devemos observar 
DOIS limites: 
Imóvel Valia (R$) 
Contribuição 
de Melhoria 
Cobrada (R$) 
Valorização efetiva, 
constatada em razão da 
obra 
I 100 mil 20 mil Não teve valorização alguma 
II 200 mil 40 mil Passou a valer 220 mil 
III 300 mil 60 mil Passou a valer 345 mil 
IV 400 mil 80 mil Passou a valer 480 mil 
V 500 mil 100 mil Passou a valer 625 mil 
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1º) O valor total cobrado dos contribuintes não pode ultrapassar o custo 
total da obra: R$ 250.000,00. Esse é o limite TOTAL. 
CUIDADO! A soma das valorizações dos imóveis é R$ 270.000,00. Entretanto 
o Estado gastou apenas R$ 250.000,00, então ele não pode arrecadar mais do 
que gastou, por isso o limite máximo é R$ 250.000,00. 
2º) O valor cobrado separadamente de cada imóvel não pode exceder o 
montante da respectiva valorização. Por exemplo, no caso do imóvel II, não se 
pode exigir mais do que R$ 20.000,00. Esse é o limite INDIVIDUAL. 
CUIDADO! O enunciado fala da valorização média esperada dos imóveis, 
mas esse dado serve apenas para nos confundir, pois a tabela nos fornece já a 
valorização efetiva. Outra parte do enunciado fala das razões da obra e toda 
uma historinha só para fazer você perder tempo!! Fique ligado! 
Assim sendo vamos ver quanto poderia ser cobrado de cada imóvel. 
I- Não poderia ser cobrado nada, pois ele não obteve valorização 
alguma. 
II- Poderia ser cobrado R$ 20.000,00, pois foi o quanto houve de 
valorização. 
III- Poderia ser cobrado R$ 45.000,00, pois foi o quanto se valorizou. 
IV- Poderia ser cobrado R$ 80.000,00, pois foi o quanto se valorizou. 
V- Poderia ser cobrado R$ 125.000,00, pois foi o quanto se valorizou. 
Vejamos agora ver se as cobranças foram realizadas de acordo com o 
permitido: 
I- Foi cobrado R$ 20.000,00 e não houve nenhuma valorização. 
II- Foi cobrado R$ 20.000,00 além do que era permitido. 
III- Foi cobrado R$ 15.000,00 além do que era permitido. 
IV- Foi cobrado o valor total permitido. 
V- Foi cobrado um valor abaixo do total permitido. Entretanto não está 
“errado” cobrar menos do que o valor da valorização. Se o Estado desejasse, 
ainda poderia cobrar mais R$ 25.000,00 deste contribuinte. 
Agora vamos para as alternativas: 
Alternativa A: Conforme consta na tabela, o imóvel I não teve valorização 
alguma. Logo, ele não deve pagar contribuição de melhoria, então não são 
todos os imóveis que devem pagar. 
Alternativa B: Não há um único máximo limite. Como vimos, há dois limites 
para a contribuição de melhoria: o valor do total da obra e o valor individual 
de valorização. 
Alternativa C: A alternativa fala em cobrança antes da realização da obra. 
Mas o fato gerador, que é a valorização imobiliária, só ocorre após a realização 
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da obra. Logo, não pode haver a cobrança do tributoantes da realização 
desta. 
Alternativa D: Esse é o nosso gabarito! A contribuição de cada imóvel deve 
ser de maneira proporcional a sua valorização. O imóvel II valorizou R$ 
20.000 e a soma de todas as valorizações foi R$ 270.000, logo, a 
porcentagem que pode ser cobrada deste imóvel é de 20.000/270.000 = 7,4% 
de R$ 250.000,00 = R$ 18.500,00. 
Alternativa E: Essa alternativa afirma que o Estado poderia realizar o cálculo 
da contribuição de melhoria aplicando o índice de 46,29% sobre o valor do 
imóvel V antes da valorização. Se calcularmos 46,29% do valor antes da 
valorização (R$ 500 mil), o valor da contribuição de melhoria esta seria de R$ 
231.450,00. Esse valor extrapola limite individual para esse imóvel, que é de 
R$ 125.000,00. Gabarito: D 
 
2.4. Impostos (CTN, art. 16; CF, art. 145, I e § 1º) 
 
Todos os impostos são tributos não-contraprestacionais (não 
vinculados), pois não são cobrados em função de alguma atividade estatal 
específica. Conforme já vimos, distinguem-se das taxas e contribuições de 
melhoria, as quais para serem cobradas requerem de uma contraprestação do 
Estado. 
 
 
IMPOSTOS Fato Gerador 
Situação independente de 
qualquer atividade estatal 
específica, relativa ao 
contribuinte 
Devem ser graduados de 
acordo com a capacidade 
econômica do contribuinte. 
TRIBUTOS 
VINCULADOS 
 
•Fato gerador é um "fato do 
Estado", pois depende de 
uma ação estatal. 
 
• Contraprestacionais 
 
• São as taxas e as 
contribuições de melhoria 
 
TRIBUTOS 
NÃO VINCULADOS 
 
• Fato gerador é um "fato 
do contribuinte", pois 
independe de ação estatal 
 
• Não contraprestacionais 
 
• São os impostos 
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É importante que você saiba que, quanto à arrecadação, o art. 167, IV, 
da CF VEDA a vinculação da receita de IMPOSTOS a órgão, fundo ou 
despesa, ressalvadas as exceções constitucionais. 
As diferentes espécies de impostos serão objeto da aula 03. 
 
2.5. Empréstimos Compulsórios (CTN, art. 15; CF, art. 148) 
 
O esquema acima contém a síntese do que costuma ser objeto de 
questões sobre empréstimos compulsórios. 
O STF entende que, apesar de haver devolução em dinheiro, o 
empréstimo compulsório apresenta natureza tributária (RE 193798/1995). 
Em outras palavras, o fato ser restituível não lhe retira o caráter tributário. 
CUIDADO!! Despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou sua iminência e Investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse nacional são apenas situações em que pode 
ser instituído o empréstimo compulsório. Essas situações não são os fatos 
geradores do empréstimo compulsório! O fato gerador será estabelecido na Lei 
Complementar que instituir o Empréstimo Compulsório. 
 
 
 
EMPRÉSTIMOS 
COMPULSÓRIOS 
Competência exclusiva da União 
Instituído somente por Lei Complementar 
Provisórios 
Lei instituidora deve determinar 
prazo de duração 
Restituíveis 
Lei instituidora deve determinar 
forma de devolução 
Recursos arrecadados vinculados com a despesa que 
fundamentou sua instituição. 
 
Princípio da 
Anterioridade 
 
Obedece 
Investimento 
público urgente e 
de relevante 
interesse nacional 
Exceção 
Guerra externa 
(ou sua iminência) 
Calamidade 
pública 
ATENÇÃO ao parágrafo único do art. 148, CF: 
A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório 
será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
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Outra pegadinha que as bancas podem fazer com você é falar em 
guerra civil. Fique ligado: não há previsão de empréstimo compulsório em 
caso de guerra civil/interna, apenas no caso de guerra externa. 
Um conceito doutrinário que é importante você conhecer é a definição 
de despesas extraordinárias. O caráter extraordinário refere-se a uma 
situação de uma anormalidade fática, não previsível, caracterizada pelo 
esgotamento dos fundos públicos. Ou seja, para instituição do empréstimo 
compulsório, é imprescindível a completa exauriência dos cofres estatais, 
consistindo no esgotamento dos fundos públicos inclusive o de contingência. 
Se houver fontes orçamentárias suficientes, não se justifica a cobrança do 
tributo. 
 (ESAF/Analista Jurídico - SEFAZ CE/2007) Sobre os 
empréstimos compulsórios, espécie de tributo da competência da União, é 
incorreto afirmar-se que 
a) podem ser instituídos para atender a despesas extraordinárias decorrentes 
de calamidade pública. 
b) podem ser instituídos para o custeio de investimento público de caráter 
urgente. 
c) depende a sua instituição, em alguns casos, da edição de lei complementar. 
d) a aplicação dos recursos provenientes da sua arrecadação será 
integralmente vinculada à despesa que tenha fundamentado a sua instituição. 
e) poderão, ou não, sujeitar-se ao princípio constitucional da anterioridade 
(conforme a hipótese que tenha motivado a sua instituição). 
Comentários: 
A CF disciplina os empréstimos compulsórios no seguinte artigo: 
“Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos 
compulsórios: 
I- para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou sua iminência; 
II- no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo 
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.” 
Alternativa A: Correta. Conforme o inciso I do art. 148 da CF, os 
empréstimos compulsórios podem ser instituídos para atender a despesas 
extraordinárias decorrentes de calamidade pública. 
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Alternativa B: Correta. Conforme o inciso II do art. 148 da CF, os 
empréstimos compulsórios podem ser instituídos para atender a custeio de 
investimento público de caráter urgente.

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