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Aula 05 Oxigenoterapia

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PROF. JOANNA BOMFIM 
Oxigenoterapia 
Introdução 
 Os fatores determinantes para a oferta de oxigênio 
aos tecidos (DO2) são: 
 
 Débito Cardíaco (Q) 
 Produto da FC x Volume Sistólico, que é influenciado pela pré-
carga, pela pós-carga e pela contratilidade do ventrículo esquerdo 
 
 Conteúdo Arterial de Oxigênio (CaO2) 
 Pode ser definido como a adição da quantidade de oxigênio (em 
mililitros) trasnportado pela hemoglobina com a quantidade de 
oxigênio (em mililitros) dissolvidos no plasma 
Fatores determinantes para o oferta de 
oxigênio aos tecidos (DO2) 
(Hb x SaO2 x 1,34) + (0,03 x PaO2) FC VS 
Pré-carga 
Contratilidade 
Pós-carga 
X 
CaO2 Q X 
DO2 
CaO2 = conteúdo arterial de 
oxigênio 
FC = frequência cardíaca 
VS = volume sistólico 
Q = débito cardíaco 
DO2 = oferta de oxigênio 
Fatores determinantes para o oferta de 
oxigênio aos tecidos (DO2) 
 Várias situações podem reduzir, de forma isolada ou 
simultânea, tanto o conteúdo arterial de oxigênio , 
quanto o débito cardíaco 
 
 Em geral, tais situações cursam com HIPÓXIA 
tecidual 
 
 Um recurso utilizado para contribuir para a 
oxigenação sistêmica adequada e, 
consequentemente, evitar os efeitos deletérios da 
hipóxia ao organismo é a OXIGENOTERAPIA 
Oxigenoterapia 
 
 
 
 
 
 
 
 
É definida como a oferta de oxigênio em 
porcentagens superiores àquela presente 
no ar ambiente (que é em torno de 21%) 
 
Porém quando administrado 
em altas doses ou por um 
período prolongado de tempo, 
o oxigênio pode causar lesão 
pulmonar e sistêmica por 
hiperóxia 
 
Efeitos Colaterais do Oxigênio 
Estresse Oxidativo 
Atelectasias de Absorção 
Retinopatia da Prematuridade 
Hipercapnia 
Estresse Oxidativo 
 Todos os órgãos demonstram prejuízos quando expostos 
a altos níveis de oxigênio; porém o pulmão é o órgão 
mais afetado, por estar diretamente exposto a maiores 
pressões desse gás 
 
 Estresse oxidativo  excesso de radicais livres no 
organismo 
 
 Em condições de hiperóxia (PaO2 elevada) nem todo 
oxigênio inspirado é reduzido diretamente à água, o que 
favorece o aparecimento das espécies reativas do 
oxigênio (ERO), pois estas requerem moléculas de 
oxigênio como substrato 
 
Estresse Oxidativo 
 
 A geração desses radicais, por diversos agentes 
agressores e células inflamatórias, causa lesão celular 
e tecidual nos pulmões 
 
 Podem ocorrer ativação e recrutamento tanto de 
neutrófilos quanto de macrófagos alveolares, com 
consequente formação de: 
 Membrana Hialina 
 Edema 
 Fibrose intersticial 
 Remodelamento vascular pulmonar 
 
Estresse Oxidativo 
Atelectasias de Absorção 
COLAPSO PULMONAR 
O oxigênio se difunde rapidamente para o sangue e 
o álveolo perde sua fonte de estabilização 
Redução da concentração de N2 no gás alveolar 
Promove depleção rápida dos níveis de nitrogênio (N2) do 
organismo 
A utilização de altas FiO2 
Atelectasias de Absorção 
Situação Comentário 
Inspiração de altas FiO2 
Causa queda progressiva do 
nitrogênio (que é um 
“estabilizador” alveolar) 
Anormalidades do surfactante Promove colapso alveolar 
Existência de áreas com baixa 
V/Q 
Limita a reposição do oxigênio 
alveolar 
Volume corrente baixo Reduz a ventilação alveolar 
Retinopatia da Prematuridade 
 Dois principais fatores: 
 
 Vascularização incompleta da retina 
 Aumento da PaO2 
Promovem vasoconstrição 
e diminuição dos fatores 
de crescimento vascular 
Pode ocorrer interrupção 
do desenvolvimento 
vascular e obliteração dos 
vasos 
Levando a diminuição da 
perfusão e à isquemia da 
retina 
Hipercapnia 
 Alguns pacientes com retenção de gás carbônico (CO2) 
apresentam piora da acidose respiratória quando 
recebem oxigênio suplementar suficiente para aumentar 
a PaO2 acima de 70 mmHg 
 
 Sabe-se atualmente que essa resposta pode ser atribuída 
a piora da relação ventilação/perfusão (V/Q) 
 
 Outro fator que contribui para o aumento da PaCO2, em 
portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica 
(DPOC), é a redução da capacidade da hemoglobina em 
carrear o CO2 quando a SaO2 está elevada  EFEITO 
HALDANE 
 
 
Hipercapnia 
Situação Comentário 
Piora da relação V/Q 
Causada pela redução do 
estímulo vasconstritor 
hipoxêmico 
Efeito Haldane 
Elevações na SaO2 resultam 
em maior quantidade de CO2 
dissolvido no sangue 
Redução modesta da 
ventilação alveolar 
Causada pela perda do 
estímulo hipóxico 
Escolha Adequada da FiO2 
Quanto mais 
próxima de 100% 
for a FiO2 oferecida 
ao paciente 
Maior risco 
de lesão 
Entretanto, longos períodos de 
exposição a FiO2 inferiores a 100% 
também podem causar alterações 
Escolha Adequada da FiO2 
 Os efeitos indesejáveis do oxigênio podem ser 
evitados se os pacientes receberem a menor FiO2 
necessária para propiciar uma oxigenção tecidual 
adequada 
 
 Vários são os meios que podem ser utilizados com 
o intuito de reduzir a necessidade de altas FiO2 
 Níveis ótimos de PEEP 
 Recrutamento alveolar 
 Posição prona 
 Otimização do débito cardíaco 
 
Sistemas de 
Oxigenoterapia 
Sistemas de Oxigenoterapia 
Sistemas 
de Baixo 
Fluxo 
Sistemas 
de Alto 
Fluxo 
Sistemas de Oxigenoterapia 
Fluxo de 
oxigênio 
 ≤ 1 a 4 L/min 
Não há necessidade de 
umidificação 
suplementar 
Fluxo de 
oxigênio 
 ≥ 4 L/min 
Oxigênio deve ser 
umidificado para 
evitar o ressecamento 
das vias aéreas e das 
secreções 
traqueobrônquicas 
Sistemas de Baixo Fluxo 
 
 Dependem da existência de: 
 
 Reservatório anatômico (cavidade nasal e oral) ou 
artificial de oxigênio 
 Fluxo de gás fornecido 
 Frequência respiratória 
 Volume corrente 
 Volume minuto do paciente 
 
 
Exemplo da FiO2 Ofertada ao Paciente 
com DPOC 
Durante Agudização da 
Doença 
Após Agudização da 
Doença 
Fluxo de 
oxigênio 
suplementar 
 2 L/min 2 L/min 
VM (FR x VC) 
 30 L/min 
(40 irpm x 750 mL) 
5 L/min 
(10 irpm x 500 mL) 
Cálculo da FiO2 
O2 = 2 L/min (a 100%) 
+ 
Ar ambiente = 28 L/min (a 
21%) 
= 
30 L/min 
Então, a FiO2 verdadeira é: 
[(2 L/mim x 100%) + (28 
L/min x 21%)] / 30 L/min = 
26% 
O2 = 2 L/min (a 100%) 
+ 
Ar ambiente = 3 L/min (a 
21%) 
= 
5 L/min 
Então, a FiO2 verdadeira é: 
[(2 L/mim x 100%) + (3 
L/min x 21%)] / 5 L/min = 
53% 
Sistemas de Baixo Fluxo 
Cânulas Nasais 
Máscaras Simples 
Máscaras com Reservatório 
Tenda Facial 
Colar de Traqueostomia 
Sistemas de Baixo Fluxo 
 
 
 A FiO2 liberada por um sistema de baixo fluxo é 
extremamente variável 
 
 Ela depende essencialmente do padrão ventilatório 
do paciente 
 
Cânulas Nasais 
 
 
 São confortáveis e permitem que o paciente possa falar, 
tossir e se alimentar durante seu uso 
 
 Ocorre variação de 4% entre cada valor de fluxo ajustado 
 
 A utilização de fluxos superiores, nesse sistema, não é 
indicada devido ao risco de irritação local e dermatites 
FiO2 que varia de 24 a 44% com fluxos de 1 a 6 L/min 
Cânulas Nasais 
Fluxo (L/min) FiO2 
1,0 24% 
2,0 28% 
3,0 32% 
4,0 36% 
5,0 40% 
6,0 44% 
Cânulas Nasais 
Máscaras Simples 
 Aumentam o reservatório artificial de oxigênio, permitindo 
uma maior inalação do gás na inspiração 
 
 As máscaras simples apresentam um reservatório de 100 a 
200 mL de oxigênio 
 
 Fluxos inferiores a 5 L/min aumentam o risco de reinalação 
de CO2 e devem ser evitados 
 
 
FiO2 de 40 a 60 % com fluxo de 5 a 8 L/minMáscaras Simples 
Fluxo (L/min) FiO2 
5 – 6 40% 
6 – 7 50% 
7 – 8 60% 
Máscaras Simples 
Orifício 
de exalação 
Máscaras com Reservatório 
 
 As máscaras simples apresentam pequenos orifícios 
para permitir a entrada e a saída de gases 
 
 São máscaras acopladas a uma bolsa inflável que 
armazena oxigênio a 100% na expiração. Na inspiração o 
oxigênio é inalado do reservatório 
 
 Podem apresentar: 
 
 Sistema de Reinalação Parcial 
 Sem Reinalação 
Máscaras com Reservatório 
 Sistema de 
Reinalação Parcial 
Permitem alcançar uma 
FiO2 de 60 a 80% com 
fluxo de 8 a 12 L/min 
 
O fluxo deve ser 
adequado para garantir 
que a bolsa seja 
esvaziada em somento 
um terço do seu 
conteúdo durante a 
inspiração para prevenir 
acúmulo de CO2 no 
sistema 
 
 
Máscaras com Reservatório 
Sem Reinalação 
Utilizam uma válvula 
unidirecional e devem 
receber fluxo 
suficiente para evitar 
o colapso da bolsa 
durante a inspiração 
 
Pode atingir uma 
FiO2 de 60 a 100%, 
dependendo do 
padrão ventilatório do 
paciente 
 
Máscaras com Reservatório 
Sem Reinalação 
Vantagem Desvantagem 
Possibilidade de alcançar 
maiores FiO2 
Grande escape de ar quando 
se atingem altos fluxos ou 
altos volumes inspiratórios 
Máscaras com Reservatório 
Fluxo (L/min) FiO2 
8 60% 
9 65% 
10 70% 
11 75% 
12 80% 
Tenda Facial 
 Também conhecida como Máscara de Macronebulização 
 
 Assim como na máscara facial simples, fluxos inferiores a 5 
L/min aumentam o risco de reinalação de CO2 e devem ser 
evitadas 
 
 É indicada principalmente para pacientes com trauma 
facial ou para aqueles que não toleram a máscara facial 
FiO2 de 21 a 40% (dependendo do tipo de nebulizador) 
com fluxos de 6 a 15 L/min 
Tenda Facial 
Colar de Traqueostomia 
 
 
 Conhecido também como Máscara de Traqueostomia 
 
 É indicado para pacientes traqueostomizados, sendo 
posicionado diretamente sobre a cânula de 
traqueostomia 
 
FiO2 de 35 a 60% (dependendo do tipo de nebulizador) com 
fluxos de 6 a 15 L/min 
Colar de Traqueostomia 
Orifício de 
exalação 
Sistemas de Alto Fluxo 
Máscara de Venturi 
Ventilação Não – Invasiva com 
Pressão Positiva por Máscara 
Máscara de Venturi 
 
 Utiliza um alto fluxo de oxigênio, suficiente para 
exceder o pico de fluxo inspiratório do paciente 
 
 O ar ambiente é arrastado em volta do jato de 
oxigênio por orifícios laterais 
 
 É utilizada quando se deseja uma concentração de 
oxigênio mais consistente e previsível 
Valores de FiO2 de 24% a 50% com fluxos de 5 a 12 
L/min 
Máscara de Venturi 
Cor Fluxo (l/min) FiO2 
Azul 3 24% 
Amarelo 6 28% 
Branco 8 31% 
Verde 12 35% 
Rosa 15 40% 
Laranja 15 50% 
Máscara de Venturi 
Ventilação Não – Invasiva com Pressão 
Positiva por Máscara 
 
 Modalidade de ventilação por máscara nasal ou 
facial que fornece um suporte pressórico ou 
volumétrico 
 
 Indicada nas síndromes hipoxêmicas 
 Atelectasia 
 Pneumonia 
 Edema Agudo de Pulmão 
 Síndrome Hipercápnica 
Ventilação Não – Invasiva com Pressão 
Positiva por Máscara 
 Alguns aparelhos para a VNI possuem misturador 
interno de oxigênio e ar comprimido. Isso torna a 
FiO2 ajustada mais confiável 
 
 Em outros sistemas de VNI, o oxigênio é ajustado no 
próprio fluxômetro de rede e a FiO2 pode variar de 
acordo com: 
 Padrão respiratório do paciente 
 Fluxo de oxigênio 
 Parâmetros de ventilação instituídos 
Oxigenoterapia em Longo Prazo 
 Aceita-se como indicação da necessidade de 
oxigenoterapia domiciliar prolongada: 
 PaO2 ≤ 55 mmHg 
 PaO2 entre 56 – 59 mHg na presença de sinais sugestivos de 
cor pulmonale, insuficiência cardíaca congestiva ou 
eritrocitose (hematócrito > 55%) 
 
 A dose de oxigênio a ser administrada deve ser 
estabelecida individualmente através da titulação do 
fluxo de oxigênio necessário para obter PaO2 de pelo 
menos 60 mmHg ou SaO2 > 90%, com o paciente 
em repouso 
Oxigenoterapia em Longo Prazo 
Fontes de Oxigênio 
Tipos Vantagens Desvantagens 
Cilindros de gás sob 
pressão 
 
Disponíveis em qualquer 
parte do país 
 
Custo elevado 
Armazenados por longo 
tempo, sem perdas 
 
São pesados e grandes 
Dispostos em pequenos 
cilindros para 
deambulação 
 
São perigosos, não 
podendo sofrer quedas 
Necessitam de recargas 
frequentes 
Oxigenoterapia em Longo Prazo 
Fontes de Oxigênio 
Tipos Vantagens Desvantagens 
Oxigênio Líquido 
 
Permite a 
deambulação 
 
Alto custo 
Fornece fluxo de até 
6L/min 
 
Riscos de 
queimaduras durante 
a recarga 
(armazenado abaixo 
de 0º) 
Oxigenoterapia em Longo Prazo 
Fontes de Oxigênio 
Tipos Vantagens Desvantagens 
Concentradores 
Volume de gás 
ilimitado 
 
Fluxo máximo 
limitado a 5 L/min 
Não ocupam espaço 
Necessitam de energia 
elétrica pra funcionar 
Custo de manutenção 
baixo 
 
Não são portáteis 
Fácil uso 
Há necessidade de um 
cilindro extra na falta 
de energia elétrica 
Bibliografia 
 
 
 Bases da Fisioterapia Respiratória: Terapia 
Intensiva e Reabilitação 
Autor: Maria da Glória Rodrigues Machado

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