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DIREITOS HUMANOS Profª. Liz Rodrigues Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos: Instituições Corte Interamericana de Direitos Humanos Corte Interamericana de Direitos Humanos - A Corte Interamericana foi criada pela Convenção Americana de Direitos Humanos, em 1969, e é um dos três tribunais regionais de proteção de direitos humanos do mundo (junto com a Corte Europeia e a Corte Africana de Direitos Humanos e dos Povos). - Além da função contenciosa, a Corte tem competência consultiva, voltada para a interpretação dos tratados deste sistema regional. Corte Interamericana de Direitos Humanos - A Corte é composta por sete juízes, eleitos a título pessoal para mandatos de seis anos, podendo ser reeleitos para mais um mandato. - Pela função consultiva, a Corte responde a consultas feitas por Estados membros da OEA ou por outros órgãos a respeito da compatibilidade de normas nacionais com a Convenção ou sobre a interpretação da Convenção ou de outros tratados de proteção de direitos humanos. Corte Interamericana de Direitos Humanos - No exercício de sua função contenciosa, a Corte determina se um Estado é responsável pela violação de direitos humanos protegidos pela Convenção Americana ou por outro tratado do sistema interamericano. - Note que a Corte só pode exercer a função contenciosa em relação a Estados-partes da Convenção e que expressamente tenham se submetido à sua jurisdição. Corte Interamericana de Direitos Humanos - Somente a Comissão e os Estados podem levar um caso à Corte; porém, antes disso, é necessário esgotar o procedimento perante a Comissão Interamericana (veja o art. 61 da CADH). - Em casos de extrema gravidade e urgência, quando se fizer necessário para evitar danos irreparáveis às pessoas, a Corte poderá determinar a adoção de medidas provisórias. Corte Interamericana de Direitos Humanos - Se o caso ainda não estiver sob sua análise, as medidas provisórias poderão ser determinadas se solicitadas pela Comissão Interamericana. - As decisões da Corte são sempre fundamentadas, definitivas e inapeláveis - ou seja, o Estado pode escolher se se submete ou não à jurisdição da Corte, mas, uma vez que tenha aceito a competência contenciosa deste órgão, é obrigado a cumprir suas decisões. Corte Interamericana de Direitos Humanos - Se a Corte entender que o Estado violou um direito ou liberdade protegido na Convenção, irá determinar que se assegure ao prejudicado o gozo deste direito ou liberdade violada. - Se for procedente, a Corte pode determinar que sejam reparadas as consequências da violação de direitos e também o pagamento de indenização justa à parte lesada. Corte Interamericana de Direitos Humanos - “Na arena internacional, a parte que está sendo acusada é comumente o Estado, como ocorre hoje no sistema interamericano. Nesse sistema, não há que se falar em investigação e sanção internacionais da conduta individual dos agentes do Estado que participaram das alegadas violações: o que se está a verificar é a responsabilidade internacional do Estado, bem como suas consequências jurídicas. Daí por que: Corte Interamericana de Direitos Humanos - A proteção internacional dos direitos humanos não deve se confundir com a justiça penal. Os Estado não comparecem ante a Corte [interamericana] como sujeitos de ação penal. O Direito Internacional dos Direitos Humanos não tem como objetivo impor penas às pessoas culpadas pelas violações, senão amparar as vítimas e reparar os danos que lhe tenham sido causados pelos Estados responsáveis por tais ações [...]” (Ikawa, Kweitel e Mattar). Corte Interamericana de Direitos Humanos - As decisões da Corte são fundamentadas, definitivas e inapeláveis, mas não precisam ser unânimes. - O quórum mínimo para a tomada de decisão é de cinco juízes. - O Brasil já foi julgado sete vezes pela Corte Interamericana e possui outros dois casos em andamento. Corte Interamericana de Direitos Humanos - Caso Damião Ximenes Lopes x Brasil (2006); - Caso Nogueira de Carvalho e outro x Brasil (2006); - Caso Escher e outros x Brasil (2009); - Caso Garibaldi x Brasil (2009); - Caso Gomes Lund e outros (Guerrilha do Araguaia) x Brasil (2010); Corte Interamericana de Direitos Humanos - Caso dos Trabalhadores da Fazenda Brasil Verde x Brasil (2016); - Caso Favela Nova Brasília x Brasil (2017). - Em andamento: - Caso Povo Indígena Xucuru e seus membros x Brasil; - Caso Herzog e outros x Brasil. Comissão Interamericana de Direitos Humanos Submissão do caso à Corte Manifestação dos rep. das vítimas Contestação Exceções preliminares Manifestação da CIDH Prod. de provas Reconhecimento Não apresentar exceções prelim. Propor solução amistosa Homologação do acordo Audiência pública Observações/alegações finais (Comissão, vítimas e Estado) Sentença Supervisão de cumprimento
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