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Resumo do livro 'Teorias da personalidade' de Feist e Feist, 8ª edição - capitulos 1, 2, 4

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Daniele Thayná Kopp – M14801 
Resumo – Psicologia da Personalidade 
Muitos psicólogos diferem entre si quanto ao significado da personalidade. Muitos concordam que a 
palavra personalidade vem do latim “persona”, que era a máscara teatral que era usada pelos atores 
romanos/gregos, que representava um papel ou aparência (falsa muitas vezes). O que é uma visão bastante 
superficial então não seria uma definição bem vista. Então os psicólogos usam o termo “personalidade” para 
se referirem a algo mais além do papel que as pessoas desempenham: 
• Personalidade - Um padrão de traços relativamente permanentes e características únicas, que dão 
consistência e individualidade para o comportamento de uma pessoa. 
• Traços – contribuem para as diferenças individuais no comportamento, a consistência do 
comportamento ao longo do tempo, e a estabilidade dele nas diversas situações. Estes traços podem 
ser únicos, comuns para algum grupo ou compartilhados pela espécie inteira. 
• Características – são qualidades peculiares que um indivíduo possui, que incluem atributos como 
temperamento, psique e inteligência. 
 
Definição de teoria: 
Na ciência as teorias são ferramentas para gerar pesquisa e organizar informações, porém “verdade” e 
“fato” não possuem lugar em uma terminologia científica. 
- Teoria cientifica: é um conjunto de pressupostos relacionados que permite que os cientistas usem o 
raciocínio lógico dedutivo para formular hipóteses verificáveis. Essa definição precisa de maior 
explicação: 
1 – Apenas um pressuposto não basta. 
2 – Deve ser um conjunto de pressupostos Relacionados. 
3 – Uma palavra-chave é pressupostos pois os componentes da teoria não foram comprovados no 
sentido de que sua validade seja absolutamente estabelecida, mas são aceitos como se fosse verdade. 
4 – O raciocínio lógico dedutivo é usado para gerar hipóteses. (Hipótese é uma suposição ou palpite 
fundamentado suficientemente específico para que sua validade seja verificada por meio do método 
científico). É necessária uma certa estrutura lógica para que a teoria tenha consistência e possa ser 
significativa. 
5 – Qualificador verificável – Se a hipótese pode ser verificada de alguma maneira, ela será útil. 
- As teorias estão relacionadas à filosofia, e se baseiam na especulação. Ciência é o ramo de estudo 
interessado na observação e classificação dos dados e na verificação das leis gerais por meio do teste 
das hipóteses. 
O que torna uma teoria útil? 
1 – A capacidade dela de gerar pesquisa. 
2- É refutável. Um pesquisador, quando obtiver resultados de pesquisa negativos, pode refutar a teoria e 
forçar-se a descartá-la ou modificá-la. Uma teoria que consegue explicar tudo, não explica nada. 
3 – Organiza os dados, verificar se os dados da pesquisa estão organizados entre si, eles devem ter uma 
estrutura para que possam ser úteis. 
4 – Orienta a ação, oferece uma estrutura de respostas para os problemas cotidianos. 
5 – É internamente coerente, não precisa ter coerência com outras teorias, mas precisa ser consigo 
mesma. O âmbito deve ser bem definido para que a pesquisa não fuja do mesmo. 
6 – É parcimoniosa, Quando duas teorias são iguais nos aspectos anteriormente citados, mas uma é mais 
simples que a outra, a lei da parcimônia que entra: a mais simples é a mais útil. 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
- As teorias da personalidade diferem em questões básicas referentes à natureza da humanidade. Usamos 
seis dessas dimensões como estrutura para examinar o conceito de humanidade de cada teórico: 
* Determinismo x livre-arbítrio 
* Pessimismo x otimismo (em geral, os teóricos que acreditam no determinismo são pessimistas, e os que 
acreditam no livre-arbítrio geralmente são otimistas). 
* Causalidade (sustenta que o comportamento é uma função de experiências passadas) x teleologia 
(explicação do comportamento em termos de objetivos e propósitos futuros). 
* Determinantes conscientes x determinantes inconscientes 
* Influências biológicas x sociais 
* Asingularidade x semelhanças. 
 
SIGMUND FREUD (1856 – 1939) Freiberg 
Se baseou mais no raciocínio dedutivo do que em métodos de pesquisa rigorosos e fez observações 
de modo subjetivo e em uma amostra relativamente pequena de pacientes, a maioria dos quais provinha da 
classe média alta ou alta. Ele não quantificou seus dados, nem fez observações sob condições controladas. 
Utilizou como abordagem quase exclusivamente, o estudo de caso, em geral formulando hipóteses depois 
que os fatos relativos ao caso eram conhecidos. 
Em 1885, recebeu uma bolsa da Universidade de Viena e foi estudar em Paris, com o neurologista 
Jean-Martin Charcot. Com quem aprendeu a técnica da hipnose para tratamento da histeria (transtorno 
geralmente caracterizado por paralisia ou mau funcionamento de certas partes do corpo. Onde que Freud 
ficou convencido de que a origem dos sintomas era psicogênica e sexual. 
 Freud também fez amizade com Josef Breuer, médico vienense, que o ensinou sobre a catarse 
(processo de remoção dos sintomas histéricos por meio de “botá-los para fora”. Mas com o tempo Freud 
abandonou a técnica, e descobriu a associação livre, que logo substituiu a hipnose como seu método 
terapêutico principal. 
 Sobre a histeria: os médicos acreditavam que era estritamente feminino, por a palavra ter as mesmas 
origens de útero, e era o resultado de um “útero ambulante”, que vagava pelo corpo das mulheres causando 
o mau funcionamento de várias partes. 
 Freud, após diversos eventos na sua vida e a morte do seu pai, no final da década de 1890, começou 
a fazer análise dos próprios sonhos (se autoanalisando), com uma prática diária. Ele teve depressão e 
bastante dificuldade em fazer amizades, tanto que na maioria se tornava ex-amigo ou inimigo, não só por 
causa de teorias incompatíveis. 
Níveis de vida mental – por Freud 
Para ele, a vida mental está dividida em dois níveis: o inconsciente (que é subdividido em pré-
consciente) e o consciente. Usava esses três níveis para designar tanto um processo quanto uma 
localização (hipotética). 
INCONSCIENTE – Contém todos os impulsos, desejos ou instintos que estão além da 
consciência, mas que no entanto, motivam a maioria de nossos sentimentos, ações e palavras. Ainda que 
possamos estar conscientes de nossos comportamentos explícitos, muitas vezes, não estamos conscientes 
dos processos mentais que estão por trás deles. Exemplo: um homem pode estar atraído por uma mulher, 
mas não compreender o por quê disso. Para Freud, ainda, o inconsciente não pode ser comprovado 
diretamente, mas ele é a explicação para o significado subjacente de sonhos, lapsos de linguagem e certos 
tipos de esquecimento, chamados de repressão. Herança filogenética – acreditava que uma parte do nosso 
inconsciente se origina das experiências de nossos ancestrais que nos foram transmitidas através de 
repetições por várias gerações. Mas utilizava isso somente para preencher lacunas em que as explicações 
de experiências individuais não eram adequadas. 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
PRÉ-CONSCIENTE – É onde contém todos elementos que não são conscientes, mas podem se 
tornar conscientes prontamente ou com alguma dificuldade. O conteúdo provém de duas fontes, a primeira: 
percepção consciente – o que a pessoa percebe é consciente por um período transitório, isso passa para 
o pré-consciente quando o foco da atenção muda para outra ideia. Geralmente estas ideias que alternam 
entre ser conscientes e pré-conscientes estão livres de ansiedade, e são muito parecidas com as imagens 
conscientes do que os impulsos inconscientes. A segunda: percepção inconsciente – Freud acreditava 
que as ideias podiam escapar do censor vigilante e entrar no pré-consciente de formadisfarçada. Algumas 
dessas imagens nunca se tornam conscientes porque trariam níveis crescentes de ansiedade, que viria a 
ativar o censor final para reprimir essas imagens, obrigando-as a voltar para o inconsciente. 
 
CONSCIENTE – Único nível da vida mental que está disponível para nós. São aqueles elementos 
mentais na consciência em determinado ponto no tempo. As ideias podem chegar na consciência através 
de 2 maneiras: Consciente perceptivo – está voltado para o mundo exterior e age para perceber estímulos 
externos. A segunda vem da Estrutura mental - que inclui ideias não ameaçadoras, do pré-consciente, e 
ameaçadoras (porém bem disfarçadas) do inconsciente. 
INSTÂNCIAS DA MENTE 
O ID – É a parte mais primitiva da mente, na essência da personalidade e totalmente inconsciente. 
O id não tem contato com a realidade, mas se esforça constantemente para aliviar essa tensão satisfazendo 
desejos básicos – procurar o prazer = ele serve ao princípio do prazer. O id não pode fazer julgamentos, 
pois não possui moralidade. É desorganizado, sem lógica e recebe a energia dos impulsos básicos e 
descarrega para a satisfação do principio do prazer. Ele requer gratificação imediata dos nossos desejos e 
necessidades. (EX: Pessoa está com sede e não espera o garçom, imediatamente pega o copo do vizinho 
sem pedir e toma). 
O EGO – É a única região da mente que tem contato com a realidade. Ele se desenvolve a partir do 
id durante a infância e se torna a única fonte de comunicação da pessoa com o mundo externo. É governado 
pelo princípio da realidade (que tenta substituir o princípio do prazer do id). Por ser o único em contato 
com o mundo externo, o ego se torna se torna o ramo executivo da personalidade ou o que toma as decisões. 
Porém, como ele tem parte dos 3 níveis (consciente, pré e inconsciente) ele pode tomar decisões em cada 
um desses. Ao desempenhar suas funções ele deve levar em consideração as demandas incompatíveis e 
irrealistas do id e do superego, além disso, também deve considerar o mundo externo. Estando então em 
meio a 3 forças divergentes, o ego reage previsivelmente: torna-se ansioso. Então, usa mecanismos de 
defesa para se defender de tal ansiedade. Pensa em uma necessidade negociada com a realidade, tenta 
realizar os desejos do id de forma mais aceitável. (EX: Esperar o garçom chegar para pedir mais suco). 
 = Na idade precoce, o ego tem como funções o prazer e dor, porque as crianças ainda não 
desenvolveram um ideal de ego – superego. Com 5 ou 6 anos, elas identificam com seus pais e começam 
a aprender o que devem e não devem fazer, que é a origem do superego. 
O SUPEREGO – “Acima do eu” representa aspectos morais e ideais – é guiado por princípios 
moralistas e idealistas, em um contraste com o com o principio do prazer e o da realidade. Ele se 
desenvolve a partir do ego e não tem energia própria nem contato com o mundo externo, por isso é irrealista 
em suas demandas por perfeição. Este, possui subdivisões: A ‘consciência’ – resulta de experiências com 
punições por comportamento impróprio e diz o que não devemos fazer, e o ‘Ideal de ego’ – se desenvolve 
a partir de experiências com recompensas por comportamento adequado e dita o que devemos fazer. EX: 
sentimentos de culpa são função da consciência e sentimentos de inferioridade do ideal de ego. 
Dinâmica da personalidade 
Os níveis de vida mental e as instâncias da mente se referem à estrutura da personalidade. Mas 
Freud achava que as personalidades também fazem alguma coisa. Assim, ele estipulou um principio 
motivacional para explicar a força motora por trás das ações das pessoas – as pessoas são motivadas a 
procurar o prazer e reduzir a tensão e a ansiedade. Essa energia é derivada da energia psíquica e física 
que brota dos seus impulsos básicos. 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
IMPULSOS – Estímulo dentro da pessoa e operam como uma força motivacional constante. Os 
impulsos podem ser agrupados em dois grupos: sexo (EROS) e agressividade ou destruição (TANATOS). 
Estes, se originam no id, mas ficam sob controle do ego. Cada impulso tem sua forma de energia 
psíquica – usou a palavra LIBIDO para o impulso sexual. (O impulso agressivo permanece sem nome). 
SEXO – A finalidade do impulso sexual é o prazer, mas não limitado à satisfação genital. Tanto que 
a boca e o ânus são capazes de produzir prazer e estão nas chamadas zonas erógenas. A libido pode ser 
retirada de uma pessoa e colocada em um estado flutuante de tensão, ou pode ser investida em outra 
pessoa, inclusive na própria pessoa. Por exemplo, um bebê forçado prematuramente a abandonar o mamilo 
como um objeto sexual pode substituí-lo pelo dedo polegar como um objeto de prazer oral. 
Os bebês são primariamente autocentrados, investindo sua libido quase que exclusivamente no seu 
próprio ego = narcisismo primário. À medida que o ego vai se desenvolvendo as crianças tendem a 
abandonar boa parte desse narcisismo primário e expressam interesse por outras pessoas. Durante a 
puberdade, os adolescentes tendem a redirecionar sua libido para o ego e se tornam mais preocupados com 
a aparência pessoal e interesses próprios = narcisismo secundário. 
Outra manifestação de Eros é o AMOR. Que se desenvolve quando as pessoas investem sua libido 
em objetos ou pessoas que não elas mesmas. Exemplo, o interesse sexual das crianças é pela pessoa que 
cuida delas, em geral a mãe – para ambos os sexos. Mas em geral, o amor sexual por membros da própria 
família costuma ser reprimido, que traz então um segundo tipo de amor com finalidade inibida. 
Amor e narcisismo estão inter-relacionados, uma vez que o narcisismo envolve o amor por si mesmo, 
e o amor é frequentemente acompanhado por tendências narcisistas – quando as pessoas amam alguém 
que serve como ideal ou modelo de como elas gostariam de ser. 
Outros dois impulsos que estão interligados são o sadismo e o masoquismo. Sadismo é a 
necessidade de obter prazer sexual causando dor ou humilhação a alguém, dentro de todos relacionamentos 
é comum ter um pouco, mas se torna perversão quando o propósito destrutivo vem antes do prazer sexual. 
O masoquismo acontece quando uma pessoa sente prazer sexual em sofrer dor ou humilhação 
sexual, também é uma necessidade comum, mas se transforma em perversão quando a pessoa aceita ser 
subserviente à outra, ou seja, aceita ser humilhada ao impulso destrutivo. 
 AGRESSIVIDADE - Freud teve experiências muito ruins, como a morte de sua irmã durante a 1ª 
Guerra Mundial, que elevou a agressividade ao nível do impulso sexual. Para Freud então, a finalidade do 
impulso destrutivo é retornar o organismo a um estado inorgânico. Como a condição inorgânica final é a 
morte, o objetivo final do impulso agressivo é a autodestruição. 
 A tendência agressiva está presente em todos, e é vista como explicação para guerras, perseguições 
e etc. Ele explica também, a necessidade das barreiras que as pessoas construíram para controlar a 
agressividade. 
 ANSIEDADE – Ao definir ela, Freud enfatizou que é um estado afetivo desagradável acompanhado 
por uma sensação física que alerta a pessoa contra um perigo iminente. Somente o ego pode produzir ou 
sentir ansiedade, mas o id, o superego e o mundo externo estão envolvidos em um dos três tipos de 
ansiedade: neurótica, moral e realista. 
*A dependência que o ego tem do id resulta em ansiedade neurótica; sua dependência do superego 
produz ansiedade moral; e sua dependência do mundo externo conduz à ansiedade realista. Ansiedade 
neurótica é definida como apreensão ante um perigo desconhecido. 
Ansiedade neurótica – O sentimento existe no ego mas origina nos impulsos do id. Pode ser vista 
na presença de um professor ou qualquer figura de autoridade, porque anteriormente tiveram experiênciade sentimentos inconscientes de destruição contra um ou ambos os pais. É então, o medo inconsciente, não 
se sabe qual é o objeto. 
Ansiedade moral – Conflito do ego e superego. Consequências do conflito entre as necessidades 
realistas e aquilo que é dito pelo superego. A ansiedade moral seria aquela que decorre do medo de ser punido 
(sentirei culpa se fizer o que estou querendo fazer). 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
 Ansiedade realista – Ligada ao medo, ela é definida como sentimento desagradável não específico 
que envolve um possível perigo (é diferente de medo pois medo possui objeto de temor específico). Seria o 
medo de alguma coisa do mundo externo (por exemplo: punição dos pais). 
• Normalmente os três tipos tendem a existir em combinação. 
• A ansiedade também é auto reguladora, pois adianta a repressão (que reduz a dor da ansiedade). 
Se o ego não tivesse recurso para o comportamento defensivo, a ansiedade se tornaria intolerável. 
MECANISMOS DE DEFESA 
 Os mecanismos são normais e usados universalmente, mas quando levados ao extremo culminam 
em comportamento compulsivo, repetitivo e neurótico. Quanto mais defensivos somos, menos energia 
psíquica nos sobra para satisfazer os impulsos do id. Que vai de encontro ao propósito do ego ao 
estabelecer mecanismos de defesa: evitar lidar diretamente com impulsos sexuais e agressivos e se 
defender contra a ansiedade que os acompanha. Os principais são: 
- Repressão – É o mecanismo mais básico porque está envolvido com os outros. Sempre que o ego é 
ameaçado por impulsos indesejáveis do id, ele se protege reprimindo-os, ou seja, força os sentimentos 
ameaçadores para o inconsciente. 
- Formação reativa – Uma das formas que faz um impulso reprimido se tornar consciente é a adoção 
de um disfarce que é diretamente oposto à sua forma original. Pode ser identificado por seu caráter 
exagerado e sua forma obsessiva e compulsiva. – Inversão do desejo real. 
- Deslocamento – As pessoas podem redirecionar seus impulsos inaceitáveis a vários objetos ou 
pessoas, de forma que o impulso original é disfarçado ou oculto. Exemplo: uma mulher está irritada com 
sua colega, mas desloca (ou desconta) sua raiva nos empregados. Deslocamento também pode se 
referir à substituição de um sintoma neurótico por outro, exemplo: o impulso compulsivo de se masturbar 
pode ser substituído por lavar as mãos compulsivamente. 
- Fixação – Quando a perspectiva de dar o passo seguinte produz ansiedade excessiva, o ego pode 
recorrer à estratégia de se manter no estágio psicológico presente mais confortável – é a vinculação 
permanente da libido a um estágio do desenvolvimento anterior e primitivo. 
- Regressão – Depois que a libido passou por algum estágio de desenvolvimento, durante momentos 
de ansiedade, ela pode regredir ao estágio anterior. Mais comuns em crianças, exemplo: uma criança 
completamente desmamada pode regredir pedindo mamadeira ou seio quando nasce um irmão, pois a 
atenção dada ao novo bebê representa uma ameaça. 
 * Diferença – Regressões costumam ser temporárias, enquanto que as fizações demandam 
gasto mais ou menos permanente de energia psíquica. 
 - Projeção – É quando um impulso interno produz ansiedade excessiva, e o ego pode reduzir essa 
ansiedade atribuindo o impulso indesejado a um objeto externo, como outra pessoa. Ou seja, enxergar 
nos outros sentimentos ou tendências inaceitáveis, que na verdade, residem no próprio inconsciente. 
Um tipo extremo de projeção é a paranoia – fortes delírios de ciúmes e perseguição. 
- Introjeção – As pessoas incorporam qualidades positivas de outro individuo em seu próprio ego. 
Exemplo: um jovem adota os valores ou estilo de vida de um artista de cinema, essa introjeção dá a ele 
uma sensação de autoestima e minimiza os sentimentos de inferioridade. 
- Sublimação – Ajuda tanto o individuo quanto o grupo social. É a repressão do alvo genital de Eros, 
que é substituído por um propósito cultural ou social – como arte, música... A frustração de um 
relacionamento afetivo e sexual mal resolvido, por exemplo, é sublimado na paixão pela leitura 
ou pela arte. 
 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
Estágios do desenvolvimento 
- Período infantil – Para Freud, os bebês possuem vida sexual e tem um período de desenvolvimento 
sexual pré-genital durante os primeiros 4/5 anos. A sexualidade infantil difere da sexualidade adulta, 
porque é exclusivamente autoerótica e não tem capacidade reprodutiva. E tanto com crianças quanto 
com adultos, os impulsos sexuais podem ser satisfeitos por meio de outros órgãos além dos genitais. A 
boca e o ânus por exemplo. Freud dividiu o período infantil em três fases: 
 - Fase oral: A boca é o primeiro órgão a proporcionar prazer. Os bebês obtêm nutrição, mas além 
disso, também vem a ter prazer pelo ato de sugar. E à medida que vão crescendo, é mais provável que 
vão experimentar sentimentos de frustração e ansiedade por consequência de horários, maiores 
intervalos entre as mamadas e depois o desmame – fase oral precoce. 
 A defesa do bebê contra o ambiente é auxiliada pelo surgimento dos dentes – fase oral-sádico, na 
qual os bebês respondem aos outros mordendo, rindo, chorando, fechando a boca... E a primeira 
experiência autoerótica é chupar o dedo. Quando adultos a boca continua sendo uma zona erógena, 
sendo capaz de satisfazer necessidades orais – como chupar bala, mascar chiclete, morder lápis... 
 - Fase anal: Caracterizado pela satisfação obtida pelo comportamento agressivo e pela função 
excretória. Divido em: 
Fase anal inicial = Satisfação do bebê ao destruir ou perder objetos. Se comportam 
agressivamente com os pais por frustração em relação ao treinamento esfincteriano. 
 Fase anal final = Assumem interesse amistoso em relação a suas fezes, provém do 
prazer erótico de defecar, muitas vezes apresentando elas aos pais como presente. 
 - Fase fálica: 3-4 anos de idade, época que a área genital se torna a principal zona erógena. Estágio 
marcado pela divisão entre desenvolvimento masculino e feminino (por conta das diferenças anatômicas 
entre os sexos). 
- Complexo de édipo masculino – Antes do estágio fálico o menino desenvolve uma 
identificação com seu pai – ele deseja ser seu pai, posteriormente, ele desenvolve um desejo sexual 
por sua mãe – deseja ter sua mãe. E durante algum tempo eles podem coexistir. Quando ele percebe 
que isso é inconsistente, ele passa somente a querer ter sua mãe e vê o pai como rival pelo amor 
dela. 
 - Complexo de castração – Começa depois que o menino (que assume que todos 
tem as genitais iguais as dele) toma conhecimento da ausência de pênis nas meninas. Que o faz concluir 
que elas tem seu pênis cortado. Como essa ansiedade de castração se torna uma possibilidade temida 
e não pode ser tolerada por muito tempo, ele reprime seus impulsos para a atividade sexual, incluindo 
suas fantasias de seduzir a mãe. 
- Complexo de édipo feminino – assim como os meninos, elas assumem que todos tem genitais 
semelhantes aos dela, e descobrem que os meninos têm genital diferente e algo extra e desejam possuir 
um pênis (complexo de castração – inveja do pênis). Então resumindo, é caracterizado em geral, pelo 
desejo de ter relação sexual com o pai e os sentimentos concomitantes de oposição à mãe. Porém nem 
todas desenvolvem essas características, e acabam se rebelando de várias maneiras, por exemplo: elas 
podem agarrar-se à sua masculinidade esperando por um pênis e fantasiando ser um homem. É resolvido 
quando a menina desiste da atividade masturba tória, renuncia seu desejo sexual pelo pai e se identifica 
novamente com a mãe. 
Resumo: 
 
 
 
 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
- Período de latência: Dos 4 / 5anos até a puberdade, meninxs geralmente atravessavam um período 
de desenvolvimento sexual adormecido. É ocasionado, em partes, pelas tentativas dos pais de punir a 
atividade sexual em filhos pequenos. Se a supressão for bem sucedida, as crianças irão reprimir seus 
impulsos sexuais e direcionar a energia psíquica para a escola, amizades e etc... 
 - Período genital: Vem com a puberdade e tem fases; Primeiro os adolescentes abandonam o 
autoerotismo e direcionam sua energia sexual para outra pessoa. Segundo, agora pode reproduzir; 
Terceiro, a vagina obtém o mesmo status para as meninas que o pênis tinha durante a infância. E os 
meninos veem o órgão feminino como objeto desejado ao invés de fonte de trauma. Quarto, todo impulso 
sexual assume uma organização mais completa, a boca, o ânus e outras áreas produtoras de prazer 
assumem posição auxiliar dos genitais. 
- Maturidade psicológica: estágio alcançado depois que a pessoa passou pelos períodos evolutivos 
anteriores de maneira ideal. Raras vezes acontece. 
 
Técnicas terapêuticas de Freud 
1 - No começo - Freud utilizava uma abordagem ativa, que se pautava em uma indução. Ou seja, muito 
provavelmente produziria os resultados exatos que Freud precisava – a confissão de uma sedução 
infantil. – Hipnose e interpretação dos sonhos. Após ele concluiu que os sintomas neuróticos não 
estavam relacionados diretamente a eventos reais, mas sim, fantasias. Ele percebeu que os sintomas 
estavam relacionados a fantasias infantis, e não com a realidade material. Então passou a adotar uma 
técnica mais passiva. 
2 - A técnica posterior – Era trazer a tona lembranças reprimidas por meio da associação livre e análise 
de sonhos. Então, o propósito da psicanálise é “fortalecer o ego, torna-lo mais independente do 
superego, ampliar seu ângulo de percepção e aumentar sua organização, de forma que ele possa se 
apropriar de porções novas do id. Onde havia id, haverá ego”. Associação livre – Solicita-se que o 
paciente verbalize cada pensamento que vier à sua mente independente do quanto possa parecer 
repugnantes ou irrelevante. O propósito é chegar até o inconsciente, iniciando com uma ideia consciente 
e perseguindo ela ao longo de uma cadeia de associações até onde ela levar. 
 - Transferência – se refere aos fortes sentimentos sexuais ou agressivos que os pacientes 
desenvolvem em relação a seu analista durante o curso do tratamento. A Transferência positiva permite 
que os pacientes revivam, em maior ou menos grau, experiências da infância dentro do clima não 
ameaçador do tratamento analítico. A Transferência negativa na forma de hostilidade(agressividade) 
deve ser explicada ao paciente de maneira que ele possa superar qualquer resistência ao tratamento. E 
essa resistência, é uma variedade de respostas inconscientes usadas pelos pacientes para bloquear o 
próprio progresso na terapia. 
3 - Análise dos sonhos: Freud a usou para transformar o conteúdo onírico manifesto (fantasioso) em 
um conteúdo latente mais importante. O conteúdo manifesto do sonho é o significado superficial ou a 
descrição consciente dada pelo indivíduo que sonhou. E o conteúdo latente se refere a seu material 
inconsciente. 
- Para Freud, quase todos os sonhos são realizações de desejos. Onde que muitos são óbvios (ex: 
a pessoa vai dormir com fome e sonha que está comendo um pastel), mas que a maioria é expressa no 
conteúdo latente e somente a interpretação do sonho pode trazer aquele desejo à tona. 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
 - Transtorno de estresse pós-traumático – Pessoas que tiveram experiência traumática, que seus 
sonhos seguem o princípio da compulsão à repetição, ao invés de realização de desejo. Elas sonham 
repetidamente com experiências amedrontadoras ou traumáticas. 
- Atos falhos ou parapraxias: Freud achava que muitos lapsos de linguagem do dia a dia, leitura errada, 
audição incorreta ou esquecer nomes, por exemplo, não são acidentes ao acaso, mas sim revelações de 
intenções inconscientes de uma pessoa. Em todos os atos falhos, as intenções do inconsciente suplantam 
as intenções mais fracas do pré-consciente, revelando, assim, o verdadeiro propósito de uma pessoa. 
 
 
CARL GUSTAV JUNG (1875 – 1961) Suíça 
*Era colega de Freud e rompeu com a psicanálise ortodoxa para estabelecer uma teoria da personalidade 
distinta, denominada Psicologia analítica. Esta, que se baseia na suposição de que fenômenos ocultos 
podem influenciar as vidas de todos. 
*Jung acreditava que cada um de nós é motivado não somente por experiências reprimidas, mas também 
por certas experiências de tom emocional herdadas de nossos ancestrais. Essas imagens herdadas 
compõem o que Jung chamou de Inconsciente coletivo (elementos que nunca experimentamos de modo 
individual, mas que chegaram até nós pelos nossos ancestrais). Alguns elementos desse inc. coletivo 
tornaram-se altamente desenvolvidos, e se chamam arquétipos. O arquétipo mais inclusivo é de 
autorrealização – que pode ser alcançada com o equilíbrio das várias forças opostas da personalidade. 
NIVEIS DA PSIQUE 
*Jung, assim como Freud, baseou sua teoria da personalidade no pressuposto de que a mente, ou psique, 
possui um nível consciente e um inconsciente. Diferentemente de Freud, no entanto, Jung afirmava de modo 
veemente que a porção mais importante do inconsciente origina-se não das experiências pessoais do 
indivíduo, mas do passado distante da existência humana, um conceito que Jung denominava inconsciente 
coletivo. De menor importância para a teoria junguiana são o consciente e o inconsciente pessoal. 
Consciente 
De acordo com Jung, as imagens conscientes são aquelas percebidas pelo ego, enquanto os elementos 
inconscientes não possuem relação com o ego. A noção de Jung do ego é mais restritiva do que a de Freud. 
Jung entendia o ego como o centro da consciência, mas não o centro da personalidade. O ego não é toda 
a personalidade, mas precisa ser completado pelo self mais abrangente, o centro da personalidade, que é, 
em grande parte, inconsciente. 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
*Em uma pessoa psicologicamente saudável, o ego assume uma posição secundária ao self inconsciente. 
Assim, a consciência desempenha um papel relativamente menor na psicologia analítica, e uma ênfase 
excessiva na expansão da psique consciente pode levar ao desequilíbrio psicológico. Os indivíduos 
saudáveis estão em contato com seu mundo consciente, porém também se permitem experimentar seu self 
inconsciente e, assim, obtêm a individuação, um conceito que discutiremos na seção intitulada 
Autorrealização. 
Inconsciente pessoal 
*O inconsciente pessoal abrange todas as experiências reprimidas, esquecidas ou subliminarmente 
percebidas de um indivíduo. Ele contém memórias e impulsos infantis reprimidos, eventos esquecidos e 
experiências originalmente percebidas abaixo do limiar da consciência. O inconsciente pessoal é formado 
por experiências individuais e, portanto, é único para cada um. Algumas imagens no inconsciente pessoal 
podem ser lembradas com facilidade, outras são recordadas com dificuldade e há aquelas que estão além 
do alcance da consciência. O conceito de Jung do conceito de inconsciente pessoal difere um pouco da 
visão de Freud, do consciente e pré-consciente combinados. 
* Os conteúdos do inconsciente pessoal são chamados de complexos. O complexo é = “conglomerado de 
ideias associadas carregadas de emoção”. Exemplo: as experiências de uma pessoa com a mãe, podem 
ser agrupadas em um centro emocional de forma que a mãe da pessoa, ou até a palavra “mãe”, desencadeie 
uma resposta emocional que bloqueia o fluxo tranquilo do pensamento. = O complexo materno não provém 
somente da relação pessoal com a mãe, mas também das experiênciasda espécie inteira com a mãe; Ainda, 
o complexo materno é formado também por uma imagem consciente que a pessoa tem de mãe. Assim, os 
complexos podem ser parcialmente conscientes e se originar do inconsciente pessoal e coletivo. 
 
Inconsciente coletivo 
*O inconsciente coletivo possui raízes no passado ancestral de toda a espécie. Representa o conceito mais 
controverso de Jung e característico. Os conteúdos físicos são herdados e transmitidos de uma geração 
para a seguinte como potencial psíquico. As experiências dos ancestrais distantes com conceitos tipo, Deus, 
mãe, terra, água etc... foram transmitidos ao longo das gerações, foram transmitidos de geração em geração 
que as pessoas de todos os tempos e climas foram influenciadas por experiências de seus ancestrais 
primitivos. = os conteúdos do inconsciente coletivo são mais ou menos os mesmos para as pessoas em 
todas as culturas, eles não estão adormecidos, mas sim ativos e influenciam os 
pensamentos/emoções/ações de uma pessoa. 
*É responsável pelos mitos, lendas e crenças religiosas. Ele também produz “grandes sonhos” – que são 
sonhos que os significados vão além de quem sonhou individualmente e tem significados para todos. Ele 
não se refere a ideias herdadas, mas sim à tendência inata dos humanos a reagir de uma maneira particular 
sempre que suas experiências estimulam uma tendência de resposta herdada biologicamente. EX: uma mãe 
pode reagir de modo inesperado com amor e carinho a seu bebê recém nascido, mesmo que antes ela 
tivesse sentimentos negativos em relação ao feto = A tendência a responder faz parte do potencial inato da 
mulher ou do modelo herdado, porém esse potencial inato requer uma experiência individual antes que ele 
seja ativado. 
*Assim como outros animais nós ingressamos no mundo com predisposições herdadas a agir ou reagir a 
determinados fatores se nossas experiências presentes tiverem contato com essas predisposições. EX: um 
homem que se apaixona à primeira vista pode ficar muito surpreso e perplexo com as próprias reações. Sua 
amada pode não corresponder a seu ideal consciente de uma mulher, embora algo dentro dele o leve a ser 
atraído por ela. Jung sugeria que o inconsciente coletivo do homem continha impressões de mulher 
biologicamente determinadas e que essas impressões foram ativadas quando o homem viu pela primeira 
vez sua amada. 
 
 
 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
Arquétipos 
*São imagens antigas ou arcaicas que derivam do inconsciente coletivo. Eles são similares aos complexos, 
uma vez que são coleções de imagens associadas carregadas de emoção. Mas, enquanto os complexos 
são componentes individualizados do inconsciente pessoal, os arquétipos são generalizados e derivam dos 
conteúdos do inconsciente coletivo. Os arquétipos também devem ser distinguidos dos instintos. 
*Instintos para Jung: um impulso físico inconsciente direcionado para a ação e considerava o 
arquétipo como a contrapartida psíquica de um instinto. Em resumo, tanto os arquétipos quanto os 
instintos são determinados de modo inconsciente, e ambos podem ajudar a moldar a personalidade. 
*Os arquétipos têm uma base biológica, mas se originam por meio das experiências repetidas dos primeiros 
ancestrais humanos. O potencial para incontáveis números de arquétipos existe dentro de cada pessoa, e, 
quando uma experiência pessoal corresponde à imagem primordial latente, o arquétipo é ativado. O 
arquétipo em si não pode ser representado diretamente, mas, quando ativado, ele se expressa de vários 
modos, em especial por meio de sonhos, fantasias e ilusões. 
*Sonhos: São a principal fonte de material arquetípico, e certos sonhos oferecem o que Jung considerava 
a prova da existência do arquétipo. Tais sonhos produzem temas que poderiam não ser conhecidos do 
sonhador pela experiência pessoal. Os temas, muitas vezes, coincidem com aqueles conhecidos dos povos 
antigos ou dos nativos de tribos aborígenes contemporâneas. 
Tipos arquetípicos: 
Persona = Lado da personalidade que as pessoas apresentam ao mundo. Vem das máscaras utilizadas 
pelos gregos. Para Jung cada indivíduo deve projetar um papel particular, o que a sociedade dita como 
postura mais adequada para determinados contextos sociais. EX: se espera que um médico adote uma 
“atitude à beira do leito” característica, um político mostre um rosto que consiga conquistar a confiança e 
votos do povo, etc. 
* Mesmo que a persona seja um aspecto necessário para nossa personalidade, não devemos 
confundir nossa face pública com nosso self completo. Pois se nos identificar e aproximarmos muito 
com nossa persona, permaneceremos inconscientes de nossa individualidade e ficamos bloqueados 
para alcançar a autorrealização, ficando à mercê e dependentes das expectativas que a sociedade 
tem de nós. 
Sombra = É o arquétipo da escuridão e da repressão, representa aquelas qualidades que não desejamos 
reconhecer e tentamos esconder de nós mesmos e dos outros. 
* Consiste em tendências moralmente censuráveis, além de inúmeras qualidades construtivas e criativas 
que, no entanto, somos relutantes em enfrentar. 
 *Jung argumentava que, para sermos completos, precisamos nos esforçar de modo contínuo para conhecer 
nossa sombra e que essa busca é o nosso primeiro teste de coragem. É mais fácil projetar o lado negro de 
nossa personalidade nos outros, para ver neles a feiura e o mal que recusamos ver em nós mesmos. 
Conscientização da sombra = lidar com a escuridão dentro de nós mesmos. As pessoas que nunca se 
conscientizam de sua sombra podem, no entanto, ficar submetidas a seu poder e levar vidas trágicas, 
constantemente deparando com a “má sorte” escolhendo para si os frutos da derrota e do 
desencorajamento. 
Anima = Assim como Freud, Jung acreditava que todos os humanos são psicologicamente bissexuais e 
possuem um lado masculino e um lado feminino. O lado feminino dos homens se origina no inconsciente 
coletivo como um arquétipo e permanece resistente à consciência. * Poucos homens tomam conhecimento 
de sua anima, pois é mais difícil e requer mais coragem que reconhecer sua sombra. Para dominar as 
projeções de anima, os homens precisam superar barreiras intelectuais, analisar o fundo do seu inconsciente 
e perceber o lado feminino da sua personalidade. 
 
 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
* Ainda, Jung acreditava que a anima se originava das experiências precoces dos homens com as mulheres 
– mães, irmãs e amantes – que se combinavam para formar uma imagem generalizada de mulher. Com o 
tempo, esse conceito global foi incluído no inconsciente coletivo de todos os homens como o arquétipo 
anima. A anima representa os humores e os sentimentos irracionais. 
Animus = É o arquétipo masculino nas mulheres. É simbólico do pensamento e do raciocínio sendo capaz 
de influenciar o pensamento de uma mulher, mesmo que ele não pertença a ela. Pertence ao inconsciente 
coletivo e se origina dos encontros das mulheres pré-históricas com os homens. 
* Em todo relacionamento homem-mulher, a mulher corre o risco de projetar as experiências de seus 
ancestrais distantes com pais, irmão, amantes e filhos no homem desavisado. Ainda, suas experiências 
pessoais com homens, que estão no seu inconsciente pessoal, entram em suas relações com os homens. 
* Jung acreditava que o animus é responsável pelo pensamento e pela opinião nas mulheres, assim 
como a anima produz sentimentos e humores nos homens. O animus também é a explicação para o 
pensamento irracional e as opiniões ilógicas com frequência atribuídas às mulheres. Muitas opiniões 
mantidas pelas mulheres são objetivamente válidas, porém, de acordo com Jung, a análise detalhada revela 
que essas opiniões não foram pensadas, mas já existiam prontas. Se uma mulheré dominada por seu 
animus, nenhum apelo lógico ou emocional pode abalá-la de suas crenças pré-fabricadas. 
* Assim como a anima, o animus aparece em sonhos, visões e fantasias sob uma forma personificada. 
Grande mãe = Assim como o velho sábio, são derivativos da anima e do animus. Todos homens e mulheres 
possuem um arquétipo da grande mãe. Está sempre associado a sentimentos positivos e negativos. Ex: 
mãe amorosa e terrível. 
* Representa duas forças opostas – fertilidade/nutrição x força/destruição = É capaz de produzir e manter a 
vida assim como pode devorar ou negligenciar sua prole. EX: Conto da Cinderela, cuja fada madrinha é 
capaz de criar para ela um mundo de cavalos, carruagens, bailes à fantasia e um príncipe encantado. 
Entretanto, a madrinha poderosa também pode destruir aquele mundo com as badaladas da meia-noite. 
* Fertilidade e força se combinam para formar o conceito de renascimento, o qual pode ser um arquétipo 
separado, porém sua relação com a grande mãe é óbvia. O renasci- mento é representado por processos 
como a reencarnação, o batismo, a ressurreição e a individuação ou a autorrealização. As pessoas por todo 
o mundo são movidas por um desejo de renascer, ou seja, de atingir a autorrealização, o nirvana, o paraíso 
ou a perfeição. 
Velho Sábio = É o arquétipo da sabedoria e do significado. Simboliza conhecimento preexistente dos 
humanos em relação aos mistérios da vida. É inconsciente e não pode ser diretamente experimentado por 
um único indivíduo. 
* Um homem ou uma mulher dominada pelo arquétipo do velho sábio pode reunir um grande séquito de 
discípulos usando um discurso que soe profundo, mas que, na realidade, faz pouco sentido, porque o 
inconsciente coletivo não pode transmitir diretamente sua sabedoria para um indivíduo. 
* Profetas políticos, religiosos e sociais que apelam para a razão e para a emoção (os arquétipos são sempre 
matizados emocionalmente) são guiados por esse arquétipo inconsciente. O perigo para a sociedade surge 
quando as pessoas são influenciadas pelo pseudoconhecimento de um profeta poderoso e confundem um 
disparate (asneira/absurdo) com uma verdadeira sabedoria. 
* É personificado nos sonhos como professor, filósofo, guru, médico... Aparece nos contos de fada como rei, 
sábio ou magico que ajuda o protagonista em dificuldade, e por meio da sabedoria superior, ajuda-o a 
escapar de desventuras. 
Herói = É representado na mitologia e nas lendas como uma pessoa poderosa, às vezes semideus, que luta 
contra grandes adversidades para conquistar ou derrotar o mal na forma de dragões, monstros, serpentes 
ou demônios. No final, entretanto, o herói costuma ser anulado por alguma pessoa ou evento 
aparentemente. EX: Aquiles de Troia, foi morto por uma flecha em seu único ponto vulnerável: o calcanhar. 
Assim como Macbeth que foi uma figura heroica com uma única falha trágica: a ambição. A mesma que foi 
a fonte de sua grandeza, contribuiu para seu destino e derrota. 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
* A imagem do herói toca em um arquétipo dentro de nós, conforme demonstrado por nossa fascinação 
pelos heróis dos filmes e etc. Quando o herói derrota o vilão, ele nos liberta de sentimentos de impotência e 
miséria, ao mesmo tempo servindo como modelo para a personalidade ideal. 
* A origem do tema do herói remonta ao início da história humana: o alvorecer da consciência. Ao derrotar 
o vilão, o herói está simbolicamente dominando as trevas da inconsciência pré-humana. A conquista da 
consciência foi uma das maiores realizações de nossos ancestrais, e a imagem do herói conquistador 
arquetípico representa a vitória sobre as forças das trevas. 
Self = Jung acreditava que cada pessoa tem tendência herdada para avançar em direção ao crescimento, 
à perfeição e à completude = denominou de self. É o arquétipo dos arquétipos, pois reúne os outros 
arquétipos no processo de autorrealização. 
* É formado com mais frequência por imagens inconscientes coletivas. É simbolizado pelas ideias de 
perfeição, completude e plenitude de uma pessoa, mas seu símbolo final é a mandala, a qual é descrita 
como um círculo dentro de um quadrado, um quadrado dentro de um círculo ou qualquer outra figura 
concêntrica. Ela representa os esforços do inconsciente coletivo pela unidade, pelo equilíbrio e pela 
plenitude. 
* Inclui imagens do inconsciente pessoal e coletivo e, portanto, não deve ser confundido com o ego, que 
representa apenas a consciência. 
* Ainda que o self quase nunca seja perfeitamente equilibrado, cada pessoa tem no inconsciente coletivo 
um conceito do self perfeito, unificado. A mandala representa o self perfeito, o arquétipo da ordem, da 
unidade e da totalidade. Como a autorrealização envolve integridade e totalidade, ela é representada pelo 
mesmo símbolo de perfeição (a mandala) que, por vezes, significa divindade. No inconsciente coletivo, o 
self aparece como uma personalidade ideal, às vezes assumindo a forma de Jesus Cristo, Buda, Krishna ou 
outras figuras deificadas. 
 
 
 
 
 
 
Dinâmica da personalidade 
Causalidade e teleologia = A motivação se origina de causas passadas ou de objetivos teleológicos? Jung 
insistia que ela provém de ambos. Freud baseava-se fortemente em um ponto de vista causal em suas 
explicações do comportamento adulto em termos das experiências infantis precoces. Jung criticava Freud 
por ser parcial em sua ênfase sobre a causalidade e insistia que uma visão causal não poderia explicar toda 
a motivação. 
Causalidade significa que os eventos presentes têm origem em experiências prévias. 
Teleologia significa que os eventos atuais são motivados por objetivos e aspirações para o futuro que 
direcionam o destino de uma pessoa. 
* Jung defendia que o comportamento humano é moldado por ambas, tanto as forças causais quanto as 
teleológicas, e que as explicações causais devem ser equilibradas com as teleológicas. A insistência de 
Jung sobre o equilíbrio é vista em sua concepção dos sonhos. 
 
 
Progressão e regressão 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
* Para atingir a autorrealização, as pessoas precisam adaptar-se não apenas a seu ambiente externo, mas 
também a seu mundo interno. A adaptação ao mundo externo envolve o avanço do fluxo da energia psíquica 
e é chamada de progressão, enquanto a adaptação ao mundo interno se baseia em um fluxo retroativo da 
energia psíquica e é chamada de regressão. 
* Ambas são essenciais se as pessoas querem atingir o crescimento individual ou a autorrealização. A 
progressão inclina uma pessoa a reagir de modo coerente a determinado conjunto de condições ambientais, 
enquanto a regressão é um retrocesso necessário para o sucesso na obtenção de um objetivo. A regressão 
ativa a psique inconsciente, um auxílio essencial na solução da maioria dos problemas. Isoladamente, nem 
a progressão nem a regressão levam ao desenvolvimento. Cada uma pode ocasionar parcialidade excessiva 
e falha na adaptação; porém, as duas, trabalhando em conjunto, podem ativar o processo de 
desenvolvimento sadio da personalidade. 
* A regressão é exemplificada na crise de meia-idade de Jung, durante sua vida psíquica voltou-se 
internamente para o inconsciente e afastou-se de qualquer realização externa significativa. Ele gastou a 
maior par- te de sua energia conhecendo sua psique inconsciente e fez muito pouco no que se refere à 
escrita ou às conferências. A regressão dominou sua vida, enquanto a progressão quase cessou, por ex. 
Tipos psicológicos 
* Além dos níveis da psique e da dinâmica da personalidade, Jung reconheceu vários tipos psicológicos que 
se desenvolvem a partir de uma união de duas atitudes básicas = introversão e extroversão – e quatro 
funções separadas – pensamento, sentimento, sensaçãoe intuição. 
Atitudes 
* Jung definiu a atitude como uma predisposição a agir ou reagir em determinada direção. Ele insistia que 
cada pessoa possuía uma atitude introvertida e extrovertida, embora uma possa ser consciente, enquanto 
a outra é inconsciente. * Assim como outras forças opostas em psicologia analítica, a introversão e a 
extroversão servem uma à outra em uma relação compensatória e podem ser ilustradas pelo tema do yin-
yang. 
Introversão 
* É quando a energia psíquica se volta para o interior em direção ao subjetivo. 
* Os introvertidos estão afinados com seu mundo interno, com todas as suas inclinações, fantasias, sonhos 
e percepções individualizadas. Essas pessoas percebem o mundo interno, mas fazem isso de maneira 
seletiva e com sua própria visão subjetiva. 
* Ex: Quando Jung, em sua crise de meia-idade quase completamente introvertida, suas fantasias eram 
individualizadas e subjetivas. Outras pessoas, incluindo até mesmo sua esposa, não conseguiam 
compreender com precisão o que ele estava experimentando. > Ele parou de tratar seus pacientes, abdicou 
de sua posição como palestrante... etc. E com medo de que pudesse tornar-se psicótico, ele se forçou para 
continuar uma vida o mais normal possível com sua família e sua profissão. 
* Por meio desta técnica, Jung emergia de sua jornada interna e estabelecia um equilíbrio entre introversão 
e extroversão. 
Extroversão 
* Em contraste com a introversão, a extroversão é a atitude na qual a energia psíquica se volta para o 
exterior, de modo que a pessoa é orientada em direção ao objetivo e se afasta do subjetivo. 
* Os extrovertidos são mais influenciados pelo entorno do que por seu mundo interno. Tendem a focar a 
atitude objetiva, enquanto suprimem a subjetiva. Extrovertidos são pragmáticos e bem-enraizados nas 
realidades da vida diária. Ao mesmo tempo, são excessivamente desconfiados da atitude subjetiva, seja a 
própria atitude, seja a de outra pessoa. 
* Em resumo, as pessoas não são completamente introvertidas, nem completamente extrovertidas. As 
pessoas introvertidas são como uma gangorra desequilibrada, com um grande peso de um lado e um peso 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
muito leve do outro. Em contrapartida, as extrovertidas são desequilibradas na outra direção, com uma 
atitude extrovertida pesada e uma introvertida muito leve. 
* No entanto, as psicologicamente saudáveis atingem um equilíbrio entre as duas atitudes, sentindo-se 
confortáveis tanto com seu mundo interno quanto com o externo. = balança equilibrada. 
Funções 
* Tanto a introversão quanto a extroversão podem se combinar com uma ou mais das quatro funções, 
formando oito orientações possíveis, ou tipos. As quatro funções – sensação, pensamento, sentimento e 
intuição – podem ser brevemente resumidas da seguinte forma: 
Sensação - diz às pessoas que algo existe; Pensamento - lhes possibilita reconhecer seu significado; 
Sentimento - lhes diz seu valor; e a Intuição - lhes permite saberem a seu respeito sem saber como. 
Pensamento 
* A atividade intelectual lógica que produz uma cadeia de ideias é denominada pensamento. O tipo de 
pensamento pode ser extrovertido ou introvertido, dependendo da atitude básica de uma pessoa. 
* As pessoas com pensamento extrovertido contam com pensamentos concretos, mas elas também podem 
usar ideias abstratas se estas foram transmitidas de fora, por exemplo, por pais ou professores. EX: 
Matemáticos e engenheiros fazem uso frequente do pensamento extrovertido em seu trabalho. 
* Nem todo pensamento objetivo é produtivo. Sem, pelo menos, alguma interpretação individual, as ideias 
são apenas fatos previamente conhecidos, sem originalidade ou criatividade. 
Sensação 
* A função que recebe estímulos físicos e os transmite para a consciência perceptiva é denominada 
sensação. 
* A sensação não é idêntica ao estímulo físico, mas é simplesmente a percepção do indivíduo acerca dos 
impulsos sensoriais. Essas percepções não dependem do pensamento lógico ou do sentimento, mas 
existem como fatos elementares absolutos dentro de cada pessoa. 
*As pessoas com sensação extrovertida percebem os estímulos externos de modo objetivo, de uma forma 
muito parecida como esses estímulos existem na realidade. Suas sensações não são tão influenciadas por 
suas atitudes subjetivas. Essa conveniência é essencial em ocupações como revisor, pintor de casas, 
degustador de vinhos... ou qualquer outro trabalho que demande discriminações sensoriais congruentes 
com as da maioria das pessoas. 
* As pessoas com sensação introvertida são, em grande parte, influenciadas por suas sensações 
subjetivas de visão, audição, olfato, tato. Elas são guiadas por sua interpretação dos estímulos sensoriais, 
não pelos estímulos em si. Artistas retratistas, em especial aqueles cujas pinturas são extremamente 
personalizadas, baseiam-se em uma atitude de sensação introvertida. Eles dão uma interpretação subjetiva 
a fenômenos objetivos e ainda são capazes de comunicar significado aos outros. No entanto, quando a 
atitude de sensação subjetiva é levada a seu extremo, pode resultar em alucinações ou discurso esotérico 
e incompreensível. 
Intuição 
* Intuição envolve a percepção além do trabalho da consciência. Assim como a sensação, baseia-se na 
percepção de fatos elementares absolutos, que fornecem o material bruto para o pensamento e o 
sentimento. Intuição difere de sensação, uma vez que ela é mais criativa, em geral acrescentando ou 
subtraindo elementos da sensação consciente. 
* As pessoas intuitivas extrovertidas são orientadas para os fatos no mundo externo. No entanto, em vez 
de senti-los integralmente, elas apenas os percebem de modo subliminar. Como fortes estímulos sensoriais 
interferem na intuição, as pessoas intuitivas suprimem muitas de suas sensações e são guiadas por 
pressentimentos e suposições contrários aos dados sensoriais. Um exemplo de um tipo intuitivo extrovertido 
pode ser os inventores, que precisam inibir dados sensoriais que distraem e se concentrar nas soluções 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
inconscientes para problemas objetivos. Eles podem criar coisas que atendem a uma necessidade que 
apenas poucas pessoas perceberam que existia. 
* As pessoas intuitivas introvertidas são guiadas pela percepção inconsciente de fatos que são 
basicamente subjetivos e têm pouca ou nenhuma semelhança com a realidade externa. Suas percepções 
intuitivas subjetivas são extraordinariamente fortes e capazes de motivar decisões de magnitude 
monumental. Pessoas como místicos, profetas, artistas surrealistas ou fanáticos religiosos, muitas vezes, 
parecem peculiares para indivíduos de outros tipos que possuem pouca compreensão de suas motivações. 
* Jung acreditava que as pessoas intuitivas introvertidas talvez não compreendessem com clareza as 
próprias motivações, embora fossem profundamente movidas por elas. 
 
Desenvolvimento da personalidade 
* Jung acreditava que a personalidade se desenvolve por meio de uma série de estágios, que culminam na 
individuação/autorrealização. Diferente de Freud, ele enfatizou a segunda metade da vida, o período após 
os 35 ou 40 anos, quando a pessoa tem a oportunidade de reunir os vários aspectos da personalidade e 
atingir a autor- realização. 
* No entanto, a oportunidade para degeneração ou reações rígidas também está presente nesse momento. 
A saúde psicológica das pessoas de meia-idade está relacionada a sua capacidade de atingir o equilíbrio 
entre os polos dos vários processos opostos. Tal capacidade é proporcional ao sucesso alcançado na 
jornada pelos estágios anteriores da vida. 
Estágios do desenvolvimento 
* Jung comparou: O sol do começo da manhã é a infância - cheio de potencial, mas aindacarecendo de 
brilho (consciência); o sol da manhã é jovem - escalando em direção ao zênite, mas sem consciência do 
declínio iminente; o sol do início da tarde - é a metade da vida, brilhante como o sol do final da manhã, mas 
obviamente indo em direção ao pôr do sol; o sol do fim da tarde - é a velhice, sua consciência que já foi 
brilhante é, agora, acentuadamente diminuída. 
Infância 
* Jung a dividiu em três subestágios: (1) anárquico, (2) monárquico e (3) dualista. 
* Fase anárquica - é caracterizada pela consciência caótica e esporádica. Podem existir “ilhas de 
consciência”, mas há poucas conexões entre essas ilhas. As experiências entram na consciência como 
imagens primitivas, incapazes de serem verbalizadas com precisão. 
* Fase monárquica - é caracterizada pelo desenvolvimento do ego e pelo começo do pensamento lógico e 
verbal. Durante esse tempo, as crianças veem-se objetivamente e muitas vezes se referem a elas mesmas 
na terceira pessoa. As ilhas de consciência se tornam maiores, mais numerosas e habitadas por um ego 
primitivo. Ainda que o ego seja compreendido como um objeto, ele ainda não está consciente de si como 
capaz de perceber. O ego com capacidade de percepção surge durante a fase dualista da infância, quando 
ele é dividido em objetivo e subjetivo. 
* Fase Dualista - As crianças agora se referem a si mesmas na primeira pessoa e estão conscientes de sua 
existência como indivíduos separados. Durante o período dualista, as ilhas de consciência se transformam 
em uma terra contínua, habitada por um complexo de ego que se reconhece tanto como objeto quanto como 
sujeito. 
Juventude 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
* É o período da puberdade até a metade da vida. Os jovens se esforçam para obter independência psíquica 
e física de seus pais, encontrar um parceiro, criar uma família e ter um lugar no mundo. 
* Para Jung, juventude é um período de aumento de atividade, maturação da sexualidade, crescimento da 
consciência e reconhecimento de que a era livre de problemas da infância se foi para sempre. A principal 
dificuldade enfrentada na juventude é superar a tendência natural a se apegar à consciência limitada da 
infância, evitando assim, problemas pertinentes ao tempo presente da vida. 
***** Esse desejo de viver no passado é chamado de princípio da conservação. Uma pessoa de meia-
idade ou idosa que tenta se apegar a valores juvenis enfrenta uma segunda metade da vida incapacitada, 
limitada na capacidade de atingir a autorrealização e prejudicada na capacidade de estabelecer novos 
objetivos e buscar novo significado para a vida. 
Meia-idade 
* 35 – 40 anos. Declínio que por mais que possa apresentar às pessoas de meia-idade ansiedades 
crescentes, a metade da vida também é um período de grande potencial. Se as pessoas de meia-idade 
retêm os valores sociais e morais do início de sua vida, elas se tornam rígidas e fanáticas ao tentarem se 
apegar a sua atratividade e agilidade física. Vendo seus ideais mudarem, elas podem lutar 
desesperadamente para manter sua aparência e seu estilo de vida juvenil. 
* A maioria de nós está despreparado para “dar o passo em direção ao entardecer da vida; pior ainda, damos 
esse passo com o falso pressuposto de que nossas verdades e nossos ideais nos servirão como sempre... 
Não podemos viver na tarde da vida de acordo com o programa da manhã da vida, pois o que era grande 
pela manhã será pouco ao anoitecer, e o que era verdadeiro pela manhã, à noite terá se transformado em 
uma mentira”. 
* Sua saúde psicológica não é realçada pelo sucesso nos negócios, pelo prestígio na sociedade ou pela 
satisfação com a vida familiar. Elas devem encarar o futuro com esperança e antecipação, renunciara o 
estilo de vida da juventude e descobrir novos significados na meia-idade. 
Velhice 
* As pessoas experimentam uma redução da consciência, assim como a luz e o calor do sol diminuem ao 
entardecer. Se as pessoas têm medo da vida durante os primeiros anos, então quase certamente temerão 
a morte durante os últimos. 
* O medo da morte costuma ser considerado normal, mas Jung acreditava que a morte é o objetivo da vida 
e que a vida será plena apenas quando a morte for vista sob esse prisma. 
* Em 1934 Jung escreveu: “Comumente nos apegamos a nosso passado e ficamos emperrados na ilusão da 
juventude. Ser velho é alta- mente impopular. Ninguém parece considerar que não ser capaz de envelhecer é tão 
absurdo quanto não ser capaz de ultrapassar os sapatos de tamanho infantil. Um homem ainda infantil de 30 anos é 
certamente deplorável, mas um septuagenário jovial – isso não é encantador? E, no entanto, ambas são 
monstruosidades psicológicas perversas e carentes de estilo. Um jovem que não luta e conquista perdeu a melhor 
parte de sua juventude, e um velho que não sabe ouvir os segredos das águas enquanto elas rolam desde os picos 
dos vales, não faz qualquer sentido; ele é uma múmia espiritual que é nada além de uma relíquia rígida do passado”. 
Autorrealização 
* É o renascimento psicológico, também chamado de individuação. É o processo de se tornar um indivíduo 
ou pessoa completa. A psicologia analítica é essencialmente uma psicologia de opostos, e a autorrealização 
é o processo de integração dos polos opostos em um único indivíduo homogêneo. Esse processo de “chegar 
à individualidade” significa que uma pessoa possui todos os componentes psicológicos funcionando em 
unidade, sem qualquer processo psicótico atrofiando. As pessoas que passaram por tal processo atingiram 
a realização do self, minimizaram sua persona, reconheceram sua anima ou seu animus e adquiriram um 
equilíbrio viável entre introversão e extroversão. É rara, sendo atingida apenas por aqueles que são capazes 
de assimilar seu inconsciente a sua personalidade total. 
Teste de associação de palavras 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
* A finalidade básica do teste na psicologia junguiana de hoje é trazer à tona complexos com matizes de 
sentimentos. Conforme observado nos níveis da psique, um complexo é um conglomerado de imagens 
individualizadas e com um matiz emocional, agrupadas em torno de um núcleo essencial. O teste de 
associação de palavras está fundamentado no princípio de que os complexos criam respostas emocionais 
mensuráveis. 
* Ao administrar o teste, Jung usava uma lista de cem palavras-estímulo, escolhidas e organizadas para 
despertar uma reação emocional. Ele instruía a pessoa a responder a cada palavra-estímulo com a primeira 
palavra que lhe viesse à mente. Ele registrava cada resposta verbal, o tempo levado para dar a resposta, o 
ritmo respiratório... Certos tipos de reações indicam que a palavra-estímulo tocou em um complexo. As 
respostas críticas incluem respiração restrita, alterações na condutividade elétrica da pele, reações 
retardadas, respostas múltiplas, desprezo das instruções, incapacidade de pronunciar uma palavra comum, 
não conseguir responder e incoerência no teste-reteste. Outras respostas significativas incluem ruborizar, 
gaguejar, rir, tossir, suspirar, limpar a garganta.... 
... 
 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
RESUMÃO – FREUD: 
*Psicanálise = Teoria de Freud sobre a personalidade e sistema de terapia para tratar distúrbios mentais. 
*Instintos = Representações mentais de estímulos internos, como a fome, que levam uma pessoa a tomar 
determinadas atitudes. 
*Instintos de vida - eros = impulso de assegurar a sobrevivência do indivíduo e da espécie satisfazendo a 
necessidade de comida, sexo, ar e água. 
- Libido = energia psíquica manifestada pelos instintos de vida, que motiva (empurra) a pessoa para 
comportamentos e pensamentos prazerosos. 
- Catexia = investimento da libido em objeto ou alguém. 
*Instintos de morte – tanatos =Impulso inconsciente na direção da degeneração, destruição e agressão. 
- Impulso agressivo = Parte do instinto de morte. Compulsão de destruir, subjugar ... 
*Id = Aspecto aliado aos instintos; fonte da energia psíquica, o id opera de acordo com o princípio do prazer. 
 - Principio do prazer = Id opera através dele para evitar a dor e maximizar o prazer. 
 - Processo primário = Raciocínio infantil pelo qual o id tenta satisfazer os impulsos instintivos. 
*Ego = Aspecto racional da personalidade. Responsável pela orientação e controle dos instintos de acordo 
com o principio da realidade. 
 - Principio da realidade = Por onde o ego opera para providenciar as limitações adequadas à 
expressão dos instintos do id. 
 - Processo secundário = Processos de raciocínio maduro necessários para lidar racionalmente com 
o mundo exterior. 
*Superego = Aspecto moral da personalidade – introjeção de valores e padrões dos pais e da sociedade, 
por ex. 
 - Consciência = Componente do superego que contém comportamentos devido aos quais a criança 
foi punida. 
 - Ideal do ego = Componente do superego que contém os comportamentos morais e ideais pelos 
quais a pessoa deve lutar – elogiadas quando criança, ex. 
*Ansiedade = Semelhante ao medo, mas para Freud, um temor sem motivo aparente. 
 - Defesas contra a ansiedade – mecanismos de defesa = Estratégias que o EGO utiliza para se 
defender contra a ansiedade provocada pelos conflitos da vida cotidiana. Envolvem negações ou distorções 
da realidade. 
 - Repressão = Um mecanismo que envolve a negação inconsciente da existência de algo 
que causa ansiedade. 
 - Negação = Envolve a negação da existência de uma ameaça externa ou evento traumático. 
 - Formação de reação = Envolve a expressão de um impulso do id que é o oposto daquele 
que será realmente sentido. 
 - Projeção = Envolve a atribuição de um impulso do id que é perturbador a outra pessoa. 
 - Regressão = Envolve a volta a um período anterior menos frustrante da vida e apresenta 
as características de comportamentos infantis e dependentes desse período mais seguro. 
 - Racionalização = Envolve reinterpretação de um comportamento para torna-lo mais 
aceitável e menos ameaçador. 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
 - Deslocamento = Envolve o deslocamento dos impulsos do id de um objeto ameaçador e 
indisponível para um outro substituto disponível. 
 - Sublimação = Envolve a alteração ou deslocamentos de impulsos do id transformando a 
energia psíquica em comportamentos socialmente aceitáveis. 
 - Fixação = Estado no qual uma parte da libido permanece investida em uma das fases 
psicossexuais devido à frustração ou satisfação excessiva. – (abaixo) 
*Estágios psicossexuais do desenvolvimento = Todas as crianças passam pelos estágios oral, anal, 
fálico e genital, nos quais a gratificação dos instintos do id depende da estimulação das áreas 
correspondentes do corpo. 
 
*Técnica de Livre Associação = Devaneio em voz alta => O paciente vai dizendo a primeira coisa que vem 
à mente : 
 - Cartarse = “botar pra fora”, purificação, expressão das emoções que se espera que leve À redução 
de sintomas perturbadores. 
 - Resistência = Bloqueio ou recusa para revelar lembranças dolorosas. 
*Análise dos sonhos = técnica que envolve a interpretação dos sonhos para trazer à tona conflitos 
inconscientes. Os sonhos tem um conteúdo manifesto (eventos reais no sonho) e conteúdo latente 
(significado simbólico dos acontecimentos do sonho). Para Freud, os sonhos representam de forma 
simbólica, desejos, temores e conflitos reprimidos. Exemplos: 
 Símbolo | Interpretação 
 
_____________________________________________________________________________________ 
RESUMÃO – JUNG: 
*Libido = Forma mais ampla e generalizada de energia psíquica = energia de vida. 
*Psique = Definição da personalidade para Jung. 
*Principio dos opostos = Baseado em conceitos físicos de energia... Conceito de que o conflito entre 
tendências ou processos opostos é necessário para a geração de energia psíquica. > Altura x profundidade, 
calor x frio. Quanto maior o conflito, maior a energia produzida. 
*Principio da equivalência = Redistribuição contínua da energia dentro de uma personalidade. Se a energia 
gasta em certas condições ou atividades enfraquece ou desaparece, ela é transferida para outro lugar na 
personalidade. Ele observou que na natureza a energia física não é perdida, ela é transferida. 
*Principio da entropia = Tendência ao equilíbrio dentro da personalidade. O ideal é uma distribuição igual 
da energia psíquica para todas as estruturas da personalidade. 
Rei e rainha Pais 
Animais pequenos Filhos 
Tomar banho Nascimento 
Obs: 
No estágio oral – sucção (prazer) e morder (capacidade destrutiva 
concretizada). 
- Complexo de édipo = Começa se identificando com o pai. Tem 
desejo inconsciente pela mãe. Vem acompanhado do desejo de 
‘destruir’ o pai. 
- Ansiedade de castração = temor de perder o pênis. 
- Complexo de Electra (édipo feminino) = sensação de perda por 
causa da falta e “inveja do pênis”, desejo inconsciente pelo pai, 
“destruir” a mãe. 
- Período de latência = através de hobbies, escola, amigos... 
 
 
Daniele Thayná Kopp – M14801 
*Ego = Para Jung é o centro da consciência – parte da psique que se preocupa com a percepção, raciocínio, 
lembranças e sensações. 
*Extroversão = Uma atitude da psique caracterizada por uma orientação para o mundo exterior e outras 
pessoas. > Pessoas extrovertidas tendem a ser abertas, sociáveis e socialmente assertivas. 
*Introversão = Atitude da psique caracterizada por uma orientação para as ideias e sensações da própria 
pessoa. > Pessoas introvertidas tendem a ser tímidas, mais fechadas e se concentrar em si mesmas. 
*Tipos psicológicos = Tipos de personalidade baseadas na interação entre as atitudes (introvertido x 
extrovertido) e as funções (pensamento, sentimento, intuição e sensação). 
 
*Consciência = Relação com o Ego (descrito acima). 
*Inconsciente pessoal = Reservatório de material que já foi consciente mas foi esquecido ou reprimido. 
 - Complexos = Aglomerações de experiências do inconsciente pessoal, centro de emoções, 
lembranças, percepções e desejos organizados em torno de um tema em comum como poder e status. 
* Inconsciente coletivo = O nível mais profundo da psique, que contém o acúmulo de experiências 
herdadas de geração em geração desde os tempos “pré-históricos” da humanidade. 
* Arquétipos = Imagens de experiências contidas no inconsciente coletivo. (lembrando que 
psique=personalidade. 
 - Persona = Rosto ou papel público que a pessoa apresenta aos outros. 
 - Anima = Aspectos femininos na psique masculina. (yin yang) 
 - Animus = Aspectos masculinos na psique feminina. (yin yang) 
 - Sombra = Lado obscuro da psique, contém ‘instintos’ animais primitivos. 
 - Self = Representa a unidade, integração e harmonia da personalidade total. 
 - Individuação = Estado de saúde psicológica resultante da integração de todas as facetas 
inconscientes de conscientes da personalidade. Tornar-se individuo, desenvolver o self. 
*Teste de associação de palavras = Técnica projetiva na qual a pessoa responde a uma palavra de 
estímulo com a palavra que lhe vier à mente. 
*Análise de sintomas = Semelhante à catarse, se concentra em sintomas relatados pelo paciente e tenta 
interpretar as livre associações do paciente para estes sintomas. 
*Análise dos sonhos = Concordava com Freud que os sonhos são “o caminho real” para o inconsciente. 
Porém não analisava somente um sonho, analisava uma série de sonhos relatados por um paciente. Para 
ele os sonhos são prospectivos, isto é, ajudam a nos prepararmos para as experiênciase eventos que 
prevemos que ocorrerão; E são compensatórios, pois ajudam a conseguir um equilíbrio entre os opostos na 
psique compensando o superdesenvolvimento de qualquer estrutura psíquica.

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