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Esquema Internacional

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NACIONALIDADE 
 A nacionalidade pode ser adquirida de dois 
modos: Originária e Derivada. 
- Originária: Adquirida com o nascimento; 
- Derivada ou Secundária: Adquirida por vontade 
posterior; 
 Nacionalidade originária pode se dar por dois 
critérios: 
Ius soli – É nacional aquele que nascer no solo do país 
(compreendendo extensões territoriais como navios de 
guerra e navios mercantes em alto mar); 
Ius sanguinis – É nacional aquele que for filho, ou seja, 
que tiver o SANGUE de nacional do país; 
 
No Brasil a regra é o ius soli – nasceu em solo 
brasileiro será brasileiro. 
Contudo, temos exceções onde a Constituição 
adotou o ius sanguinis. - Art. 12. São brasileiros: 
NACIONALIDADE ORIGINÁRIA OU PRIMÁRIA 
NO BRASIL 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do 
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que 
estes não estejam a serviço de seu país; 
ius soli + não ser filho de estrangeiros que 
esteja a serviço do seu país no Brasil. É a 
Regra da nacionalidade no nosso país. 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro 
ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles 
esteja a serviço da República Federativa do 
Brasil; 
ius sanguinis + o trabalho no exterior para o 
BR. 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou 
de mãe brasileira, desde que sejam registrados 
em repartição brasileira competente ou venham 
a residir na República Federativa do Brasil e 
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a 
maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
1º Parte: ius sanguinis + registro no exterior na 
repartição pública competente (em regra 
consulados); 2º Parte: nascimento no exterior + 
ius sanguinis + venha a residir no Brasil + 
maioridade + opção pela nacionalidade. 
 
 
 A opção, em qualquer tempo (mas depois de atingida a 
maioridade), pela nacionalidade brasileira. Assim, os filhos de 
brasileiros nascidos no exterior que vierem a residir no Brasil e, 
depois disso, alcançarem a maioridade, já poderão (de imediato) 
ingressar em juízo (Justiça federal) a fim de exercer o direito 
de opção pela nacionalidade brasileira. Nesse último caso, 
manifestada a opção, o Estado não lhes pode negar o 
reconhecimento da nacionalidade, pois aqui se está diante do 
que se denomina nacionalidade potestativa, que é aquela em 
que o efeito pretendido depende exclusivamente da vontade do 
interessado. 
 Os que vierem a residir no Brasil enquanto menores 
terão que aguardar a maioridade para o exercício do direito de 
opção, ficando na condição de brasileiros natos sub conditione 
(qual seja, a condição de opção pela nacionalidade brasileira, 
em qualquer tempo, após atingida a maioridade aos 18 anos). 
Aqui, tem-se que a nacionalidade potestativa fica suspensa até 
alcançar-se a maioridade de 18 anos 
 
Posição do STF: 
"São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai 
brasileiro ou de mãe brasileira, desde que venham a residir 
no Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade 
brasileira. A opção pode ser feita a qualquer tempo, desde 
que venha o filho de pai brasileiro ou de mãe brasileira, 
nascido no estrangeiro, a residir no Brasil. Essa opção 
somente pode ser manifestada depois de alcançada a 
maioridade. É que a opção, por decorrer da vontade, 
tem caráter personalíssimo. Exige-se, então, que o 
optante tenha capacidade plena para manifestar a sua 
vontade, capacidade que se adquire com a maioridade. 
Vindo o nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou de 
mãe brasileira, a residir no Brasil, ainda menor, passa a 
ser considerado brasileiro nato, sujeita essa 
nacionalidade a manifestação da vontade do 
interessado, mediante a opção, depois de atingida a 
maioridade. Atingida a maioridade, enquanto não 
manifestada a opção, esta passa a constituir-se em 
condição suspensiva da nacionalidade brasileira." (RE 
418.096, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 22-3-
2005, Segunda Turma, DJ de 22-4-2005.) 
 
 ATENÇÃO as mudanças do art. 12, I, “c” da CF que 
ocorreram com a EC de revisão nº 3 de 1994 (tirou a 
possibilidade do registro em repartição competente no 
exterior) e a EC nº 54/2007, pois as mesmas criaram uma 
situação para os nascidos entre as duas revisões que está 
regulada no art. 95 do ADCT: 
“Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 
1994 e a data da promulgação desta Emenda 
Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe 
brasileira, poderão ser registrados em repartição 
diplomática ou consular brasileira competente ou em 
ofício de registro, se vierem a residir na República 
Federativa do Brasil. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 54, de 2007)” 
 
 NACIONALIDADE DERIVADA OU SECUNDÁRIA NO BRASIL 
 
 A nacionalidade derivada pode se dar por três motivos diferentes: casamento, trabalho ou residência, a 
constituição brasileira menciona somente a hipótese de residência como forma de adquirir nacionalidade 
originária para estrangeiro. 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua 
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
1º Parte: poderão se naturalizar os estrangeiros que cumprirem os requisitos constantes na lei (ATENÇÃO a Lei 
é Nova: Lei nº 13.445/17 – Lei de Migração); 2º Parte: poderão se naturalizar os indivíduos originários de países 
de língua portuguesa que tenham residência ininterrupta de 1 ano no país e idoneidade moral. 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze 
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 
 
Para o estrangeiro não originário de país com língua portuguesa as exigências são a residência 
ininterrupta no território nacional por mais de 15 anos, ausência de condenação penal e requerimento de 
naturalização. 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor dos brasileiros, 
serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. (Parágrafo com 
redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
 
O caso do presente parágrafo trata-se de uma quase nacionalidade ou como a doutrina tem chamado 
brasileiros por equiparação. A reciprocidade se evidencia no presente caso, com o Decreto nº 3.927/01 
promulgou o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, entre a República Federativa do Brasil e a República 
Portuguesa, celebrado em Porto Seguro em 22 de abril de 2000. 
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos 
nesta Constituição. 
 
 
 AS DISTINÇÕES CONSTITUCIONAIS ENTRE BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS 
 
art. 5º, LI; 
art. 12, 3º; 
art. 12, § 4º, I; 
art. 89, VII (Conselho da República – seis brasileiros natos); 
art. 222 (propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão – brasileiros natos ou naturalizados há mais de 
10 anos). 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas; 
§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como 
condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; 
VII – de Ministro de Estado da Defesa. (Incisoacrescido pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) 
 
 Atenção, pois se todos os ministros do STF devem ser brasileiros natos, temos 
mais um cargo que é exclusivo de brasileiro nato, contudo o mesmo na está na lista do 
parágrafo 3º, que é o cargo de Presidente do CNJ (art. 103, § 1º, da CF). 
 
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	mateus inter - 2

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