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Direitos Humanos Aula PROFESSOR MATEUS SILVEIRA Professor Mateus Silveira Facebook Fanpage: @professormateussilveira Instagram: @professormateussilveira Canal do You Tube: Professor Mateus Silveira Twitter: @profmateuss Link utilizado para ver o vídeo “O que são Direitos Humanos?”: http://br.humanrights.com/#/what-are-human-rights Unidos pelos Direitos Humanos é uma organização internacional, sem fins lucrativos dedicada à implementação da Declaração Universal dos Direitos do Homem a nível local, regional, nacional e internacional. É composta por indivíduos, educadores e grupos em todo o mundo que estão ativamente a transmitir o conhecimento e a proteção dos direitos humanos por e para toda a Humanidade. Link do you tube no canal Casa do Saber: https://www.youtube.com/watch?v=fMBNL4HFEOQ DIREITOS HUMANOS Conceito: O conjunto de direitos e garantias assegurados nas declarações e tratados internacionais de direitos humanos. Conjunto de direitos considerado indispensável para vida humana pautada na liberdade, igualdade e dignidade. “Dá-se o nome de liberdades públicas, de direitos humanos ou individuais àquelas prerrogativas que tem o indivíduo em face do Estado.” Das categorias e Gerações de Direitos Humanos As dimensões ou gerações de DH: A doutrina menciona 3 dimensões clássicas dos DH: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. LIBERDADE: protege os direitos civis e políticos individuais (liberdade, vida e segurança); IGUALDADE: protege os direitos econômicos, sociais, culturais e trabalhistas; FRATERNIDADE: também conhecida como “princípio da solidariedade”, protege os direitos difusos como meio ambiente, consumidor e desenvolvimento. A Classificação dos direitos humanos quanto a natureza dos mesmos restou fragmentada em dois campos que os próprios tratados internacionais criaram uma classificação: a existência de direitos civis e políticos, por um lado e de direitos econômicos, sociais e culturais por outro. Direitos Civis e Políticos: em regra são direitos relacionados à vida, liberdade e participação política dos cidadãos. Também em regra exigem uma atitude negativa dos Estados, que não podem coibir a liberdade e nem proibir a manifestação política de seus nacionais. Mas, em alguns momentos impõe aos Estados certos deveres positivos, como a promoção de eleições periódicas pelos Estados (art. 25 do PDCP). Direitos Econômicos, Sociais e Culturais: são os denominados direitos sociais, como direito à alimentação, saúde, educação e habitação, que por sua vez, obrigam os Estados a exercerem prestações positivas, isto é, deverão proporcionar aos cidadãos serviços e bens públicos destinados ao cumprimento de condições materiais suficientes de existência. Há também prestações negativas como a não interferência no direito à sindicalização (art. 8º do PIDCP). Uma classificação tradicional dos direitos humanos é aquela que divide-os em gerações ou dimensões segundo a doutrina mais atual. Direitos de 1º Dimensão ou Geração: nasceu nas revoluções burguesas dos séculos XVII E XVIII e envolvem os direitos de autonomia, defesa e participação, possuindo característica de distribuição de competências entre o Estado e o indivíduo. Essa geração refere-se aos direitos civis e políticos, também chamados de direitos de liberdade. As liberdades públicas negativas que buscavam a abstenção estatal, a não interferência do poder público na esfera dos interesses privados. Direitos de 2º Dimensão ou Geração: Decorrente dos movimentos sociais do século XIX e XX, demandavam um papel ativo e interventivo do Estado. Também considerados direitos prestacionais, alcançam os direitos econômicos, sociais e culturais pautados pelo direito da igualdade. Direitos de 3º Dimensão ou Geração: São os denominados direitos de solidariedade ou direitos globais, que incluem o direito ao desenvolvimento, o direito a um ambiente sadio e ecologicamente equilibrado, o direito à paz, o direito à autodeterminação dos povos e o direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade. São denominados os direitos transindividuais. Direitos de 4º Dimensão ou Geração: são os direitos decorrentes da globalização política e que correspondem à fase de institucionalização do Estado Social. Direitos dos povos. 5º Dimensão Futuro dos Indivíduos – Paz Universal. 6º Dimensão Futuro dos Indivíduos – Acesso à água. DIMENSÕES DOS DIREITOS HUMANOS 1º Dimensão ou Geração: Direitos das Liberdades; Civis e Políticos. Vida, liberdade, segurança e propriedade. 2º Dimensão ou Geração: Direitos da Igualdade; Direitos Sociais e Econômicos. Sociais, econômicos, culturais, trabalhistas, saúde, educação e habitação. 3º Dimensão ou Geração: Fraternidade dos povos; Transindividuais/difusos/coletivos Paz, meio ambiente, patrimônio histórico e cultural, defesa do consumidor. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS INERÊNCIA: os DH pertencem a todos os seres humanos; UNIVERSALIDADE: não importa a raça, a cor, o sexo, a origem, a condição social, a língua, a religião ou opção sexual; TRANSNACIONALIDADE: não importa o local em que esteja o ser humano; INDIVISIBILIDADE: os DH não são fracionados; implica em unicidade, assegurando não ser possível se reconhecer apenas alguns direitos humanos (atenção aos direitos sociais). Universalismo x Relativismo cultural A concepção universal dos direitos humanos delineada pela Declaração Universal de 1948 e reafirmada pela Declaração de Viena de 1993 sofreu e ainda sofre fortes resistências dos adeptos do movimento do relativismo cultural. Para os relativistas, a noção de direito está estritamente relacionada ao sistema político, econômico, cultural, social e moral vigente em determinada sociedade. Segundo os relativistas cada cultura possui o seu próprio discurso acerca dos direitos fundamentais, que está relacionado às específicas circunstâncias culturais e históricas de cada sociedade. Nesse sentido, acreditam os que se filiam ao relativismo cultural, que o pluralismo cultural impede a formação de uma moral universal, tornando-se necessário que se respeitem as diferenças culturais apresentadas por cada sociedade, bem como seu peculiar sistema moral. No olhar relativista há o primado do coletivismo. Isto é, o ponto de partida é a coletividade, e o indivíduo é percebido como parte integrante da sociedade. Já na ótica universalista, há o primado do individualismo. O ponto de partida é o indivíduo, sua liberdade e autonomia (a dignidade humana como elemento individualista), para que, então, se avance na percepção dos grupos e das coletividades. INTERDEPENDÊNCIA: muitas vezes para o exercício de um dir. humano, passa-se obrigatoriamente pelo anterior de outra geração/dimensão. INDISPONIBILIDADE: o ser humano não pode abrir mão, dispor de um direito humano, por ser inerente a ele e nem os Estados podem suprimi-los, a partir do momento que os reconhece; IMPRESCRITIBILIDADE: um direito humano não prescreve por decurso de prazo. Atualmente a majoritária jurisprudência do STJ está aplicando a imprescritibilidade dos direitos humanos. PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO. REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS. REGIME MILITAR. DISSIDENTE POLÍTICO PRESO NA ÉPOCA DO REGIME MILITAR. TORTURA. DANO MORAL. FATO NOTÓRIO. NEXO CAUSAL. NÃO INCIDÊNCIA DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL - ART. 1º DECRETO 20.910/1932. IMPRESCRITIBILIDADE. RECURSO ESPECIAL Nº 1.165.986 - SP (2008/0279634-1) RELATOR : MINISTRO LUIZ FUXJulgado em 16/11/2010. INDIVIDUALIDADE: podem ser exercidos por apenas um indivíduo; COMPLEMENTARIEDADE: os direitos humanos devem ser interpretados em conjunto, não havendo hierarquia entre eles; INVIOLABILIDADE: esses direitos não podem ser descumpridos por nenhuma pessoa ou autoridade; IRRENUNCIABILIDADE: são irrenunciáveis estes direitos. INTERRELACIONARIEDADE: os direitos humanos e os sistemas de proteção se inter-relacionam, possibilitando às pessoas escolher entre o mecanismo de proteção global ou regional não havendo hierarquia entre eles; HISTORICIDADE: estão vinculados ao desenvolvimento histórico e cultural do ser humano; VEDAÇÃO DO RETROCESSO OU DO REGRESSO: uma vez estabelecidos os direitos humanos, não se admite o retrocesso visando sua limitação ou diminuição. PREVALÊNCIA DA NORMA MAIS BENÉFICA: na solução de um caso concreto deve prevalecer a norma mais benéfica para a vítima da violação dos direitos humanos. ATENÇÃO! O Controle de Convencionalidade das leis, nada mais é do que o processo de compatibilização vertical (sobretudo material) das normas domésticas com os comandos encontrados nas convenções internacionais de direitos humanos em vigor no Estado. 1) Banca: FCC - DPE-PR - Defensor Público - 2017 No plano da teoria geral, certos atributos seriam inerentes aos direitos humanos. Acerca das características principais dos direitos humanos, é correto afirmar: a) A irrenunciabilidade dos direitos humanos deve ser harmonizada com a autonomia da vontade, donde se conclui que a pessoa civilmente capaz pode se despojar da proteção de faceta de sua dignidade, a exemplo do famoso caso francês do “arremesso de anões”. b) Admite-se a relatividade dos direitos humanos, pois estes colidem entre si e podem sofrer restrições por ato estatal ou de seu próprio titular, a exemplo da vedação de associação para fins paramilitares previsto pelo poder constituinte originário. c) Tendo em vista que as normas de proteção aos direitos humanos não integram o chamado jus cogens, a universalidade dos direitos humanos é relativizada, prevalecendo uma forte ideia de respeito ao relativismo cultural, ainda que o Estado seja parte formal da comunidade internacional. d) A imprescritibilidade dos direitos humanos não alcança a pretensão à reparação econômica decorrente de sua violação. Portanto, inexiste direito à indenização por violação a direitos humanos ocorridos durante o regime militar. e) Em razão do caráter histórico dos direitos humanos, existe consenso doutrinário acerca de sua divisibilidade, estabelecendo-se independência entre os direitos humanos e priorização de sua exigibilidade a partir do espaço geográfico em que seu titular esteja inserido. Gabarito: B Os direitos humanos quando comparados entre si, não há de imediato uma hierarquia, ou seja, podemos dizer que não há um direito humano absoluto, pois eles estão adstritos a conflitos e somente no caso concreto o conflito poderá ser solucionado. 2) Banca: FCC - DPE-RS - Defensor Público Ano: 2014 Na teoria geral dos direitos humanos, um dos debates mais relevantes diz respeito ao dilema dos seus fundamentos filosóficos. Duas correntes bem distintas lideram a discussão: o relativismo cultural e o universalismo. Os adeptos da doutrina universalista defendem a visão de que a) não há uma moral universal, pois a história do mundo é a história de uma pluralidade de culturas. b) na medida em que todas as culturas possuem concepções de dignidade humana, deve-se aumentar a consciência das incompletudes culturais mútuas, como pressuposto para um diálogo intercultural. c) a noção de direitos está estritamente relacionada ao sistema político, cultural, econômico, moral e social vigente em determinada sociedade. d) os direitos humanos decorrem da dignidade humana, na qualidade de valor intrínseco à condição humana, concebendo-se uma noção de direitos baseada em um mínimo ético irredutível. e) a cultura é a única fonte de validade de um direito ou regra moral. Gabarito: D O mínimo ético irredutível seria uma característica universal de todos os seres humanos, o que é defendido pelos adeptos da teoria do Universalismo dos direitos humanos. A TUTELA INTERNACIONAL DA PESSOA HUMANA E SEUS TRÊS EIXOS DE PROTEÇÃO DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS: proteção do ser humano em todos os aspectos, englobando direitos civis e políticos, direitos sociais, econômicos, culturais e os direitos transindividuais. DIREITO INTERNACIONAL DOS REFUGIADOS: age na proteção do refugiado, desde a saída do seu local de residência, concessão do refúgio e seu eventual término. DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO: foca na proteção do ser humano na situação específica dos conflitos armados (internacionais ou não internacionais – guerras civis). O DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO É também conhecido como o direito internacional da guerra, pois precede a própria formação do direito internacional dos direitos humanos. Surge a partir da iniciativa do suíço Henri Dunant que, após presenciar o massacre e a desumana situação de feridos na Batalha de Solferino (1859), ocorrida em solo italiano, decide criar a Cruz Vermelha e iniciar uma campanha internacional para a proteção dos militares feridos e doentes. Com o sucesso obtido na sua empreitada em 1864 foi aprovada a primeira Convenção de Genebra. A 1º Convenção de Genebra, sucederam-se diversas outras: 1) Segunda Convenção de Genebra – 1907, que visou a proteção de feridos, enfermos e náufragos das forças armadas do mar; 2) Terceira Convenção de Genebra – 1929, que instituiu regime jurídico e proteção dos prisioneiros de guerra; 3) Quarta Convenção de Genebra – 1949, que revisou as convenções anteriores e acrescentou a proteção em relação aos civis, inclusive em territórios ocupados. Às Convenções de Genebra, seguiram-se três protocolos: A) Protocolo I de 1977 – proteção das vítimas dos conflitos armados internacionais, considerando que conflitos armados contra dominação colonial, ocupação estrangeira ou regimes racistas devem ser considerados como conflitos internacionais; B) Protocolo II de 1977 – proteção de vítimas em conflitos armados não internacionais (guerras civis); C) Protocolo III de 2007 – adiciona o emblema do cristal vermelho ao lado da cruz vermelha e do crescente vermelho. Assim, o Direito Humanitário não visa impedir a guerra, mas tão somente regulamentar o uso da força e da violência uma vez que o conflito armado é deflagrado. - Princípios de Direito Internacional Humanitário: A) Princípio da Humanidade: De acordo com esse princípio, a dignidade humana deve ser preservada por mais precária e gravosa que seja a situação; B) Princípio da Necessidade: os bens civis devem ser respeitados e não podem ser alvos de ataques e retaliações; C) Princípio da Proporcionalidade: as partes devem utilizar de seus recursos bélicos de forma proporcional a superar e vencer a parte adversa, rejeitando-se um malefício superior aos ganhos militares pretendidos. O COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA (CICV): A principal entidade responsável pelo monitoramento do cumprimento do direito internacional humanitário pelos Estados é o CICV, em realidade, uma organização independente e não-governamental cujo status e prerrogativas são reconhecidos nas próprias Convenções de Genebra. O CICV visa defender e amparar as vítimas de guerras e catástrofes naturais, além de auxiliar no contato com familiares e na busca por desaparecidos. Embora não prevejam um órgão internacional voltado para aplicação de sanções,os tratados que compõem o direito internacional humanitário podem ser invocados perante a CIJ e o TPI. Deste modo, o desenvolvimento do direito internacional humanitário é considerado como um dos precedentes históricos para a internacionalização dos direitos humanos. O DIREITO INTENACIONAL DOS REFUGIADOS O direito internacional dos refugiados também decorre de um “Convenção de Genebra”, que, a não ser pelo nome, não se identifica com aquelas relacionadas ao direito internacional humanitário. O principal instrumento do direito internacional dos refugiados é a Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, adotada em 28/07/1951 e com vigência a partir de 22/04/1954. Essa Convenção definia o que se compreendia como refugiado e ao mesmo tempo estipulava regras para a sua proteção e a concessão de asilo político pelos Estados- membros. Contudo, ela possuía uma grave limitação de tempo: somente se aplicava aos refugiados em relação a eventos ocorridos antes de 1º de janeiro de 1951. A esse condicionamento denominou-se “reserva temporal”. Após um período de discussões internacionais, foi elaborado o Protocolo relativo ao Estatuto dos Refugiados que entrou em vigor em outubro de 1967. Com esse protocolo, deixaram de existir limitações geográficas e temporais para o reconhecimento do status de refugiado a determinadas categorias de pessoas, buscando-se agora conferir efetiva proteção a todos aqueles que se deslocam em razão de uma crise política. Refugiado: é todo o indivíduo que, em decorrência de fundados temores de perseguição, seja relacionado a sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política e também por fenômenos ambientais, encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer regressar a ele. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) foi criado em 1949 e é órgão integrante do Sistema da ONU responsável por garantir e assegurar aos refugiados a observância dos seus direitos e por monitorar e acompanhar os movimentos de refugiados no globo. No Brasil, o direito dos refugiados foi regulamentado pela Lei nº 9.474/1997, que também criou o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), órgão colegiado vinculado ao Ministério da Justiça. De acordo com o art. 1º dessa lei, será reconhecido como refugiado todo indivíduo que: Art. 1º Será reconhecido como refugiado todo indivíduo que: I - devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país; II - não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua residência habitual, não possa ou não queira regressar a ele, em função das circunstâncias descritas no inciso anterior; III - devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país. Art. 2º Os efeitos da condição dos refugiados serão extensivos ao cônjuge, aos ascendentes e descendentes, assim como aos demais membros do grupo familiar que do refugiado dependerem economicamente, desde que se encontrem em território nacional. O direito dos refugiados visa defender o ser humano em uma de suas condições mais fragilizadas: quando encontra-se desvinculado de sua terra natal e em ameaça de violência (seja física, psicológica ou econômica) caso a ela retorne. HISTÓRIA DOS DIREITOS HUMANOS 1) A ANTIGUIDADE ORIENTAL (período entre os séculos VIII e II a.C): é o primeiro passo rumo á afirmação dos direitos humanos, com a emergência de vários filósofos de influência até os dias de hoje (Zaratustra, Buda, Confúcio, Dêutero-Isaías), cujo ponto em comum foi a adoção de códigos de comportamento baseados no amor e respeito ao outro. - Antigo Egito: reconhecimento de direitos de indivíduos na codificação de Menes (3100-2850 a.C); - Suméria antiga: Código de Hammurabi, na Babilônia (1792-1750 a.C) – 1º código de normas de condutas, preceituando esboços de direitos dos indivíduos, consolidando os costumes e estendendo a lei a todos os súditos do império. 1. CÓDIGO DE HAMURABI (+/-1700 AC, MESOPOTÂMIA) Durante o período de hegemonia do império babilônico sobre a Mesopotâmia (1800-1500 a.C.) o rei Hamurabi foi responsável por uma das mais importantes contribuições culturais daquele povo: a compilação de um código de leis escrito quando ainda prevalecia a tradição oral, ou seja, em que as leis eram transmitidas oralmente de geração em geração ou de forma consuetudinária. Nos seus princípios, que regulam as relações de trabalho, família, propriedade e escravatura já se denotam preocupações sobre os direitos humanos – estabelece por ex. o direito à remuneração através da regulação de determinadas profissões, a atribuição de apoios/indenizações quando as pessoas eram consideradas beneficiárias e algum membro da família falecesse e a diferenciação de classes no pagamento de serviços, sendo que as classes mais favorecidas pagavam mais do que outras. No entanto, é fortemente marcado pela Lei de Talião na aplicação das penas, que estabelece a equivalência da punição em relação ao crime – Olho por olho, dente por dente. - Suméria e Pérsia: Ciro II, no século VI a.C, aproximadamente em 539 a.C, os exércitos de Ciro, O Grande, 1º rei da antiga Pérsia, conquistou a cidade da Babilônia. Mas foram as suas seguintes ações que marcavam um avanço muito importante para o homem. Ele libertou os escravos, declarou que todas as pessoas tinham o direito de escolher a sua própria religião, e estabeleceu a igualdade racial. Estes e outros decretos registrados num cilindro de argila na língua acádica. Este documento é conhecido atualmente como o Cilindro de Ciro. 2. CILINDRO DE CIRO (539 AC, BABILÓNIA) Em 539 a.C., os exércitos de Ciro, O Grande, o primeiro rei da antiga Pérsia, conquistaram a cidade da Babilônia. Mas foram as suas ações posteriores que marcaram um avanço muito importante para o Homem. Ciro libertou os escravos, declarou que todas as pessoas tinham o direito de escolher a sua própria religião, e estabeleceu a igualdade racial. Estes e outros decretos foram registados num cilindro de argila na língua acádica em escrita cuneiforme. O Cilindro de Ciro como é hoje conhecido, foi descoberto em 1879 e a ONU traduziu o seu conteúdo em 1971 para todas as suas línguas oficiais. O Cilindro de Ciro é considerado a primeira declaração de direitos humanos, ao permitir que os povos exilados na Babilônia regressassem à suas terras de origem. O Cilindro de Ciro (declaração de boa governança) foi agora reconhecido como a 1º carta de direitos humanos do mundo. Está traduzido nas 6 línguas oficiais da ONU e é análogo aos quatro primeiros artigos da Declaração Universal dos Direitos do Homem. - China: no século VI e V a.C., Confúcio lançou as bases para a sua filosofia com ênfase na defesa do amor aos indivíduos. - Budismo: introduziu um código de conduta pelo qual se prega o bem comum e uma sociedade pacífica, sem prejuízo a qualquer ser humano. - Islamismo: prescrição da fraternidade e solidariedade aos vulneráveis. A visão Grega: Consolidação dos direitos políticos, com a participação política dos cidadãos (Atenas a pólis as deliberações em praça pública na praça denominada Ágora). - Platão, em sua obra A República (400 a.C), defendeu a igualdade e a noção de bem comum; - Aristóteles, na Ética a Nicômaco, salientou a importância do agir com justiça, para o bemde todos da pólis, mesmo em face de leis injustas. - Antígona (peça de Sófocles) que luta para enterrar o seu irmão Polinice mesmo contra a ordem do tirano Creonte que havia realizado uma lei proibindo que aqueles que atentassem contra lei da cidade fossem enterrados. Travando assim uma reflexão sobre a superioridade normativa de determinadas normas, mesmo em face da vontade do poder (contra a tirania, contra a injustiça e contra o Estado opressor). A REPÚBLICA ROMANA: tem grande contribuição na sedimentação do princípio da legalidade. A Lei das Doze Tábuas, ao estipular a lex scripta como regente de condutas, deu um passo na direção da vedação ao arbítrio. Reconhecimento da igualdade entre todos os seres humanos, em especial pela aceitação do jus gentium, o direito aplicado a todos romanos ou não. Marco Túlio Cícero retoma a defesa da razão reta (recta ratio), salientando, na República, que a verdadeira lei é a lei da razão, inviolável mesmo em face da vontade do poder (apesar das diferenças os homens podem permanecer unidos se adotarem o “viver reto”). - INFLUÊNCIAS DO CRISTIANISMO (ANTIGO E NOVO TESTAMENTO): Os 5 livros de Moisés (Torah): apregoam solidariedade e preocupação com o bem-estar de todos (1800- 1500 a.C.). Antigo testamento: faz menção à necessidade de respeito a todos, em especial aos vulneráveis. Cristianismo contribuiu para a disciplina: há vários trechos da Bíblia (Novo Testamento) que pregam a igualdade e solidariedade com o semelhante. 3. LEI DAS XII TÁBUAS (450 AC, ROMA) A Lei das XII Tábuas foi um importante documento não apenas da História de Roma, mas para toda a posteridade. Foi o primeiro documento legal escrito do direito romano, pedra angular onde se basearam muitos instrumentos jurídicos do Ocidente. A sua importante contribuição para os direitos humanos prende-se com dois fatores: - o estabelecimento do princípio da igualdade perante a lei, ao descrever como deverá ser o procedimento judicial; - e o princípio da informação: as tábuas de madeira eram afixadas no Fórum romano, de maneira a que todos pudessem lê-las e conhecê-las, contrariando as práticas segundo as quais as leis eram guardadas em segredo e os plebeus eram frequentemente surpreendidos com a sua execução. A IDADE MÉDIA E A IDADE MODERNA Na idade média o poder dos governantes era ilimitado, pois era fundado na vontade divina (Clero e a nobreza). Surgimento dos primeiros movimentos de reivindicação de liberdades a determinados estamentos, como a Declaração das Cortes de Leão adotada na Península Ibérica em 1188 (Reino de Espanha) e a Magna Carta inglesa de 1215. A Carta Magna (1215) foi possivelmente a influência inicial mais significativa no amplo processo histórico que conduziu o constitucionalismo ocidental hoje conhecido. Em 1215 depois de que o Rei João Sem-terra da Inglaterra violou um número de leis antigas e costumes pelos quais a Inglaterra tinha sido governada, seus súditos, principalmente os barões revoltados com as arbitrariedades do seu soberano, forçaram o rei a assinar a Magna carta que enumera o que mais tarde veio a ser considerados como direitos humanos. Entre eles estava o direito da igreja de ser livre da interferência governamental, os direitos de todos os cidadãos livres de possuir e herdar a propriedade e ser protegidos de impostos excessivos. Os princípios do devido processo legal e igualdade da lei, bem como determinações que proibiam o suborno e a má conduta oficial. 4. MAGNA CARTA (1215, INGLATERRA) A Magna Carta é um documento de 1215 que limitou o poder dos monarcas de Inglaterra. Com este documento os monarcas tiveram que renunciar a certos direitos, respeitar determinados procedimentos legais, bem como reconhecer que a vontade do rei estaria sujeita à lei. Impediu assim o exercício do poder absoluto pelos monarcas e é amplamente visto como um dos documentos legais mais importantes no desenvolvimento da democracia moderna. A Magna Carta consagra, entre outros, o direito de todos os cidadãos livres possuírem e herdarem propriedade e serem protegidos de impostos excessivos; o direito das viúvas que possuíam propriedade a decidir não voltar a casar; o estabelecimento dos princípios processuais e a igualdade perante a lei e o direito da igreja de estar livre da interferência do governo. Contém ainda provisões que proíbem o suborno e a má conduta oficial. Considera-se que a Magna Carta é o primeiro capítulo de um longo processo histórico que levaria ao surgimento do constitucionalismo. - Renascimento e reforma protestante: crise da Idade Média deu lugar ao surgimento dos Estados Nacionais absolutistas e a soc. estamental (dividida por estamentos, o que impedia a ascensão social) medieval foi substituída pela forte centralização do poder na figura do rei. Com a erosão da importância dos estamentos (igreja e senhores feudais), surge a ideia da igualdade de todos submetidos ao poder absoluto do rei, o que não exclui a opressão e a violência, como o extermínio perpetrado contra indígenas na América. O Século XVII: o Estado Absolutista foi questionado, em especial na Inglaterra. A busca pela limitação do poder é consagrada na Petition Of Rights de 1628. A Petição de Direitos afirmou 4 princípios: Nenhum tributo pode ser imposto sem o consentimento do Parlamento; Nenhum súdito pode ser encarcerado sem motivo demonstrado (a reafirmação do direito de habeas corpus); Nenhum soldado poder aquartelado nas casas dos cidadãos; A Lei Marcial não pode ser usada em tem de paz. A edição do habeas Corpus Act (1679) formaliza o mandado de proteção judicial aos que haviam sido injustamente presos, existente tão somente no direito consuetudinário inglês (common law). Em 1689 (após a Revolução Gloriosa): edição da “Declaração Inglesa de Direitos”, a “Bill of Rights” (1689), pelo qual o poder autocrático dos reis ingleses é reduzido de forma definitiva. 5. PETIÇÃO DE DIREITO (1628, INGLATERRA) A petição de Direito é um documento produzido pelo Parlamento Inglês em resposta à situação que o país atravessava: o Rei Carlos I, perante a rejeição do Parlamento em financiar a sua política exterior, exigia empréstimos forçados, aquartelava as tropas nas casas dos súbditos como medida econômica e impressionava os seus opositores políticos. Estas políticas produziram no Parlamento uma hostilidade ao Rei e ao Duque de Buckingham, levando a redação da Petição de Direito que se baseia em estatutos e cartas anteriores e que afirma quatro princípios: (1) Nenhum tributo pode ser imposto sem o consentimento do Parlamento, (2) Nenhum súbdito pode ser encarcerado sem motivo demonstrado (a reafirmação do direito de habeas corpus) (3) Nenhum soldado pode ser aquartelado nas casas dos cidadãos (4) A Lei Marcial não pode ser usada em tempo de paz Em 1701: aprovação do Act of Settlement, que enfim fixou a linha de sucessão da coroa inglesa, reafirmou o poder do Parlamento e da vontade da lei, resguardando-se os direitos dos súditos contra a volta da tirania dos monarcas. 6. DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS EUA (1776) A Declaração da Independência dos Estados Unidos da América foi o documento no qual, as treze Colônias na América do Norte declararam a sua independência da Grã-Bretanha e onde justificam este ato. Esta declaração foi aprovada pelo Congresso dos EUA no dia 4 de julho de 1776, dia que ainda hoje se celebra como o Dia da Independência dos EUA. Filosoficamente, a Declaração acentuou dois temas: os direitos individuais e o direito de revolução. Estas ideias tornaram–se largamente apoiadas pelos americanos e também se difundiram internacionalmente, influenciando em particulara Revolução Francesa. A Declaração de Independência inspirou ainda documentos de direitos humanos em todo o mundo. 7. A CONSTITUIÇÃO DOS EUA (1787) E A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS (1791) Escrita durante o verão de 1787 em Filadélfia, a Constituição dos Estados Unidos da América é a lei fundamental do sistema federal do governo dos Estados Unidos e um documento de referência do mundo Ocidental. Esta é a mais antiga constituição nacional escrita que está em uso e que define os órgãos principais de governo e suas jurisdições e os direitos básicos dos cidadãos. As dez primeiras emendas da Constituição, que constituem a Declaração dos Direitos (Bill of Rights), entraram em vigor no dia 15 de dezembro de 1791, limitando os poderes do governo federal dos Estados Unidos e protegendo os direitos de todos os cidadãos, residentes e visitantes no território americano. A Declaração dos Direitos protege a liberdade de expressão, a liberdade de religião, o direito de guardar e usar armas, a liberdade de reunião e a liberdade de petição. Proíbe a busca e detenção sem razão, o castigo cruel e insólito e auto – incriminação forçada. Entre as proteções legais que proporciona, a Declaração dos Direitos proíbe que o Congresso faça qualquer lei que regule a escolha da religião e proíbe o governo federal de privar qualquer pessoa da vida, da liberdade ou da propriedade sem os devidos processos legais. 8. A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO (1789, FRANÇA) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão é o documento culminante da Revolução Francesa, que define os direitos individuais e coletivos dos homens (tomada a palavra na acepção de "seres humanos") como universais. Influenciada pela doutrina dos "direitos naturais", os direitos dos homens são tidos como universais: válidos e exigíveis a qualquer tempo e em qualquer lugar, pois pertencem à própria natureza humana. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi adotada pela Assembleia Constituinte Nacional apenas seis semanas depois da tomada da Bastilha, que pôs fim à monarquia absoluta e abriu caminho ao estabelecimento da primeira República Francesa. A Declaração proclama que todos os cidadãos devem ter garantidos os direitos de “liberdade, propriedade, segurança, e resistência à opressão”. Argumenta que os direitos só podem ser limitados quando estiver em causa o usufruto dos mesmos direitos por outras pessoas: “… o exercício dos direitos naturais de cada homem tem só aquelas fronteiras que asseguram a outros membros da sociedade o desfrutar destes mesmos direitos”. Portanto, a Declaração vê a lei como “uma expressão da vontade geral”, que tem a intenção de promover esta igualdade de direitos e proibir “ações prejudiciais para a sociedade”. OS DIREITOS HUMANOS ANTES DA ONU A Liga das Nações foi uma organização internacional criada em abril de 1919, quando a Conferência de Paz de Paris adotou seu pacto fundador, posteriormente inscrito em todos os tratados de paz. Ainda durante a Primeira Guerra Mundial, a ideia de criar um organismo destinado à preservação da paz e à resolução dos conflitos internacionais por meio da mediação e do arbitramento já havia sido defendida por alguns estadistas, especialmente o presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson. Contudo, a recusa do Congresso norte-americano em ratificar o Tratado de Versalhes acabou impedindo que os Estados Unidos se tornassem membro do novo organismo. Com fim da 1º guerra mundial (1914-1918), os países vencedores se reuniram em Versalhes, no subúrbio de Paris na França, em janeiro de 1919 para firmar um tratado de paz, o Tratado de Versalhes. Um dos pontos do tratado era a criação de um organismo internacional que tivesse como finalidade assegurar a paz num mundo traumatizado pelas dimensões do conflito que se encerrara. Em 15/11/1920, teve lugar em Genebra/Suíça, a 1º Assembleia Geral da Liga das Nações. Os objetivos da organização eram impedir as guerras e assegurar a paz, a partir de ações diplomáticas, de diálogos e negociações para a solução dos litígios. Porém, infelizmente não se conseguiu impedir a 2º guerra. A Liga das nações segundo a profa. dra. Flávia Piovesan: tinha como finalidade promover a cooperação, paz e segurança internacional, condenando agressões externas contra a integridade territorial e a independência política dos seus membros. O Brasil aderiu desde o início à Liga das Nações, porém por ato isolado do presidente da República Artur Bernardes que após seis anos se desligou (denunciou) do tratado sem a anuência do Congresso Nacional. Já os Estados Unidos não ratificaram o tratado. As eleições para o congresso americano (Senado) em 1918 deram a vitória ao Partido Republicano que era oposição ao Presidente Woodrow Wilson, portanto o Partido Republicano que assumiu o controle do Senado por duas vezes bloqueou a ratificação do tratado de Versalhes, favorecendo o isolamento do país opondo-se à Sociedade das Nações. Assim, os Estados Unidos nunca aderiram à Sociedade das Nações e negociaram em separado uma paz com a Alemanha: o Tratado de Berlim de 1921, que confirmou a pagamento de indenizações e de outras disposições do Tratado de Versalhes, mas excluiu explicitamente todos os assuntos relacionados com a Sociedade das Nações. Sem a participação americana e não possuindo forças armadas próprias, o poder de coerção da Liga das Nações baseava-se apenas em sanções econômicas e militares. Sua atuação foi bem-sucedida no arbitramento de disputas nos Bálcãs e na América Latina, na assistência econômica e na proteção a refugiados, na supervisão do sistema de mandatos coloniais e na administração de territórios livres como a cidade de Dantzig. Mas, ela se revelou impotente para bloquear a invasão japonesa da Manchúria (1931), a agressão italiana à Etiópia (1935) e o ataque russo à Finlândia (1939). Em abril de 1946, o organismo se autodissolveu, transferindo as responsabilidades que ainda mantinha para a recém-criada Organização das Nações Unidas, a ONU. A ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO A OIT foi criada em 1919, como parte do Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial. A sua constituição converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes (1919). Fundou-se sobre a convicção primordial de que a paz universal e permanente somente pode estar baseada na justiça social. É a única das agências do Sistema das Nações Unidas com uma estrutura tripartite, composta de representantes de governos e de organizações de empregadores e de trabalhadores. A OIT é responsável pela formulação e aplicação das normas internacionais do trabalho (convenções e recomendações). As convenções, uma vez ratificadas por decisão soberana de um país, passam a fazer parte de seu ordenamento jurídico. O Brasil está entre os membros fundadores da OIT e participa da Conferência Internacional do Trabalho desde sua primeira reunião. Na primeira Conferência Internacional do Trabalho, realizada em 1919, a OIT adotou seis convenções. Em 1944, à luz dos efeitos da Grande Depressão e da 2º Guerra Mundial, a OIT adotou a Declaração da Filadélfia como anexo da sua Constituição. A Declaração antecipou e serviu de modelo para a Carta das Nações Unidas e para a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Em junho de 1998 (86º sessão) foi adotada a Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho e seu Seguimento. O documento é uma reafirmação universal da obrigação de respeitar, promover e tornar realidade os princípios refletidos nas Convenções fundamentais da OIT, ainda que não tenham sido ratificadas pelos Estados-membros. Atualmente a OIT estabeleceu um patamar mínimo de proteçãodos trabalhadores e conseguiu identificar os sujeitos de proteção, tais como crianças, gestantes e idosos. A OIT tem sede em Genebra/Suíça. Direito Humanitário: As Convenções de Genebra (1949) e seus Protocolos Adicionais são a essência do Direito Internacional Humanitário (DIH), o conjunto de leis que rege a conduta dos conflitos armados e busca limitar seus efeitos. Eles protegem especificamente as pessoas que não participam dos conflitos (civis, profissionais de saúde e de socorro) e os que não mais participam das hostilidades (soldados feridos, doentes, náufragos e prisioneiros de guerra). Os Sistemas de Direitos Humanos SISTEMA DE DIREITOS HUMANOS Convenção Europeia para a Proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais (CEDH) de 1950 (CONSELHO DA EUROPA – 1949) Convenção Americana Sobre os Direitos Humanos (CADH) de 1969 ou Pacto de San José da Costa Rica – OEA (Organização dos Estados Americanos – 1948) Carta Africana sobre Direitos Humanos e Direitos dos Povos (Carta de Banjul de 1981) – Organização da Unidade Africana (OUA – 1963 – Hoje subst. Pela União Africana – 2002) Declaração Universal Islâmica de Direitos Humanos (1981) e a Carta Árabe de Direitos Humanos (1994). Não se configura propriamente um sistema nos moldes dos demais. Sistema dos Direitos Humanos Sistema Universal: composto pela Carta da ONU (1945), Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e Pactos Internacionais (1966) docs tb chamados de Carta Internacional de Direitos Humanos (International Bill of Rights). Sistemas Regionais: temos 3 – Europeu, Americano e Africano. Para cada sistema regional temos um documento de referência. Europeu – Convenção Europeia de DH (1950); Americano – Convenção Americana sobre DH (1969) conhecida como pacto de São José da Costa Rica; Africano – Carta Africana de DH e carta dos povos (1981). O nosso sistema regional é o americano filiado a OEA. A convenção Americana Sobre os DH, conhecida como Pacto de São José da Costa Rica, é o documento mais importante de DH no âmbito do sistema regional. FIM! BOM ESTUDO!
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