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Fatores de risco na gestação

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FATORES DE RISCO NA 
GESTAÇÃO 
Profª Luciana Dias 
RISCO GESTACIONAL 
 A gestação é um fenômeno fisiológico e, por isso mesmo, 
sua evolução se dá na maior parte dos casos sem 
intercorrências. 
 
 Apesar disso, há pequena parcela de gestantes que, por 
terem características específicas, ou por sofrerem algum 
tipo de agravo, apresenta maiores probabilidades de 
evolução desfavorável, tanto para o feto quanto para a 
mãe. 
Gestante de alto risco 
GESTAÇÃO 
 Várias condições podem interferir na evolução normal da 
gestação. 
 Quanto mais fatores inadequados estiverem presentes 
em uma gestação, pior o prognóstico. 
As necessidades de saúde do 
grupo de BAIXO risco são 
resolvidas, de maneira geral, 
com procedimentos simples no 
nível primário de assistência 
As necessidades do grupo de 
ALTO risco requerem 
geralmente técnicas mais 
especializadas 
FATORES QUE INTERFEREM NO 
RESULTADO DA GESTAÇÃO 
IDADE MATERNA 
 Faixa etária ainda considerada ideal para a concepção 
(com melhor prognóstico e desempenho): 
20 a 29 anos 
A mulher considerada 
biologicamente madura 
Pelo menos 5 anos 
pós-menarca 
Interfere muito mais no prognóstico gestacional do que a 
idade cronológica propriamente dita. 
IDADE MATERNA 
Nos primeiros 5 anos pós menarca a competição 
nutricional entre a adolescente e o feto será intensa. 
Além disso, mesmo jovem e passados 
os 5 anos de menarca, pode não 
haver maturidade emocional, 
econômica e educacional para uma 
gestação. 
IDADE MATERNA 
Baixo peso ao nascer 
Parto prematuro 
Possível anemia 
Distúrbio hipertensivo na gestante 
Mortalidade neonatal 
Complicações do parto (desproporção cefalopélvica) 
 Menos de 5 anos após a menarca compromete cerca de 500g 
do peso de nascimento. 
A gestação em adolescentes com menos de 17 anos tem 
mostrado associação: 
 A imaturidade da menina representa maior fator de risco do 
que os fatores ambientais. 
IDADE MATERNA 
Acima dos 35 anos: 
 
 Aumento do risco para anomalias congênitas 
 Aborto espontâneo 
 Placenta prévia 
 Distúrbios hipertensivos 
 Diabetes gestacional 
 Aumento no índice de morbidade perinatal 
Acima dos 40 anos – aumento do risco 
de trissomia do cromossomo 21 
(Síndrome de Down). 
INTERVALO INTERPARTAL E 
PARIDADE 
Intervalo indicado – 24 meses 
 Tempo necessário para o organismo se recuperar e se 
preparar para nova gestação, com reposição de suas 
reservas, além de representar o tempo recomendado 
para o aleitamento materno. 
 
 Intervalos menores são associados a baixo peso ao 
nascer. 
INTERVALO INTERPARTAL E 
PARIDADE 
 As primíparas estão mais sujeitas a distúrbio 
hipertensivo; 
 
 Grande Multípara (˃ 5) apresenta maior facilidade para 
o depósitos de gordura; 
 Quanto maior a paridade, maior o ganho ponderal; 
 A mulher aumenta aproximadamente 2,5Kg a cada 
gestação, e esse efeito é mais intenso a partir dos 35 
anos. 
INSUFICIENTE 
GANHO DE PESO GESTACIONAL 
• Baixo peso ao nascer 
• Parto prematuro 
• Prejuízos no desenvolvimento, crescimento e 
capacidade imunológica 
• Morbimortalidade neonatal 
 De todos os fatores biológicos que influenciam o 
ganho de peso fetal, o ganho materno é o que mais 
influencia no peso de nascimento. 
• Inadequada expansão do volume plasmático; 
• Fluxo placentário reduzido; 
• Baixa oxigenação e nutrição do feto; 
GANHO DE PESO GESTACIONAL 
ELEVADO 
• Macrossomia fetal 
• Diabetes gestacional 
• Hipertensão 
 Bebês acima de 4 Kg apresentam risco de morte superior aos 
demais; 
 
 Maior dificuldade no parto – alta prevalência de parto 
cesáreo; 
 A literatura aponta para possível associação tanto de baixo 
ganho de peso quanto de elevado ganho com a ocorrência 
de má formação fetal. 
PESO PRÉ-GESTACIONAL E 
ESTATURA 
O peso pré-gestacional e a estatura da gestante são fatores 
condicionantes ao tamanho placentário, o que influenciará 
diretamente no tamanho da criança ao nascer. 
 Altura menor que 1,45m 
 Peso menor que 45 Kg 
RN com baixo peso e/ou com 
desproporção cefalopélvica 
ATIVIDADE FÍSICA 
As gestantes devem evitar exercícios aeróbios e de alto 
impacto. 
 São mais suscetíveis a lesões e deslocamentos (relaxamento 
fisiológico dos ligamentos). 
Exercício no início da gestação 
Evitar o sobreaquecimento 
Pode se relacionar a defeitos no desenvolvimento 
fetal inicial 
ATIVIDADE FÍSICA 
No final da gestação: 
 
 
 
 
 
 
 
 Pode haver comprometimento de até 200g no peso ao 
nascer; 
 Relacionado ao maior desgaste das reservas maternas, com 
insuficiência na oferta de calorias ou até mesmo débito de 
oxigênio aumentado, podendo chegar ao menor ganho 
ponderal, hipóxia fetal e até mortalidade materna. 
ANEMIA E INFECÇÕES 
 Redução da capacidade de trabalho 
 Menor desempenho mental 
 Menor resistência à infecções e hemorragias 
 Parto prematuro 
 Baixo peso da criança ao nascer 
ANEMIA 
 Hematócrito alto (acima de 40), deve ser identificado 
por poder significar expansão plasmática inadequada, 
favorecendo a pré-eclâmpsia. 
ANEMIA E INFECÇÕES 
INFECÇÕES 
 Infecções também aumentam o risco de parto 
prematuro e mortalidade perinatal, com 
provável comprometimento do estado 
nutricional materno. 
SÍNDROME HIPERTENSIVA 
 Repercussão direta no fluxo 
sanguíneo mãe-feto, prejudicando o 
suprimento de nutrientes e oxigênio 
 Retardo no Crescimento Intra-
uterino (RCIU); 
 Recém-nascido com baixo peso; 
 Mortalidade perinatal (recém-
nascido). 
DIABETES PRÉVIA OU 
GESTACIONAL 
 Podem causar danos significativos ao binômio mãe-filho; 
 Macrossomia fetal; 
 Infecções; 
 Síndrome hipertensiva; 
 Hipoglicemia neonatal / sofrimento fetal; 
 Anomalias congênitas; 
 Parto prematuro. 
TABAGISMO 
 A gestante fumante aumenta o risco de RCIU e de RN 
com baixo peso, parto prematuro e mortalidade 
perinatal; 
 
 Apresenta até 10% de redução da capacidade de 
transportar oxigênio – hipóxia fetal, baixo suprimento 
de nutrientes e remoção de resíduos; 
 
 Provavelmente se alimentam menos; 
 
 Os efeitos deletérios são proporcionais ao 
número de cigarros e podem se 
relacionar ao baixo consumo calórico. 
TABAGISMO 
 Componentes oxidantes do cigarro comprometem: 
Vitamina C 
β-caroteno 
Vitamina B12 
Vitamina B6 
Folato 
Necessidade diária 2x mais 
Necessidade diária quase 3x mais 
 Avaliação da possibilidade de permanecer fazendo uso 
de poucos cigarros por dia (máximo 5 unidades/d). 
ÁLCOOL 
Doses elevadas podem prejudicar o transporte de 
oxigênio pelo cordão umbilical; 
 
Há prejuízo na divisão das células (menor número) e 
anormalidade nas que se formam; 
 
 
 
Gestante – pode agravar o quadro de desnutrição; 
Lesões cerebrais fetais no início da gestação 
 Efeito vasodilatador; 
 Atravessa a membrana placentária e 
encharca o líquido amniótico e os tecidos 
fetais; 
ÁLCOOL 
Consequências: 
• Elevado efeito tóxico para o feto, 
• RCIU, 
• RN pré-termo, 
• Aborto espontâneo, 
• Síndrome alcoólica fetal 
 Testa estreita 
 Mandíbula subdesenvolvida 
 Pálpebras caídas 
 Miopia 
 Incapacidade de focar 
 Orelhas desiguais em posição 
e tamanho 
DROGAS ILÍCITAS 
Efeitos conhecidos: 
 
Alteração no crescimento 
Menor desenvolvimento 
RCIU 
• Possui metabólitos lipossolúveis que atravessam 
a placenta e são lentamente excretados; 
• Assim como o tabaco – menor transporte de O2, 
aumenta frequência cardíaca e PA; 
• Pode levar ao baixo peso do RN e irritabilidade 
ao nascer. 
DROGAS ILÍCITAS 
COCAÍNA: 
 
 Atravessa rapidamente a placenta, sendodetectada no 
mecônio por até 8 semanas; 
 
 A mãe pode ter ruptura de placenta e parto prematuro 
com contrações descontroladas; 
 Filho – paralisia, lesões fetal e física, batimentos 
cardíacos anormais, síndrome de abstinência e até óbito. 
MEDICAMENTOS E 
RADIAÇÃO 
 Geralmente as drogas lipossolúveis são as que atravessam a 
membrana placentária, devendo ser evitadas. 
 
 Medicações não prescritas pelo médico, suplementos em altas 
doses e preparações de ervas são desaconselháveis, assim 
como o uso de aspirina ou ibuprofeno, que favorecem o 
sangramento durante o parto. 
 A radiação é contraindicada no início da gestação por exercer 
efeito na formação fetal. 
CAFEÍNA 
 Pode atravessar a placenta e causar alteração da frequência 
cardíaca e da respiração fetal. 
 
 
 
 
 
 
 
 Na ausência de dados mais precisos, seu consumo não deve 
ultrapassar 2 a 3 xícaras pequenas por dia (100 a 150ml). 
 
 Controlar também o consumo de bebidas que contém cafeína. 
 Acredita-se que seriam necessárias 
10 a 14 xícaras de café/d para risco 
aumentado de malformações. 
EDULCORANTES 
 É permeável à placenta e pouco excretada pelo feto; 
 Associada a tumores malignos; 
 Afeta o crescimento infantil. 
SACARINA 
CICLAMATO 
 Efeitos teratogênicos (anomalias) 
 Redução da fertilidade 
 Menor ganho de peso fetal 
ASPARTAME 
 Seria necessário ingestão de 1 lata de refrigerante a 
cada 8 min para ser fator de risco de dano 
neurológico fetal 
Acessulfame K 
 Tem se mostrado seguro, apesar da maioria dos 
estudos ser experimental 
EDULCORANTES 
STÉVIA 
SORBITOL 
 Falta de dados sobre sua segurança para 
gestantes; 
 Aumenta a excreção de cálcio, podendo 
predispor à formação de litíase renal 
 PREOCUPAÇÃO: 
CONSUMO EXCESSIVO DIABÉTICAS + CONTROLE DE PESO 
SITUAÇÃO 
SOCIOECONÔMICA 
Grupos de baixa renda 
Menor escolaridade 
Más condições de moradia, saneamento básico, 
alimentação, estilo de vida 
Dificuldade de acesso aos serviços de saúde 
 Situação conjugal insegura 
 Esforço físico e carga horária excessivos 
MAIOR RISCO DE MORBIMORTALIDADE MATERNA E FETAL 
PROBLEMAS NEUROLÓGICOS 
 Psicose 
 Desorientação 
 Epilepsia 
 Insegurança 
 Depressão 
 
 
Influenciam de forma 
negativa e variada no 
prognóstico da gravidez. 
HISTÓRICO CLÍNICO 
Podem levar a consequências adversas: 
 
 Baixo peso ao nascer 
 RCIU 
 Mortalidade 
 Macrossomia 
 Aborto 
 Má formação 
 Parto prematuro 
 Ganho de peso inadequado 
 Quadros hemorrágicos 
Doença obstétrica 
atual 
Inadequado desempenho 
obstétrico anterior

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