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Mecanismos microbianos de patogenicidade O QUE É...O QUE É ??? Patogenicidade Virulência Toxigenicidade Invasividade Conceito: PATOGENICIDADE Capacidade de causar doenças superando as defesas do organismo Conceito: VIRULÊNCIA Grau ou extensão da patogenicidade Conceito: TOXIGENICIDADE Capacidade de um microorganismo de produzir toxinas, podendo ser: Exotoxinas, quando a bactéria libera toxinas pra fora dela; Endotoxinas, quando as toxinas estão dentro da bactéria. Conceito: INVASIVIDADE Capacidade do microorganismo de invadir o tecido, seguida de inflamação. Mecanismos de transmissão de microorganismos Transmissão direta: implica no contato físico direto. Ex: mãos, pele, sangue, secreções. Transmissão indireta: se dá através de objetos contaminados. Ex: instrumentos, agulhas, curativos, luvas Mecanismos de transmissão de microorganismos Via fecal-oral. Contato sexual. Contato mão-boca, boca-olhos e boca-boca. Sangue contaminado. Transmissão de animal para animal, sendo o ser humano um hospedeiro acidental. Transmissão por um vetor artrópode. Herpes labial Agente Etiológico: Herpes simplex tipo I Transmissão: Vias aéreas (oral e respiratória); contato pessoa-pessoa; contato com objetos contaminados com o vírus. Sintomas: Formação de bolhas e feridas no tecido epitelial dos lábios. Acomete cerca de 90% da população mundial A grande maioria das pessoas possuem o vírus, mas são assintomáticos. Os sintomas aparecem quando a pessoa apresenta elevados níveis de stress, disfunção hormonal ou excessiva exposição à raios solares. Tratamento: Utilização de pomadas que inibem o desenvolvimento viral. Profilaxia: Evitar o contato com pessoas que apresentam os sintomas Evitar o compartilhamento de copos e talheres. Herpes simplex tipo I Vírus Capsulado 10 Hepatite B e C Agente Etiológico: Vírus da Hepatite B e C Forma de transmissão: Contato com o sangue de pessoas contaminadas. Geralmente o contágio se dá por contato sexual, compartilhamento de seringas e transfusão de sangue. Sintomas: Inflamação do fígado Dores de cabeça e do corpo Pele e olhos amarelados Náuseas Vômitos Tratamento: Utilização de medicamentos que inibem a ação viral. Profilaxia: Vacina – Hepatite B. Medicamentos antiviruais Hepatite C - Uso de preservativos nas relações sexuais, controle dos bancos de sangue, utilizar somente seringas descartáveis e não as compartilhar. A hepatite C se não tratada rapidamente pode evoluir para o quadro de cirrose. Hepatite B e C 1. Entrada do MO – PORTAS DE ENTRADA ETAPAS PARA OCORRÊNCIA DA DOENÇA BACTERIANA DE MODO GERAL, CADA MO TEM UMA PORTA DE ENTRADA PREFERENCIAL E O NÚMERO DE MO DEVE SER ALTO Mucosas: Trato respiratório, Gastrointestinal, Geniturinário Conjuntiva Portas de entrada dos microorganismos São as vias pelas quais os microrganismos conseguem penetrar no organismo: Membranas mucosas Pele Via parenteral Principais vias de entrada Boca (via digestiva): os agentes infecciosos penetram pela boca, junto com os alimentos, a água, ou pelo contato das mãos e objetos contaminados levados diretamente à boca. Isto acontece com os ovos de alguns vermes (lombriga), cistos de protozoários (amebas, giárdias), bactérias (cólera), vírus (hepatite A, poliomielite) e fungos; Principais vias de entrada Nariz e Boca (via respiratória): os agentes são inalados juntamente com o ar, penetrando no corpo através do nariz e ou boca, pelo processo respiratório. Como exemplos, temos: vírus da gripe, do sarampo e da catapora; bactérias responsáveis pela meningite, tuberculose e difteria; Principais vias de entrada Pele e Mucosa (via transcutânea): geralmente, os agentes infecciosos penetram na pele ou mucosa dos hospedeiros através de feridas, picadas de insetos, arranhões e queimaduras, raramente em pele íntegra. Como exemplos, temos: dengue, doença de Chagas e malária; Principais vias de entrada Vagina e Uretra (via urogenital): os agentes infecciosos penetram nos hospedeiros pelos órgãos genitais, por meio de secreções e do sêmen, nos contatos e relações sexuais. Assim ocorre a transmissão da sífilis, gonorréia, AIDS, tricomoníase, herpes genital e o papilomavírus humano. Pele: Lesões Folículos pilosos Ductos de glândulas Via Parenteral : quando depositados diretamente sob a pele ou mucosas e introduzidos por: Punções, Injeções, Picadas, Cortes, Ferimentos Cirurgias ETAPAS PARA OCORRÊNCIA DA DOENÇA BACTERIANA ETAPAS PARA OCORRÊNCIA DA DOENÇA BACTERIANA 2. Adesão dos MO aos tecidos do hospedeiro Previne a adesão: remoção pela saliva, cílios, muco, peristaltismo, espirro, vômitos, etc. Estruturas microbianas de aderência (adesinas ou ligantes: lipoproteínas, fimbrias ou glicoproteínas Nas células do hospedeiro: a adesão se dá em receptores específicos (geralmente açúcares) ETAPAS PARA OCORRÊNCIA DA DOENÇA BACTERIANA 3. O MO deve evadir do sistema imunológico Cápsulas: impede a fagocitose Não permite a aderência das células de defesa O hospedeiro pode produzir AC contra as cápsulas ETAPAS PARA OCORRÊNCIA DA DOENÇA BACTERIANA Proteína M: Encontrada na superfície celular e fímbrias do Streptococcus pyogenes Medeia a fixação do Dificulta a fagocitose Ceras: Medeia a fixação do Micoplasma tuberculosis Dificulta a fagocitose ETAPAS PARA OCORRÊNCIA DA DOENÇA BACTERIANA 4. O MO deve ter capacidade de disseminar pelo organismo do hospedeiro Leucocidinas: destroem neutrófilos e macrófagos (fagocitárias) e lisossomos dos leucócitos Lisossomo: organelas que têm como função a degradação de partículas advindas do meio extra-celular, assim como a reciclagem de outras organelas e componentes celulares envelhecidos ETAPAS PARA OCORRÊNCIA DA DOENÇA BACTERIANA Coagulase: degradam o fibrinogênio (coágulo protege a bactéria) Quinases: degradam a fibrina (dissolvem o coágulo formado para isolar a infecção) Hialuronidade: destroem o ácido hialurônico (responsável pela junção do tecido conjuntivo) Colagenase: rompe o colágeno (tecido conjuntivo) Hemolisinas e Leucocidinas Proteases ETAPAS PARA OCORRÊNCIA DA DOENÇA BACTERIANA 5. O MO pode penetrar nas células do hospedeiro Algumas bactérias aderem na superfície da célula do hospedeiro e produzem invasinas, que rearranjam os filamentos de actina do citoesqueleto 6. O MO deve obter nutrientes essenciais 7. O MO deve lesar as células do hospedeiro Lesão direta Endotoxinas Exotoxinas ETAPAS PARA OCORRÊNCIA DA DOENÇA BACTERIANA ETAPAS PARA OCORRÊNCIA DA DOENÇA BACTERIANA Toxinas: substâncias tóxicas, venenos. Podem ser: Exotoxinas Endotoxinas Várias toxinas, com efeitos diversos. Ex.: -Lactamase Toxina Colérica Enterotoxinas Toxinas eritrogênicas, etc Excretadas por bactérias vivas , bactérias Gram-Positivas e Gram-Negativas Natureza polipeptídica Instável – destruída a temperaturas acima de 60ºC Altamente antigênica – induz produção de antitoxina Não provoca febre Exotoxinas Estável Não forma antitoxina Leva a produção de anticorpo contra a fração polissacarídica Efeitos tóxicos: febres e distúrbios vasculares, que podem levar a um choque fatal; Podem ser responsáveis pela ocorrência de choque verificada em muitas infecções pós-cirúgicas e em tratamentos que induzem disseminação da flora intestinal Parte integrante da PC de bactérias Gram negativas Liberadas com a morte da bactéria e, em parte, durante o crescimento bacteriano Complexo lipopolissacarídio – Lipídeo A Endotoxinas EFEITOS CITOPÁTICOS (ECP) ECP: efeitos visíveis que podem levar à morte ou lesão de uma célula Efeitos Citocidas (morte celular) Acúmulo de um grande número de vírus em multiplicação Efeito das proteínas virais sobre a permeabilidade da membrana pllasmática Inibição do DNA, RNA e sínetese proteíca Efeitos Não Citocidas(lesão) ECP: Variam com o vírus Podem ser precoces ou tardias EFEITOS CITOPÁTICOS (ECP) Os efeitos citopáticos incluem: Alguns vírus citocidas cessam a mitose irreversivelmente (Herpes simples) O vírus citocida faz com que o lissossomo libere suas enzimas Formação de Corpos de Inclusão: Grânulos encontrados no citoplasma ou núcleo das célula infectadas. São, algumas vezes, partes virais . Muito usados para identificação do vírus que está causando a infecção, no caso da raiva, sarampo, entre outras. 31 Efeitos citopáticos virais Inibição do DNA, RNA e da síntese protéica Liberação de enzimas hidrolíticas no interior da célula Alteração da membrana celular Pode levar ao ataque do sistema imune Pode levar à fusão celular formando um sincício Toxicidade pela alta concentração de proteínas virais Formação de corpos de inclusão Podem lisar a célula hospedeira Anomalias cromossômicas Transformação da célula hospedeira (Câncer) EFEITOS CITOPÁTICOS (ECP) Alterações antigênicas na superfície da célula infectada 33 EFEITOS CITOPÁTICOS (ECP) - Alterações cromossômicas (vírus oncogênicos) Lesão cromossômica Oncogenes podem ser ativados após uma infecção viral Perda da inibição de contato, com TRANSFORMAÇÃO da célula Inibição de contato: uma célula cessa seu crescimento ao se aproximar de outra A TRANSFORMAÇÃO resulta em células anormais, em forma de fuso, com crescimento descontrolado 34 PATOGENICIDADEFUNGOS Os sintomas das infecções fúngicas podem ser causadas por cápsulas, toxinas e resposta alérgica Alguns fungos podem possuir fatores de virulência tais como: Proteases Cápsulas Toxinas importantes: Ergot – alcalóide alucinógeno – fonte natural do LSD, produzida por Ascomicetos Aflatoxina – carcinogênica – Aspergillus flavus Micotoxinas – Neurotoxinas – produzinda por alguns cogumelos que pode levar á morte Estudar: TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. 10ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. 934p. CAPÍTULO 15
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