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SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II AULA 4: Necessidade de Higienização HÁBITOS DE HIGIENIZAÇÃO NA HISTÓRIA • Grécia Antiga - um ritual sagrado, utilizado nas celebrações e para solicitar proteção aos deuses. • Idade Média - considerado ruim, pois conseguia retirar toda a proteção existente na pele da pessoa. • 1800 – aceitação - com a retomada das discussões sobre a importância da limpeza. • história da limpeza corporal considerada como uma história social - instauração da Higiene como um campo de saber específico pelas Ciências da Saúde nascimento da Enfermagem Moderna com Florence Nightingale. HÁBITOS DE HIGIENIZAÇÃO NA HISTÓRIA Valorização da importância da água na limpeza de ambientes utilização de sabão para o banho e da combinação de água morna e sabão, implementada pela enfermeira inglesa, para promover a limpeza da pele, o alívio e o conforto dos soldados feridos na guerra, além de auxiliar o doente a se restabelecer fisicamente e melhorar sua saúde. HÁBITOS DE HIGIENIZAÇÃO NA HISTÓRIA • Conceito de higiene é valorizado pela enfermagem e reforçado por fundamentos científicos para seu desenvolvimento na prática profissional. • Conjunto de práticas e técnicas realizadas pela pessoa, que visam à manutenção da sua saúde e à prevenção de doenças. Estas regras asseguram a prática da higiene coletivamente, para a proteção e bem- estar físico e psicológico, além de evitar enfermidades. ESTRUTURAS ANATÔMICAS E HIGIENE CORPORAL Pele: é constituída de três (3) camadas: • a epiderme (camada externa): fina camada que tem a função de proteger o tecido subjacente de perdas hídricas, lesões e possui bactérias em sua flora normal, que impedem a proliferação de alguns patógenos. • a derme: camada mais espessa com presença de feixes de colágeno, fibras elásticas, fibras nervosas, vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas, sebáceas e folículos pilosos, que protegem contra temperaturas extremas e facilitam a perda de calor; • tecido subcutâneo (tecido gorduroso): presença de vasos sanguíneos, nervos, linfa e tecido conjuntivo frouxo com células gordurosas, que agem como isolante térmico. • Funções: proteção, secreção, excreção, regulação da temperatura e o fornecimento de sensações. • Alterações tegumentares: avaliação da coloração, espessura, turgor, textura e hidratação. FUNÇÃO DA PELE PÉS, MÃOS E UNHAS • Pé: constituído para apoio manter a capacidade da pessoa para andar e sustentar seu peso. Alterações ou lesões podem interferir nesta função por ocasionarem dor. • Mão: constituída para manipulação, com ampla capacidade de destreza e movimentação, onde quaisquer alterações impossibilitam o paciente a realizar seu autocuidado. • Unha: tecido epitelial, transparente, liso e convexo. Ppatologias podem influenciar seu formato, espessura e curvatura. CAVIDADE ORAL • Revestida por mucosa, normalmente é rosada e úmida, com grande suprimento sanguíneo, o que resulta em intenso sangramento quando ocorre ulceração ou trauma. • As glândulas salivares auxiliam na higiene e conforto da cavidade oral e juntamente com a dentição favorecem a mastigação e deglutição dos alimentos CABELOS, OLHOS, OUVIDOS E NARIZ • Cabelo: crescimento, distribuição e padrão podem indicar o estado de saúde de uma pessoa, assim como alterações hormonais, estresse físico ou emocional e envelhecimento. • Olhos, Ouvidos, Nariz: manutenção destes tecidos sensoriais deve evitar a ocorrência de lesões e desconforto. Para que uma pessoa possa realizar a sua higiene corporal, são necessárias estruturas anatômicas que envolvem pele e seus anexos, cavidade bucal, mãos, pés e os órgãos dos sentidos, pois o comprometimento destes pode dificultar ou inviabilizar a realização da higiene corporal. HIGIENE E FASES DA VIDA / FATORES QUE AFETAM O PADRÃO DA HIGIENE • Grupos sociais, costumes familiares começam a indicar produtos para utilização, frequência e horário de banhos e tipo de higiene oral realizada. • Adolescência - grupo de amigos é mais influente, preocupação com a aparência física; • Fase adulta - grupo de trabalho é o determinante, preocupação com a aparência pessoal; • Idoso - mudanças são ocasionadas pelas condições de moradia e os recursos disponíveis. Práticas Sociais HIGIENE E FASES DA VIDA / FATORES QUE AFETAM O PADRÃO DA HIGIENE • Cada pessoa possui preferências sobre quando e como realizar sua higiene pessoal, quais produtos são adequados para as suas necessidades e para o padrão econômico; • Devem ser respeitados e considerados pelo enfermeiro durante o planejamento e a adaptação decorrentes de patologias. Preferências Pessoais HIGIENE E FASES DA VIDA / FATORES QUE AFETAM O PADRÃO DA HIGIENE • Aparência física de uma pessoa é um conceito subjetivo sobre si próprio, o qual reflete aspectos relacionados ao seu bem-estar, conforto e autoestima. • A imagem corporal pode ser modificada por um procedimento cirúrgico ou por alguma sequela de tratamento ou patológica, que poderão influenciar a forma como este paciente irá adequar seus padrões de higiene à sua nova condição. • Enfermeiro - paciente – família nas mudanças Imagem Corporal HIGIENE E FASES DA VIDA / FATORES QUE AFETAM O PADRÃO DA HIGIENE • Influencia diretamente o tipo e a extensão das práticas de higiene utilizadas, logo, antes de fornecer produtos de higiene momentaneamente, é necessário que o enfermeiro verifique as possibilidades para viabilizar a utilização do produto no cotidiano do paciente. Estado sócioeconômico HIGIENE E FASES DA VIDA / FATORES QUE AFETAM O PADRÃO DA HIGIENE • Para praticar os hábitos de higiene, é necessário, além do conhecimento sobre sua importância, motivação para realização do autocuidado e, assim, promover a melhora do estado de saúde. • As crenças e os valores culturais influenciam diretamente as práticas de higiene e cuidados à saúde de uma pessoa. Estas ações não têm sido valorizadas adequadamente. Motivações e Crenças de Saúde Valores Culturais HIGIENE E FASES DA VIDA / FATORES QUE AFETAM O PADRÃO DA HIGIENE • Limitações, incapacidades físicas, presença de dor, efeito de medicações como sedativos e, ainda, doenças crônicas podem diminuir a energia física, a destreza manual, a amplitude de movimentos, a clareza mental e a coordenação no desenvolvimento dos cuidados com a higiene pessoal. • O enfermeiro, então, deve estar atento a estas restrições para planejar o auxílio e o acompanhamento profissional necessário. Condições Físicas HIGIENE E FASES DA VIDA / FATORES QUE AFETAM O PADRÃO DA HIGIENE • Aparência física de uma pessoa é um conceito subjetivo sobre si próprio, o qual reflete aspectos relacionados ao seu bem-estar, conforto e autoestima. • A imagem corporal pode ser modificada por um procedimento cirúrgico ou por alguma sequela de tratamento ou patológica, que poderão influenciar a forma como este paciente irá adequar seus padrões de higiene à sua nova condição. • Enfermeiro - paciente – família nas mudanças Imagem Corporal HIGIENE E FASES DA VIDA / FATORES QUE AFETAM O PADRÃO DA HIGIENE • Aparência física de uma pessoa é um conceito subjetivo sobre si próprio, o qual reflete aspectos relacionados ao seu bem-estar, conforto e autoestima. • A imagem corporal pode ser modificada por um procedimento cirúrgico ou por alguma sequela de tratamento ou patológica, que poderão influenciar a forma como este paciente irá adequar seus padrões de higiene à sua nova condição. • Enfermeiro - paciente – família nas mudanças Imagem Corporal CONSIDERAÇÕES CULTURAIS PARA A HIGIENE PESSOAL • Para mulheres do Oriente Médio e do Leste da Ásia, evite descobrir a parte inferior do tronco e expor os braços. • Judeus ortodoxos, cristãos Amish, hinduse muçulmanos consideram tabu o toque em homens e mulheres sem parentesco. Consequentemente, homens devem cuidar de homens, e mulheres devem cuidar de mulheres. Membros da família devem realizar cuidados pessoais que envolvam a parte inferior do tronco, caso cuidadores do respectivo sexo não estejam disponíveis. CONSIDERAÇÕES CULTURAIS PARA A HIGIENE PESSOAL • Entre hindus e muçulmanos, a mão direita e reservada para comer e rezar, e a mão esquerda e usada apenas para a limpeza de áreas intimas do sexo. • Chineses, japoneses, coreanos e hindus consideram a parte superior do corpo mais limpa que as partes mais baixas. • Os hindus consideram desrespeitoso mostrar qualquer comunicação não verbal negativa na lavagem dos pés de idosos. TIPOS DE HIGIENE: ORAL • Consiste na limpeza completa de todas as estruturas da cavidade oral. • Promoção de uma ingesta hídrica diária adequada, caso não tenha restrições, para manter a hidratação da mucosa nos pacientes inconscientes ou com respiração pela boca. • Higienização das estruturas evitando a formação de crostas, ressecamento, acúmulo de secreções e formação de feridas. • Realização da higiene oral antes e após as refeições e, ainda, estabelecer horários com a avaliação realizada com a inspeção e as necessidades constatadas. • Material: toalha de rosto, cuba rim, copo descartável, escova de dente/espátula com gaze, pasta de dente/enxaguante bucal/bicarbonato de sódio, canudo, lubrificante oral, luvas de procedimento, mesa de alimentação (se disponível). TIPOS DE HIGIENE: ORAL PACIENTE CONSCIENTE – CAPAZ DE REALIZAR O AUTOCUIDADO Reunir todo o material que será utilizado na mesa de cabeceira Higienizar as mãos Posicionar o paciente em posição semi-sentada ou sentada. Colocar a toalha sob o tórax. Se a mesa de alimentação estiver disponível, dispor sobre a mesma a escova de dentes com pasta, o copo com água e a cuba rim. Caso não esteja, deixar os materiais de forma acessível na mesa de cabeceira. Calçar a luva de procedimento. Após a escovação, desprezar o líquido residual da cuba rim e enxaguá-la. Reposicionar o paciente de maneira confortável, se necessário. Recolher o material e realizar os descartes em locais apropriados. Retirar as luvas e desprezá-las em local apropriado. Higienizar as mãos. Realizar a anotação no prontuário do paciente sobre o procedimento realizado com especificação das alterações das características da mucosa e intercorrências durante o procedimento. TIPOS DE HIGIENE: ORAL PACIENTE CONSCIENTE – INCAPAZ DE REALIZAR O AUTOCUIDADO Reunir todo o material que será utilizado na mesa de cabeceira. Higienizar as mãos. Explicar ao paciente o procedimento a ser realizado. Posicionar o paciente em decúbito lateral, ou em decúbito dorsal com a cabeceira elevada a 30°. Colocar a toalha sob o tórax. Colocar luvas de procedimento. Posicionar a cuba rim logo abaixo do queixo do paciente e iniciar a escovação com pasta na escova dental. Realizar movimentos firmes, iniciando pelos incisivos, caninos e molares, da gengiva para baixo. Na arcada inferior, realizar da gengiva para cima. A seguir, faça a limpeza das bochechas, do palato e da língua. Oferecer água no copo ou através de canudo, estimular o bochecho e solicitar que despreze todo o líquido na cuba rim. Após a escovação, desprezar o líquido residual da cuba rim e enxaguá-la. Reposicionar o paciente de maneira confortável. Recolher o material e realizar os descartes em locais apropriados. Retirar as luvas de forma correta e desprezá-la em local apropriado. Higienizar as mãos e realizar a anotação no prontuário do paciente sobre o procedimento realizado com especificação das alterações da mucosa e intercorrência. TIPOS DE HIGIENE: ORAL PACIENTE INCONSCIENTE Reunir todo o material que será utilizado na mesa de cabeceira. Higienizar as mãos. Colocar luvas de procedimento. Colocar a toalha de rosto sob o tórax do paciente, logo abaixo do queixo. Lateralizar a cabeça do paciente e dispor a cuba rim logo abaixo do queixo. Coletar a solução excedente. Abrir a boca do paciente cuidadosamente, utilizando a espátula. Limpar as gengivas (superior e inferior), faces internas da bochecha e os dentes com movimentos firmes, mas sem causar fricção. A seguir, limpar o palato e a língua. Utilizar tantas gazes quantas forem necessárias. Utilizar água bicarbonatada ou enxaguante bucal, sem excesso. Após enxugar os lábios, utilizar lubrificante bucal, se necessário. Reposicionar o paciente de maneira confortável. Recolher o material e realizar os descartes em locais apropriados. Retirar as luvas de forma correta e desprezá-la em local apropriado. Higienizar as mãos. Fazer as anotações devidas. TIPOS DE HIGIENE: COURO CABELUDO • Promove a higiene e o conforto • Permite a estimulação da circulação sanguínea, melhora da aparência e da autoestima do paciente. • Antes de realizar o procedimento - verificar a contraindicação da movimentação da cabeça, a presença de lesões, parasitas (pediculose) e alergias. • Preferência à utilização de materiais de uso pessoal do paciente. • Material: bacia, balde, 2 bolas de algodão, 2 impermeáveis, travesseiro, 2 toalhas, água aquecida (40,5°a 43,5°), xampu/sabonete, pente, biombo, hamper. Higienizar as mãos. Preparar o ambiente (ausência de correntes de ar, temperatura aquecida, colocação do biombo). Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente. Separar todo o material e organizá-lo ao lado do leito. Colocar luvas de procedimento. Retirar o travesseiro debaixo da cabeça do paciente e forrá-lo com o impermeável e uma toalha no sentido longitudinal. Posicioná-lo ao lado do paciente. Proteger os ouvidos do paciente com as bolas de algodão. No local do travesseiro, acondicionar outro impermeável e sobre este outra toalha, sob os ombros e a cabeça do paciente. Contornar o pescoço do paciente com a toalha. Posicionar nas costas do paciente um travesseiro, de modo a inclinar sua cabeça para trás. Na impossibilidade, realizar o apoio da cabeça com a mão não dominante. Posicionar a bacia de banho, sob a cabeça do paciente. Molhar os cabelos com água aquecida (pode ser aquecida no jarro) Com uma pequena quantidade de xampu, massagear todo o couro cabeludo, com movimentos circulares leves, até obter a formação de espuma. Enxaguar a cabeça até retirar por completo a espuma. Utilizar o balde para armazenar a água suja. Elevar a cabeça do paciente com a mão não dominante e retirar a bacia e o travesseiro. Envolver a cabeça do paciente com a toalha e, com ela, realizar massagem no couro cabeludo. Remover a toalha e o impermeável molhados. Retornar a cabeça do paciente na posição desejada ou prescrita, e continuar enxugando seus cabelos. Pentear os cabelos respeitando as preferências. Retirar toalha e impermeável do travesseiro. Descartar o material em local apropriado. Retirar luvas com a técnica adequada. Higienizar as mãos. Realizar a anotação de enfermagem com especificação de alterações observadas como lesões de pele, intercorrências e reações do paciente ao procedimento. TIPOS DE HIGIENE: BANHO BANHO DE IMERSÃO • Definição: É a ação de submergir o corpo em uma banheira com água, temperatura e tempo controlados. • Indicações: tonificação e relaxamento muscular; ativação da circulação sanguínea; diminuição da pressão arterial; aumento da amplitude dos movimentos; aumento e manutenção da força muscular; diminuição da sensação de dor; possibilidade de realização de exercícios físicos contraindicados em solo, devido à diminuição da força da gravidade; prevenção de lesões na pele. TIPOS DE BANHO DE IMERSÃO • imersão simples: paciente mantido submerso em água morna, podendo ou não ser associada a medicamentosou temperatura com finalidade terapêutica; • hidromassagem: forma terapêutica de utilização da água, em banheira específica, considerando sua ação dinâmica e térmica, através de pressão em movimento exercida sobre a pele e tecidos corporais; TIPOS DE BANHO DE IMERSÃO • aerobanho: banheira com sistema digital de aplicação de finos jatos de água quente associados às bolhas de ar atmosférico, em uma temperatura de 35° a 38° C, por um período de 15 a 20 minutos; • imersão gasosa: associação de gás carbônico dissolvido em água morna, o qual promove bolhas gasosas que aderem à superfície da pele, causando a sensação de calor. BANHO DE ASPERSÃO • É a realização da higiene corporal do paciente diretamente no chuveiro, podendo ser auxiliada por um profissional da equipe de enfermagem. • Promove higiene e conforto ao paciente, reduzindo fator de risco para infecção. • É necessário auxílio profissional quando o paciente possui dificuldades ou limitações na movimentação, mas não possui restrições para sair do leito. • Material: roupas de uso pessoal ou camisola/pijama hospitalar, sabonete, xampu, condicionador, hidratante, toalha de banho, roupa de cama, cadeira higiênica, compressas, luvas de procedimento, álcool 70%, biombo. Conferir a prescrição médica com relação à necessidade de restrição no leito. Checar a necessidade de realização do procedimento. Higienizar as mãos. Calçar luvas de procedimento. Realizar a desinfecção da cadeira higiênica com compressa embebida em álcool 70%. Retirar as luvas e descartá-las em local apropriado. Higienizar as mãos. Explicar o procedimento ao paciente e auxiliá-la na separação dos materiais de uso pessoal. Calçar as luvas de procedimento. Manter a porta do banheiro fechada. Auxiliar o paciente a se despir e posicioná-lo sentado na cadeira higiênica. Cobrir o paciente com uma toalha e encaminhá-lo ao chuveiro. Proporcionar ao paciente a oportunidade de realizar a sua higienização sozinho, auxiliando quando necessário. Observar dificuldades para o autocuidado. Verificar a higienização correta de todas as partes do corpo e enxaguar para retirada de todo o sabão. Secar bem o paciente, cobrí-lo com uma toalha e encaminhá-lo ao leito. Auxiliar o paciente a se vestir. Deixar o paciente em posição confortável. Recompor a unidade e recolher o material. Retirar as luvas e desprezá-las em local adequado. Higienizar as mãos. Realizar a anotação de enfermagem com especificação das alterações das características da pele, lesões, intercorrências e reações do paciente ao procedimento. BANHO DE ASPERSÃO BANHO NO LEITO • É a realização da higienização do paciente sem retirá-lo do leito. • Remover sujidades e odores, promover conforto, relaxamento e reduzir microorganismos. • Antes de realizar o procedimento, deve-se avaliar as condições do paciente relacionadas à movimentação, ao risco de desenvolvimento de lesões por pressão, a presença de dispositivos, curativos e monitoramento, o grau de dependência e suas preferências. BANHO NO LEITO • Material: Higiene corporal: luvas de procedimento, 2 bacias, 1 comadre, hamper, biombo, 1 toalha de banho, sabonete, pente, bolas de algodão, jornal ou papel- toalha, compressas, papel higiênico, fralda descartável Cuidados com as unhas: 1 escova, 1 tesoura Roupas de cama: 3 lençóis, 1 impermeável, 1 cobertor, 1 fronha, 1 pijama/ camisola. Higienizar as mãos. Reunir o material e organizá-lo ao lado direito do paciente. Explicar o procedimento ao paciente. Preparar o ambiente (biombos, temperatura aquecida, ausência de corrente de ar). Organizar a roupa de cama no encosto da cadeira, seguindo técnica adequada. Oferecer comadre/papagaio (utilizar luvas de procedimento). Desprezar resíduos e limpar comadre / papagaio. Retirar luvas com técnica adequada. Higienizar as mãos. Elevar a cabeceira do leito de 30° a 45°, se não houver contraindicação. Realizar higiene oral seguindo a técnica, caso o paciente não tenha condições de realizar o autocuidado. Retornar a cabeceira em posição horizontal. Remover uma das grades do leito (após avaliação do estado mental do paciente). Calçar luvas de procedimento. Retirar as roupas excedentes e despir o paciente. Retirar as roupas excedentes e despir o paciente. Caso esteja utilizando fralda, retirá-la e realizar a limpeza da região anal e da genitália com papel higiênico, retirando as fezes, se necessário. Mantê-lo apenas coberto por um lençol. Se necessário, trocar as luvas. Providenciar água aquecida na bacia (38° a 40°). Colocar uma toalha sobre o tórax do paciente. Higiene ocular: com a bola de algodão umedecido, limpar os olhos em movimentos unidirecionais e firmes, sempre de dentro para fora. Trocar o algodão quantas vezes forem necessários. Lavar o rosto, orelhas e pescoço com uso de compressa macia umedecida com água. Se o paciente aceitar, utilizar sabonete. Enxaguar bem e secar com a toalha que se encontra sobre o tórax. Colocar a toalha de banho sob o braço distal a você. Higienizar (lavar, enxaguar e secar) o braço, no sentido distal para proximal, ou seja, do punho para a axila, no sentido do retorno venoso. (Se a técnica for realizada por dois profissionais, o auxiliar seca o braço enquanto que o enfermeiro molha o pano para levar realizar a técnica no braço proximal a ele). Obs: a axila é considerada o local mais sujo. Retirar a toalha e posicioná-la sob o outro braço, realizando o mesmo procedimento. Aproveitar o momento e massagear os braços do paciente, observar pontos de maior pressão e alterações da pele. Lavar as mãos do paciente dentro da bacia, se for possível. Realizar o cuidado com as unhas (avaliar o melhor momento: antes, durante ou depois do banho). Colocar a toalha sob o lençol, cobrindo o tronco. Higienizar o tronco e abdome, até a região supra púbica, com direcionamento céfalo-caudal. Retirar a toalha, mantendo o paciente coberto apenas com o lençol. Posicionar a toalha sob a perna e coxa distal. Higienizar a perna e coxa, no sentido do retorno venoso. Repetir com a outra perna. Se possível, flexionar o joelho do paciente e lavar os pés dentro da bacia. Realizar movimentos no sentido dígito-calcanhar, aproveitando para massagear a área. Realizar o cuidado com as unhas dos pés (avaliar o melhor momento: antes, durante ou depois do banho). Posicionar o paciente em decúbito lateral esquerdo, posicionar a toalha paralela ao dorso. Higienizar as costas e a região glútea, utilizando movimentos circulares e no sentido céfalo- caudal. Realizar curativos quando necessários. Realizar a troca da roupa de cama e vestir o paciente. Se necessário, colocar a fralda descartável. Pentear o cabelo (proteger o travesseiro com a toalha). Posicionar o paciente de maneira confortável. Reunir o material, descartá-lo em local apropriado. Retirar as luvas de procedimento. Higienizar as mãos. Realizar a anotação de enfermagem com especificação das alterações das características da pele, lesões, presença de enrijecimento articular, intercorrências e reações do paciente ao procedimento. Higiene da genitália: Recolocar o paciente em posição dorsal, posicionar a comadre e colocar o paciente em posição ginecológica. Genitália feminina: higienize primeiramente a região inguinal, no sentido de frente para trás, bilateralmente. Afaste os grandes lábios, expondo o meato uretral e a vagina, e realize com movimentos únicos e delicados a higienização com sabonete e compressa, com direcionamento da região frontal para a região anal. Enxague e seque, sempre mantendo os movimentos no mesmo direcionamento. Genitália masculina: levante delicadamente o pênis, retraia o prepúcio. Com movimentos circulares, higienize a ponta do pênis, do meato uretral para fora e com movimentos únicos, da ponta do pênis para a base. Lave a bolsa escrotal, levante-ae higienize as dobras cutâneas. Enxague retirando todo o resíduo e seque. UNIDADE DO PACIENTE É o conjunto de espaços e móveis destinados a cada paciente. A unidade do paciente é formada basicamente pela cama (leito), mesa auxiliar, mesa de cabeceira, cadeira, suporte para soro, campainha e régua de gases (oxigênio, ar comprimido e vácuo) fixa na parede. Unidades especializadas - equipamentos de monitorização não invasiva (pressão arterial, temperatura, frequência cardíaca, traçado de monitoramento cardíaco e saturação de oxigênio), que complementam a unidade do paciente. LIMPEZA DA UNIDADE - OBJETIVO REMOÇÃO DE MICROORGANISMOS E SUJIDADES DO LOCAL PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES EFICIÊNCIA NO TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE ECONOMIA DE MATERIAIS PREVENÇÃO DE ACIDENTES Princípios Básicos – Limpeza da Unidade • Utilizar luvas de procedimento para realizar a limpeza da unidade; • Realizar a limpeza com movimentos simples e únicos, em um único sentido, utilizando os princípios de assepsia, iniciando do local menos contaminado para o mais contaminado, de cima para baixo, do fundo para frente, de dentro para fora, do distal para o proximal; • Não utilizar panos secos ou objetos que promovam a suspensão de partículas contaminadas; utilizar panos diferenciados para móveis, pias, paredes e chão; • Remover a matéria orgânica antes de iniciar a limpeza; • Não utilizar adornos pessoais. TIPOS DE LIMPEZA DA UNIDADE Limpeza Concorrente • Realizada normalmente uma vez ao dia ou sempre que necessário. • Este procedimento inclui a limpeza do piso, pias, banheiros, o esvaziamento dos recipientes que acondicionam resíduos, a limpeza de superfícies horizontais de equipamentos e mobiliários, com troca de roupas e arrumação em geral. Limpeza Terminal • Realizada quando o leito fica vago, ou seja, após óbito, alta hospitalar ou transferência do paciente; é realizada também quando a permanência do paciente for prolongada (mais de 15 dias). LIMPEZA DE UNIDADE CONCORRENTE • Materiais: panos de limpeza (padronizados pela instituição), sabão ou desinfetante (padronizados pela instituição), recipiente para armazenamento de água (bacia), equipamentos de proteção individual (luvas, máscaras, avental, óculos), hamper e saco de lixo. • Verificar as condições dos objetos, equipamentos e mobiliários. • Necessidade de remoção de matéria orgânica e de resíduos e o produto de limpeza padronizado na instituição. • Considerações: a região central do leito deverá ser considerada como a mais contaminada; os movimentos para limpeza deverão ser simples e em um único sentido; realizar a troca da água da bacia sempre que necessário. Higienizar as mãos. Separar todo o material a ser utilizado. Calçar luvas de procedimento. Retirar a roupa de cama, certificar-se da ausência de pertences do paciente e de objetos e colocá- la no hamper, exceto o impermeável, evitando movimentos bruscos. Desprezar copos descartáveis, possíveis restos de alimentos e embalagens no lixo. Trocar as luvas de procedimento, se necessário. Iniciar a limpeza pela superfície externa da mesa de cabeceira. Realizar movimentos unidirecionais na horizontal, e de cima para baixo na vertical (sempre do mais limpo para o mais sujo); Fazer uso primeiramente de um pano úmido com sabão/ desinfetante, e após, outro pano umedecido somente com água, para retirada do sabão. Limpar um dos lados do travesseiro; apoiar este lado sobre a mesa de cabeceira e então, realizar a limpeza do outro lado. Abrir o impermeável sobre o colchão, limpar toda a superfície exposta. Dobrá-lo ao meio e limpar a superfície exposta e colocá-lo na metade distal do colchão. Realizar a limpeza da metade superior do leito, em sentido único e amplo, sempre da cabeceira para o centro. Não esquecer das laterais. Colocar a área limpa do impermeável sobre a área limpa do colchão, limpar o outro lado, e colocá-lo sobre o travesseiro. Realizar a limpeza da metade inferior do leito, em sentido único e amplo, sempre dos pés para o centro. Não esquecer das laterais. Caso seja necessário virar o colchão, repetir os passos relacionados à limpeza. Por último, limpe as grades e a cabeceira. Reunir e encaminhar os materiais aos locais apropriados. Retirar as luvas com técnica adequada. Realizar a higienização das mãos. Realizar a arrumação do leito e ordenar a unidade. LIMPEZA DE UNIDADE TERMINAL • Materiais: panos de limpeza (padronizados pela instituição), sabão ou desinfetante (padronizados pela instituição), 2 bacias, papel-toalha, equipamentos de proteção individual (luvas, máscaras, avental, óculos), hamper e saco de lixo. • Verificar as condições dos objetos, equipamentos e mobiliários. • A necessidade de remoção de matéria orgânica e de resíduos e o produto de limpeza padronizado. Higienizar as mãos. Separar todo o material a ser utilizado. Abrir portas e janelas. Calçar luvas de procedimento. Encaminhar o copo e a jarra de água para a copa. Levar os objetos de uso individual do paciente (comadre, papagaio, frascos de umidificação de oxigênio, ar comprimido ou vácuo) para o expurgo. Utilizar os EPI’s necessários (luvas de procedimento, máscaras, óculos, avental). Retirar a roupa de cama, certificar-se da ausência de pertences do paciente e de objetos e colocá- la no hamper; exceto o impermeável, evitando movimentos bruscos. Trocar as luvas de procedimento, se necessário. Afastar a cama da parede e travar as rodas, deixando espaço para a limpeza ao seu redor. Utilizar uma bacia com a solução de água e sabão e outra bacia com água limpa para enxágue. Colocá-las sobre a escadinha, forrada com papel toalha. Trocar a água sempre que necessário. Cumprir o princípio de assepsia, iniciando a limpeza do local menos contaminado para o mais contaminado, sempre em uma única direção. Iniciar a limpeza pela parede (régua de gases, campainha), suporte de soro, mesa de cabeceira e cadeira. Usar primeiramente o pano umedecido com a solução de sabão e após, umedecido com água limpa para enxágue. Limpar um dos lados do travesseiro; apoiar este lado sobre a mesa de cabeceira e então, realizar a limpeza do outro lado. Abrir o impermeável sobre o colchão, limpar toda a superfície exposta. Dobrá-lo ao meio e limpar a superfície exposta e colocá-lo na metade distal do colchão. Realizar a limpeza da metade superior do leito, em sentido único e amplo, sempre da cabeceira para o centro. Não esquecer das laterais. Colocar a área limpa do impermeável sobre a área limpa do colchão, limpar o outro lado e colocá-lo sobre o travesseiro. Realizar a limpeza da metade inferior do leito, em sentido único e amplo, sempre dos pés para o centro. Não esquecer das laterais. Quando possível, dobrar o colchão ao meio no sentido dos pés da cama, limpando a parte inferior do colchão exposta. Limpar a cabeceira, a grade, molas, estrado e os pés da cama. Desvirar o colchão dobrado ao meio em direção à cabeceira da cama, limpando a parte inferior do colchão exposta. Limpar grades, molas, estrado e os pés da cama. Colocar o colchão no lugar, em posição horizontal e colocar sobre ele o impermeável e o travesseiro. Colocar as bacias no chão e realizar a limpeza da escadinha. Reunir e encaminhar os materiais aos locais apropriados. Retirar as luvas com técnica adequada. Realizar a higienização das mãos. Colocar o aviso sobre o procedimento realizado. POSIÇÃO DO PACIENTE Fowler (semisentada; cabeceira elevada a 45º ou mais) • Alimentação, passagem de sonda nasogástrica e nasoentérica, aspiração nasotraqueal. Semi- Fowler (cabeceira elevada à 30º) • Realização de alimentação gástrica para reduzir risco de aspiração e regurgitação. POSIÇÃO DO PACIENTE Trendelenburg (cama reta com cabeceira abaixada em relação aos pés) - Drenagem postural.Trendelenburg reversa (cama reta com cabeceira elevada em relação aos pés) – Esvaziamento Gástrico. Reta - Tração cervical, hipotensão, dormir. ARRUMAÇÃO DO LEITO Definição: • Cama fechada - quando o leito esta vago. • Cama aberta - quando esta ocupada por paciente. • Cama de operado - quando está aguardando o retorno do paciente do centro cirúrgico. TÉCNICA DE ARRUMAÇÃO DO LEITO Técnica de arrumação do leito fechado ou desocupado • Material: 2 lençóis, 1 fronha, 1 impermeável (se necessário), 1 lençol móvel (se necessário), 1 cobertor, luvas de procedimento (se as roupas de cama estiverem sujas), 1 cadeira, hamper. • Finalidade: manter o ambiente organizado na ausência do paciente por período indeterminado ou na espera da chegada de uma nova internação de paciente. Realizar higienização das mãos. Abrir porta e janelas. Remover todo o equipamento desnecessário, afastar a mesa de cabeceira e colocar a cadeira ao lado na parte distal da cama, com o encosto voltado para a cabeceira. Separar o material necessário. Colocar no encosto da cadeira a roupa de cama a ser usada, na seguinte ordem: - fronha, dobrada no sentido transversal uma vez; - cobertor (quando necessário); - lençol de cima, dobrado no sentido longitudinal duas vezes de modo que, quando colocado sobre a cama, as bordas livres fiquem voltadas para cima e para o centro do colchão; - lençol móvel, dobrado no sentido transversal uma vez e, em seguida, dobrado no sentido longitudinal duas vezes, de modo que, quando colocado sobre a cama, as bordas livres fiquem voltadas para cima e para o centro do colchão; - impermeável (quando necessário); - lençol de baixo, dobrado da mesma forma que o lençol de cima. Regular a altura do leito, travar as rodas, abaixar as grades laterais e afrouxar todas as roupas da cama. Retirar a roupa de cama de modo ordenado, uma a uma, começando pelo lençol de cima, seguido do móvel e, por último, o lençol de baixo. À medida que forem retiradas, cada peça de roupa de cama deve ser depositada no hamper, devendo ser mantidas afastadas do corpo. Não colocá-las no chão ou sobre os móveis. Realizar limpeza concorrente/terminal do leito. A cama deve estar em condições de receber o próprio ou o próximo paciente. O profissional deve desenvolver toda a técnica de um lado da cama para depois ir para o outro lado. Iniciar a arrumação do leito com o lençol de baixo. Colocar a dobra central do lençol de baixo no meio da cama e o suficiente para ser dobrado sob a cabeceira do colchão (40 cm), esticando-o rigorosamente para evitar rugas ou pregas capazes de causar desconforto ou lesões cutâneas ao cliente. Deverá encaixá-lo sob a cabeceira do colchão formando uma prega triangular de angulação aproximada de 45º (como um envelope). Repetir o procedimento nos pés da cama (se o lençol for com elástico, não há necessidade de formar pregas nos cantos). O impermeável deverá ser colocado no centro do leito e sobre ele deverá ser colocado o lençol móvel, mantendo-se a dobra transversal direcionada para a cabeceira do leito. Fixe-os sob o colchão. Colocar o lençol de cima com a dobra central no meio do leito e o suficiente para ser dobrado sob os pés do colchão, formando a prega triangular nos cantos (tipo envelope). Fazer “prega de conforto” no lençol de cima para acomodar os pés do paciente: fazer uma dobra transversal de 15 cm na extremidade inferior do lençol. Não dobrar as extremidades laterais superior do lençol de cima sob o colchão, as quais devem ficar livres. Coloque o cobertor (quando necessário), procedendo como anteriormente. Passar para o outro lado da cama e repetir todo o procedimento. Dobrar os 15 cm superiores do lençol de cima sobre a colcha ou cobertor. Recostar o travesseiro no centro da cabeceira do leito com a extremidade aberta da fronha voltada para a janela. Caso a altura da cama tenha sido alterada para a arrumação, ajustar a cama para a posição usual. Posicionar a campainha próxima ao travesseiro. Para facilitar quando o leito estiver ocupado. Recompor a unidade .e encaminhar o hamper ao expurgo. Realizar higienização das mãos. TÉCNICA DE ARRUMAÇÃO DO LEITO Técnica de arrumação de leito aberto (ocupado pelo paciente acamado) • Material: 2 lençóis, 1 fronha, 1 impermeável (se necessário), 1 lençol móvel (se necessário), 1 cobertor, luvas de procedimentos (se as roupas de cama estiverem sujas), 1 cadeira, hamper, biombo. • Finalidade: promover conforto e prevenir irritações cutâneas decorrentes do uso de lençóis úmidos. • Deve ser solicitada ajuda de outros profissionais necessária a manipulação do paciente acamado. • Após a realização do banho de leito no paciente. Realizar higienização das mãos. Remover todo o equipamento desnecessário, afastar a mesa de cabeceira e colocar a cadeira ao lado do pé da cama, com o encosto voltado para a cabeceira. Colocar o biombo e fechar portas e janelas. Explicar o procedimento ao paciente. Alocar no encosto da cadeira as roupas de cama dobradas, em ordem de uso, conforme descrito anteriormente. Calçar as luvas de procedimento. Adaptar a altura do leito, travar as rodas e abaixar as grades laterais de acordo com a necessidade; afrouxar as roupas da cama, iniciando pelo lado oposto ao que vai trabalhar. Dobrar em quatro as roupas de cama que não precisam ser trocadas, como lençóis e cobertores, organizando-os sobre uma cadeira desocupada. Não encostar as roupas da cama no uniforme. Posicionar o cliente em decúbito lateral, oposto ao que se está trabalhando, protegido com o lençol de cima, travesseiro sob a cabeça, e a grade lateral levantada. Solicitar o auxílio de outro profissional. Dobrar a roupa de cama suja em forma de leque até o meio do leito, na direção do paciente. Limpar qualquer umidade ou sujidade sobre a parte exposta do colchão. Colocar a roupa de cama limpa na metade exposta do colchão (lençol de baixo, impermeável e lençol móvel), mantendo a dobra no centro do leito e realizando a dobra em envelope nos cantos da cama. Elevar a grade lateral e reposicionar o paciente, em decúbito lateral oposto, sobre a roupa de cama limpa, com o cuidado de mantê-lo coberto. Remover as roupas sujas e descartá-las no hamper. Completar a arrumação do leito, esticando as roupas suavemente para não formar pregas, forme os cantos em envelope e prenda sob a lateral do colchão o impermeável e o lençol móvel. Colocar o paciente novamente em posição supina, reposicionar o travesseiro. Colocar transversalmente o lençol de cima, desdobrá- lo de forma integral e após, retirar o lençol sujo, que cobre o paciente, tendo o cuidado de não expô-lo. Colocar o lençol sujo no hamper. Após arrumar os dois lados da cama, fazer uma dobra de 15 cm na extremidade superior do lençol de cima. Colocar o cobertor, se necessário, de maneira a cobrir os ombros do paciente; dobrar 15 cm do lençol de cima sobre o cobertor. Trocar a fronha. Posicionar a campainha próxima ao travesseiro. Recompor a unidade e encaminhar o hamper ao expurgo. Retirar luvas com técnica adequada. Realizar higienização das mãos. TÉCNICA DE ARRUMAÇÃO DO LEITO Técnica para arrumação de leito aberto (ocupado pelo paciente que tem a capacidade de se locomover) • Material: 2 lençóis, 1 fronha, 1 impermeável (se necessário), 1 lençol móvel (se necessário), 1 cobertor, luvas de procedimentos (se as roupas de cama estiverem sujas), 1 cadeira, hamper, biombo (quando a cama estiver aberta com paciente). Realizar higienização das mãos. Abrir porta e janelas. Arejar o ambiente. Remover todo o equipamento desnecessário, afastar a mesa de cabeceira e colocar a cadeira ao lado do pé da cama, com o encosto voltado para a cabeceira. Separar o material necessário. Calçar luvas de procedimento. Colocar no encosto da cadeira a roupa de cama a ser usada, na seguinte ordem:- fronha, dobrada no sentido transversal uma vez; - cobertor (quando necessário); - lençol de cima, dobrado no sentido longitudinal duas vezes de modo que, quando colocado sobre a cama, as bordas livres fiquem voltadas para cima e para o centro do colchão; - lençol móvel, dobrado no sentido transversal uma vez e, em seguida, dobrado no sentido longitudinal duas vezes, de modo que, quando colocado sobre a cama, as bordas livres fiquem voltadas para cima e para o centro do colchão; - impermeável (quando necessário); - lençol de baixo, dobrado da mesma forma que o lençol de cima. Regular a altura do leito, travar as rodas, abaixar as grades laterais e afrouxar todas as roupas da cama. Retirar a roupa de cama de modo ordenado, uma a uma, começando pelo lençol de cima, seguido do móvel e por último o lençol de baixo. À medida que forem sendo retiradas, cada peça de roupa de cama deve ser depositada no hamper, devendo ser mantidas afastadas do corpo do profissional. Não colocá-las no chão ou sobre móveis. Colocar o travesseiro no assento da cadeira. Realizar limpeza concorrente do leito. Retirar as luvas com a técnica adequada e higienizar as mãos. O profissional deve desenvolver toda a técnica de um lado da cama para depois ir para o outro lado. Iniciar a arrumação do leito com o lençol de baixo. Colocar a dobra central do lençol de baixo no meio da cama e o suficiente para ser dobrado sob a cabeceira do colchão (40 cm), esticando-o rigorosamente para evitar rugas ou pregas, capazes de causar desconforto ou lesões cutâneas ao cliente. Deverá encaixar-se sob a cabeceira do colchão formando uma prega triangular de angulação aproximada de 45º (como um envelope). Repetir o procedimento nos pés da cama. (Se o lençol for com elástico, não há necessidade de formar pregas nos cantos). O impermeável deverá ser colocado no centro do leito e sobre ele deverá ser colocado o lençol móvel, mantendo-se a dobra transversal direcionada para a cabeceira do leito. Fixe-os sob o colchão. Colocar o lençol de cima com a dobra central no meio do leito e o suficiente para ser dobrado sob os pés do colchão, formando a prega triangular nos cantos (tipo envelope). Fazer “prega de conforto” no lençol de cima para acomodar os pés do paciente: fazer uma dobra transversal de 15 cm na extremidade inferior do lençol. Não dobrar as extremidades laterais superior do lençol de cima sob o colchão, as quais devem ficar livres. Coloque o cobertor (quando necessário), procedendo como anteriormente. Passar para o outro lado da cama e repetir todo o procedimento. Dobrar os 15 cm superiores do lençol de cima sobre a colcha ou cobertor. Após fazer a dobra na extremidade superior do lençol de cima, deve-se pegar a ponta da extremidade superior da lateral voltada para a porta do quarto e levá-la até a lateral oposta do leito, fazendo uma dobra tipo envelope. Recoste o travesseiro no centro da cabeceira do leito com a extremidade aberta da fronha voltada para a janela. Caso a altura da cama tenha sido alterada para a arrumação, ajustar a cama para a posição usual. Posicionar a campainha próxima ao travesseiro. Recompor a unidade e encaminhar o hamper ao expurgo. Realizar higienização das mãos. TÉCNICA DE ARRUMAÇÃO DO LEITO Técnica para arrumação do leito para paciente cirúrgico (ocupado pelo paciente operado) • Material: 2 lençóis, 1 fronha, 1 impermeável (se necessário), 1 lençol móvel (se necessário), 1 cobertor, luvas de procedimento (se as roupas de cama estiverem sujas), 1 cadeira, hamper, biombo (quando a cama estiver aberta com paciente). • Para este paciente, é necessária a utilização do cobertor, devido às condições pós-anestésicas. Realizar higienização das mãos. Abrir porta e janelas. Remover todo o equipamento desnecessário, afastar a mesa de cabeceira e colocar a cadeira ao lado do pé da cama, com o encosto voltado para a cabeceira. Separar o material necessário. Calçar luvas de procedimento. Regular a altura do leito, travar as rodas, abaixar as grades laterais e afrouxar todas as roupas da cama. Proceder de forma semelhante a da cama fechada. Estender as duas peças superiores (lençol de cima e cobertor) sem prendê-las na borda inferior do colchão. Dobrar as três peças juntas em cada extremidade, em direção ao centro do leito. Fazer um rolo com as três peças no sentido do comprimento, do lado oposto ao que será utilizado para recepcionar o paciente. Recoste o travesseiro no centro da cabeceira do leito com a extremidade aberta da fronha voltada para a janela. Posicionar a campainha próxima ao travesseiro. Recompor a unidade e encaminhar o hamper ao expurgo. Realizar higienização das mãos.
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