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QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 1 Administração de Marketing QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 2 SUMÁRIO AULA 1 ............................................................................................................................ 5 1 CONCEITOS CENTRAIS DE MARKETING ..................................................................... 5 1.1 Introdução à Administração de Marketing ................................................................. 5 1.1.1 Principais Autores do Marketing ........................................................................................ 5 1.2 Definições de Administração Mercadológica, Administração de Marketing ................. 6 1.2.1 O que Devemos Administrar? ............................................................................................. 7 1.3 Capacidade de Produção e Capacidade de Consumo ................................................. 9 2 HISTÓRIA DO MARKETING .......................................................................................... 9 2.1 Resumo das Eras .................................................................................................... 10 2.2 Evolução Histórica do Marketing no Mundo ............................................................ 10 3 ORIENTAÇÕES (FILOSOFIAS) DO MARKETING ......................................................... 11 3.1.1 Orientação para Produção ............................................................................................... 11 3.1.2 Orientação para Produto .................................................................................................. 11 3.1.3 Orientação para Vendas .................................................................................................. 11 3.1.4 Orientação para o Cliente ................................................................................................ 11 3.1.5 Orientação para o Marketing Socialmente Responsável .................................................. 12 3.2 Conceitos Centrais do Marketing ............................................................................. 12 3.3 Mix de Marketing .................................................................................................... 13 3.4 Conceito de MIX DE MARKETING ........................................................................... 13 3.5 Produto ................................................................................................................... 14 3.5.1 Produto Básico ................................................................................................................. 15 3.5.2 Produto Ampliado ............................................................................................................. 15 3.5.3 Produto Esperado............................................................................................................. 15 3.5.4 Produto Diferenciado ........................................................................................................ 16 3.6 Classificação e Produtos .......................................................................................... 16 3.6.1 Produtos de Conveniência ................................................................................................ 16 3.6.2 Produtos de Escolha ........................................................................................................ 16 3.6.3 Produtos de Especialidades ............................................................................................. 17 3.6.4 Produtos Industriais ......................................................................................................... 17 3.7 Componentes de um Produto .................................................................................. 18 3.7.1 Marcas ............................................................................................................................. 18 3.7.2 Embalagem ...................................................................................................................... 19 3.8 Ponto/Praça ............................................................................................................ 20 3.9 Preço ....................................................................................................................... 22 3.9.1 Tipos de Precificação ........................................................................................................ 23 3.10 Promoção .............................................................................................................. 24 3.11 Comunicação - Tipos de Mídia ............................................................................... 24 3.11.1 Classificação de mídia ................................................................................................... 25 3.11.2 Principais ferramentas de comunicação ........................................................................ 25 4 ANÁLISE AMBIENTAL ................................................................................................ 26 QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 3 4.1 Ambiente Externo .................................................................................................... 26 4.1.1 Oportunidades ................................................................................................................. 26 4.1.2 Ameaças .......................................................................................................................... 26 4.2 Ambiente Interno .................................................................................................... 27 4.2.1 Pontos Fortes ................................................................................................................... 27 4.2.2 Pontos Fracos ................................................................................................................... 27 5 ANÁLISE SWOT .......................................................................................................... 27 AULA 2 .......................................................................................................................... 29 6 EVOLUÇÃO DO MARKETING ..................................................................................... 29 6.1 Marketing no Brasil ................................................................................................. 29 6.2 Evolução do Marketing no Brasil ............................................................................. 29 6.3 Marketing de 90 ...................................................................................................... 31 6.3.1 Características do Marketing na Década de 90 ............................................................... 31 6.4 Ciclo de Vida do Produto ou Serviço ........................................................................ 32 6.4.1 Exemplos do Ciclo de Vida de um Produto ....................................................................... 33 7 MARKETING GLOBALIZADO ......................................................................................34 8 OBJETIVOS DO MARKETING..................................................................................... 35 AULA 3 .......................................................................................................................... 36 9 NECESSIDADES, DESEJOS, E DEMANDAS .............................................................. 36 9.1 Necessidades ........................................................................................................... 36 9.2 Desejos ................................................................................................................... 37 9.3 Demanda ................................................................................................................ 38 9.3.1 Valor para o Cliente ......................................................................................................... 38 9.3.2 Satisfação ........................................................................................................................ 38 9.3.3 Qualidade ........................................................................................................................ 39 9.3.4 Equívocos sobre o Marketing ........................................................................................... 39 10 MARKETING X VENDAS ........................................................................................... 40 10.1 Níveis de Desempenho do Marketing ..................................................................... 40 AULA 04 ........................................................................................................................ 41 11 SEGMENTAÇÃO DE MARCA, NICHO DE MERCADO E CÉLULA .............................. 41 11.1 Amplitude Máxima de um Mercado ....................................................................... 41 11.1.1 Segmentação de Marca .................................................................................................. 41 11.1.2 Escolha em Segmentos .................................................................................................. 42 11.2 Segmentação de Mercado ...................................................................................... 42 11.2.1 Vantagens da Segmentação de Mercado ....................................................................... 43 11.2.2 Formas de Segmentação de Mercado ............................................................................ 43 11.3 Definição do Mercado Alvo..................................................................................... 44 11.3.1 Posicionamento .............................................................................................................. 44 11.3.2 Posicionamento Específico para o Produto ..................................................................... 45 11.3.3 Posicionamento de Valor para o Produto ....................................................................... 45 AULA 05 ........................................................................................................................ 47 QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 4 12 PROCESSOS DE ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING ............................................... 47 12.1 Desenvolvimento de Estratégias de Marketing ....................................................... 47 12.2 Etapas – Pesquisa de Mercado – PM ...................................................................... 47 12.2.1 Sistema de Pesquisa de Marketing ................................................................................ 47 AULA 6 .......................................................................................................................... 52 13 ESTRATÉGIAS DE PREÇO ....................................................................................... 52 13.1 Preço ..................................................................................................................... 52 13.1.1 Estratégia de Preço – Ciclo de Vida do Produto ............................................................. 52 13.1.2 Estratégias de Preço – Preço Baseado nos Custos ........................................................ 54 13.1.3 Estratégias de Preço – Preço Baseado na Concorrência ................................................ 54 13.1.4 Estratégia de Preço – Preço Psicológico .......................................................................... 54 13.1.5 Posição Básica do Valor ................................................................................................. 55 13.1.6 Ajustes de Preços – Descontos ....................................................................................... 55 13.1.7 Ajustes de Preço ............................................................................................................. 56 AULA 07 ........................................................................................................................ 57 14 TENDÊNCIAS E MEGATENDÊNCIAS ....................................................................... 57 14.1 O que são Tendências? .......................................................................................... 57 14.2 O que são Megatendências? .................................................................................. 57 14.3 Satisfação do Consumidor ..................................................................................... 59 14.4 Marketing de Relacionamento ............................................................................... 59 14.5 Tendências Demográficas ...................................................................................... 61 14.5.1 Mudanças Mundiais ...................................................................................................... 62 14.5.2 Envelhecimento da População Brasileira ....................................................................... 63 14.5.3 Composto Etário da População ...................................................................................... 63 14.5.4 Grupos Educacionais ..................................................................................................... 64 14.5.5 Consumo Saudável ........................................................................................................ 64 14.5.6 Tendências Tecnológicas ............................................................................................... 65 14.5.7 Padrões de Moradia ....................................................................................................... 65 14.5.8 As Novas Relações ......................................................................................................... 65 AULA 08 ........................................................................................................................ 66 15 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS ........................................................... 66 15.1 Sistema de Inteligência de Marketing DE MARKETING .......................................... 67 15.2 Sistema de Pesquisa de Marketing ........................................................................ 68 15.3 Sistema de Apoio às Decisões de Marketing........................................................... 68 15.4 Banco de Dados de Marketing ............................................................................... 68 16 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 70 QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A RK E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 5 AULA 1 1 CONCEITOS CENTRAIS DE MARKETING 1.1 Introdução à Administração de Marketing Marketing em inglês significa: Mercado em movimento. 1.1.1 Principais Autores do Marketing Philip Kotler – Guru do Marketing Nome catedrático no ensino e no Planejamento de Marketing, autor dos livros e das teorias mais citadas no setor. Referência na literatura acadêmica de Administração, Economia, Marketing e Publicidade, Philip Kotler nasceu em 1931, na cidade de Chicago. Concluiu mestrado em economia na Universidade de Chicago, e doutorado no Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT). Realizou pós-doutorado em Matemática, na Universidade Harvard, e posteriormente em Ciências do Comportamento, na Universidade de Chicago. Algumas de suas obras: Outro importante autor na área do Marketing: QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 6 Marcos Cobra O Prof. Dr. Marcos Cobra é um dos maiores gurus brasileiros nas áreas de marketing, serviços e vendas. Pós Dourado na University of Texas System, UTS – USA. Mestre e Doutor em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas – Escola de Administração de Empresas de São Paulo, onde é professor titular. Chefe do Departamento de Marketing da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. Uma de suas obras: Na internet encontramos um site que aborda temáticas importantes sobre a área de Marketing, como artigos, cases, depoimentos e oportunidades. Acesse e saiba mais: www.mundodomarketing.com.br 1.2 Definições de Administração Mercadológica, Administração de Marketing ADMINISTRAÇÃO – É o processo de trabalhar com pessoas e recursos para realizar objetivos organizacionais. Bons administradores fazem essas coisas de maneira eficaz e eficientemente. (BATEMAN). Isso vem ao encontro com PODC: Planejar Organizar Dirigir Controlar Recursos que devem ser administrados: Financeiros Humanos Materiais QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 7 Esquema 1 - PODC 1.2.1 O que Devemos Administrar? É preciso administrar em primeiro lugar a mercadologia. Conceito de Mercadologia: é um conjunto de técnicas coordenadas que permitem uma empresa conhecer o mercado presente, e a empresa. Conceito de Mercado: é o ambiente onde a empresa está inserida. É o ambiente para qual a empresa quer comercializar os seus produtos / serviços. Mercado É um grupo de compradores reais e potenciais de um produto. Planejamento Organização Direção Controle QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 8 Figura 1 - Esquema: Contextualização de Mercado Qual é o papel da empresa no mercado? O papel da empresa é conhecer as técnicas de produção e produzir o que de fato o cliente quer, e não produzir somente o que dá dinheiro, ou que é bonito, mas sim ouvir o mercado. A empresa deve conhecer o seu Macro Ambiente, deve estar inserida no mesmo, os dois devem estar em conexão. Figura 2 - Ambientes de Mercado Mercado Competitividade Infidelidade dos Clientes Tecnologia Globalização Abertura de Mercado Fusões Novo Perfil Consumidor Concorrência Código de Defesa do Consumidor Qualidade dos Produtos/Serviços QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 9 1.3 Capacidade de Produção e Capacidade de Consumo Ao estudar Marketing devemos ter em mente, a imagem de uma balança. Tem-se duas situações: de um lado a Oferta e de outro a Demanda. Esta balança deve estar em equilíbrio, mas na realidade não é o que acontece, pois a oferta de produtos hoje é maior do que o volume de consumidores que tem a capacidade de adquirir estes produtos (demanda). Conceito de Oferta: é o volume de produtos disponíveis no mercado. Conceito de Demanda: número de consumidores que tem possibilidade de adquirir estes produtos. Em virtude do desequilíbrio surge o papel do Marketing, todo esforço mercadológico culmina em resultados de manutenção, retratação ou ampliação de mercado de acordo com os objetivos da empresa e sua política comercial. 2 HISTÓRIA DO MARKETING Destacam-se quatro fases na história do marketing: Era da Produção (1925) As empresas eram orientadas para a produção, tudo o que se produzia era vendido, não existia marketing, e a empresa não precisava se preocupar em ir atrás do cliente, pois a produção era em baixa escala e as técnicas não eram aprimoradas. Era da Venda (1925 e o início dos anos 50) Com as técnicas dominadas, a produção aumentou e a preocupação das empresas passou a ser como fazer o escoamento desta produção. Com a especialização de mão de obra, e o domínio das técnicas, que até pouco tempo eram rudimentares, o que acabou acontecendo foi uma produção em grande escala, consequentemente surgiu o gargalo, onde neste momento a venda foi primordial. Era preciso desovar os estoques e vender o que estava sendo produzido. Era do Marketing Surgiu após a segunda guerra mundial na década de 40, nos Estados Unidos, com a explosão da população denominada “baby boomers”, em seguida outra explosão denominada “teenagers”. De fato o marketing entrou na vida das pessoas, pois se tinha um volume elevado de consumidores e as empresas queriam conquistar e criar uma identidade do seu produto junto aos clientes. Era da Expansão do Marketing Após o marketing firmar na década de 40 nos EUA se expandiu pelo mundo, pois o capitalismo fez com que a indústrias começassem a produzir grandes quantidades, e estes volumes deveriam ser “empurrados” para o mercado. Com a Globalização e surgimento da tecnologia e suas inovações, o marketing teve que se aperfeiçoar. Com isso as empresas passaram a disputar os clientes, ou seja, começaram a trabalhar o marketing e os nichos do mercado. QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 10 2.1 Resumo das Eras ÉPOCA ERA PRODUÇÃO ERA DA VENDA ERA DO MARKETING Técnicas de Produção Não se dominavam Domínio maior e mão de obra especializada Cria-se necessidades nos clientes Produtos Tudo que se produzia era vendido Produção em grande escala; Diminuir o estoque Explosão de consumidores como baby boomers e teenagers; Produtos diferenciados Clientes Os clientes vinham naturalmente. Excesso de produtos para poucos clientes Volume elevado de consumidores; Estudo do perfil do cliente 2.2 Evolução Histórica do Marketing no Mundo Origem: Estados Unidos no começo do século XX. Primeiro curso: Universidade de Michigan, 1902. Primeiro Livro: Marketing Methods andSalesmanship – Universidade de Winsconsin, 1914. Figura 3 - Organograma Moderno Diretoria Financeiro Produção Comercial RH Outros Marketing QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 11 O Marketing deixa de ser um departamento isolado na empresa e passa a ter uma função de assessoria a todos os departamentos, orientando-os para nuances e oportunidades de mercado. 3 ORIENTAÇÕES (FILOSOFIAS) DO MARKETING Atualmente, pode-se ver a mesma empresa praticando diferentes filosofias de marketing ao redor do mundo, Com base nesta premissa podemos identificar as seguintes orientações: orientação para produção, produto, venda, cliente e marketing socialmente responsável. 3.1.1 Orientação para Produção Os consumidores tem preferência por produtos que estejam disponíveis e de preço baixo. Os gerentes de organizações orientadas para a produção concentram-se em atingir eficiência de produção e distribuição. Válido quando a demanda excede a oferta ou quando a empresa busca diminuir custos de produção / distribuição. 3.1.2 Orientação para Produto Os consumidores darão preferência aos produtos que oferecem mais qualidade, desempenho e aspectos inovadores. As organizações orientadas para produto objetivam fazer produtos superiores, melhorando-os continuamente. Pode conduzir a “miopia de marketing”: acreditar que somente a qualidade do produto (muitas vezes considerada pela ótica do dono da empresa ou gerente) pode garantir sucesso comercial sustentável. 3.1.3 Orientação para Vendas O propósito da empresa é satisfazer o desejo do cliente para que ele possa voltar e comprar mais vezes na sua loja ou em qualquer outro comércio que trabalhe. Com isso o cliente fará o marketing da empresa aumentando os seus clientes. A Orientação para Vendas significa que o propósito da empresa é vender o que fabrica e não vender o que o mercado (o cliente) deseja, ou seja, a preocupação com o curto prazo, não se interessando se o cliente ficou ou não satisfeito. Os gerentes de organizações orientadas para venda focam sua atenção em agressivos esforços de venda e de promoção. 3.1.4 Orientação para o Cliente A função principal da empresa não é mais produzir e vender, mas satisfazer a clientela, consultando-a antes de produzir qualquer coisa, via estudos de mercado e com base nessa consulta, caso seja favorável, oferecer-lhes produtos / serviços / ideias de QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 12 qualidade e valor, para que os consumidores voltem a comprar e a falar bem da empresa e de seus produtos. 3.1.5 Orientação para o Marketing Socialmente Responsável Sustenta que a organização deve determinar as necessidades, desejos e interesses do mercado-alvo e então proporcionar aos clientes um valor superior de forma a manter ou melhorar o bem-estar do cliente e da sociedade. O marketing social surgiu como uma evolução da orientação para o cliente nas empresas. Elas começaram a agregar a questão da responsabilidade social como um dos aspectos fundamentais na sua gestão. 3.2 Conceitos Centrais do Marketing Agora que você já conhece a história do início do Marketing, vamos conceitua-lo? Segundo Kotler, 1998, “Marketing é um processo social através do qual indivíduos ou grupos, obtém o que necessitam e desejam através da troca”. O Marketing integra todas as funções de uma empresa e fala diretamente com o consumidor através da propaganda, dos vendedores e de outras atividades do marketing. Este conceito baseia-se em quatro aspectos principais: 1- Orientado pelo mercado: Identificar segmentos e nichos e estar atento às tendências, oportunidades e ameaças. 2- Orientado pelo cliente externo e Relacionamentos: estabelecer um relacionamento permanente e interativo com os seus prospects e clientes externos. 3- Orientado pelo cliente interno e pelos processos: treinar e motivar seus funcionários, dialogar e saber ouvir problemas gerando satisfação em seus funcionários e integrar todas as áreas visando um objetivo comum, em função das necessidades e desejos do cliente externo. 4- Orientado para resultados: planejar e criar meios para saber aonde se quer chegar e o que alcançar. Mas conseguir êxito nos resultados projetados deve ser uma consequência e não um objetivo a ser perseguido. Formar competências essenciais. “Marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício”. (Kotler e Armstrong, 1990). QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 13 Segundo Peter Druker “Marketing é tão básico que não pode ser considerado uma função separada. É o negócio como um todo visto do ponto de vista de seu resultado final, isto é, do ponto de vista do consumidor... O sucesso da empresa não é determinado pelo produtor, mas pelo consumidor”. Já Las Casas define marketing como “...área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade”. 3.3 Mix de Marketing Uma das importantes ferramentas desta área é o MIX DE MARKETING OU COMPOSTO DE MARKETING, também conhecido como 4P’S do Marketing. Figura 4 - Os 4 P's do Marketing 3.4 Conceito de MIX DE MARKETING É o uso em conjunto das ferramentas de Marketing de acordo com as necessidades da empresa em atingir os seus objetivos de planejamento para sobreviver no mercado. Observe que os 4 P’S representam a visão que a empresa vendedora tem das ferramentas de marketing disponíveis para influenciar compradores. Do ponto de vista de empresa compradora cada ferramenta de marketing é projetada para oferecer benefícios aos clientes. Robert Lauterborn sugeriu que os 4 P’S do vendedor correspondessem aos 4 C’S dos clientes. QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 14 Empresas vencedoras serão as que conseguirem atender às necessidades dos clientes de maneira econômica e conveniente, com comunicação efetiva. 3.5 Produto Qualquer coisa que pode ser oferecida ao mercado para satisfazer a uma necessidade ou desejo. Pode ser de tangível (carro, casa, etc.) ou intangível (serviços e percepções). Uma vez percebida a demanda, um produto (empresa já estabelecida ou um empreendedor) irá produzir e oferecer o bem ou serviço que atenda a demanda identificada. Chamamos de PRODUTO o bem que irá ser fornecido aos consumidores. De forma ampla, qualquer coisa capaz de prestar um serviço, isto é, de satisfazer a uma necessidade. Kotler diz que “Um produto é tudo aquilo capaz de satisfazer um desejo”. A pessoa percebe certas coisas externas a ela que poderiam satisfazer seu desejo. E para ela passam a ter valor pela sua condição de satisfazer esses desejos. É importante que não limitemos nossa percepção de produto ao objeto físico. Oponto mais importante do produto é o serviço que ele presta. A aparência física muitas vezes é simplesmente um modo de embalar um serviço. 4 P’S 4 C’S Produto Cliente (solução para o) Preço Custo Ponto de venda (Distribuição). Conveniência Promoção Comunicação Vendedor Comprador QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 15 Exemplo: um batom não é comprado por ele próprio, mas pela esperança de embelezar. Um produto certo deve ter: Qualidade e padronização: (características, desempenho e acabamento). Modelos e tamanhos: (que atendam às expectativas e necessidades). Configuração: (embalagem, marca, serviço, apresentação do produto). Um produto é certo ao consumo quando atende as necessidades e desejos de seus consumidores. Definições básicas de produtos segundo os benefícios que poderão proporcionar: 3.5.1 Produto Básico É o conjunto de benefícios, o pacote de utilidades proporcionado pela versão básica do produto. Qualquer produto deverá ser vendido em termos de benefícios proporcionados ao consumidor. Este conceito pode então ser estendido a televisores, motos, alimentos enlatados, etc. O produto básico, em certo sentido, é o mínimo que se pode esperar de uma oferta. É o produto essencial sem características e benefícios adicionais. 3.5.2 Produto Ampliado São todos benefícios extras adicionados ao produto e que fazem parte de uma compra. Ao comprarmos televisores recebemos junto com todos os benefícios do produto básico (ornamento para sala, lazer, informação, entretenimento, etc.) alguns benefícios extras, como garantias, assistência técnica, assessoria, entre outros. A medida que os benefícios extras são adicionados ao produto, duas situações podem acontecer: ou os clientes sentem suas necessidades insatisfeitas por ofertas indevidas ou incompletas ou então se acostuma a receber certos benefícios devido às ofertas idênticas da concorrência. 3.5.3 Produto Esperado São benefícios que os consumidores esperam ou que estão acostumados a receber através de outras ofertas no mercado. Nesse sentido, a análise da diferença existente entre o produto esperado é que determinará os benefícios válidos para a diferenciação do produto, ou a criação de “algo mais”. QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 16 3.5.4 Produto Diferenciado Diferenciar é o esforço de tornar algum produto único, incluindo benefícios que possam ser relevantes aos consumidores visados. O fabricante deverá analisar as várias ofertas existentes e níveis de expectativas dos compradores para determinar quais as características mais importantes que poderão ser incluídas. Entretanto, sabemos que alguns profissionais enfatizam benefícios e não características. Algumas vezes o esforço de diferenciação poderá ser feito não nas características físicas do produto ou mais produtos adicionados, mas na mente dos consumidores. Esta estratégia é usada por muitas empresas de produtos de consumo, sendo chamada de Posicionamento. 3.6 Classificação e Produtos Em sentido abrangente, podem ser classificados em produtos de consumo e industriais. Conforme Melvin T. Copeland, os produtos podem ser considerados como sendo de conveniência, de escolha e de especialidade. 3.6.1 Produtos de Conveniência São aqueles em que o consumidor não pretende despender muito tempo no esforço de compra. Quase todos os itens que fazem parte do dia a dia de compras domésticas ou produtos que não apresentam muitas diferenças perceptíveis de qualidade, possuindo ainda preços mais baixos, serão classificados como de conveniência. Os consumidores neste caso acreditam que as diferenças de preços não compensam o esforço de procurar o item em vários locais. Os profissionais de marketing devem torná- los disponíveis em maior número de distribuidores possíveis, para facilitar o ato da compra. Exemplo: Balas, chocolates, goma de mascar, pão e leite. 3.6.2 Produtos de Escolha Determinam uma condição diferente, antes de decidir o quê, e onde comprar, os consumidores investigam quais os locais que vendem, comparam qualidade e preço e somente depois fazem sua opção de QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 17 compra. Neste caso, os consumidores acreditam que o esforço e o tempo gasto poderão ser compensados pelas diferenças de preços obtidas. O profissional deve criar condições que facilitem o trabalho do consumidor, distribuindo-os em locais próximos de outros, para facilitar o levantamento de produtos e preços, promovendo seus serviços mais intensamente e também criando clima favorável nas lojas, no caso de varejistas. Ex.: roupas, aparelhos eletrodomésticos. 3.6.3 Produtos de Especialidades Os produtos de especialidades gozam de maior flexibilidade para comercialização. Eles poderão ser distribuídos em estabelecimentos exclusivos e até mesmo distantes dos centros de compras tradicionais, pelo fato de que os consumidores estão dispostos a fazer qualquer sacrifício para a sua compra. O esforço poderá incluir até mesmo viagens a diferentes cidades. Os produtos poderão ser exclusivos, como uma marca famosa distribuída apenas em determinados locais, uma empresa que pelo seu atendimento especial, possa compensar o sacrifício de locomoção mesmo a locais mais distantes, ou qualquer outra característica que os tornem únicos para determinados propósitos. Alguns produtos que possuem preços altos estão enquadrados nesta classificação, mas não é somente este aspecto que determinará a diferença principal, uma vez que alguns de menor valor poderão ter a preferência dos compradores, que não aceitarão substitutos de maneira alguma. Muitos fabricantes procuram tornar seus produtos “de especialidade”, criando lealdade à marca e, consequentemente, gozando de situação privilegiada no mercado. Ex.: Produtos de grife (relógio Rolex) ou serviços altamente especializados como cirurgias plásticas. 3.6.4 Produtos Industriais Os produtos industriais muitas vezes são classificados como matérias-primas, máquinas, equipamentos, entre outros. O entendimento dos processos de compra destes itens também determinará formas mais ou menos padronizadas para a comercialização. As compras racionais são predominantes nesses casos e obedecem a padrões estabelecidos pelos ramos de atividades e características de negócios. Os compradores de QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 18 matérias-primas fazem suas compras considerando certos padrões de qualidade, que deverão ser respeitados pelos fornecedores. 3.7 Componentes de um Produto Além das características diferenciadas de um produto no seu aspecto básico, existem outros elementos que compõem e que são determinantes decisórios. Quanto melhor estes elementos forem elaborados, maior será a chance para sua colocação no mercado. 3.7.1 Marcas São importantes fatores de diferenciação. Os consumidores, ao comprarem os produtos, associam à marca uma série de atributos,com base em informações ou experiências anteriormente adquiridas. Além deste objetivo de identificação, as marcas servem para proteção dos fabricantes ou dos distribuidores. Com elas é possível criar lealdade se a qualidade associada à marca for aceitável. Determinação de uma marca é a prática de identificar um produto ou linha de produto de algum nome específico. Tornando-se conhecida e associada com bons produtos, a marca constitui-se em grande patrimônio. O objetivo de muitas empresas é alcançar essa posição privilegiada. Entretanto, algum cuidado deverá ser tomado para que não se torne um nome genérico. Nome genérico ocorre quando determinada marca passa a designar uma espécie de produto. A marca é um nome, termo, sinal, símbolo ou desenho que serve para identificação dos produtos ou linha de produtos. O logotipo é uma representação gráfica que tenha algum relacionamento com a empresa (logomarca). Ao determinar as marcas, a empresa poderá optar por individuais ou de família. A mesma marca para diversos produtos caracteriza uma marca de família. Arno usa a mesma marca para batedeiras, liquidificadores, máquinas de lavar, etc. Sadia usa a mesma marca para presuntos, tênder, salsichas, pizzas, etc. QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 19 A vantagem da marca de família é que quando algum produto apresenta boa qualidade e obtém boa imagem no mercado, fica mais fácil vender outros utilizando a mesma marca, conforme o princípio da generalização. No entanto, o contrário também é verdadeiro, quando algum produto da linha perde a boa imagem, poderá prejudicar outras marcas comercializadas pela empresa. A marca de família é mais recomendada, quando produtos tem qualidade mais homogênea. No caso de marcas individuais, os produtos terão marcas diferentes. Marcas como: Poliflor, Free e Doriana, são exemplos de empresas que preferem o uso de individuais porque possibilitam estratégias independentes e maior controle. Uma marca deve ser fácil de pronunciar como “OMO”, deve caracterizar a qualidade do produto como “SADIA” ou benefícios como “TIRATOSSE” e ser distinta. 3.7.2 Embalagem A embalagem passou a ter papel de extrema importância para a venda de produtos. Chega-se a dizer que a embalagem é o vendedor silencioso de uma empresa. O consumidor poderá encontrar hoje grande variedade de diferentes marcas nas gôndolas dos supermercados. A escolha será em grande parte influenciada pela sua embalagem. A embalagem é o invólucro protetor do produto e serve para facilitar a armazenagem, proteger, facilitar o seu uso, conservar e ajudar a vendê-lo. São várias as suas funções e os administradores de marketing dão muita importância para a determinação de embalagens. Atualmente devem proporcionar benefícios adicionais. Muitas conservas são vendidas em potes que podem ser aproveitados posteriormente, ou então embalagens de geleias, que poderão ser usadas como copo, depois de consumido o produto. O uso de embalagens vai ser diferenciado de acordo com seus objetivos. O formato deve permitir fácil armazenagem e facilidade para o carregamento. O tamanho será em grande parte determinado pelo índice de uso do produto. A embalagem de refrigerantes do tamanho-família é um exemplo típico da necessidade de aumentá-la visando à venda a unidades familiares. Checklist dos elementos que devemos analisar na hora de compor um produto: QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 20 Classificação Marca Embalagem Serviços e Garantias Ciclo de vida do produto Há possibilidade de novos produtos? Justificar Qualidade do produto 3.8 Ponto/Praça A escolha do ponto para o produto ou serviço relaciona-se com a escolha do Canal de Distribuição. O produto ou serviço só tem utilidade se posicionado junto ao seu mercado consumidor: Atacado, varejo ou distribuidor; Ao transporte / logística; Armazenagem. Digamos que nós temos o melhor produto, uma barra de chocolate, uma bala, um pneu, um calçado, uma roupa, nossa empresa sabe produzir, porém precisa definir qual será o canal de distribuição, de que forma este produto será distribuído, comercializado, como ele vai chegar até o cliente. Por exemplo: Este chocolate nós vamos vender em lojas de conveniência, em hipermercados, em mini-mercados de bairro, etc. De que forma e como nós vamos distribuí-lo? A logística tem papel importante na definição do ponto / praça. 1 Atacado São atividades envolvidas na venda de bens ou serviços destinados aqueles que compram para revender. 2 Varejo São as atividades envolvidas na venda de bens e serviços diretamente aos consumidores finais. Principais tipos de varejo: A. Lojas de Especialidade: vende uma linha de produtos estreita com um profundo sortimento dentro desta linha. Ex.: roupas, materiais esportivos, móveis, floriculturas, livrarias. QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 21 B. Lojas de departamentos: vende várias linhas de produtos, tipicamente roupas, móveis e utilidades domésticas. Ex.: Renner, C&A. C. Supermercados: destinado a atender as necessidades totais dos consumidores em termos de alimentos, produtos de higiene pessoal, limpeza e manutenção para o lar. Opera com alto volume de venda e baixa margem de lucro (média 1%). D. Hipermercados: Vende além de itens de um supermercado, itens como eletrodomésticos, móveis. Geralmente oferecem serviços como lavanderia, lanchonetes, caixas eletrônicas, etc. Ex.: Bourbon Hipermercados. E. Lojas de desconto: são lojas que vendem mercadorias padronizadas a preços baixos. Ex.: lojas de R$ 1,99. F. Varejos de Liquidação: são lojas que trabalham com ponta de estoque, números e modelos escassos obtidos a preços reduzidos dos fabricantes. Ex.: Lojas Marisa, a preço de banana. G. Venda por Catálogo: são empresas que ganham dinheiro cortando custos e reduzindo margens de lucro, atraindo assim consumidores interessados em baixo custo. Ex.: Avon. Esquema 2 - Logística - Canais de Distribuição Vamos falar mais sobre a DISTRIBUIÇÃO? Nível 0 Fabricante Consumidor Nível 1 Fabricante Varejista Consumidor Nível 2 Fabricante Atacadista Varejista Consumidor Nível 3 Fabricante Atacadista Distribuidor Varejista Consumidor QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 22 Um bom produto e um preço adequado não são suficientes para assegurar as vendas. É necessária também a existência de uma forma eficiente de conduzir os produtos até os compradores finais, caso contrário, o plano de marketing será deficiente, pois os consumidores estão acostumados e muitas vezes exigem comprar seus produtos em locais que lhe sejam acessíveis e convenientes, além de disponíveis quando eles necessitam. Cabe ressaltar as principais diferenças nas atividades do composto de distribuição: CANAL DE DISTRIBUIÇÃO: é o caminho que as mercadorias seguem desde oprodutor até o consumidor. É o complexo de empresas que existe para distribuir os produtos, desde o fabricante até o consumidor, incluindo agentes, varejistas e atacadistas. MOVIMENTAÇÃO FÍSICA: são atividades relativas à movimentação eficiente de produtos no final da linha de produção até o consumidor final. Inclui atividades como fretamento, armazenamento, manuseio, controle de estoque, localização de fábrica, processamento de pedidos, etc. O conjunto dessas atividades denomina-se LOGÍSTICA. Checklist dos elementos que devemos analisar na hora de definir o ponto/praça: Canais de distribuição a serem utilizados. Novas formas de distribuição. Local (aluguel, condomínio e ponto). Concorrentes locais. 3.9 Preço O preço é a concretização monetária do valor percebido pelo consumidor, que por sua vez atribui valores diferentes de graus de importância a cada produto. Devemos armar estratégias de preço para serem utilizadas no mercado já segmentado, adequando, quanto o consumidor está disposto a pagar por um determinado produto. O que realmente importa é o valor e não o preço. Robert T. Lindgren QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 23 O preço pode ser considerado: Posto na fábrica, posto no cliente. Atacadista, varejista ou distribuidor. Com desconto ou bruto sem desconto. Desconto por quantidade, por condição de pagamento. A variável Preço no marketing trabalha em conjunto com a administração financeira e os fatores que a influenciam são: O Microambiente: tais como a estrutura de custos da empresa, (custos fixos e variáveis) e os aspectos organizacionais. O Macroambiente: através de variáveis não controláveis como governo, novos entrantes, concorrência, consumidor, e novas tecnologias de produção. 3.9.1 Tipos de Precificação Baseada em custos: Uma empresa pode trabalhar com uma política de preços baseada em custos, onde o administrador precifica seu produto de acordo com seus custos fixos e variáveis, colocando uma margem de lucro desejada. Baseada em valor: determinando então, através de pesquisas e estudos de mercado o quanto o consumidor está disposto a pagar pelo produto. Baseada na concorrência: levando-se em consideração que o consumidor escolhe seus produtos através do comparativo dos concorrentes. Uma maneira inteligente de administrar o preço dos produtos é através da mescla das três formas de precificação, levando-se em conta os custos totais da empresa, o quanto o mercado está disposto a pagar e quanto, e como a concorrência trabalha, determinando assim, de forma geral uma melhor estratégia de preço que tende a levar ao sucesso do empreendimento. Existem também TÁTICAS de preço para gerar caixa e estimular maiores volumes das compras! QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 24 Reduções de preços de tabela, devido ao poder do comprador. Prazo de pagamento, devido a dificuldade do consumidor de pagar a vista. Descontos por volume, que são descontos progressivos que aumentam com o volume de compra. Preço combinado, muito utilizado pelo Mac Donald´s através “peça pelo número”. Preços por segmento são os famosos descontos para estudantes, professores. Descontos por utilização, ou seja, quanto mais usa, menos paga; Preços sazonais, que são preços que variam de acordo com a época ou horário, como as tarifas de telefone, ou pacotes de viagem. Checklist dos elementos que devem ser analisados na hora de definir o preço: Objetivo dos preços Preço no mercado (concorrência) Preço de venda Estratégia de venda Atacado e varejo 3.10 Promoção A promoção como parte do composto mercadológico tem o papel de comunicação com o público-alvo. Neste caso, os administradores de marketing devem preocupar-se com as várias formas, que sejam eficientes, para informar os consumidores a respeito dos seus produtos, serviços ou formação da própria imagem da empresa. A promoção diz respeito às formas de divulgação do nosso produto, que podem ser: Desconto no preço. Flyer, folder. Cartazes no ponto de venda. 3.11 Comunicação - Tipos de Mídia Para podermos nos comunicar com o nosso público-alvo é necessário escolher um tipo de veículo de mídia. Mídia de Massa: veículo de comunicação que atinge o grande público. Ex. TV. Mídia Segmentada: veículo que atende segmento específico. Ex.: Revistas infantis. Mídia Dirigida: veículo que atinge um ou alguns indivíduos. Ex.: Mala direta. QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 25 3.11.1 Classificação de mídia Mídia Eletrônica: Televisão, rádio, TV a cabo, internet. Mídia Impressa: Jornais, panfletos, revistas, catálogos. Mídia Interativa: Internet. Mídia Extensiva (exterior – ao ar livre): outdoor, busdoor, cartazes, painéis. Mídia em pontos de venda: Displays, embalagens, cartazes. O composto promocional do produto ou serviço compreende a publicidade, as relações públicas, a promoção de vendas, a venda pessoal e o merchandising que serão detalhadas a seguir. 3.11.2 Principais ferramentas de comunicação Propaganda – Forma impessoal de comunicação, paga por um patrocinador, identificado e transmitida por mídia de “massa”. Publicidade – Quando uma organização tem informação (favorável ou não) disseminada a seu respeito, através da mídia de “massa”, mas esta comunicação não é paga por ela. Assessoria de Imprensa - Relacionamento com veículos da imprensa formadores de opinião, visando criar uma atitude favorável em relação ao produto e a empresa. Obs: a assessoria de imprensa usa muito a publicidade como ferramenta de trabalho. Relações Públicas – Atividade que visa comunicar/relacionar uma imagem favorável do produto e/ou da empresa a seus públicos internos e externos. Venda Pessoal – Refere-se a comunicação pessoal de informação para persuadir o cliente potencial a comprar alguma coisa (que satisfaça suas necessidades) Promoção de Vendas – Atividade de marketing, fora propaganda, publicidade e venda pessoal que estimulam a compra por parte do consumidor. Merchandising – É a comunicação no PDV (Ponto De Venda). Marketing Direto – banco de dados, mala direta, internet e telemarketing. Checklist das ferramentas que devem ser analisadas para divulgação do produto. 1 Propaganda 2 Slogan 3 Promoção de vendas 4 Merchandising QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 26 Para contemplar o que foi visto nesta aula, assista ao vídeo: case do Pipoqueiro Valdir onde fica visível as definições de marketing, e como agregar valor a um produto. (Programa SBT Brasil – 27/out/2006) Após assistir ao vídeo, reflita sobre os diferenciais desse pipoqueiro. Para melhor compreensão do que foi estudado até agora, sugerimos que você analise o mercado, entre nas lojas, observe os artigos que estão sendo ofertados a fim de traçar um paralelo entre a teoriae a prática. 4 ANÁLISE AMBIENTAL 4.1 Ambiente Externo Então, como estamos? Se conhecemos o inimigo (ambiente externo) e a nós mesmos (ambiente interno), não precisamos temer o resultado de uma centena de combates. Se nos conhecemos, mas não ao inimigo, para cada vitória sofreremos uma derrota. Se não nos conhecemos nem ao inimigo sucumbiremos em todas as batalhas. Sun Tzu As informações decorrentes do ambiente externo contribuirão para que a empresa se situe em sua posição atual. 4.1.1 Oportunidades São situações externas, atuais ou futuras que, se adequadamente aproveitadas pela empresa, podem influenciá-la positivamente. Quais são as oportunidades externas que você pode identificar? Que tendências e "modas" você pode aproveitar em seu favor? 4.1.2 Ameaças São situações externas, atuais ou futuras que, se não eliminadas, minimizadas ou evitadas pela empresa, podem afetá-la negativamente. Que ameaças (leis, regulamentos, aspectos sociais, econômicos e culturais) podem lhe prejudicar? O que os melhores andam fazendo? QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 27 Quadro 1 – Exemplos de Oportunidades e Ameaças Oportunidades Ameaças Lançar novos produtos; Abrir novos mercados; Consolidar os atuais mercados; Identificar necessidades dos clientes; Autonomia nas negociações; Angariar mais clientes na região; Vender produtos melhores e mais caros (valor agregado); Diversificar produtos. Empresas de estofados mudando para o ramo de colchões; Empresas que vendem sem nota fiscal; Monopólio de alguns fornecedores, não há possibilidade de negociação (produtos químicos – matéria prima de espuma); Baixa relação custo/preço (baixa margem); Concorrência mais forte; Falta de rapidez na negociação com clientes. 4.2 Ambiente Interno A análise interna visa identificar os principais pontos fortes e fracos da empresa para nortear o processo de planejamento, pois é a partir dessa análise que se saberá quais os recursos com que se pode contar e também quais são os pontos vulneráveis no momento de se estabelecerem as estratégias da empresa. 4.2.1 Pontos Fortes Reconhecimento das atividades que a organização/setor melhor realiza. Por exemplo: presteza no atendimento em Unidades de Informação. O que você (instituição/equipe/pessoa) faz bem? Que recursos especiais você possui e pode aproveitar? O que outros (empresas/ equipes/pessoas) acham que você faz bem? 4.2.2 Pontos Fracos Reconhecimento das atividades que são pouco expressivas no desempenho geral da organização/setor. Por exemplo, serviço de fotocópia inadequado. No que você pode melhorar? Onde você tem menos recursos que os outros? O que outros acham que são suas fraquezas? 5 ANÁLISE SWOT É uma poderosa ferramenta de planejamento estratégico, e deve ser realizado ao menos uma vez por ano, durante o planejamento estratégico de marketing ou apenas planejamento estratégico. A sigla SWOT, vem das iniciais das palavras inglesas Strenghts QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 28 (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças), pois estes são justamente os pontos a serem analisados. Quadro 2 - Análise SWOT QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 29 AULA 2 6 EVOLUÇÃO DO MARKETING 6.1 Marketing no Brasil A primeira escola a introduzir o conceito de marketing no Brasil foi na década de 50, pela escola de administração de empresas de São Paulo porém com o termo aportuguesado de mercadologia. No quadro abaixo, veja como o Marketing foi evoluindo: Década de 60 “Regionalização” Década de 70 “Proximidade ao Cliente” Década de 80 “Agressivo” Marketing Personalizado De relacionamento Marketing da marca De serviço De consumo Individual Marketing de guerra De posicionamento Externo Integrado De desempenho Religioso Marketing Regional Estímulo Pró-ativo Lazer Um a um Desenvolvimento Interno Parceria De catálogo Diferenciado Social/ Responsivo Bancário Mala Direta Concentrado De serviço Nicho 6.2 Evolução do Marketing no Brasil Em meados do século XVII, um comerciante estabelecido na cidade de Edo (hoje Tóquio) construiu uma grande loja onde vendia produtos especialmente elaborados para a clientela. Sua estratégia previa o desenvolvimento de novos produtos de acordo com as necessidades do consumidor, o reembolso para compras que, por algum motivo, não satisfaziam ao cliente, um grande e variado estoque, além de estímulo às indústrias que colaboravam nesse processo. Na década de 60, a American Marketing Association definiu marketing como sendo “o complexo de atividades que dirigem o fluxo de bens e serviços dos produtores aos consumidores e aos utilizadores comerciais”. Pela primeira vez, sob apenas uma palavra, agrupavam–se as atividades de venda, publicidade, distribuição e pesquisa de mercado. O berço do Marketing se encontra indiscutivelmente nos EUA. A sua difusão pelo mundo foi relativamente lenta. Mesmo na Europa, o Marketing só começou a ser aceito após a Segunda Guerra Mundial. A expressão anglo-saxônica MARKETING, deriva do latim “mercare”, que definia o ato de comercializar produtos. Enquanto tudo o que se produzia era vendido, ou melhor, era comprado, não havia a necessidade de um esforço adicional de vendas e, portanto, o QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 30 marketing era desnecessário. O termo só começou a ser empregado nos EUA, por volta de 1910, quando surgiram as primeiras instituições para reunir profissionais do setor. No Brasil, a evolução do marketing pode ser visualizada através de cinco períodos: No Primeiro Período (1950-1960) A orientação é voltada fundamentalmente para as vendas. A economia brasileira apresenta- se bastante acelerada em termos de industrialização. Porém, o mercado ainda é incipiente. Embora algumas empresas pratiquem o Marketing, o enfoque de vendas ainda sobrevive. Outro ponto importante na década de 50 é que o Marketing passa a ser ensinado oficialmente nas universidades brasileiras. No Segundo Período (1960-1970) O marketing passa por um momento de crescimento e começa a ser praticado de forma integrada. Nesse momento, ele atinge um grau elevado de sistematização, com ênfase para o planejamento de produtos. A concorrência ainda é pequena e as grandes empresas só têm a ganhar. No cenário político, alguns acontecimentos, que a priori assustam os empresários, acabam em seguida favorecendo o progresso econômico, consequentemente, o próprio Marketing. São eles: a renúncia do presidente Jânio Quadros, com a ascensão de João Goulart, e o golpe de 1964. Além disso, a chegada de empresas no Brasil e a expansão da classe média urbana, que iria absorver todos os bens produzidos, contribuiriam decisivamente para a aplicação efetiva dos conceitos do Marketing de forma bastante consciente. Outros fatos importantes dessa época foram: a criação dos shoppingscenters: o crescimento e a profissionalização da propaganda; e o desenvolvimento da promoção de vendas. No Terceiro Período (1970-1980) Devido à modernização da indústria, há um avanço também no Marketing, surgindo assim o marketing de produtos industriais. Nesse período, as empresas ainda tinham como preocupação fundamental a operacionalização da produção, na qual o consumo intensificava-se cada vez mais. É nessa época também que surge o marketing de exportação, em consonância com a participação do Brasil em outros mercados. O Marketing então ganha também em termos de profissionais, pois uma leva de jovens com formação no exterior passa a gerenciar a área de Marketing em algumas empresas. Soma-se a tudo isso, o fato da competição ainda ser fraca, os preços e a inflação estarem estáveis e, consequentemente, os lucros serem maiores, fazendo o empresariado só ter a ganhar. No quarto período (de 1980 até 1995) O Marketing passa por momentos difíceis, em concordância com o rumo tomado pela economia, principalmente, com o aumento da inflação. Nesse período, a arma poderosa, utilizada pelas empresas frente à concorrência, será o preço. Sendo assim, o Marketing Mix perde terreno diante do quadro econômico no qual vive o país. No Quinto Período (1995 em diante) Com a implantação do Plano Real, o cenário econômico toma novo rumo. A concorrência está mais acirrada e a ênfase no uso do Marketing pelas empresas torna-se cada vez mais necessária. Nesse momento, o Marketing de serviços atinge seu ponto máximo e as formas como os produtos podem chegar ao consumidor são bastante diversificadas. Enfim, a partir de 1995, entra-se na era da competitividade, quando a abertura econômica força os fabricantes nacionais a uma preocupação contínua com a qualidade e a redução nos custos de seus produtos. Dessa forma, o Marketing tenderá a ser cada vez mais competitivo nas próximas décadas, caso queira inserir-se na nova postura imposta pela globalização. QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 31 6.3 Marketing de 90 Nos anos 90 o termo em inglês ganhou força e passou a ser adotado por todas as instituições. Até pouco tempo se falava em administração mercadológica agora na década de 90 se fala em administração de marketing. 6.3.1 Características do Marketing na Década de 90 Marketing Mix: vários produtos aumentam as vendas. Atenção: Não confundir com Mix de Marketing (4P’s). No Marketing MIX é apresentada a Matriz BCG que permite classificar o produto conforme algumas características: Participação relativa de mercado e crescimento do mercado que pode estar em alta ou baixa. Dentro destas características abordam-se as demais: Produto em Questionamento: é igual a um produto novo no mercado não sabe se vai dar certo. Produto Estrela: ele ainda está em crescimento e dá o maior lucro para o negócio. Produto Vaca Leiteira: dá um lucro bom, mas, porém está estagnado não cresce mais. Produto Abacaxi: ele não cresce mais e também não dá lucro, a tendência é ele se extinguir do mercado. Figura 5 - Matriz BCG – Boston Consulting Group QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 32 6.4 Ciclo de Vida do Produto ou Serviço Gráfico 1 - Ciclo de Vida do Produto O estudo do ciclo de vida de um produto indica o desempenho de vendas deste produto ou serviço com o passar do tempo. Teoricamente não se incluem neste estudo modelos ou variações de produtos, mas sim, segmentos. Assim, não se analisam o desempenho do Fusca, de determinado modelo de televisão ou de computador, mas sim, o desempenho dos automóveis, dos televisores e dos computadores. Muitas empresas, no entanto, tem utilizado esta análise para diagnosticar modelos de produtos individuais de forma que o estudo mostrasse o momento de campanhas de revitalização ou o momento de lançamentos de substitutos. No modelo clássico, se consideram 4 fases na vida de um produto: 1) A Introdução do Produto no Mercado. 2) O Crescimento desse Mercado. 3) A Maturidade 4) E o Declínio. Muitos estudiosos preferem considerar uma quinta fase: a Saturação do mercado, a mais aceita atualmente. Ultimamente houve algumas tentativas de se acrescentar um sexto momento: o do Desenvolvimento do produto, que antecederia a fase de Introdução. Considera-se, no QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 33 entanto, que esta fase é preliminar à vida do segmento, não podendo ser considerada no ciclo de vida um período de vida de um produto ou serviço que ainda não nasceu. Assim, as fases do ciclo de vida de um produto são: 1) Introdução: quando se lança um produto no mercado. 2) Crescimento: quando o mercado começa a conhecer o produto e a consumi-lo. 3) Maturidade: quando o produto já é de conhecimento amplo do mercado. 4) Saturação: quando o mercado já não consome o produto como anteriormente. 5) Declínio: quando o produto não desperta mais o interesse do mercado e as vendas caem. 6.4.1 Exemplos do Ciclo de Vida de um Produto Produtos Antigos A fita-cassete, a máquina de datilografia, máquina de costura da vovó são produtos que passaram por esta transição, pelo ciclo de vida, e hoje estes produtos obsoletos, ou seja, que não sobreviveram, dando espaço para as inovações. E com isso aparecem os produtos que vão substituindo e se percebe que todo produto passa por um ciclo, que tem início, meio e fim. Produtos Inovadores O que devemos fazer para manter o nosso produto competitivo? Abaixo os elementos variáveis extremamente importantes para aumentar o ciclo de vida do produto. Do produto: estudar o ciclo de vida do produto. Segmentação: melhorar o atendimento de certos consumidores. QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 34 Distribuição: melhorar o acesso. Básico: melhorar a eficiência de quem vende. Marketing competitivo: criar diferenciais em relação aos concorrentes. Telemarketing: aumentar a força de vendas. Da globalização: estudar transações internacionais. Em linha: criar mercados web. Direto: acessar o consumidor onde ele estiver. Legal: aprimorar leis sobre transferência de propriedade. De esportes: colocar marca no vestuário do atleta. Artes: mostrar que arte é cultura. De resposta: acelerar a opinião do consumidor Ético: tirar da propaganda aquilo que é inconveniente para o consumidor. Criativo: buscar novidades não detectadas pela pesquisa. Político: criar uma boa imagem do homem público. De recursos: melhorar o relacionamento com os mercados fornecedores de recursos. 7 MARKETING GLOBALIZADO Atualmente, as empresas tratam o mundo como sendo um único mercado e identificam segmentos de consumidores à escala global, o que lhes permite vender o mesmo produto, da mesma forma, em todos os mercados em que a empresa esteja presente, pois existe homogeneidade das necessidades dos consumidores, o que permite obterbenefícios de economias de escala (custos mais diluídos, pois produz para vários países). Os fatores políticos e legais, a concorrência e a tecnologia são vistos como fatores standard, o que torna possível praticar a mesma política de marketing, em termos gerais, à escala global. Empresas que tiveram problemas no uso do Marketing Globalizado Coca-Cola - na china foi lançada como ke-kou-kela que significava “égua recheada de cera” depois de muitas pesquisas rebatizaram a marca de ko-kou-ko-le “felicidade na boca”. Pepsi - também teve um deslize em Taiwan com slogan: “come alive with Pepsi generation” que literalmente foi traduzido como “trás de volta seus ancestrais da morte”. QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 35 “Chip da morte” como foi lido o Pentium 4 da Intel. Pastilha Vick soa como intercurso sexual na Alemanha. Devemos ter cautela com a questão do Marketing Global, pois ao segmentar nossos produtos é importante avaliar a cultura e os hábitos (consumidor), do mercado no qual pretendemos atingir! 8 OBJETIVOS DO MARKETING Levar o consumidor a desejar o que a empresa tem e ter um consumidor satisfeito. Buscar equilibrar as forças externas com as forças internas da empresa. Ser os olhos e ouvidos da empresa a qual está inserida em um cenário de constantes mudanças. Ser criativo para enfrentar a concorrência. Saber o que o cliente necessita e oferecer muito mais (surpreender o cliente). Pesquisar e recomendar o que deve ser produzido e a quem deve ser direcionado. Identificar tendências e adequar o produto ao cliente. Marketing não significa somente compra, venda ou publicidade, mas sim incluem o rigoroso estudo das necessidades dos desejos e demandas do consumidor. QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 36 AULA 3 9 NECESSIDADES, DESEJOS, E DEMANDAS Esquema 3 - Ciclo de Necessidades, Desejos e Demandas Marketing não significa somente compra, venda ou publicidade, mas incluem necessidades desejos e demandas. As necessidades, desejos e demandas são os pontos de partida para o estudo do marketing. Afinal, as pessoas precisam de roupas, alimentos, moradia, transporte, educação, etc. Juntamente e além destas necessidades, existem os desejos e preferências. Muitas vezes são coisas que não necessitamos para sobreviver, mas que desejamos. Esse conjunto de necessidades e desejos cria demandas que serão atendidas pelos produtos dos bens e serviços desejados. Na verdade sempre que pensamos num novo produto, a primeira pergunta é: Existe demanda para isso? 9.1 Necessidades Estado de privação de alguma satisfação humana. Ninguém precisará criá-las nos consumidores, elas emergem espontaneamente. Exemplos: alimentação, roupas, segurança, afeto, associar-se, conhecimento. Necessidade Desejo Demanda ProdutoTroca Transação Mercado QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 37 O Marketing trabalha para despertar desejos e necessidades. Figura 6 - Hierarquia das Necessidades - Pirâmide de Maslow 9.2 Desejos Necessidades humanas oriundas da cultura e características individuais exemplo: (quem tem fome nos EUA tem necessidade de sanduíche e hambúrgueres, quem mora em BALI prefere uma manga). Também podemos entender desejos por carência ou satisfações específicas para atender às necessidades (moldados pela cultura e características individuais). Necessidades de Autorrealização Necessidades de Estima Necessidades Sociais Necessidades de Segurança Necessidades Fisiológicas QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 38 9.3 Demanda Quando o desejo pode ser comprado chama-se DEMANDA, ou seja, é a satisfação dos desejos humanos através de trocas monetárias ou escambo. Os consumidores veem os produtos como pacotes de benefício, e escolhem os que irão proporcionar maior benefício pelo dinheiro gasto, ou seja, custo X benefício. 9.3.1 Valor para o Cliente É a diferença entre os valores que ele ganha adquirindo e usando um produto e os custos para obter este produto. Também podemos entender valor como a percepção da utilidade de um produto ou o quanto “vale” aquele produto para quem precisa. O valor é ordinariamente confundido com o preço, mas vai além dele. Quais os valores percebidos por nós? Produtos que nos auxiliam a expressar uma atitude, uma moda, um estilo, etc. Por essa percepção de valor estamos dispostos a trocar esse produto por uma boa quantidade de dinheiro. Exemplo do Tênis * É um calçado esportivo que atende a necessidade de calçar nossos pés e permitir a prática de esportes. * É confortável. * É resistente. * É jovem. * Comunica estilo: pode ser jovem, conservador, pode ser chamativo ou discreto. * Revela nossa preferência esportiva: tênis, basquete, vôlei, futebol. * Revela preferência por um determinado atleta: Ronaldo, Guga. Giba. * Revela status: relacionado ao preço e a quantidade de pares que podemos ter. Por isso o tênis é um objeto de desejo tão cobiçado e de alto preço! 9.3.2 Satisfação A Satisfação do Cliente depende do desempenho do produto percebido em relação ao valor relativo, aos anseios do cliente. QI ESCOLAS E FACULDADES CURSOS TÉCNICOS – EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS A D M IN IS T R A Ç Ã O D E M A R K E T IN G Coordenação Pedagógica – Cursos Técnicos Pág. 39 Quanto maior a satisfação, maior o valor percebido, maior a disposição para pagar um preço elevado. Se o produto não corresponder à expectativa, o cliente ficará INSATISFEITO, se corresponder, ficará SATISFEITO, se exceder, ficará MARAVILHADO. 9.3.3 Qualidade É a totalidade dos aspectos e características de um produto ou serviço com capacidade de satisfazer as necessidades dos clientes. (American Society for Quality Control). 9.3.4 Equívocos sobre o Marketing “As empresas não podem garantir a vocês estabilidade no trabalho. Isso é algo que só os clientes podem fazer” (Jack Welch). Existem no mercado ideias errôneas sobre o marketing. Quais os equívocos que os Diretores-presidentes cometem referente ao marketing? Os equívocos referem-se aos seguintes aspectos: Função de marketing: qual sua verdadeira função. Capacidade de marketing: marketing influencia o negócio como um todo, pois se criam necessidades de desenvolver novos produtos. Expectativas: O marketing tem sempre que olhar para fora da caixa (out side the Box), ou seja, monitorar os clientes para produzir o que será comercializado, o que de fato o mercado está a fim de comprar. Dos itens citados anteriormente, duas ideias EQUIVOCADAS se destacam: MARKETING É VENDER: segundo Peter Druker, o objetivo de marketing é tornar supérfluo o esforço de vender, ou seja, descobrir situações não atendidas e fornecer soluções satisfatórias. A venda ocorre somente depois que existe o produto e o marketing
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