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DIÁRIO DE CAMPO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
Grasiela Aparecida da Conceição, 1286599
PORTFÓLIO – LICENCIATURAS
UTA A - EDUCAÇÃO E TRABALHO
MÓDULO A – FASE I
Caxias do Sul
2018
O Dia a Dia Na Escola e Os Desafios da Inclusão.
De acordo com a Lei nº 13.146 de 06 de Julho de 2015 Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. 
Parágrafo único. É de ver do Estado, da família, da com unida de escolar e Da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando- a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.
Baseando-me nessa lei, visitei a instituição de ensino da rede pública estadual nomeada como Escola Estadual de Ensino Médio São Caetano, localizada na cidade de Caxias do Sul no estado do Rio Grande do Sul, onde tive a oportunidade de observar que a escola conta com cerca de oitocentos estudantes divididos em Ensino Fundamental e Médio, dos quais, dezesseis são estudantes com algum tipo de deficiência, seja ela física ou intelectual. Esses estudantes são atendidos no turno contrário pelo Atendimento Educacional Especializado – AEE da instituição, e também há casos em que o atendimento é domiciliar, quando o estudante não apresenta condições de ir até a escola. Este atendimento é realizado por uma professora especializada que além desta escola, também atende outras quatro escolas da mesma rede, fazendo com que a mesma esteja presente na escola em um dia na semana.
A escola procura fazer as adaptações necessárias para a inclusão dos estudantes com necessidades especiais, porém o que se observa na prática é que a efetiva inclusão necessita de mais do que somente aspectos estruturais para que isto aconteça, medidas que envolvam a formação do grupo de professores e uma rede de apoio formada por profissionais da saúde, educação, família e governo se fazem necessárias nesse sentido. As salas de aula térreas foram escolhidas para as turmas com alunos cadeirantes e rampas de acesso foram construídas na entrada e no pátio da escola, contudo estes estudantes não conseguem frequentar alguns espaços como a biblioteca, parque infantil, secretaria, direção e laboratório de informática, pois estes estão em andares superiores e necessitam de rampas para o acesso. Outras adaptações são feitas na medida do possível, alguns alunos recebem atividades em casa enviadas por email ou entregues pessoalmente para familiares, outros ainda necessitam do acompanhamento de um monitor durante as aulas, mas o estado não possui recursos humanos e financeiros, assim, alguns pais ou enfermeiros, quando possível, acompanham estes alunos durante as aulas. 
Os estudantes que apresentam condições de virem até a escola, frequentam turmas compostas na média por 30 alunos, onde participam das aulas ministradas por professores que não possuem formação especifica para o trabalho com alunos com necessidades especiais. Esses professores recebem a orientação da coordenação pedagógica e da professora do AEE para adaptarem o plano de estudos e de trabalho com base na capacidade e potencialidades dos alunos em questão. Outras medidas como fotocópias ampliadas, provas orais, conteúdos flexibilizados, ampliação do tempo para a realização das atividades..., também são utilizados pelos professores, porém, as dificuldades percebidas por eles vão além das estruturais e financeiras. O fato de não possuírem uma formação específica na área, os limita na hora de planejar e adaptar suas aulas, o número elevado de alunos por turmas, o pouco material de apoio, bem como a falta de suporte por parte do estado, são algumas das dificuldades relatadas por eles. Muitos não sabem ao certo quais as dificuldades e potencialidades dos alunos, pois, nem sempre conseguem conversar e planejar com a professora do AEE devido à demanda de atendimentos da mesma, além disso, a quantidade de alunos nas turmas impossibilita um atendimento individualizado para estes estudantes.
A educação escolar em sua dimensão cognitiva busca transmitir conhecimentos acumulados historicamente pela humanidade, já em sua dimensão socializadora, permite que os sujeitos se integrem ao coletivo e com isso aprendam a conviver com o outro. De acordo com Araújo (2003), os dois objetivos centrais da educação atualmente são a instrução e a formação ética. A instrução é o trabalho com os conhecimentos construídos historicamente pela humanidade, relacionados às áreas disciplinares como Língua, História, Artes, Matemática, Geografia etc. Já a formação ética é a busca pelo desenvolvimento de aspectos que dêem aos alunos as condições físicas, psíquicas, cognitivas e culturais necessárias para uma vida pessoal digna e saudável e para poderem exercer e participar efetivamente da vida política e da vida pública da sociedade, de forma crítica e autônoma. (ARAÚJO, 2003, p. 31). 
Alguns professores, por falta de entendimento, também apresentam certa resistência à inclusão, já que isso demanda além de condições estruturais e financeiras, um planejamento diferenciado, busca por informações, novas práticas de ensino e aprendizagem, além de uma reavaliação da sua prática decente. O professor que acredita que deve somente ministrar os conteúdos de sua disciplina desvinculados muitas vezes do contexto e da realidade na qual o aluno está inserido, tende a se acomodar e a achar que o aluno deve se adaptar ao conteúdo e não o conteúdo deve ser adaptado ao aluno. Nesse sentido é muito interessante verificar que embora tenham o entendimento da importância da inclusão, na prática o que se percebe é somente a preocupação exagerada com a instrução intelectual e com a reprodução de conteúdos fragmentados e não com as habilidades a serem desenvolvidas com esses. Assim, perceber e respeitar as singularidades dos estudantes com necessidades especiais é o desafio destes profissionais da educação, já que devemos ensinar às nossas crianças e jovens não apenas a ler e a escrever, mas também a olhar o mundo a partir de novas perspectivas aonde elas também aprendam a ouvir, falar, serem solidárias aos outros, conscientes de seu papel, responsabilidade e postura perante as inúmeras situações. 
Para alcançarmos efetivamente isso, os currículos oficiais devem ser revistos e adaptados, estruturas físicas e financeiras devem ser possibilitadas, além de uma reflexão sobre as novas demandas apresentadas e as nossas práticas como profissionais da educação. Se o objetivo da lei é ”assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”, alguns conceitos devem ser contemplados de maneira integral, como a dignidade da pessoa humana, igualdade de direitos, participação respeitando as singularidades, bem como a dimensão socializadora da escola. 
Referências Bibliográficas
ARAÚJO, Ulisses Ferreira. Temas transversais e a estratégia de projetos. São Paulo: Moderna, 2003. 
BRASIL, LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Dispõe sobre a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Texto disponível no site: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm/ Acesso em 26 de Abril de 2018.
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