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Esclerose Múltipla Profª. Liana Praça Neurônio Fisiopatologia Fisiopatologia Esclerose Múltipla / Esclerose em Placas/ Esclerose Disseminada Doença Desmielinizante do SNC Apresenta destruição de mielina mediada pelo Sistema Imunológico Os anticorpos do corpo atacam a bainha de mielina como se reconhece que elas são vírus Prejudica a condução de sinais nos nervos afetados (prejuízos na sensação, movimento, cognição e outras funções) Fisiopatologia Patologia 20 - 40 anos Rara em crianças e > 50 anos Relação homem/mulher 1:1 (> fem.) Sintomas variáveis Períodos de remissões e exacerbações Curso imprevisível Prevalência da EM de acordo com a latitude: Regiões Equatoriais: < 1 em 100.000 Regiões Temperadas do Norte Europeu e América do Norte: > 100 em 100.000 Relação brancos/negros é de 2:1 2-3x mais comum em mulheres Cerca de 15% dos pacientes com EM tem um parente afetado Gêmeos univitelinos: 30% Gêmeos Bi vitelinos e irmãos: 5% Epidemiologia * Idiopática Fatores Genéticos Infecções Deficiências Virais Nutricionais Fatores Ambientais Etiologia Critérios clínicos sinais múltiplos de disfunção neurológica mais de uma ocasião, mais de um lugar Início: visão embaraçada e formigamento nos membros Critérios Diagnósticos Evidência histórica Ataques envolvendo diferentes áreas do SNC Duração dos sintomas > 24h Separados por um período de pelo menos 1 mês. Critérios Diagnósticos Inicialmente, a resolução depois de uma recidiva, é completa, mas conforme a carga da doença aumenta, a recuperação das crises torna-se parcial e os pacientes passam a ficar com incapacidade neurológica permanente. Raramente a doença tem progressão constante desde o início. Esclerose Múltipla As lesões são disseminadas de forma aleatória e total: Nos hemisférios cerebrais; Tronco Encefálico; Cerebelo; Medula Espinhal; Substância branca periventricular, (cornos anterior e posterior do nervo óptico e do quiasma óptico) Esclerose Múltipla Critérios Diagnósticos Critérios clínicos: sinais múltiplos de disfunção neurológica (mais de uma ocasião, mais de um lugar), que não podem ser atribuídos a outras causas. Ex.: visão embaraçada e formigamento nos braços, esporadicamente ao longo de meses. Evidência histórica: ataques envolvendo diferentes áreas do SNC, duração > 24h e separados por um período de pelo menos 1 mês. Estudos Laboratoriais Punção lombar e análise do LCR - Leve alteração nas proteínas e/ou linfócitos, no nível de IgG. Tomografia computadorizada e ressonância magnética nuclear - Detecção de pequenas placas. Estudos Laboratoriais Testes eletrofisiológicos – a velocidade de condução do impulso nervoso diminuída. Sangue – aumento de linfócitos ativados determinando ativação imune. Tipos de Curso Clínicos Benigno (20%): 1 ou 2 ataques, remissão completa ou aproximadamente completa. Pouca ou nenhuma incapacidade funcional. Exacerbação-remissão (20-30%): Súbita irrupção dos sintomas, com remissões parciais ou completas. Os pacientes permanecem relativamente estáveis por longos períodos. Tipos de Curso Clínicos Remissão-progressão (40%): Curso similar ao da exacerbação-remissão, mas os sintomas não apresentam uma remissão tão completa, e desenvolve-se uma incapacidade física permanente. Progressivo (10-20%): Progride sem remissões, levando à grave incapacidade. A velocidade muito grande (aguda, fulminante) com morte precoce, ou pequena (gradual, incidiosa) com perda progressiva das funções ao longo de anos. Sinais e Sintomas Clínicos Variam em caráter, intensidade e duração Surgimento variável (min, h, dias ou meses) Dependem da localização das lesões Perturbações Sensitivas Comuns e imprevisíveis Parestesias com formigamento ou dormência Sinal de Lhermitte (lesão da col. post. da medula) Perturbações no sentido de posição Danos no sentido vibratório dos MMII 10-20% dos pacientes sofrem dor (lesões nos tratos espinotalâmicos ou nas raízes sensitivas, espasticidade, posicionamento anormal dos MM) Fraqueza Lesão do córtex motor ou trato piramidal Leve paresia até paralisia Usualmente inicia-se pelos MMII Espasticidade 90% Clonus, hiperrreflexia, sinal de Babinski os reflexos primitivos também predominam (RTCA, RTCS ou RTL) Perturbações cerebelares Comuns (cerebelo e tratos cerebelares) Tremores Dismetria, disdiadococinesia e ataxia Ataxia progressiva do tronco e MMII (marcha, base ampla, mal posicionamento dos pés, lenta) Ataxia durante a fala (disartria ou fala indistinta) Fadiga Queixa comum Sintoma previsível Crescente Fadiga Queixa comum Sintoma previsível Crescente Perturbações visuais 80% Envolvimento dos nervo óptico e oculomotor pode acarretar perda da visão, diplopia ou visão embaçada, nistagmo Perturbações da comunicação Defeitos da fala e da deglutição (nervos cranianos) Fatores contribuintes: má coordenação do controle da respiração, má postura, espasticidade, fraqueza, ataxia, fadiga dos músculos orais Perturbações urinárias e intestinais 54-78% Freqüência, urgência, incontinência ou retenção (lesões neurológicas ou obstrução) Desordens neurogênicas também podem prejudicar a função intestinal e sexual Perturbações cognitivas e comportamentais Deterioração mental (extensas lesões cerebrais) Podem ocorrer: depressão, irritabilidade, ansiedade, negação, raiva, agressão, dependência Instabilidade emocional (euforia, riso ou choro excessivo) Problemas e Complicações Secundárias Psicossociais Ansiedade ou depressão Musculoesqueléticas Restrição da mobilidade Deformidades progressivas Osteoporose, fraturas espontâneas Articulações fibróticas ou anquilosadas Atrofia Renais Estase urinária, infecção urinária e obstrução urinária Formação de cálculos renais (cálcio dos ossos) Digestivas Perda do apetite e redução da atividade GI (má absorção nutricional, cicatrização retardada, constipação) Cardiovasculares Descondicionamento cardiovascular Respiratórias Redução da capacidade vital Baixa eficiência da tosse Infecção respiratória Tegumentares Atrofia da pele Úlceras de decúbito Fatores Exacerbantes Calor Estresse Traumatismos Indicadores Prognósticos Taxa média de sobrevida: 22 – 25 anos Causa mortis: Infecção Respiratória Infecção Urinária Tratamento Clínico Não há TRATAMENTO p/ impedir ou curar Dirige-se aos sintomas Agentes imunossupressores Tratamento das infecções e de outros problemas Cateterização para a incontinência urinária Constipação: dieta rica em fibras, água Espasticidade: baclofen Drogas para a depressão Procedimentos cirúrgicos (tenotomias, seção de nervos) em espasticidade/contratura graves Aconselhamento Tratamento Fisioterápico Avaliação Detectar a extensão do envolvimento neurológico e funcional Reavaliações Metas a longo prazo: Melhorar o estado dos sintomas neurológicos Melhorar ou manter o nível ótimo de funcionamento físico e psicológico Impedir ou retardar o desenvolvimento de complicações secundárias Metas Gerais a Curto Prazo Aumentar ou manter a ADM Melhorar o “feedback” sensitivo Orientar, quanto aos cuidados com a pele, o paciente com perdas sensitivas Diminuir os padrões espásticos anormais e as influências do tônus sobre os movimentos Melhorar a força muscular Melhorar o controle motor Melhorar a coordenação Metas Gerais a Curto Prazo Melhorar o padrão da marcha Melhorar as funções em AVDs Ajudar no ajuste psicológico do paciente e da família OBS.: Dar específica atenção aos padrões de fadiga e aos fatores exacerbadores. É importante a manutenção da esperança terapêutica.
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