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02/10/2017 Disciplina
https://www.passeidireto.com/arquivo/30356639/caso-concreto-7-penal-iv 1/2
Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato judicial, no dia 22 de 
março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida como Favela da Zebra, localizada em 
Goiânia/GO,quando foi visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que estava 
armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de cocaína para outro traficante, que o aguardaria em um Posto de 
Gasolina, sob pena de Astolfo ser expulso de sua residência e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se 
viu obrigado a aceitar a determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi 
abordado por policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi denunciado perante o juízo 
competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido preso em 
flagrante, foi concedida liberdade provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Astolfo, em suas 
alegações finais, confirmou que fazia o transporte da droga, mas alegou que somente agiu dessa forma porque foi 
obrigado pelo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda destacando que residia há mais de 50 anos na 
comunidade da Favela da Zebra e que, se fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois sequer possuía 
familiares e amigos fora do local. 
Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICOPROFISSIONAL Aplicada em 18/09/2016. MODIFICADA). 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n.11343/2006, responda de forma 
objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
A) A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente as possíveis teses defensivas. 
 
R: Sofreu coação moral irresistível, o que exclui a sua culpabilidade no elemento inexigibilidade de conduta diversa, 
devendo ele ser absolvido com base no artigo 386 Inc. VI do CPP. Subsidiariamente poderá suscitar a sua primariedade, 
seus bons antecedentes, que não se dedica a atividades criminosas e que não integra qualquer organização criminosa 
para ter sua pena reduzida com base no §4º do art. 33 da lei 11343/06. 
b) À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos? 
R: O entendimento atual do STF é que o traficante privilegiado não pratica conduta equiparada a hediondo, sendo 
inclusive cancelada a Súmula 512 do STJ 
c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade? 
 
R: É possível a conversão da PPL em PRD segundo o STF no crime de tráfico, desde que preenchidos os requisitos do art. 
44 do Cp, porque o STF declarou a inconstitucionalidade da vedação da conversão da PPL em PRD prevista no art. 44 da 
lei 13343/06, que teve a sua execução suspensa pela resolução n. 5 do Senado publicado 15- -2012. 02 
Questão Objetiva 
Jeremias integra de forma estável e permanente a estrutura da facção criminosa instalada em determinada comunidade, 
exercendo dupla função: é responsável por manter droga em depósito para revenda e, em outras oportunidades, serve 
como “fogueteiro”, em razão do que aciona fogos de artifício toda vez que percebe a ação de policiais ou de grupos rivais 
02/10/2017 Disciplina
https://www.passeidireto.com/arquivo/30356639/caso-concreto-7-penal-iv 2/2
naquela localidade, a fim de alertar os demais integrantes de sua facção. Nesse contexto, é correto afirmar que Jeremias 
pratica 
o(s) crime(s) previsto(s) no(s)artigo(s): 
a) 33, da Lei n° 11.343. de 2006. 
b) 33. 35 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006 
X c) 33 e 35, da Lei n° 11.343. de 2006. 
d) 33 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006. 
e) 35, da Lei n° 11.343. de 2006 
 
Letra: C

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