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INTERVALOS Prof. Dayana Boareto. INTERVALOS PARA DESCANSO Para o fim de evitar a fadiga, afastar os trabalhadores de riscos à saúde e a da ocorrência de acidentes de trabalho e, ainda, permitir o convívio familiar e social, a legislação trabalhista regula intervalos para descanso do mesmo durante uma jornada de trabalho ou entre uma jornada de trabalho e outra. Duração diária da jornada de trabalho os intervalos concedidos são: INTRAJORNADA E INTERJORNADA. A jornada de trabalho semanal o intervalo concedido é o DESCANSO SEMANAL REMUNERADO. A jornada de trabalho anual o intervalo concedido é a FÉRIAS. “Art. 71 – Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de seis horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de uma hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de duas horas. § 1º - Não excedendo de seis horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de quinze minutos quando a duração ultrapassar de quatro.” § 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.” O repouso mínimo de uma hora pode ser reduzido por ato do MTE, desde que se fique comprovado que o estabelecimento atende integralmente às exigências referentes à organização dos refeitórios e quando os empregados da empresa são estiverem sob regime de prorrogação de jornada de trabalho (horas extras). É o que preceitua o § 3º do art. 71 da CLT. INTERVALOS INTRAJORNADA REMUNERADOS Os intervalos intrajornada, não são considerados como tempo à disposição do empregador e NÃO são remunerados. Contudo, esta regra comporta algumas exceções. (...) NOS SERVIÇOS PERMANENTES DE MECANOGRAFIA (Súmula 346 do TST). A cada período de 90 minutos consecutivo de trabalho deverá ser concedido ao trabalhador um intervalo de 10 minutos, que não poderá ser deduzido da duração normal do trabalho (art. 72 da CLT). O intervalo é considerado como tempo à disposição do empregador e não poderá ser acrescentado ao final da jornada de trabalho. NOS SERVIÇOS NO INTERIOR DE FRIGORÍFICOS Trabalho em câmaras frias, a cada período de 1 hora e 45 minutos de trabalho consecutivo, deverá ser concedido um intervalo de 20 minutos, que não poderá ser deduzido da duração normal de trabalho (art. 253 da CLT). O intervalo é considerado como tempo à disposição do empregador e não poderá ser acrescentado ao final da jornada de trabalho. NOS SERVIÇOS PRESTADOS NO INTERIOR DE MINAS Onde o empregado labora na exploração do subsolo, a cada período de 3 horas consecutivas de trabalho, deverá ser concedido um intervalo de 15 minutos, que não poderá ser deduzida da duração normal de trabalho (art. 298 da CLT). O intervalo é considerado como tempo à disposição do empregador e não poderá ser acrescentado ao final da jornada de trabalho. Médico A cada período de noventa minutos consecutivo de trabalho, deverá ser concedido um intervalo de dez minutos, que não poderá ser deduzido da duração normal do trabalho (letra “a” § 1º do art. 8º da Lei 3.999, de 15/12/61). O intervalo é considerado como tempo à disposição do empregador e não poderá ser acrescentado ao final da jornada de trabalho. REFORMA TRABALHISTA § 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. INTERVALO INTERJORNADA Período de descanso que deve ser concedido ao empregado entre uma jornada de trabalho e outra. O período correspondente ao intervalo intErjornada se constitui em hipótese de suspensão do contrato de trabalho, onde o empregado não presta serviços e o empregador não fica obrigado no pagamento de salário correspondente ao período. EXEMPLO Se o empregado trabalha de segunda a sábado, as 11 horas consecutivas destinadas ao intervalo interjornada devem ser somadas com as 24 horas destinadas ao repouso semanal remunerado, perfazendo o total de 35 horas, pois o primeiro intervalo não pode ser absorvido pelo segundo intervalo. Portanto, se o empregado trabalha no sábado até as 12 horas, somente poderá voltar a trabalhar no domingo a partir das 23 horas. O trabalho somente poderá ocorrer após 35 horas (11 horas de intervalo intrajornada e 24 horas de descanso semanal remunerado). 11 intervalo + 24 DSR = 35 HORAS JORNALISTAS PROFISSIONAIS Os jornalistas profissionais têm o intervalo interjornada regulado pelo art. 308 da CLT disciplinando que em seguida a cada período diário de trabalho haverá um intervalo mínimo de dez horas, destinado ao repouso. “Art. 308 – Em seguida a cada período diário de trabalho haverá um intervalo mínimo de dez horas, destinado ao repouso.” Portanto, em relação aos jornalistas profissionais deve haver um intervalo mínimo de dez horas consecutivas de descanso entre uma jornada de trabalho e outra. OPERADORES CINEMATOGRÁFICOS Os operadores cinematográficos têm o intervalo interjornada regulado pelo § 2º do art. 235 da CLT, preceituando que em seguida a cada período diário de trabalho haverá um repouso mínimo de doze horas, destinado ao repouso. “§ 2º - Em seguida a cada período de trabalho haverá um intervalo de repouso no mínimo de doze horas.” Portanto, em relação aos operadores cinematográficos deve haver um intervalo mínimo de doze horas consecutivas de descanso entre uma jornada de trabalho e outra. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO ART. 67 A 70 DA CLT Corresponde ao período de 24 horas consecutivas, de preferência aos domingos e nos feriados, no qual o empregado deixa de prestar serviços, uma vez por semana ao empregador, mas recebe a remuneração correspondente. O descanso semanal tem origem nos costumes religiosos. Nas festas e eventos a participação era obrigatória em razão do caráter oficial das religiões, razão pela qual não havia trabalho nesses dias. Revolução Industrial RSR visou eliminar a fadiga decorrente do trabalho, aumentar o rendimento funcional, aprimorar a produção, restringir o desemprego e possibilitar a prática de atividades recreativas, culturais e físicas, bem como o convívio social e familiar. O repouso semanal remunerado se constitui em hipótese de interrupção do contrato de trabalho, na qual o empregado não está obrigado a prestar serviços ao empregador, mas tem o direito de receber o pagamento correspondente e de contar esse período no tempo de serviço para todos os fins e efeitos do contrato de trabalho. “Art. 6º - Não será devida a remuneração, quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho. § 1º - São motivos justificados: a) os previstos no art. 473 e seu parágrafo único da Consolidação das Leis do Trabalho; b) a ausência do empregado, devidamente justificada, a critério da administração do estabelecimento; c) a paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do empregador, não tenha havido trabalho; d) a ausência do empregado, até três dias consecutivos, em virtude de seu casamento; e) a falta ao serviço com fundamento na lei sobre acidente de trabalho; f) a doença do empregado, devidamente comprovada.” As gratificações de produtividade e por tempo de serviço (anuênio, qüinqüênio, etc.) pagas mensalmente pelo empregador por força do contrato de trabalho ou de normas coletivas de trabalho NÃO repercutem no cálculo do descanso semanal remunerado. É o que dispõe a Súmula 225 do TST. Também não incide sobre o cálculo do repouso semanal remunerado o adicional de insalubridade e de periculosidade, os referidos adicionais salariais são calculados na base de trinta dias e já remuneram o descanso semanal. Portanto, a incidência denovos reflexos, nesse caso, implicaria bis in idem. O parágrafo único do art. 5º da Lei 605/49 e o § 1º art 6º do Decreto nº 27.048/49, respectivamente, disciplinam as hipóteses de exigências técnicas das empresas, capazes de autorizar o trabalho aos domingos e em dias feriados e religiosos. Em tais atividades, o repouso semanal deverá coincidir, pelo menos uma vez, no período máximo de quatro semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras previstas em acordo ou convenção coletiva de trabalho. FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS CLT, Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração Objetivos: recuperação de energias físicas e mentais, permitem maior integração social e familiar CLT, Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. É direito e dever do empregado em sua fruição na medida do cumprimento de seus objetivos de higidez física e mental. * É direito do empregador estabelecer a data de início do período de férias do empregado dentro do limite legal de sua concessão (período concessivo). CARÁTER INDISPONÍVEL DO DIREITO Não é passível de renúncia ou negociação convencional prejudicial das férias. Férias não podem ser vendidas, salvo na extinção do contrato (indenização). Exceção: conversão em pecúnia de 1/3 das férias. CLT, Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. o período deve ser remunerado em dobro com o acréscimo de 1/3, além do direito ao gozo das férias (art. 137 CLT); Membros da mesma família, que trabalham para o mesmo empregador, terão o direito de gozar as férias no mesmo período, se disso não resulta prejuízo ao serviço. DURAÇÃO DAS FÉRIAS FALTAS INJUSTIFICADAS no PERÍODO AQUISITIVO DURAÇÃO DAS FÉRIAS até05 30dias corridos de6a14 24dias corridos de15a23 18dias corridos de24a32 12dias corridos acima de32 NENHUM dia REGIME DE TEMPO PARCIAL TRABALHO SEMANAL DURAÇÃO DAS FÉRIAS + 22 horas até 25 horas 18dias + 20 horas até 22 horas 16dias + 15 horas até 20 horas 14dias + 10 horas até 15 horas 12dias + 05 horas até 10 horas 10 dias igual ou inferior a 05 horas 08 dias
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