Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 08 Curso: Direito Constitucional p/ AFT Professor: Nádia Carolina Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 32 AULA 08: Poder Executivo. SUMÁRIO PÁGINA 1-Teoria 1-15 2-Questões Comentadas 16-26 3-Lista de Questões 27-30 4-Gabarito 31-32 Presidencialismo No presidencialismo, o Presidente da República acumula as funções de Chefe de Governo e Chefe de Estado. Já no parlamentarismo, o chefe de Estado é o Rei ou o Presidente da República, enquanto o chefe de Governo é o Gabinete, chefiado pelo Primeiro-Ministro. ³3X[D�� 1iGLD���� (VWRX� FRQIXVR� �D����4XDO� D� GLIHUHQoD� HQWUH� FKHIH� GH� *RYHUQR�H�FKHIH�GH�(VWDGR"´ A chefia de Estado é a própria representação do Estado, principalmente no que se refere às relações internacionais. O chefe do Estado está acima da política, e por isso é responsável pela nomeação de cargos sem caráter político. Por isso, no presidencialismo, quando exerce a função de chefe de Estado, o Presidente da República não presta contas de seus atos ao Poder Legislativo, pois não há cunho político em suas decisões. Por outro lado, a chefia de Governo está fortemente relacionada à política, visando principalmente à realização de ações e tomada de decisões com base nos anseios dos diversos setores sociais. Assim, de posse desses conceitos, podemos perceber que o presidencialismo se diferencia do parlamentarismo pela maior independência de poderes. No presidencialismo, o chefe do governo escolhe e nomeia seus ministros, sem qualquer interferência do Legislativo, enquanto no parlamentarismo o Parlamento e o Gabinete não subsistem sem o apoio um do outro. Em alguns casos, é o Parlamento que nomeia os integrantes do Gabinete. Em outros, é o chefe do Executivo que os nomeia, desde que haja apoio da maioria parlamentar (é o caso da Inglaterra, por exemplo). Outro importante aspecto do presidencialismo é que os governantes possuem mandato por prazo certo. No Parlamentarismo, isso não ocorre: o Primeiro-Ministro permanece no cargo enquanto possuir maioria parlamentar. Por fim, no Presidencialismo há responsabilidade do governo diretamente perante o povo. Já no Parlamentarismo esta se dá perante o parlamento: caso o Primeiro Ministro perca o apoio parlamentar, exonera-se imediatamente. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 32 O quadro a seguir resume as principais características do Presidencialismo: Com base no que acabamos de estudar e no art. 1º da Constituição Federal, podemos concluir que a República Federativa do Brasil apresenta as seguintes características: Funções do Poder Executivo A função típica do Poder Executivo é a executiva, que se consubstancia pela aplicação da lei aos casos concretos. Essa função executiva subdivide-se em função de governo (atribuições de decisão política) e função administrativa (intervenção, fomento e prestação de serviço público). Além de sua função típica, o Executivo exerce outras, atípicas. Cabe a esse Poder legislar (por meio da edição de medidas provisórias e decretos autônomos) e julgar (contencioso administrativo). Investidura e posse P R E S ID E N C IA L IS M O MAIOR INDEPENDÊNCIA ENTRE OS PODERES MANDATO POR PRAZO CERTO ACÚMULO DAS FUNÇÕES DE CHEFE DE GOVERNO E CHEFE DE ESTADO RESPONSABILIDADE PERANTE O POVO República Federativa do Brasil ͻForma de estado = Federação ͻRegime político = Democracia ͻForma de governo = República ͻSistema de governo = Presidencialismo Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 32 Determina o art. 77, § 1º, da Constituição, que a eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. O § 2º do mesmo artigo estabelece, ainda, que será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. Assim, tanto o Presidente quanto o Vice-Presidente da República são eleitos pelo sistema majoritário, no qual é eleito o candidato com maior número de votos. Esse sistema se divide em duas espécies básicas: sistema majoritário puro ou simples ou sistema majoritário de dois turnos. Pelo primeiro (puro ou simples), considera-se eleito o candidato que obtiver o maior número de votos. A Carta Magna adotou esse sistema para a eleição dos Senadores (art. 46, CF) e de prefeitos municipais, em Municípios com menos de 200 mil eleitores (CF, art. 29, II). Já pelo segundo (sistema de dois turnos), será considerado eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos (não computados os em branco e os nulos). Caso não obtenha essa maioria na primeira votação, será realizado um novo turno de votações. Esse método é adotado pela Lei Fundamental para as eleições de Presidente da República, Governador de Estado e Distrito Federal e Prefeitos de Municípios com mais de 200 mil eleitores (CF, art. 77). Questão de prova: 1. (Cespe/2013/TRE-MS) A eleição do presidente da República, simultaneamente com a do vice-presidente, é feita mediante voto direto e secreto, pelo sistema de representação proporcional, sendo realizada nos estados, nos territórios e no Distrito Federal. Comentários: A eleição do Presidente e do Vice-Presidente se dá pelo sistema majoritário, não pelo sistema proporcional. Questão incorreta. 2�DUW������³FDSXW´��GD�&RQVWLWXLomR�)HGHUDO��GHWHUPLQD�TXH�D�HOHLomR�GR� Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. Com isso, determina que à eleição para esses cargos aplica-se o sistema majoritário de dois turnos, pelo qual o candidato só se elege pela maioria absoluta dos votos, que, não sendo obtida no primeiro turno, será garantida em um segundo turno. A Constituição define, ainda, nos § 4º e 5º do art. 77 da CF, que se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 32 de maior votação. Além disso, se remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão conjunta do Congresso Nacional, em 1º de janeiro, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força MAIOR, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. Observe que o cargo só será considerado vago se nenhum dos candidatos (Presidente e Vice) comparecer. A existência de força maior também modifica a situação, conforme o esquema abaixo: Sobre o mandato presidencial, destaca-se ainda que, de acordo com o art. 82 da Carta Magna, este é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da eleição do Presidente da República. É permitidaa reeleição para um único período subsequente. Para finalizar o tópico, destaca-se que a Constituição exige alguns requisitos para a candidatura ao cargo de Presidente e Vice-Presidente da República: x Ser brasileiro nato (art. 12, § 3º, CF); x Estar no gozo dos direitos políticos; x Ter mais de 35 anos; AUSÊNCIA DE FORÇA MAIOR PR NÃO COMPARECE O CANDIDATO A VICE ASSUMIRÁ O MANDATO COMO PRESIDENTE E EXERCERÁ INTEGRALMENTE O MANDATO SEM VICE-PRESIDENTE PR E VICE NÃO COMPARECEM O CARGO SERÁ CONSIDERADO VAGO FORÇA MAIOR PR NÃO COMPARECE O ELEITO VICE ASSUMIRÁ O MANDATO DE PRESIDENTE TEMPORARIAMENTE, ATÉ QUE O ELEITO PARA ESTE CARGO TOME POSSE VICE NÃO COMPARECE O ELEITO PRESIDENTE EXERCERÁ SEU CARGO SEM VICE ATÉ QUE ESTE SEJA EMPOSSADO Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 32 x Não ser inelegível (não incidir em nenhuma das hipóteses de inelegibilidade previstas na Carta Magna); x Possuir filiação partidária. Substituição e sucessão Os impedimentos são afastamentos temporários do Presidente da República, ocorrendo, por exemplo, quando este se afasta do País. Quando ocorrem, o Vice-Presidente substitui o Presidente no cargo. Já a vacância é o afastamento definitivo do Presidente, com consequente sucessão do Vice-Presidente no cargo, ocorrendo nas seguintes situações: No que se refere à ausência do país por mais de quinze dias do Presidente e do Vice-Presidente da República, esta deverá se dar com autorização do Congresso Nacional (art. 49, III, CF). Nesse sentido, destaca-se o entendimento do STF de que afronta os princípios constitucionais da harmonia e independência entre os Poderes e da liberdade de locomoção norma estadual que exige prévia licença da Assembleia Legislativa para que o governador e o vice-governador possam ausentar-se do País por qualquer prazo. Espécie de autorização que, segundo o modelo federal, somente se justifica quando o afastamento exceder a quinze dias. Aplicação do princípio da simetria.´ (ADI 738). 2� DUW�� ���� ³FDSXW´�� GD� &RQVWLWXLomR�� GHWHUPLQD� TXH� substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice- Presidente. Reza o art. 80 da Carta Magna que em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão H IP Ó T E S E S D E V A C  N C IA D O C A R G O D E P R E S ID E N T E D A R E P Ú B L IC A PELO NÃO-COMPARECIMENTO PARA A POSSE DENTRO DE DEZ DIAS DA DATA FIXADA PARA A MESMA, EXCETO POR FORÇA MAIOR POR MORTE, RENÚNCIA, PERDA OU SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS E PERDA DA NACIONALIDADE BRASILEIRA POR CRIME DE RESPONSABILIDADE, OU COMUM, MEDIANTE DECISÃO DO SENADO FEDERAL OU DO STF, RESPECTIVAMENTE AUSÊNCIA DO PAÍS POR MAIS DE QUINZE DIAS, SEM AUTORIZAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 32 sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Destaca-se que a sucessão presidencial, no caso de vacância definitiva do cargo, antes do término do mandato, possui regras diferenciadas, dependendo de quem o substitua, bem como do período que restar para o término do mandato. Assim, só o Vice-Presidente pode suceder o Presidente definitivamente. Os demais (Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal) o farão temporariamente, até que ocorra nova eleição, conforme a tabela a seguir: É importante destacar que a hipótese prevista no § 2º do art. 81 da Carta Magna é a uma modalidade de eleição indireta. Trata-se de uma exceção no processo eleitoral, que só é legítima porque foi prevista pelo constituinte originário. Eu sabia que você iria me perguntar isso... É possível a previsão de eleição indireta no ordenamento jurídico dos Estados? Mesmo não havendo lei federal permissiva, entende o STF que lei estadual poderá prever, sim, eleição indireta em Estado, caso haja previsão para a realização desta na Constituição Estadual. Isso porque, mesmo dispondo a Constituição, em seu art. 22, I, que compete privativamente à União legislar sobre direito eleitoral, a lei que prevê eleição indireta em Estado não é, segundo a Corte, materialmente eleitoral, visto que apenas regula a VXFHVVmR�³H[WUDYDJDQWH´�GR�&KHIH�GR�3RGHU�([HFXWLYR� Atribuições do Presidente da República As atribuições do Presidente da República enquanto Chefe de Estado e Chefe de Governo estão enumeradas no art. 84 da Constituição Federal. Veja quais são elas, na tabela a seguir: VACÂNCIA DOS CARGOS DE PRESIDENTE E VICE- PRESIDENTE NOS DOIS PRIMEIROS ANOS DO MANDATO... ELEIÇÃO DIRETA NOVENTA DIAS DEPOIS DE ABERTA A ÚLTIMA VAGA NOS DOIS ÚLTIMOS ANOS DO MANDATO... ELEIÇÃO INDIRETA, PELO CONGRESSO NACIONAL, TRINTA DIAS APÓS ABERTA A ÚLTIMA VAGA Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 32 Compete privativamente ao Presidente da República... I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; X - decretar e executar a intervenção federal; XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais- generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 32 Compete privativamente ao Presidente da República... XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do Banco Central e outros servidores, quando determinado em lei;XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos na Constituição, e o Advogado-Geral da União; XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos na Constituição; XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 32 na forma da lei; XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; XXVII - exercer outras atribuições previstas na Constituição. No que se refere à função de comandante supremo das Forças Armadas, não se trata de título honorífico, mas de verdadeira função de comando e direção das atividades do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. De acordo com o parágrafo único do art. 84 da Carta Magna, o Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. Nesse sentido, entende o STF que o presidente da República pode delegar aos ministros de Estado, por meio de decreto, a atribuição de demitir, no âmbito das suas respectivas pastas, servidores públicos federais (STF, Primeira Turma, RMS 24128 DF, julgamento 06.04.2005). A lista do art. 84 da Carta Magna é exemplificativa, conforme se depreende do inciso XXVII do art. 84 da Constituição, que diz que o Presidente da República exercerá outras atribuições previstas na Constituição. Em regra, essas atribuições são indelegáveis, só podendo ser exercidas pelo Presidente da República ou por quem o substituir ou suceder. Entretanto, o parágrafo único do art. 84 permite que o Presidente delegue algumas atribuições aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República e ao Advogado-Geral da União: A T R IB U IÇ Õ E S D E L E G Á V E IS D O P R DISPOR, MEDIANTE DECRETO, SOBRE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL, QUANDO NÃO IMPLICAR AUMENTO DE DESPESA NEM CRIAÇÃO OU EXTINÇÃO DE ÓRGÃOS PÚBLICOS E EXTINÇÃO DE FUNÇÕES OU CARGOS PÚBLICOS, QUANDO VAGOS CONCEDER INDULTO E COMUTAR PENAS, COM AUDIÊNCIA, SE NECESSÁRIO, DOS ÓRGÃOS INSTITUÍDOS EM LEI PROVER OS CARGOS PÚBLICOS FEDERAIS, NA FORMA DA LEI Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 32 Veja como isso foi cobrado em prova recente do Cespe... 2. (Cespe/2012/DPF) Como são irrenunciáveis, todas as atribuições privativas do presidente da República previstas no texto constitucional não podem ser delegadas a outrem. Comentários: São delegáveis as atribuições previstas no parágrafo único do art. 84 da Constituição como tal. Questão incorreta. Poder regulamentar O poder regulamentar é uma das mais importantes prerrogativas do Poder Executivo, estando previsto no art. 84, IV, da Constituição, que estabelece que cabe privativamente ao Presidente da República expedir decretos e regulamentos para a fiel execução das leis. Os decretos e regulamentos são, portanto, atos normativos infralegais, devendo subordinar-se às leis. Segundo a doutrina, classificam-se em: Decretos ou regulamentos de execução São atos normativos secundários, sendo editados para possibilitar a fiel execução de uma lei. Sua edição é competência indelegável do Chefe do Executivo. Exercem a função de uniformizar a aplicação da lei, assegurando a observância do princípio da igualdade, ou seja, que a Administração atuará da mesma forma diante de casos semelhantes. Decretos ou regulamentos autorizados São atos regulamentares que complementam a lei com base em expressa determinação nela contida. Essa lei deve determinar precisamente os contornos dos decretos ou regulamentos autorizados. São editados principalmente por órgãos administrativos de natureza técnica, como as agências reguladoras, por exemplo. Decretos ou regulamentos autônomos São atos normativos primários que disciplinam a organização ou a atividade administrativa, extraindo sua validade diretamente da Constituição. Existem em nosso ordenamento jurídico desde a EC no 32/2001 (art. 84, VI, da CF). A competência para sua edição pode ser delegada, nos termos do parágrafo único do art. 84 da CF. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 32 O art. 84, VI, da CF/88 prevê hipóteses de edição de decreto autônomo. Esses atos, por serem primários, têm a mesma hierarquia das leis formais, situando-se logo abaixo da Constituição. Submetem-se, por isso, ao controle de constitucionalidade por Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica, segundo o STF (ADI 3.232, Rel. Min. Cezar Peluso, DJE de 03.10.2008). Os regulamentos de execução, segundo a doutrina e a jurisprudência, visam à fiel execução da lei (STF, Pleno, ADIN no 1.435-8/DF, medida liminar, DJU, 06.08.1999). Buscam detalhar a lei, não criam direitos nem obrigações diversas das previstas no texto legal. Essa vedação, conforme lição de Alexandre de Moraes, não significa que o regulamento deva se limitar a reproduzir o texto da lei, sob pena de inutilidade. Caberá ao Poder Executivo evidenciar e explicitar todas as previsões legais, decidindo a melhor forma de executá-las e, eventualmente, até mesmo suprindo lacunas de ordem prática ou técnica. Questões de prova: 3. (Cespe/2012/Câmara dos Deputados) No exercício do poder regulamentar, compete ao presidente da República dispor, mediante decreto, sobre a criação e a extinção de órgãos, funções e cargos públicos, quando tal ato não implicar aumento de despesa. Comentários: A criação e extinção de órgãos e cargos públicos só pode se dar por meio de lei. Por decreto, só se permite a extinção de funções e cargos públicos quando vagos. Questão incorreta. 4. (Cespe/2013/TRE-MS) O poder regulamentar é inerente e privativo ao chefe do Poder Executivo. Comentários: É o que determina o art. 84, IV, da Constituição. Questão correta. Responsabilização do Presidente da República A Constituição Federal prevê a responsabilização do Presidente da República pela prática de crimes de responsabilidade. Trata-se de infrações político-administrativas cometidas no exercício do cargo cujas sanções importam em vacância do cargo, ou seja, na saída do agente do cargo e sua inabilitação por certo períodode tempo para o exercício de funções públicas. O artigo 85 da Constituição prevê que alguns atos do Presidente da República configuram-se crimes de responsabilidade, conforme a tabela a seguir: Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 32 µ A competência para processar e julgar o Presidente da República nos crimes de responsabilidade é do Senado Federal, após autorização da Câmara dos Deputados, por 2/3 de seus membros. No julgamento do Presidente da República, funcionará como Presidente o do STF. Qualquer cidadão tem legitimidade para oferecer acusação contra o Presidente da República à Câmara dos Deputados pela prática de crime de responsabilidade. Nesse caso, o exame da Câmara se fará por critérios políticos, sendo assegurado ao Presidente da República o direito ao contraditório e à ampla defesa. Caso admitida a acusação pela Câmara, o Senado Federal estará vinculado ao julgamento do Presidente da República, ou seja, este não poderá decidir pelo não julgamento. Entretanto, da mesma forma que ocorre na Câmara, o julgamento do Senado tem cunho político. Instaurado o julgamento, o Presidente da República fica suspenso de suas funções, retornando a elas em caso de absolvição ou de decurso do prazo de cento e oitenta dias sem conclusão do julgamento, sem prejuízo do regular andamento do processo. A condenação do Presidente da República será proferida por 2/3 dos membros do Senado Federal, em votação nominal aberta. Acarretará a perda do cargo, com a inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. A sentença será formalizada por Resolução do Senado Federal. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO PR - OS QUE ATENTAM CONTRA A CONSTITUIÇÃO E, ESPECIALMENTE, CONTRA A EXISTÊNCIA DA UNIÃO O LIVRE EXERCÍCIO DO PODER LEGISLATIVO, DO PODER JUDICIÁRIO, DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DOS PODERES CONSTITUCIONAIS DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO O EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS, INDIVIDUAIS E SOCIAIS A SEGURANÇA INTERNA DO PAÍS A PROBIDADE NA ADMINISTRAÇÃO Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 32 No que se refere aos crimes comuns, a Constituição garante ao Presidente da República algumas prerrogativas e imunidades processuais. Primeiramente, a Carta Magna exige autorização prévia da Câmara GRV�'HSXWDGRV��SRU�GRLV�WHUoRV�GRV�VHXV�PHPEURV��DUW������³FDSXW´��&)��SDUD� que o Presidente da República seja processado e julgado. A segunda imunidade é a vedação à prisão do Presidente da República, nas infrações penais comuns, enquanto não sobrevier sentença condenatória (art. 86, § 3º, CF). Assim, o Presidente da República, ao contrário do que ocorre com os parlamentares, não pode sofrer prisão em flagrante, em nenhuma hipótese. Trata-se da chamada imunidade formal em relação à prisão. Finalmente, durante o seu mandato, o Presidente da República tem uma relativa irresponsabilidade pela prática de atos estranhos ao exercício de suas funções. Assim, o Chefe do Executivo só poderá ser responsabilizado, durante seu mandato, pela prática de atos referentes à atividade presidencial. É a chamada imunidade penal relativa. Essa última imunidade só se aplica a infrações de natureza penal. Assim, pode haver apuração, durante o mandato do Presidente da República, de responsabilidade civil, administrativa, fiscal ou tributária. Destaca-se que, segundo o STF, tanto a imunidade formal em relação à prisão quanto a imunidade penal relativa não se estendem aos Governadores do Estado e do Distrito Federal e nem aos Prefeitos por atos normativos próprios (editados por esses entes federativos). Isso porque somente a Corte pode, por reserva constitucional, legislar sobre prisão. Os processos referentes a crimes comuns praticados pelo Presidente da República são julgados pelo STF. Entretanto, diferentemente do que ocorre nos casos de crime de responsabilidade, a autorização da Câmara não vincula o STF, podendo o Tribunal rejeitar a denúncia ou queixa-crime. Caso o STF receba a denúncia ou queixa-crime, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções pelo prazo máximo de cento e oitenta dias, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo (art.86, § 1º, CF). É importante destacar que o STF também tem competência para julgar o Presidente da República em algumas ações civis, como o mandado de VHJXUDQoD�p�R�³KDEHDV�GDWD´��1R�FDVR�GD�DomR�SRSXODU��HQWUHWDQWR��SRU�IDOWD�GH� previsão constitucional, não é de competência da Corte Suprema o julgamento da ação. Terminamos a teoria da aula de hoje! É hora de resolvermos muitos exercícios! Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 32 5. (Cespe/2012/Câmara dos Deputados) O presidente da República só pode ser processado, pela prática de infrações penais comuns ou crimes de responsabilidade, após juízo de admissibilidade por dois terços dos membros da Câmara dos Deputados. Comentários: e�R�TXH�GHWHUPLQD�R�DUW������ ³FDSXW´��GD�&RQVWLWXLomR�)HGHUDO��4XHVWmR� correta. 6. (Cespe/2012/TJ-RR) Compete ao Senado Federal processar e julgar originariamente o presidente da República nas infrações penais comuns. Comentários: Trata-VH�GH�FRPSHWrQFLD�GR�67)��DUW������³FDSXW´��&)���4XHVWmR�FRUUHWD� 7. (Cespe/2012/MP-PI) No caso de infrações penais comuns, admitida a acusação contra o presidente da República, desde que por maioria absoluta pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. Comentários: Nesse caso, a autorização se dá por dois terços dos membros da Câmara dos Deputados. Questão incorreta. 8. (Cespe/2013/TRE-MS) A prática de crimes comuns e de responsabilidade pelo presidente da República enseja o processo e o julgamento pelo Senado Federal, após autorização da Câmara dos Deputados. Comentários: Os crimes de responsabilidade cometidos pelo Presidente da República são, de fato, julgados pelo Senado Federal, após autorização da Câmara dos Deputados. Por sua vez, os crimes comuns são julgados pelo STF, sendo esse o erro do enunciado. Questão incorreta. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 32 9. (Cespe/2012/MP-RR) Compete ao presidente da República, na condição de chefe de Estado, celebrar tratados, convenções e atos internacionais, condicionados à prévia aprovação do Congresso Nacional. Comentários: Os tratados, convenções e atos internacionais não dependem de prévia aprovação do Legislativo para sua celebração. Versa o art. 84, VIII, da Constituição que eles se sujeitam a referendo do Congresso Nacional. Questão incorreta. 10. (Cespe/2010/TRE-MT) Tanto as tarefas de chefe de Estado como as de chefe de governo integram o rol de competências privativas do presidente da República. Comentários: O Poder Executivo é personificado pelo Presidente da República, que acumula as funções de Chefe de Governo e Chefe de Estado. Questão correta. 11. (Cespe/2010/TRE-MT) A eleição do presidente da República ocorre pelo sistema majoritário puro (ou simples ), no qual será considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos, aí computados os votos em branco e os nulos. Comentários:2�DUW������³FDSXW´��GD Constituição Federal, determina que a eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. Com isso, determina que à eleição para esses cargos aplica-se o sistema majoritário de dois turnos, pelo qual o candidato só se elege pela maioria absoluta dos votos, que, não sendo obtida no primeiro turno, será garantida em um segundo turno. Esse é o primeiro erro do enunciado. Outro erro da questão é que os votos em branco e os nulos não são computados (art. 77, § 2º, CF). Questão incorreta. 12. (Cespe/2010/TRE-BA) Na eleição do presidente e do vice- presidente da República, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, deve ser feita nova eleição, concorrendo os dois candidatos mais votados. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer a morte de candidato, deverão ser convocadas novas eleições. Comentários: Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 32 Estabelece a Constituição que: Art. 77, § 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. § 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se- á, dentre os remanescentes, o de maior votação. Portanto, caso, antes de realizado o segundo turno, ocorra a morte de candidato, convocar-se-á, para participação no segundo turno, o de maior votação entre os restantes. O erro do enunciado é afirmar que, nesse caso, deveriam ser convocadas novas eleições. Questão incorreta. 13. (Cespe/2010/TRE-MT) O cargo de presidente será declarado vago, se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o presidente ou o vice-presidente, salvo por motivo de força maior, não tiver assumido o cargo. Comentários: Estabelece o parágrafo único do art. 78 da Constituição que se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice- Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. Questão correta. 14. (Cespe/2010/ABIN) Em caso de impedimento do presidente da República, ou vacância do respectivo cargo, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência da República o presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do STF. Comentários: 2� DUW�� ���� ³FDSXW´�� GD� &RQVWLWuição, determina que substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice- Presidente. Complementando esse dispositivo, reza o art. 80 da Carta Magna que em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 32 O erro do enunciado foi ter omitido o Vice-Presidente da linha de sucessão. Questão incorreta. 15. (Cespe/2010/MPS) Em caso de impedimento do presidente e do vice-presidente da República, ou de vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da presidência o presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Comentários: e�R�TXH�GHWHUPLQD�R�DUW������³FDSXW´��GD�&RQVWLWXLomR�)HGHUDO��4XHVWmR� correta. 16. (Cespe/2010/MPS) Na hipótese de vacância dos cargos de presidente e de vice-presidente da República nos últimos dois anos do mandato presidencial, deve ser realizada nova eleição direta no prazo de noventa dias, contado a partir da abertura da última vaga. Comentários: Veja o que determina a Constituição: Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. § 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. O enunciado apresenta dois erros. O primeiro deles se refere ao prazo: a eleição será feita trinta dias após a abertura da última vaga. O segundo, refere-se à modalidade da eleição: trata-se de uma hipótese de eleição indireta, realizada pelo Congresso Nacional. Questão incorreta. PR Vice-Presidente Presidente da CD Presidente do SF Presidente do STF Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 32 17. (Cespe/2010/TCE-BA) Havendo vacância dos cargos de presidente e de vice-presidente da República nos dois primeiros anos do mandato, deverá ser realizada eleição noventa dias depois de aberta a última vaga, mas, se a vacância ocorrer nos últimos dois anos do mandato, a eleição para ambos os cargos será feita de forma indireta, pelo Congresso Nacional, trinta dias depois de aberta a última vaga. Comentários: É o que determina o art. 81 da Constituição Federal. Questão correta. 18. (Cespe/2010/MPS) O presidente e o vice-presidente da República não podem, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do país por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. Comentários: É isso mesmo! Dispõe a Constituição que: Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. Questão correta. 19. (Cespe/2010/TRE-MT) O presidente da República e o vice- presidente somente podem ausentar-se do país com licença do Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo. Comentários: A licença do Congresso Nacional só é necessária quando a ausência se der por período superior a quinze dias, conforme o art. 83 da Constituição Federal. Questão incorreta. 20. (Cespe/OAB/2010) O presidente da República pode escolher e nomear livremente os ministros de Estado, com exceção do ministro das Relações Exteriores, cuja indicação deve ser aprovada pelo Senado Federal, assim como ocorre com os candidatos ao cargo de embaixador. Comentários: Segundo o art. 84, I, da Constituição, compete ao Presidente da República nomear os Ministros de Estado. Não há exceções a essa regra. Questão incorreta. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 32 21. (Cespe/2010/OAB) Os ministros de Estado são nomeados livremente pelo presidente da República, podendo o Congresso Nacional, por deliberação da maioria absoluta de seus membros, exonerá-los a qualquer tempo. Comentários: De acordo com o art. 84, I, da Carta Magna, compete privativamente ao Presidente da República nomear e exonerar os Ministros de Estado. Não cabe, portanto, ao Congresso Nacional, fazê-lo. Questão incorreta. 22. (Cespe/2011/TRF 5ª Região) O presidente da República detém competência privativa tanto para decretar o estado de defesa e o estado de sítio quanto para suspender essas medidas. Comentários: De fato,o Presidente da República detém competência privativa para decretar o estado de defesa e o estado de sítio (art. 84, IX, CF). Entretanto, a competência para suspender essas medidas é exclusiva do Congresso Nacional, conforme art. 49, IV, da Constituição Federal. Questão incorreta. 23. (Cespe/2010/OAB) A nomeação, pelo presidente da República, do Advogado-Geral da União depende da prévia aprovação do Senado Federal, que o fará em escrutínio secreto. Comentários: De fato, compete ao Presidente da República nomear o Advogado-Geral da União (art. 84, XVI, CF). Entretanto, diferentemente do que diz o enunciado, não há necessidade de prévia autorização do Senado Federal para isso, por falta de previsão constitucional nesse sentido. Esse entendimento é reforçado no art. 131, § 1º, da Constituição, que dispõe que o Advogado-Geral da União é de livre nomeação pelo Presidente da República. Questão incorreta. 24. (Cespe/2010/ANEEL) O presidente da República não dispõe de competência constitucional para conceder indulto, por se tratar de competência exclusiva do Poder Judiciário. Comentários: Determina o art. 84, XII, da Constituição que compete privativamente ao Presidente da República conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei. Questão incorreta. 25. (Cespe/2010/BRB ± Advogado) Constituem competências privativas do presidente da República decretar e executar intervenção federal e exercer o comando supremo das Forças Armadas. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 32 Comentários: É o que determina o art. 84, incisos X e XIII, da Carta Magna. Questão correta. 26. (Cespe/2010/TRE-MT) Cabe ao presidente da República, com a prévia anuência do Congresso Nacional, decretar e executar a intervenção federal, nas hipóteses previstas em lei. Comentários: Segundo a Constituição, compete privativamente ao Presidente da República decretar e executar a intervenção federal (art. 84, X, CF). Caberá ao Congresso Nacional, após o decreto de intervenção federal, aprová-la (art. 49, IV, CF). Note que não se trata de autorização prévia do Poder Legislativo, mas de aprovação posterior. Questão incorreta. 27. (Cespe/2011/STM) O presidente da República pode dispor, mediante decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração federal, promovendo a extinção de funções ou cargos públicos que julgar desnecessários e inconvenientes para o serviço público. Comentários: Segundo o art. 84, VI, da Constituição, compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Questão incorreta. 28. (Cespe/2010/MPS) Compete privativamente ao presidente da República dispor, mediante decreto autônomo, sobre a organização e o funcionamento da administração federal, especialmente no que concerne à criação ou extinção de órgãos públicos. Comentários: Como dissemos, segundo o art. 84, VI, da Constituição, compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Questão incorreta. 29. (Cespe/2011/TJ-ES) As competências privativas atribuídas ao presidente da República pelo texto constitucional não podem, pela sua natureza, em nenhuma hipótese, ser objeto de delegação. Comentários: Em regra, as atribuições do Presidente da República são indelegáveis, só podendo ser exercidas pelo Presidente da República ou por quem o Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 32 substituir ou suceder. Entretanto, o parágrafo único do art. 84 permite que o Presidente delegue algumas atribuições aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República e ao Advogado-Geral da União: Inciso do art. 84, CF Atribuição delegável VI Dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos e extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. XII Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei. XXV PROVER os cargos públicos federais, na forma da lei. Questão incorreta. 30. (Cespe/2013/TRE-MS) A concessão de indulto e a comutação de penas são atividades privativas do presidente da República, não podendo ser delegadas. Comentários: Trata-se de atividades delegáveis, por força do parágrafo único do art. 84 da Constituição. Questão incorreta. 31. (Cespe/2010/TRE-MT) As atribuições privativas do presidente da República encontram-se demarcadas no texto constitucional, que não admite serem elas objeto de delegação. Comentários: Como vimos, o parágrafo único do art. 84 estabelece algumas hipóteses em que é possível, excepcionalmente, a delegação de atribuições privativas do Presidente da República. Questão incorreta. 32. (Cespe/2011/TCU) A competência do presidente da República para conceder indulto pode ser delegada a alguns ministros de Estado. Comentários: A competência para conceder indulto, de fato, pode ser delegada aos Ministros de Estado, conforme disposição do parágrafo único do art. 84 da Carta Magna. Questão correta. 33. (Cespe/2010/TRE-MT) De acordo com a CF, o presidente da República poderá delegar a atribuição de conferir condecorações e distinções honoríficas. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 32 Comentários: De fato, compete privativamente ao Presidente da República conferir condecorações e distinções honoríficas. Entretanto, por falta de previsão no parágrafo único do art. 84 da Constituição, essa atribuição não é delegável. Questão incorreta. 34. (Cespe/2010/TRT 1ª Região) A CF admite a possibilidade de o advogado-geral da União conceder indulto e comutar penas, com audiência dos órgãos instituídos em lei, se necessário. Comentários: Trata-se de atribuição delegável do Presidente da República, conforme o parágrafo único do art. 84 da Constituição. Questão correta. 35. (Cespe/2010/TCE-BA) O presidente da República pode dispor, mediante decreto, sobre a organização da administração federal, quando a disposição não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Comentários: É o que determina o art. 84, VI, da Constituição Federal. Questão correta. 36. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) A Constituição Federal de 1988 concede ao presidente da República a prerrogativa de celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. Comentários: É isso mesmo! De acordo com o art. 84, VIII, da Constituição Federal, compete privativamente ao Presidente da República celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. Questão correta. 37. (Cespe/2011/TJ-ES) Em que pese a existência do princípio da legalidade, é possível, perante a CF, que o chefe do Poder Executivo, mediante decreto, extinga órgãos, funções ou cargos públicos na administração direta do Poder Executivo. Comentários: O art. 84, VI, da CF/88 prevê hipóteses de edição de decreto autônomo. Esses atos, por serem primários, têm a mesma hierarquia das leis formais, situando-se logo abaixo da Constituição. Submetem-se, por isso, ao Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 32 controle de constitucionalidade por Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica, segundo o STF (ADI 3.232, Rel. Min. Cezar Peluso, DJE de 03.10.2008). Dentre as hipóteses previstas para a edição de decreto autônomo pelo Presidente da República, está a de dispor sobre a organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Questão incorreta. 38. (Cespe/2010/TRE-MT) Nos crimes de responsabilidade, uma vez admitida a acusação contra o presidente da República por um terço da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF. Comentários: O julgamento do Presidente da República pela prática de crime de responsabilidade é de competência do Senado Federal. Fundamento: art. 86, ³FDSXW´��&)��4XHVWmR�LQFRUUHWD� 39. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) O presidente da República somente pode ser processado, seja por crime comum, seja por crime de responsabilidade, após o juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados, que necessita do voto de dois terços de seus membros para autorizar o processo. Comentários: De fato, a autorização da Câmara dos Deputados se dá por dois terços de seus membros. Admitida a acusação, será o Presidente da República submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade �DUW������³FDSXW´��&)���4XHVWmR�FRUUHWD� 40. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) Admitida a acusação contra o presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. Comentários: e� R� TXH� GHWHUPLQD� R� DUW�� ��� GD�&RQVWLWXLomR� )HGHUDO� �DUW�� ���� ³FDSXW´�� CF). Questão correta. 41. (Cespe/2009/OAB) O presidente da República somente poderá ser processado e julgado, nas infrações penais comuns, perante o STF, com a prévia anuência do Senado Federal. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 32 Comentários: Nesse caso, há necessidade de prévia anuência da Câmara dos Deputados, por dois terços dos seus membros �DUW������³FDSXW´��&)�. Questão incorreta. 42. (Cespe/2009/Banco Central) As infrações penais praticadas pelo presidente da República durante a vigência do mandato, sem qualquer relação com a função presidencial, serão objeto de imediata ³SHUVHFXWLR�FULPLQLV´� Comentários: Pelo contrário! , Durante o seu mandato, o Presidente da República tem uma relativa irresponsabilidade pela prática de atos estranhos ao exercício de suas funções (art. 86, § 4º, CF). Assim, o Chefe do Executivo só poderá ser responsabilizado, durante seu mandato, pela prática de atos referentes à atividade presidencial. É a chamada imunidade penal relativa. 2�H[DPLQDGRU�³WURFRX�DV�ERODV´�SDUD�FRQIXQGLU�YRFr��2�3UHVLGHQWH�ILFDUi� suspenso de suas atribuições, nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF. Questão incorreta. 43. (Cespe/2011/TRF 5ª Região) Nos crimes comuns, o presidente da República será processado e julgado pelo STF somente após ser declarada procedente a acusação por parte da Câmara dos Deputados, circunstância que não impede a instauração de inquérito policial e o oferecimento da denúncia. Comentários: É isso mesmo. Questão correta. 44. (Cespe/2010/TRE-BA) Nos crimes comuns, o presidente da República não está sujeito à prisão enquanto não for proferida sentença condenatória. Comentários: Veja o que determina a Constituição: Art. 86, § 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. Trata-se da denominada imunidade formal em relação à prisão do Presidente da República. Questão correta. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 32 45. (Cespe/2008/STF) A ação popular contra o Presidente da República deve ser julgada pelo STF. Comentários: O rol de competências do STF previsto no art. 102 da Constituição é exaustivo. Por falta de previsão constitucional, não cabe à Corte Suprema Julgar ação popular contra o Chefe do Executivo. Questão incorreta. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 32 Lista de Questões 1. (Cespe/2013/TRE-MS) A eleição do presidente da República, simultaneamente com a do vice-presidente, é feita mediante voto direto e secreto, pelo sistema de representação proporcional, sendo realizada nos estados, nos territórios e no Distrito Federal. 2. (Cespe/2012/DPF) Como são irrenunciáveis, todas as atribuições privativas do presidente da República previstas no texto constitucional não podem ser delegadas a outrem. 3. (Cespe/2012/Câmara dos Deputados) No exercício do poder regulamentar, compete ao presidente da República dispor, mediante decreto, sobre a criação e a extinção de órgãos, funções e cargos públicos, quando tal ato não implicar aumento de despesa. 4. (Cespe/2013/TRE-MS) O poder regulamentar é inerente e privativo ao chefe do Poder Executivo. 5. (Cespe/2012/Câmara dos Deputados) O presidente da República só pode ser processado, pela prática de infrações penais comuns ou crimes de responsabilidade, após juízo de admissibilidade por dois terços dos membros da Câmara dos Deputados. 6. (Cespe/2012/TJ-RR) Compete ao Senado Federal processar e julgar originariamente o presidente da República nas infrações penais comuns. 7. (Cespe/2012/MP-PI) No caso de infrações penais comuns, admitida a acusação contra o presidente da República, desde que por maioria absoluta pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 8. (Cespe/2013/TRE-MS) A prática de crimes comuns e de responsabilidade pelo presidente da República enseja o processo e o julgamento pelo Senado Federal, após autorização da Câmara dos Deputados. 9. (Cespe/2012/MP-RR) Compete ao presidente da República, na condição de chefe de Estado, celebrar tratados, convenções e atos internacionais, condicionados à prévia aprovação do Congresso Nacional. 10. (Cespe/2010/TRE-MT) Tanto as tarefas de chefe de Estado como as de chefe de governo integram o rol de competências privativas do presidente da República. 11. (Cespe/2010/TRE-MT) A eleição do presidente da República ocorre pelo sistema majoritário puro (ou simples), no qual será Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 32 considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos, aí computados os votos em branco e os nulos. 12. (Cespe/2010/TRE-BA) Na eleição do presidente e do vice- presidente da República, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, deve ser feita nova eleição, concorrendo os dois candidatos mais votados. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer a morte de candidato, deverão ser convocadas novas eleições. 13. (Cespe/2010/TRE-MT) O cargo de presidente será declarado vago, se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o presidente ou o vice-presidente, salvopor motivo de força maior, não tiver assumido o cargo. 14. (Cespe/2010/ABIN) Em caso de impedimento do presidente da República, ou vacância do respectivo cargo, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência da República o presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do STF. 15. (Cespe/2010/MPS) Em caso de impedimento do presidente e do vice-presidente da República, ou de vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da presidência o presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. 16. (Cespe/2010/MPS) Na hipótese de vacância dos cargos de presidente e de vice-presidente da República nos últimos dois anos do mandato presidencial, deve ser realizada nova eleição direta no prazo de noventa dias, contado a partir da abertura da última vaga. 17. (Cespe/2010/TCE-BA) Havendo vacância dos cargos de presidente e de vice-presidente da República nos dois primeiros anos do mandato, deverá ser realizada eleição noventa dias depois de aberta a última vaga, mas, se a vacância ocorrer nos últimos dois anos do mandato, a eleição para ambos os cargos será feita de forma indireta, pelo Congresso Nacional, trinta dias depois de aberta a última vaga. 18. (Cespe/2010/MPS) O presidente e o vice-presidente da República não podem, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do país por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. 19. (Cespe/2010/TRE-MT) O presidente da República e o vice- presidente somente podem ausentar-se do país com licença do Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 32 20. (Cespe/OAB/2010) O presidente da República pode escolher e nomear livremente os ministros de Estado, com exceção do ministro das Relações Exteriores, cuja indicação deve ser aprovada pelo Senado Federal, assim como ocorre com os candidatos ao cargo de embaixador. 21. (Cespe/2010/OAB) Os ministros de Estado são nomeados livremente pelo presidente da República, podendo o Congresso Nacional, por deliberação da maioria absoluta de seus membros, exonerá-los a qualquer tempo. 22. (Cespe/2011/TRF 5ª Região) O presidente da República detém competência privativa tanto para decretar o estado de defesa e o estado de sítio quanto para suspender essas medidas. 23. (Cespe/2010/OAB) A nomeação, pelo presidente da República, do Advogado-Geral da União depende da prévia aprovação do Senado Federal, que o fará em escrutínio secreto. 24. (Cespe/2010/ANEEL) O presidente da República não dispõe de competência constitucional para conceder indulto, por se tratar de competência exclusiva do Poder Judiciário. 25. (Cespe/2010/BRB ± Advogado) Constituem competências privativas do presidente da República decretar e executar intervenção federal e exercer o comando supremo das Forças Armadas. 26. (Cespe/2010/TRE-MT) Cabe ao presidente da República, com a prévia anuência do Congresso Nacional, decretar e executar a intervenção federal, nas hipóteses previstas em lei. 27. (Cespe/2011/STM) O presidente da República pode dispor, mediante decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração federal, promovendo a extinção de funções ou cargos públicos que julgar desnecessários e inconvenientes para o serviço público. 28. (Cespe/2010/MPS) Compete privativamente ao presidente da República dispor, mediante decreto autônomo, sobre a organização e o funcionamento da administração federal, especialmente no que concerne à criação ou extinção de órgãos públicos. 29. (Cespe/2011/TJ-ES) As competências privativas atribuídas ao presidente da República pelo texto constitucional não podem, pela sua natureza, em nenhuma hipótese, ser objeto de delegação. 30. (Cespe/2013/TRE-MS) A concessão de indulto e a comutação de penas são atividades privativas do presidente da República, não podendo ser delegadas. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 32 31. (Cespe/2010/TRE-MT) As atribuições privativas do presidente da República encontram-se demarcadas no texto constitucional, que não admite serem elas objeto de delegação. 32. (Cespe/2011/TCU) A competência do presidente da República para conceder indulto pode ser delegada a alguns ministros de Estado. 33. (Cespe/2010/TRE-MT) De acordo com a CF, o presidente da República poderá delegar a atribuição de conferir condecorações e distinções honoríficas. 34. (Cespe/2010/TRT 1ª Região) A CF admite a possibilidade de o advogado-geral da União conceder indulto e comutar penas, com audiência dos órgãos instituídos em lei, se necessário. 35. (Cespe/2010/TCE-BA) O presidente da República pode dispor, mediante decreto, sobre a organização da administração federal, quando a disposição não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. 36. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) A Constituição Federal de 1988 concede ao presidente da República a prerrogativa de celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. 37. (Cespe/2011/TJ-ES) Em que pese a existência do princípio da legalidade, é possível, perante a CF, que o chefe do Poder Executivo, mediante decreto, extinga órgãos, funções ou cargos públicos na administração direta do Poder Executivo. 38. (Cespe/2010/TRE-MT) Nos crimes de responsabilidade, uma vez admitida a acusação contra o presidente da República por um terço da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF. 39. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) O presidente da República somente pode ser processado, seja por crime comum, seja por crime de responsabilidade, após o juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados, que necessita do voto de dois terços de seus membros para autorizar o processo. 40. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) Admitida a acusação contra o presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. 41. (Cespe/2009/OAB) O presidente da República somente poderá ser processado e julgado, nas infrações penais comuns, perante o STF, com a prévia anuência do Senado Federal. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 32 42. (Cespe/2009/Banco Central) As infrações penais praticadas pelo presidente da República durante a vigência do mandato, sem qualquer relação com a função presidencial, serão objeto de imediata ³SHUVHFXWLR�FULPLQLV´� 43. (Cespe/2011/TRF 5ª Região) Nos crimes comuns, o presidente da República será processado e julgado pelo STF somente após ser declarada procedente a acusação por parte da Câmara dos Deputados, circunstância que não impede a instauração de inquérito policial e o oferecimento da denúncia. 44. (Cespe/2010/TRE-BA) Nos crimes comuns, o presidente da República não está sujeito à prisão enquanto não for proferida sentença condenatória. 45. (Cespe/2008/STF) A ação popular contra o Presidente da República deve ser julgada pelo STF. Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 32 1. INCORRETA 2. INCORRETA 3. INCORRETA 4. CORRETA 5. CORRETA6. CORRETA 7. INCORRETA 8. INCORRETA 9. INCORRETA 10. CORRETA 11. INCORRETA 12. INCORRETA 13. CORRETA 14. INCORRETA 15. CORRETA 16. INCORRETA 17. CORRETA 18. CORRETA 19. INCORRETA 20. INCORRETA 21. INCORRETA 22. INCORRETA 23. INCORRETA 24. INCORRETA 25. CORRETA 26. INCORRETA 27. INCORRETA 28. INCORRETA 29. INCORRETA 30. INCORRETA 31. INCORRETA 32. CORRETA 33. INCORRETA 34. CORRETA 35. CORRETA 36. CORRETA 37. INCORRETA 38. INCORRETA Direito Constitucional p/AFT Profa. Nádia Carolina ± Aula 08 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 32 39. CORRETA 40. CORRETA 41. INCORRETA 42. INCORRETA 43. CORRETA 44. CORRETA 45. INCORRETA
Compartilhar