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PSICOLOGIA 2

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CURSO MÉDIO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRIMÁRIOS 
EM EXERCÍCIO E À DISTÂNCIA 
 
 
 
 
 
PSICOLOGIAPSICOLOGIAPSICOLOGIAPSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 02 
 
 
 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
Ficha Técnica: 
 
Consultoria : 
• Rachael Elizabeth Thompson 
 
Coordenação: 
 
• Maria da Graça Eugénio Simbine da Conceição Brás - Directora do IAP 
• Luís João Tumbo - Chefe do Departamento Pedagógico do IAP 
Digitação: 
• Fátima Nhantumbo 
• Filomena Paulino Uamusse 
• Hermínio Banze 
 
Ilustração: 
• Bié Artes 
 
Maquetização: 
• Armando Machaieie 
• Moisés Ernesto Magacelane 
• Hermínio Banze 
 
Revisão: 
• Armando Machaieie 
• Moisés Ernesto Magacelane 
• Roberto Timóteo 
• Castiano Pússua Gimo 
Impressão : 
• Carlos Mundau Cossa 
• Esperança Pinto Muchine 
• Albino Vasco Sitoe 
• Alberto Maticoque Chirindza 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
CURSO MÉDIO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRIMÁRIOS EM 
EXERCÍCIO E À DISTÂNCIA 
(10ª + 2) 
 
 
 
 
PSICOLOGIA 
 
 
 
 
MÓDULO 02 
 
 
 
Elaboração: 
• Luís João Tumbo 
• Américo Buque 
• Lídia Alberto Coana Macaringue 
 
 
 
 
 
 4 
Caro(a) cursista: 
 
Com o 1º módulo você iniciou o estudo da Psicologia como ciência do comportamento 
humano em que os métodos, as bases biológicas e psicológicas de aprendizagem e a 
relação da Psicologia com outras ciências constituíram objecto de estudo. 
 
Agora com este 2º módulo você vai estudar o processo de Aprendizagem e seus 
elementos essenciais, nomeadamente: 
• Aprendizagem e maturação 
• Tipos de Aprendizagem 
• Teorias de Aprendizagem 
• Desenvolvimento da criança e do adolescente 
• Motivação, transferência e retenção de Aprendizagem 
 
 5 
O PROCESSO DE APRENDIZAGEM 
 
Actividades de estudo I 
Texto 1: A Aprendizagem 
O que é Aprendizagem? 
 
Caro(a) professor(a) 
 
A pergunta que o módulo nos coloca, leva –nos à reflexão daquilo que constitui a 
função principal do professor, que é de planificar e conduzir o processo de 
Aprendizagem dos alunos por forma que os conhecimentos sejam assimilados com 
sucesso. Com efeitos, será que já pensou nesta pergunta; que é também sua principal 
reflexão? Creio que sim, você tem estado a reflectir sobre esta pergunta. Por isso, 
antes de ler o texto, tente formular algumas definições de aprendizagem, pensando na 
sua própria experiência como professor. Pegue agora no papel e na esferográfica ou 
lápis para a formulação dessas definições. 
 
Caro(a) cursista 
 
Tentou? Vamos ver se você encontra alguma semelhança com a definição científica 
que a seguir se propõe. No entanto, o facto de não haver semelhança não quer 
necessariamente dizer que as suas ideias estão erradas. O exercício de formulação 
das definições poderá levá-lo a aprofundar a noção, o conceito sobre Aprendizagem. 
Não pense em certo ou errado, o que importa é a sua reflexão sobre o assunto, o que 
lhe facilitará a compreensão da definição que a seguir se propõe. Não se esqueça de 
que esta definição é uma dentre as várias abordagens científicas da aprendizagem. 
 
O CONCEITO DE APRENDIZAGEM 
 
Aprendizagem – é mudança relativamente duradoura no conhecimento, no 
comportamento ou na compreensão que resulta da experiência. 
 
A leitura, a escrita, o cálculo, a fala, a digitação são exemplos resultantes de 
Aprendizagem. 
 
Os comportamentos inatos e os de maturação são excluídos pela definição. 
 6 
 
Qualquer actividade humana praticada no ambiente em que vivemos pode levar-nos a 
uma aprendizagem. Desde que nascemos, estamos aprendendo e continuamos a 
aprender por toda a vida. Uma criança recém-nascida depois de um tempo suficiente 
da sua vida, passa a aprender a distinguir determinados sons das pessoas, dos 
animais, ou dos objectos, etc.; aprende a manipular um brinquedo, aprende a nadar. 
Quando a criança liberta-se da casa, com o domínio da marcha, passa a aprender as 
habilidades de lidar com as coisas, nadar, andar de bicicleta, etc., a: estabelecer 
contactos e a trabalhar junto com outras crianças. Jovens e adultos aprendem a 
recorrer à escola, etc. Portanto, as pessoas estão sempre aprendendo em casa, na 
rua, na escola, no trabalho e nas várias experiências da vida. Assim, podemos concluir 
que a aprendizagem é um acto que modifica o comportamento de um indivíduo através 
de sua imitação e experiência. Essa aprendizagem caracteriza-se de forma ampla e 
restrita. 
 
A aprendizagem, no sentido amplo, é quase sempre espontânea e surge 
naturalmente da interacção entre as pessoas e com o ambiente em que vivem; ou seja, 
pela convivência social, pela observação de comunicação, leituras, conversas, etc., as 
pessoas vão acumulando experiências adquirindo conhecimentos, formando atitudes e 
convicções. 
 
A aprendizagem, no sentido restrito, é aquela que tem por finalidade específica 
aprender determinados conhecimentos, habilidades, normas de convivência social. 
Embora isso possa ocorrer em vários lugares, é na escola em que são organizadas as 
condições específicas para a transmissão e assimilação de conhecimentos e 
habilidades. Esta organização intencional, planificada e sistemática das finalidades e 
condições da aprendizagem escolar, é tarefa específica do ensino. 
 
A ocorrência da aprendizagem depende de uma situação estimuladora, da pessoa 
que aprende e da resposta ao estímulo. 
 
Situação estimuladora – É a soma dos factores que estimulam os órgãos dos 
sentidos da pessoa que aprende. São estímulos: um nome falado em voz alta, uma 
ordem, como “sente-se”; uma mudança ambiental, como falta de energia eléctrica, etc. 
 
 7 
Pessoa que aprende – É o indivíduo atingido pela situação estimuladora. Para a 
aprendizagem, são importantes os órgãos dos sentidos, afectados pela situação 
estimuladora; o sistema nervoso central, que interpreta a situação estimuladora e 
ordena a acção; os músculos, que executam a acção. 
 
Resposta – É a acção resultante da estimulação e da actividade nervosa. Ouvindo 
chamar pelo nome, a pessoa responde; diante de uma “ordem”, a pessoa obedece; a 
falta de energia eléctrica, provocando escuridão, leva o indivíduo a riscar o fósforo. 
Todos esses factos resultam de comportamentos anteriormente aprendidos e que são 
repetidos sempre que a situação estimuladora ocorre. 
 
Resumindo: A aprendizagem depende de maturação. 
 
Texto 2: A maturação 
 
A maturação - é o processo interno do organismo, ligado principalmente ao 
crescimento e à diferenciação do sistema nervoso (factor biológico) que não depende 
de aprendizagem. Todavia, a capacidade de aprender de uma criança depende do 
estágio em que se encontra no seu desenvolvimento biológico. 
 
A aprendizagem só ocorre quando o organismo e o psíquico estão preparados. Por 
isso, a maturação estabelece limites para a aprendizagem. 
 
O processo de desenvolvimento biológico é constituído de mudanças físicas, mentais, 
sociais e morais que ocorrem continuamente no ser humano. 
 
Cada criança tem um ritmo diferente de maturação, embora a ordem em que aparecem 
as diferentes capacidades seja geralmente a mesma. A capacidade para falar precede, 
por exemplo, a capacidade para escrever. O espaço de tempo necessário para o 
aparecimento de cada uma das capacidades é que varia de criança para criança. 
Algumas crianças começam a falar com 1 ano e 8 meses, outras com 2 anos, outras 
ainda com 2 anos e alguns meses; algumas começam a escrever com 6 anos, outras 
com 6 anos e 6 meses. 
 
Escrever e falar envolvem aprendizagem, mas é preciso que o organismo da criançaesteja suficientemente maduro para que se inicie o processo de aprendizagem. 
 8 
 
Uma importante sequência prática desse facto é que todas as pessoas responsáveis 
pela educação de crianças devem respeitar o ritmo de seu desenvolvimento biológico, 
estando sempre atentas para perceberem se a criança já está apta para ter uma 
determinada experiência nova. Forçar uma criança a aprender algo para o qual não 
está biologicamente apta, pode prejudicar o seu crescimento. 
 
É importante que o professor procure esclarecer as famílias a respeito da maturação 
para a aprendizagem. 
 
Em volta de maturação pode-se resumir o seguinte: 
 
 
• A pessoa só aprende quandoo organismo e o psíquico 
estão preparados. 
 
• O processo de desenvolvimento biológico é constituído de 
mudanças físicas, mentais, sociais e morais que ocorrem 
continuamente no ser humano. 
 
• A maturação é um processo interno, não depende da 
aprendizagem. 
 
• A maturação estabelece limites para a aprendizagem. 
 
• Cada criança apresenta um ritmo próprio de maturação. 
 
• Pais e professores devem respeitar o ritmo de 
desenvolvimento da criança, procurando verificar, sempre, 
se ela está apta ou não para aprender. 
 
 
Todavia, a ocorrência da aprendizagem depende das diferentes formas que 
denominamos de: Tipos de Aprendizagem. 
 
Texto 3: Os tipos de Aprendizagem 
 9 
 
Desde o nascimento aprendemos muitas coisas na vida, diferentes umas das outras. 
Por exemplo aprender a ler e escrever; calcular; dançar; cantar; decorar uma poesia; 
saber o que é liberdade; saber que um substantivo pode ser comum ou próprio; etc. No 
entanto, a aquisição de conhecimentos, capacidades e habilidades pela pessoa, se 
processa com base nas diferentes formas de aprendizagem, designadas – Tipos de 
Aprendizagem. 
 
Sobre este assunto, Robert Gagné (1974) e outros estudiosos analisaram entre outros, 
os seguintes tipos de aprendizagem: 
 
- APRENDIZAGEM DE SINAIS 
 
Ter simpatias e antipatias, preferências, medo de água ou medo das alturas; chorar 
com facilidade; podem ser resultado da Aprendizagem de sinais, produzida por 
condicionamento respondente, também chamado condicionamento clássico. É 
conhecimento clássico quando o organismo aprende a responder ao estímulo 
condicionado apresentado isoladamente. 
 
Este tipo de aprendizagem é chamado de condicionamento respondente porque se 
refere a comportamentos involuntários, externos. Assim, diante da diminuição da 
intensidade luminosa, nossas pupilas se dilatam; diante de alimentos, salivamos; etc. 
 
A dilatação ou contracção da pupila, a salivação e o lacrimejar são comportamentos 
involuntários, isto é, mesmo não desejando, a pessoa os apresenta. 
 
O cientista russo Pavlov, que no início do século XX fez as primeiras experimentações 
sobre esse tipo de condicionamento, percebeu que seu cão salivava não só diante do 
alimento, mas também quando ele abria a porta para levar-lhe a comida. 
 
A partir dessa observação, iniciou uma experimentação: sempre que dava comida ao 
cão, tocava uma campainha. Depois de dezenas de vezes em que apresentou a 
comida simultaneamente com o som da campainha, o animal passou a salivar ao som 
da campainha, mesmo não lhe sendo oferecido alimento. A campainha passou a ser o 
sinal para a salivação. 
 
 10 
Na vida diária, as pessoas aprendem várias coisas por esse mecanismo, sem que 
estejam conscientes do que estão aprendendo. Por exemplo uma pessoa pode passar 
a chorar ao ouvir uma determinada música, pelo simples facto de estar frequentemente 
entre pessoas que manifestam tal comportamento; quando o pai demonstra antipatia 
por certo tipo de pessoas, a criança tende a ter o mesmo comportamento. 
 
- APRENDIZAGEM ESTÍMULO – RESPOSTA 
 
Neste caso, a aprendizagem consiste em associar uma resposta a um determinado 
estímulo. Por exemplo, o aluno se levanta quando o professor manda; o cão dá a pata 
quando o dono pede; o filho fica quieto quando a mãe determina. 
 
A associação estímulo – resposta é estabelecida mais facilmente quando a resposta é 
reforçada, ou seja, recompensada. É o caso do aluno que atende o professor e recebe 
uma palavra de estímulo; do filho que obedece à mãe e recebe uma barra de 
chocolate; etc. 
 
Este tipo de aprendizagem é também chamado condicionamento operante ou 
instrumental. É condicionamento operante quando a taxa de resposta aumenta 
relativamente à taxa original (estímulo). 
 
Portanto, o condicionamento que consiste em estímulos e respostas é classificado de: 
clássico ou operante. 
 
- APRENDIZAGEM POR CADEIAS MOTORAS 
 
Nenhum comportamento existe isoladamente: nadar consiste numa sucessão de 
movimentos, assim como andar de bicicleta, de mota ou de carro; tocar piano; dançar; 
jogar basquetebol. Cada um desses comportamentos compõe-se de uma sucessão de 
outros mais simples, formando uma cadeia contínua de estímulos e respostas. 
 
Em alguns casos, para que tais cadeias sejam aprendidas, é necessário que se 
sucedam umas às outras sempre na mesma ordem, e que sejam repetidas muitas 
vezes. Então, para aprender a nadar é preciso repetir os mesmos movimentos, na 
mesma ordem; para aprender a tocar uma música, o instrumentalista precisa repetir, 
muitas vezes, as mesmas notas na mesma ordem; mesmo para aprender a escrever 
 11 
letras do alfabeto ou números dígitos, a pessoa precisa repetir os mesmos movimentos 
na mesma ordem; etc. 
 
- APRENDIZAGEM POR CADEIAS VERBAIS 
 
A memorização torna-se mais eficiente quando associamos as palavras, formando 
cadeias. Neste caso, uma palavra funciona como estímulo para a lembrança de outra. 
Ao pensarmos em belo, recordamos um sinónimo (bonito) ou um antónimo (feio), etc. 
Ao aprendermos uma língua, associamos palavras com o mesmo significado, a figuras 
representativas e a semelhança com o vocabulário usual. O elo comum aos vários 
termos de uma cadeia pode facilitar a memorização. 
 
A palavra “floresta” pode associar-se com a palavra “leão” que deverá ser lembrada por 
meio de uma imagem visual de um “leão na floresta”. 
 
- APRENDIZAGEM DE DISCRIMINAÇÕES 
 
Discriminar consiste em dar respostas diferentes a estímulos semelhantes. Por 
exemplo, uma criança vê um passarinho e diz: “Pintassilgo”; vê outro e diz: “Andorinha”; 
vê um terceiro e grita: “Canário”, etc. Os três passarinhos são semelhantes – têm 
características iguais (duas patas, corpo coberto de penas, duas asas, cabeça, bico), 
mas têm também características diferentes (cor, tamanho, forma de cauda) e a criança 
aprende a discriminar, a distinguir essas diferenças, atribuindo nomes distintos 
(diferentes) a cada tipo de passarinho. 
 
Com efeito, quanto mais o indivíduo se aperfeiçoa numa área de estudo ou num 
domínio da realidade, tanto mais aprende a discriminar o que estuda. Para o leigo 
(desconhecedor) tudo é peixe, é cachorro, é automóvel, mas para o especialista, cada 
peixe tem seu nome, cada cachorro é identificado por sua raça e, cada automóvel é 
distinguido por sua marca. Neste sentido, o aluno aprenderá com a ajuda sábia do 
professor, a distinguir as características de cada uma das letras do alfabeto ou de cada 
um dos números dígitos por forma a que a imagem de cada uma das letras ou de cada 
um dos números dígitos conheça uma memorização consolidada. 
 
- APRENDIZAGEM DE CONCEITOS 
 
 12 
Na aprendizagem de conceitos, acontece o contrário do que ocorre na aprendizagem 
de discriminações: o indivíduo aprende a dar uma resposta comum a estímulos 
diferentes em vários aspectos. Por exemplo, uma pessoa aprende o conceito de 
“pássaro”– “um animal que voa e com corpo coberto de penas, com duas patas e 
duas asas, e com um bico e cauda”. Mas se é lhe perguntada “sabía” que nunca viu o 
identificará como um pássaro. Isto significa que na aprendizagem de discriminação, 
nova aprendizagem é efectuada. 
 
O conceito é uma representação mental de uma classe de estímulos ou objectos, que 
por definição inclui uns e exclui outros. 
 
O conceito de “cachorro” inclui todos os cachorros e exclui vacas, porcos, etc… 
 
O conceito de “vegetal” inclui laranjeiras, eucaliptos, milho, e exclui animais, etc… 
 
A formação de conceitos ocorre em quatro níveis sucessivos: 
1º) Nível concreto – A criança reconhece um objecto já visto numa situação 
anterior. Por exemplo, reconhece uma bola vermelha ou um brinquedo que já 
havia visto. 
 
2º) Nível de identidade – O indivíduo reconhece um objecto ao vê-lo sob uma 
perspectiva diferente ou ao percebé-lo por meio de um aspecto sensorial 
diferente. Por exemplo, reconhece um gato visto de lado ou frente, ou 
reconhece o gato pelo miado. 
 
3º) Nível classificatório – A pessoa inclui inúmeros exemplos na classe do 
conceito e exclui outros. Isso é o que ocorre quando a criança define por 
finalidade ou pelo que faz. Por exemplo, o objecto que corta “a faca”; o animal 
que faz “au-au” o “cachorro”. 
 
4º) Nível formal – A pessoa sabe definir um conceito, fazer uma lista das 
características dos elementos nele incluídos e distingue-o de outros. Ao atingir 
este nível, o indivíduo sabe dizer o que é uma árvore, o que é um cachorro, o 
que é um animal, e não apenas identificá-los entre outros seres. 
 
 
 13 
 
 
- APRENDIZAGEM DE PRINCÍPIOS 
 
Princípio é uma cadeia de dois ou mais conceitos. Para aprender um princípio é 
necessário ter aprendido previamente os conceitos que o formam. “Para calcular a área 
do quadrado, multiplica-se um lado por ele mesmo”. Este é um princípio que só será 
aprendido se os conceitos (área, quadro, multiplicar, lado) forem conhecidos e quando, 
diante de um problema, o indivíduo for capaz de aplicar o princípio para chegar à 
solução. 
 
Caro(a) cursista 
 
Com base no exemplo sugerido, procure sozinho apresentar o esboço de um quadro, 
identifique o que representa: 
a) A área do quadrado 
b) Cada um dos quatro lados do quadrado 
c) A fórmula para o cálculo da área do quadro e, em seguida discute com 
os outros a solução encontrada. 
 
- APRENDIZAGEM POR SOLUÇÃO DE PROBLEMAS 
 
Esta é a forma superior de aprendizagem, pois permite à pessoa enfrentar suas 
dificuldades, solucionar seus problemas mediante a aplicação de princípios conhecidos. 
Se alguém propõe o seguinte problema: “Calcule a área de um quadrado que tem 10 
metros de lado”, basta aplicar o princípio de cálculo de área dos quadrados, que é 
multiplicado 10 por 10, para obter a resposta: 100m2 
 
Para que o indivíduo possa solucionar os problemas, é necessário que conheça os 
princípios aplicáveis, seja capaz de lembrar-se deles e de praticá-los conforme o caso. 
A solução de problemas é uma necessidade bastante frequente entre pessoas adultas: 
por exemplo, que roupa a vestir; o que preparar para o almoço; que itinerário (caminho) 
seguir até ao posto de trabalho; como fugir de um congestionamento; etc. Estes, são 
apenas alguns exemplos de problemas cuja solução exige, do indivíduo, a aplicação de 
princípios. A pergunta sobre como melhor conduzir o processo de aprendizagem dos 
alunos de forma atraente, clara e compreensível, constitui o problema específico do 
 14 
dia-a-dia dos professores, o que pressupõe a escolha de métodos e técnicas correctos 
e adequados. 
 
- APRENDIZAGEM OBSERVACIONAL 
 
Aprendizagem que ocorre como resultado da observação do comportamento dos 
outros. Assim sendo, a aprendizagem observacional inclui os processos de imitação e 
de identificação. Nesse sentido, os alunos aprendem a escrita do alfabeto e dos 
números dígitos imitando os exemplos do professor. 
 
- APRENDIZAGEM POR DESCOBERTA 
 
Caracteriza-se por dedução e inferência, com a orientação e o fornecimento de 
recursos pelo professor. A aprendizagem por descoberta enfatiza a actividade e a 
investigação do aluno, em vez da transmissão de informação pelo professor. Para que 
isso aconteça é preciso que os docentes planifiquem tarefas que estimulem tal 
finalidade. 
 
- APRENDIZAGEM POR TENTATIVA (ENSAIO) E ERRO 
 
Aprendizagem que ocorre como consequência da tentativa de várias respostas a um 
dado estímulo até que uma atinja o efeito desejado, o que a torna mais provável de ser 
repetida. 
 
Caro(a) cursista 
 
Uma vez chegado ao fim do estudo dos tipos de aprendizagem, com que impressão 
ficou sobre o assunto, na sua qualidade como professor? 
 
Haverá um tipo de aprendizagem melhor que outros? Ou acha que sua função de 
ensinar deverá incluir uns e excluir outros? 
 
Será que o conhecimento dos tipos de aprendizagem, lhe traz alguma vantagem no 
processo de orientação de aprendizagem dos alunos? 
 
Caro(a) cursista 
 15 
 
Queremos concordar consigo ao defender a tese de que, de facto, entre os tipos de 
aprendizagem não existe nenhum que é melhor que outros, porque todos eles são 
importantes e todos concorrem para o sucesso de aprendizagem dos alunos. Por isso, 
o conhecimento dos diferentes tipos de aprendizagem permite ao professor seleccionar 
métodos e técnicas de acordo com o nível de desenvolvimento dos alunos, e adequar 
os procedimentos tendo em vista obter rendimento eficiente, sem causar distúrbios, 
bloqueio ou preconceito no aluno, o que significa a garantia de sucesso por parte de 
quem ensina e de quem aprende. 
 
 
Caro(a) cursista 
 
Em torno do assunto “tipos de aprendizagem” podemos, juntamente consigo, 
estabelecer o seguinte resumo: 
 16 
• Ao longo da vida aprendemos muitas coisas de formas diferentes através de 
entre os tipos de aprendizagem os seguintes: Aprendizagem de sinais, estímulo-
resposta; por cadeias motoras, por cadeias verbais, de discriminações de 
conceitos, de princípios, por solução de problemas, observacional, por 
descoberta e por tentativa e erro. 
• Aprendizagem de sinais é aquela em que, diante de um estímulo externo, a 
pessoa apresenta respostas involuntárias. 
• Aprendizagem de estímulo-resposta é a que a pessoa associa a uma resposta a 
determinado estímulo. 
• Aprendizagem de cadeias motoras consiste em dominar uma sucessão de 
movimentos essenciais a determinado comportamento. 
• Aprendizagem de cadeias verbais é a que consiste na associação de palavras de 
forma a facilitar a memorização. 
• Aprendizagem de discriminações é a que consiste em dar respostas diferentes a 
estímulos semelhantes. 
• Aprendizagem de conceitos é a que consiste em dar uma resposta comum a 
estímulos diferentes em vários aspectos. 
• Aprendizagem de princípios é a que consiste em encadear dois ou mais 
conceitos para formar um princípio. 
• Aprendizagem por solução de problemas consiste em analisar problemas e 
aplicar princípios conhecidos para resolvê-los. 
• Aprendizagem observacional é a que consiste nos processos de imitação e de 
identificação. 
• Aprendizagem por descoberta é a que consiste na busca de informação pelo 
aluno e no fornecimento de recursos pelo professor. 
• Aprendizagem por tentativa e erro é a que consiste no estabelecimento de várias 
respostas a um dado estímulo até que se atinja uma que se torna mais provável 
de ser repetida. 
 
Caro(a) cursista 
 
Os tipos de aprendizagem que se implementam através de métodos e técnicas de 
ensino seleccionados, se orientam em conformidade com os factoresfundamentais que 
se julgam condicionar a construção dos conhecimentos no indivíduo. Esses factores se 
denominam de “teorias de aprendizagem”. 
 17 
 
Falando de teorias podemos entender teoria como uma construção intelectual pela qual 
determinadas leis se ligam a um princípio de que pode ser rigorosamente deduzidas. 
 
Caro(a) cursista 
 
Entremos agora no estudo do texto seguinte: 
 
Texto 4: As teorias de Aprendizagem 
 
Em função dos factores fundamentais que se julgam condicionar a construção dos 
conhecimentos no indivíduo são apresentadas, entre outras, as seguintes teorias de 
aprendizagem: 
• Teoria cognitivo-desenvolvimentista 
• Teoria comportamentalista 
• Teoria maturacionista 
 
TEORIA COGNITIVO-DESENVOLVIMENTISTA 
 
É uma teoria que tem as suas raízes no pensamento de Jean Piaget. Os seus estudos 
permitiram-lhe provar que o conhecimento é construído pela criança através da 
interacção com o ambiente. A teoria dos estádios do desenvolvimento cognitivo 
constitui a base da aprendizagem construtivista. Para esta teoria, o conhecimento não 
existe no exterior do indivíduo. Sustenta que não faz sentido situar o conhecimento aqui 
ou acolá, porque se trata de uma construção da criança sempre que age com o 
ambiente. O conhecimento é o resultado da interacção das experiências externas, quer 
sejam físicas ou sociais, com as estruturas internas. É a partir dessa interacção que 
surge a motivação para aprender. Daí que a criança aprende tanto mais quanto mais 
estimulante for o problema que pretende resolver. 
 
TEORIA COMPORTAMENTALISTA (BEHAVIORISMO) 
 
Os nomes que mais contribuíram para a divulgação desta teoria foram Watson e 
Skinner. Estes autores defendem que as forças mais importantes na aprendizagem da 
criança são externas. Skinner é o pai da teoria do condicionamento operante e acredita 
que o comportamento positivamente reforçado tende a repetir-se, enquanto o 
 18 
comportamento ignorado ou punido tenderá a desaparecer. A teoria 
comportamentalista assume que toda a aprendizagem é resultado da experiência. 
Ensinar é transferir o conhecimento que existe no ambiente para a mente da criança, 
pouco a pouco, a partir do simples para o complexo. A simplificação do conhecimento e 
a divisão do saber em pequenas parcelas constituem duas características centrais da 
teoria comportamentalista. A planificação rigorosa das experiências de aprendizagem 
revela-se uma tarefa essencial no processo de ensino. A prontidão para aprender 
depende das aprendizagens anteriores. A motivação impõe-se do exterior. O papel do 
professor é planificar, guiar, emitir estímulos e organizar de forma directa o ensino. 
 
TEORIA MATURACIONISTA 
 
Quando falamos de maturacionismo, não podemos deixar de evocar o nome de Arnold 
Gesell que, nos anos 40 e 50, desenvolveu um trabalho notável na Universidade de 
Yale, de que resultou um conjunto de livros sobre a criança. Esta teoria explica as 
mudanças de comportamento pela maturação física do sistema nervoso, o qual é 
controlado pelos genes, através da hereditariedade. As diferenças no comportamento 
não são atribuídas, a diferença na experiência, mas à hereditariedade. De acordo com 
esta teoria, como é que a criança desenvolve as competências intelectuais, tais como 
falar, contar e ler? Gesell dirá que as experiências influenciam o que a criança 
aprende, mas o quando aprende depende basicamente da maturidade intelectual e 
física da criança. 
 
Caro(a) cursista 
 
A matéria por você estudada até aqui já é bastante. Por isso, mude de actividade, 
testando seus conhecimentos através da resolução dos exercícios propostos no texto 
que se segue: 
 
Texto 5: Exercícios de aplicação 
 
Verifique sua aprendizagem 
I 
 
1. Assinale, com um X nos parênteses, cujas alternativas são coerentes com a 
definição da aprendizagem. 
 19 
a) ( ) A aula expositiva deve ser o método principal do ensino de 1º grau. 
b) ( ) O principal papel do professor é incentivar na criança a capacidade de 
aprender, oferecendo um ambiente variado e flexível, propício a jogos e 
actividades de pesquisa individual e/ou grupal. 
c) ( ) A aprendizagem é principalmente acumulação de informação. 
d) ( ) O jogo propicia o desenvolvimento da capacidade de aprender. 
 
2. Assinale, com um X nos quadradinhos, cujas alternativas são coerentes com os 
comandos estabelecidos: 
 
2.a) A aprendizagem ocorre quando há: 
 1. ensino. 3. modificação no comportamento 
 
 2.. reforço. 4. processo de crescimento. 
 
 
2.b) Há certos comportamentos que não constituem aprendizagem, como: 
 
 1. respiração, digestão.. 3. falar, calcular. 
 
 2.. andar de bicicleta e nadar 4. ler e escrever. 
 
2.c) O papel do professor na aprendizagem é de: 
 
 1. facilitar o desenvolvimento da capacidade de aprender do aluno 
 2. ensinar aos alunos a aquisição de conceitos. 
 3. resolver os problemas dos alunos. 
4. fazer observação sistemática de jogos. 
 
II 
 
1. Defina a maturação com suas próprias palavras. 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________ 
 20 
 
2. Quando é que a aprendizagem se processa no indivíduo? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
______________________________________________ 
 
 
 
III 
 
1. Qual é o tipo de aprendizagem dominante: 
a) No processo da escrita inicial das letras do alfabeto? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________ 
 
b) Nas situações em que o professor apenas se limita a fornecer bases para os 
alunos buscarem informação sobre os vários assuntos? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________ 
 
1. Indique os tipos de aprendizagem que seleccionaria para o sucesso do seu trabalho 
com alunos. 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________ 
 
IV 
 
 21 
1. De acordo com as afirmações que se apresentam, escreva o nome da teoria de 
aprendizagem ou dos pensadores da teoria em questão: 
a) O início e o desenvolvimento do acto da fala são sinais essencialmente 
dependentes do estágio biológico do indivíduo. 
 
b) Este pensador é quem se dedicou ao estudo sistemático da evolução mental 
da criança. 
 
c) As diferenças no comportamento são atribuídas à hereditariedade. 
 
d) A construção do conhecimento no indivíduo tem como base as forças 
externas. 
 
e) Os factores internos do indivíduo são determinantes no processo da 
construçãodo conhecimento. 
 
f) Estes pensadores sustentam que os factores externos são mais importantes 
na aprendizagem da criança. 
 
g) Este autor considerou hereditariedade como sendo factor determinante das 
diferenças no comportamento. 
 
Caro(a) cursista 
 
Tendo acabado de resolver os exercícios propostos, confira suas respostas. Assim, 
você respondeu da seguinte forma: 
 
I 
 
1.a) ( ) Na afirmativa a você não assinalou. Porque a aula expositiva reforça uma 
atitude passiva na criança e o fundamental na educação é justamente o 
contrário: desenvolver o pensamento autónomo e a capacidade de agir sobre 
o meio. 
 
1.b) ( X ) 
 
 22 
1.c) ( ) A mera acumulação de informações não deve ser o objectivo da educação. Se 
o aluno for incentivado a pensar, procurará por si mesmo as informações que 
lhe interessarem. Por isso você não assinalou. 
 
1.d) ( X ) 
 
2.a) 
 1. ensino. 3. modificação no comportamento 
 
 2.. reforço. 4. processo de crescimento. 
 
2.b) 
 1. respiração, digestão.. 3. Falar, calcular. 
 
 2.. andar de bicicleta e nadar 4. Ler e escrever. 
 
2.c) 
1 
2 . 
3 
 4. 
 
 
 
 
 
II 
 
1. A resposta equivale à definição do texto. Compare. A maturação é o processo de 
desenvolvimento biológico do homem e envolve mudanças físicas, sociais e morais 
que ocorrem continuamente no ser humano. 
2. A aprendizagem se processa no indivíduo quando o organismo e o psíquico estão 
preparados. 
 
III 
 
 23 
1.a) Aprendizagem por cadeias motoras. 
1.b) Aprendizagem por descoberta. 
 
 
IV 
 
1.a) 
1.b) 
 
1.c) 
1.d) 
 
1.e) 
 
Caro(a) cursista 
 
Uma vez confirmado a sua aprendizagem, volte a ler os textos se registou algumas 
dificuldades e, se não tiver dúvidas, prossiga com o estudo do módulo, passando para 
a 2ª parte – Actividades de estudo II. 
 
A personalidade como aqueles traços relativamente duradouros de um indivíduo que 
explicam por suas maneiras características de se comportar, tem a base do seu 
desenvolvimento a actividade. Cada etapa de desenvolvimento do indivíduo há uma 
actividade dominante. Assim, na idade pré-escolar a actividade dominante é o jogo; na 
idade escolar a actividade dominante é a aprendizagem, e na idade juvenil a 
actividade dominante é o trabalho. Na escola, o desenvolvimento da criança e do 
adolescente é orientado com base na aprendizagem, como actividade dominante. 
Neste processo, cabe ao professor seleccionar os conteúdos, métodos e meios de 
ensino, o tipo de linguagem a utilizar e as condições da realização do ensino e da 
aprendizagem. No entanto, é importante aqui esclarecer que cada teórico tem a sua 
forma de abordagem, sobretudo no que concerne à formação e desenvolvimento da 
personalidade do indivíduo. Todavia, a teoria mais divulgada defende que a 
personalidade do indivíduo forma-se e se desenvolve na e pela actividade. 
 
 
ACTIVIDADES DE ESTUDO II 
 Teoria maturacionista 
Jean Piaget 
Teoria maturacionista 
Teoria comportamentalista 
Teoria cognitivo-desenvolvimentista 
 24 
 
 
Texto 1: O desenvolvimento da criança e do adolescente 
 
Factores biológicos e ambientais no desenvolvimento da criança 
 
Vamos iniciar nosso estudo, analisando a aprendizagem e sua relação com o 
desenvolvimento da personalidade da criança. Vamos juntos compreender os 
aspectos básicos desse processo, procurando perceber o quanto essa compreensão 
poderá ajudá-lo na sua actuação como professor. 
 
O desenvolvimento da criança ocorre pela acção conjunta e simultânea de vários 
factores. Estes factores dividem-se em dois grandes grupos: factores biológicos e 
factores ambientais. Os aspectos psicológicos (relacionados às emoções, à 
inteligência e ao comportamento) aparecem como resultados da interacção destes dois 
tipos de factores que se subdividem em: 
• Factores biológicos: hereditariedade e congénitos e 
• Factores ambientais: ambiente físico e meio social (família, comunidade). 
 
Cada novo indivíduo se desenvolve a partir da união entre o óvulo e o espermatozóide. 
A esta união damos o nome de concepção. O óvulo traz no seu núcleo a carga 
hereditária da mãe, sob a forma de genes. O gen é uma substância química que 
contém a carga hereditária; os tipos de genes e sua distribuição no núcleo determinam 
o que é transmitido de uma geração para a seguinte. É por isso que os factores 
hereditários são também chamados de factores genéticos. 
 
O mesmo ocorre com o espermatozóide, isto é, no seu núcleo está presente a carga 
hereditária do pai, sob a forma de genes. A união do óvulo com o espermatozóide da 
origem à primeira célula do novo indivíduo. A carga genética (ou hereditária) desta 
célula foi formada a partir das cargas genéticas da mãe e do pai da criança, contidas 
respectivamente no óvulo e no espermatozóide. 
 
A nova carga genética é diferente e única e vai determinar as características próprias 
do novo ser. A célula inicial vai se dividir e se desenvolver até que a criança esteja 
pronta para nascer. Depois do nascimento os factores genéticos continuam a 
 25 
influenciar no desenvolvimento da criança, porém, a partir daí, começam a entrar em 
jogo também os factores ambientais. 
 
Você deve ter entendido que os factores hereditários ou genéticos são transmitidos de 
geração em geração através dos genes. A carga genética é única para cada indivíduo, 
determinando, portanto, suas características originais. 
 
Note que há uma excepção a esta última afirmação: somente os gémeos idênticos 
(irmãos gémeos que se originam da mesma célula inicial, resultante da união de um 
óvulo com um espermazóide) possuem a mesma carga hereditária. Daí a extrema 
semelhança que apresentam entre si. As diferenças de personalidade que podem 
ocorrer entre gémeos idênticos resultam em grande parte da interferência dos factores 
ambientais, já que suas potencialidades genéticas são idênticas. 
 
Apareceu aqui um termo que talvez seja novo para você: potencialidade. 
Potencialidade refere-se ao possível, ao que ainda não se manifestou. Potencialidades 
genéticas são as capacidades e características que cada indivíduo é capaz de 
desenvolver, são determinadas pela carga genética ou hereditária. 
 
As potencialidades de cada indivíduo são únicas e o principal objectivo de educação 
deve possibilitar o seu desenvolvimento máximo. É fundamental que o professor 
respeite a individualidade de cada aluno. Você já sabe que há fundamentos biológicos 
profundos que reforçam a importância do desenvolvimento da originalidade de cada 
ser. 
 
O desenvolvimento das potencialidades genéticas vai depender da relação do indivíduo 
com o meio. Esta relação, como você mesmo pode concluir, constitui a interferência 
dos factores ambientais no desenvolvimento da personalidade. 
 
Você, como professor, tem uma grande responsabilidade, já que actua na educação, 
um dos principais factores ambientais. Vamos falar, agora, sobre os factores biológicos 
congénitos. 
 
Os factores congénitos são aqueles que interferem no desenvolvimento da criança 
durante a gestação e o parto. 
 
 26 
Se a mãe tiver rubéola nos primeiros meses de gravidez, por exemplo, seu filho poderá 
nascer com algum distúrbio, sendo o mais comum, nesse caso, a surdez. Este é um 
exemplo de interferência durante a gestação. Vamos apresentar um relacionado ao 
parto: um parto muito difícil, que provoque demora acentuada no começo da respiração 
do bebé, pode causar lesões cerebrais e, como consequência,dificuldades para 
aprender a falar, deficiências motoras, etc. 
 
Em resumo: 
• O desenvolvimento da criança dá-se por meio da acção conjunta de factores 
biológicos (hereditários e congénitos) e factores ambientais (do ambiente físico e 
do meio social). 
• Factores hereditários são aqueles determinados ou transmitidos geneticamente. 
• A carga genética determina uma série de potencialidades do indivíduo as quais 
podem desenvolver-se ou não. 
• A educação visa ao desenvolvimento das potencialidades do indivíduo; é 
importante que o professor respeite a individualidade dos alunos. 
• A educação está entre os factores ambientais que mais influenciam o 
desenvolvimento ou não das potencialidades. 
• Factores congénitos são aqueles que interferem no desenvolvimento da criança 
durante a gestação e o parto. 
 
 
Caro(a) cursista 
 
Verifique a sua aprendizagem. 
 
I. Relacione a coluna da esquerda com a da direita,. escrevendo, nos parênteses, 
a letra correspondente. (as letras podem se repetir na coluna da esquerda.) 
 
 27 
1. ( ) Predisposição a doenças no bebé, causada 
por má nutrição da mãe durante a gravidez. 
2. ( ) Relação da criança com o professor no 
processo educativo. 
3. ( ) Parto muito complicado, causando problemas 
no bebé. 
4. ( )Tipo de atraso mental herdado dos pais. 
5. ( ) Carência prolongada de contacto afectivo com 
a mãe durante a primeira infância provoca 
geralmente atraso no desenvolvimento da 
criança. 
6. ( ) Gémeos idênticos têm as mesmas 
potencialidades iniciais para o 
desenvolvimento da inteligência. 
 
 
A - Factor ambiental 
 
B – Factor hereditário 
 
C – Factor congénito 
 
Caro(a) cursista 
 
Confira suas respostas. 
I. Você acertou se pensou assim: 
1) (C) Percebeu que a má nutrição da mãe é um factor congénito, pois actua no 
desenvolvimento da criança durante a gravidez, provocando problemas na 
vida do bebé. 
 
2) (A) Lembre-se da importância desse dado para você como profissional. A sua 
própria personalidade e forma de actuação no seu trabalho de educação são 
muito importantes para o desenvolvimento dos seus alunos. A sua actividade 
está ligada a um dos aspectos da influência ambiental. Você sabe que a 
educação tem um sentido amplo abrangendo a relação da criança com o 
mundo físico (objectos, natureza, alimentos, etc.), com a família e com a 
comunidade (incluindo a escola e você mesmo). 
 
3) (C) Interferências que não sejam hereditárias e que ocorram até o momento 
do parto são chamados factores congénitos. Você pode perceber que tanto 
os factores congénitos quanto os hereditários são inatos, isto é, a criança já 
nasce sob sua influência. 
 28 
 
4) (B) O próprio termo herdado dos pais já diz tudo. Trata-se de um atraso 
mental ocasionado por factores hereditários ou genéticos, transmitidos de 
geração em geração, através dos genes. 
 
5) (A) Você está sabendo aplicar o que aprendeu a situações novas, pois a 
informação contida neste item não lhe foi dada antes. Veja bem o quanto a 
afectividade interfere no desenvolvimento da criança. Perceba a importância 
deste dado para você: já foi provado que a criança aprende muito mais se tem 
um relacionamento afectivo com o professor. O desenvolvimento intelectual 
está intimamente relacionado com o desenvolvimento emocional, pois a 
própria divisão emocional/intelectual é apenas para efeito de estudo – o ser 
humano é uma unidade integrada, sendo estes dois aspectos partes 
integrantes da sua totalidade. 
 
6) (B) Estas mesmas potencialidades iniciais correspondem à carga hereditária 
que, nos gémeos idênticos, é igual. 
 
 
Caro(a) cursista 
 
Se você teve dúvidas, retorne ao texto para se esclarecer, antes de prosseguir. 
 
Estágios do desenvolvimento da criança e do adolescente 
 
No assunto anterior você viu que as potencialidades da criança desenvolvem-se 
através da sua relação activa com o meio. 
 
Veremos, agora, os vários estágios do desenvolvimento, desde o nascimento da 
criança até a adolescência, segundo a teoria de Piaget. 
 
O processo de desenvolvimento leva gradativamente a criança a uma adaptação cada 
vez maior ao ambiente. A adaptação começa com os primeiros reflexos1 do recém –
nascido e progride estágio por estágio até chegar ao raciocínio adulto. 
 
 29 
A passagem de um estágio para outro acontece graças à contínua atitude criadora da 
criança em relação ao seu próprio corpo, aos objectos e às pessoas que a rodeiam. 
 
A criança, ao passar pelos vários estágios de desenvolvimento, vai adquirindo novas 
habilidades que enriquecem o conjunto de suas habilidades anteriores. Seu 
pensamento vai se tornando cada vez mais complexo e flexível, até atingir o potencial 
máximo que é o do estágio das operações formais. 
 
As idades em que se alcançam esses estágios variam bastante, pois dependem da 
motivação, das experiências e do meio cultural da criança. Uma criança pode ter a 
idade correspondente a um determinado estágio, mas não se encontrar nele por não 
apresentar as aquisições que o caracterizam. 
 
Piaget distingue quatro estágios principais no desenvolvimento da inteligência: 
sensório-motor, pré-operatório, das operações concretas e das operações formais. 
 
Estagio sensório-motor 
 
O estágio sensório-motor vai do nascimento ao momento em que se inicia a 
linguagem. Nesse estágio, a criança estabelece relações com o ambiente através de 
percepções e movimentos. 
 
O próprio nome sensório-motor origina-se da percepção (sensório) e movimento 
(motor). 
 
Nesse período, a inteligência é prática, isto é, manifesta-se através das acções da 
criança. 
 
Bem, vamos ver como surgem as primeiras relações da criança com o mundo. 
 
O recém-nascido não tem a capacidade de organizar as suas percepções, portanto, 
não vê as pessoas e as coisas, não se percebe como um ser diferente em relação ao 
mundo. Para ele não existe separação eu/mundo, pois se encontra em um estado 
indiferenciado de percepção. Ele, as coisas e as pessoas estão como que misturadas. 
 
1 Reflexos: movimentos inatos que não dependem de intenção. Ocorrem espontaneamente sem a intervenção da 
memória ou da inteligência. 
 30 
Durante esse estágio do desenvolvimento, a criança vai construindo, pouco a pouco, a 
noção de um mundo exterior e de si própria. 
 
Isso se dá através da assimilação2 do mundo exterior às suas actividades. A criança 
exercita seus reflexos, que se vão tornando cada vez mais organizados e complexos. 
 
Gradualmente vão se desenvolvendo as áreas de percepção (visual, auditiva, 
gustativa). Os exercícios reflexos tornam-se mais complexos, transformam-se em 
hábitos e há uma organização progressiva da percepção. A criança começa a reagir a 
sons e, depois, procura localizá-los. Começa a ter capacidade de pegar objectos, 
manipulá-los e, a partir daí, vai desenvolvendo, pouco a pouco, a noção de objecto. 
 
A noção de permanência do objecto vai se formando através das experiências 
sensório-motoras e da maturação do sistema nervoso. Sua inteligência vai se 
desenvolvendo, a criança começa a realizar acções que visam a um determinado fim e 
que permitem maior exploração e experimentação do meio ambiente. 
 
Com isso, a criança está no final do estágio sensório-motor e seu pensamento 
caracteriza-se pelo aparecimento de capacidade de reagir, de pensar sobre objectos e 
acontecimentos que não pode observar imediatamente.É bom ressaltar que concomitante ao desenvolvimento mental ocorre uma mudança na 
afectividade da criança, ou seja, vão surgindo as primeiras emoções que, assim como a 
inteligência, vão se diferenciando até que a criança desenvolva os primeiros 
sentimentos dirigidos. 
 
Estágio pré-operatório. 
 
As limitações entre um estágio e outro não são rígidas e estáticas. Durante a transição 
de um estágio para outro a criança pode apresentar características de ambos. 
 
As aquisições de cada estágio são a base sobre a qual se formarão as novas 
habilidades do seguinte. Essas novas habilidades incluem as anteriores que adquirem, 
então, uma nova organização e amplitude. 
 
 31 
Aqui as actividades sensório-motoras começam a tomar um novo aspecto: o da 
representação. A criança começa a formar imagens internas de suas acções. Isso 
ocorre paralelamente com a formação da capacidade de simbolizar3, que é a base para 
a gradativa aquisição da linguagem. Esta aquisição vai se prolongando à medida em 
que os sons são relacionados a determinadas situações, pessoas e objectos. 
 
No início deste estágio, é muito comum a criança representar situações através de 
jogos simbólicos. 
 
Tais jogos têm também importância no desenvolvimento da afectividade na criança. Ela 
relembra situações dolorosas ou agradáveis e, através dos jogos, alivia sua angústia, 
realizando desejos insatisfeitos ou revivendo momentos agradáveis. 
 
Nessa fase, a linguagem é um marco importante e indica o início da comunicação da 
criança com as pessoas. 
 
 À medida que a criança começa a comunicar-se, começa, também, a tomar 
consciência de si mesma, de uma forma ainda confusa. 
 
A característica de sua linguagem é o monólogo que, ainda, acompanha seus jogos 
simbólicos e vai modificando-se até que a criança atinja uma real capacidade de 
socialização e cooperação. 
 
É o ponto em que todos os aspectos da personalidade do ser humano são interligados. 
Você poderá perceber que linguagem, inteligência e afectividade desenvolvem-se 
coordenadamente . No entanto, a criança não percebe o ponto de vista dos outros. É o 
carácter irreversível do seu pensamento: a criança não tem a capacidade de perceber 
que determinadas acções podem ser realizadas no sentido inverso. 
 
Seu pensamento é também animista. Tem a tendência de dar vida a objectos 
inanimados. A criança conversa com boneca, pedaços de pau… e acha que a lua e as 
nuvens a seguem nos seus passeios. 
 
 
2 Assimilação: incorporação de novos dados do mundo exterior às actividades da criança. É um dos mecanismos que 
gera o desenvolvimento mental. 
3 Simbolizar: actividade pela qual a criança associa sons a factos, pessoas e objectos (início da linguagem). Quando 
ela fala “água” usa o símbolo (palavra, som) para representar o objecto (água). 
 32 
Como vê, o seu egocentrismo4 deixou de relacionar-se a experiências concretas para 
tornar-se um egocentrismo relacionado ao pensamento. 
 
Outra característica do pensamento da criança neste estágio é o artificialismo. A 
criança acha que as coisas da natureza foram construídas pelo homem, ou por uma 
actividade divina que fabrica as coisas da mesma maneira que o homem. As 
montanhas “crescem”, porque se plantaram pedrinhas depois de tê-las fabricado, os 
lagos foram escavados, etc. Para a criança, não há contradição entre o artificialismo e 
o animismo porque, para ela, os próprios bebés foram “construídos” e são vivos e 
dotados de intencionalidade. As coisas, portanto, podem ser vivas e dotadas de 
intencionalidade e, ao mesmo tempo, terem sido construídas pelos homens. 
 
É importante saber que se deve respeitar essa forma de assimilação da realidade pela 
criança, tanto pela linguagem quanto pelos jogos simbólicos. Não adianta querer fazê-
la compreender logicamente o mundo, enquanto seus esquemas de pensamento não 
forem capazes disso. 
 
Os jogos simbólicos e a actividade do pensamento egocêntrico vão provocando, 
através da assimilação das coisas aos esquemas da criança, uma ampliação desses 
esquemas para que cheguem a acomodações mais precisas à realidade. 
 
Vão ocorrendo, então, modificações mais importantes nos esquemas de acção da 
criança como o desenvolvimento da intuição. 
 
A intuição é um mecanismo que substitui a lógica, que a criança não apresenta neste 
estágio. É uma acomodação mais precisa a realidade do que o pensamento 
egocêntrico anterior, mas ainda pré-lógico. É uma simples interiorização de percepções 
e movimentos sob a forma de imagens representativas e experiências mentais, que 
permitem a criança perceber certas relações de objectos e conjuntos de objectos, sem 
estabelecer entre eles uma coordenação. Essa forma de percepção é uma 
característica do pensamento intuitivo irreversível (depende dos aspectos perceptivos). 
 
É por isso que chamamos a este estágio de pré-operário. A criança não tem 
capacidade de realizar operações, pois estas só são possíveis quando o pensamento 
torna-se reversível. Isso ocorre no estágio seguinte das operações concretas. 
 
4 Egocentrismo: visão de tudo a partir de seu próprio ponto de vista. 
 33 
 
Estágio das operações concretas 
 
O estágio das operações concretas caracteriza-se pelo evoluir do pensamento da 
criança para situações cada vez mais concretas. As relações imediatas da intuição, que 
dependem dos aspectos perceptivos, transformam-se num sistema coerente de 
relações objectivas. Isso se deve a uma nova característica do pensamento – a 
reversibilidade – que é a capacidade de operar, de estabelecer relações mais estáveis 
e coordenadas entre os objectos e seus vários aspectos. As operações ocorridas no 
pensamento correspondem às operações matemáticas como possibilidade para adição, 
multiplicação, seriação, etc. 
 
Este estágio coincide também com o começo da escolaridade da criança e com a 
diminuição do egocentrismo, havendo uma genuína cooperação com outras pessoas, o 
que substitui o brinquedo isolado das fases anteriores. 
 
Aparecem, agora, novas formas de organização que asseguram a inteligência da 
criança um equilíbrio mais estável. 
 
Outra característica marcante do pensamento da criança neste estágio e a noção de 
conservação, que significa o reconhecimento de que a quantidade permanece 
constante apesar da mudança da forma. 
 
Piaget nos mostra a seguinte experiência: 
Apresenta-se à criança um copo largo e baixo com água, a qual deve ser derramada 
num copo alto e fino. Pergunta-se, então, a ela, qual dos dois copos tem mais água. Se 
ela responder que a quantidade de água continua a mesma, é porque adquiriu a noção 
de conservação de quantidade. 
 
As noções de conservação ou permanência de substâncias, peso e volume, surgem 
gradativamente e indicam a evolução do pensamento da criança. Ela já consegue 
perceber, também, a conservação de outros aspectos dos objectos (comprimento, 
massa, superfície, etc.) 
 
Para perceber a permanência de determinados aspectos dos objectos é necessário ter 
a noção de reversibilidade, já comentada, isto é, a capacidade de parar o processo em 
 34 
qualquer ponto e voltar, pelo menos mentalmente, ao seu ponto original. Se a criança, 
na aprendizagem concreta de aritmética, divide dez bolinhas em grupos de cinco, pode 
inverter o processo (isto é, tornar reversível), combinado os dois grupos num único 
grupo de dez. 
 
A reversibilidade permite que explore vários caminhospara a resolução de uma 
situação. Quando um deles não dá certo, ela pode retornar ao começo e iniciar de 
novo. 
 
As noções de conservação indicam que a criança já consegue fazer uma diferenciação 
entre as partes e o todo de um dado conjunto. 
 
Esta diferenciação presume um sistema essencial de operações lógicas, que é a base 
das noções de classe (classificação). Refere-se à capacidade de encaixar as partes 
do todo, lembrá-lo enquanto o divide nas suas partes e tornar reversíveis estas acções 
mentais de modo que elas voltem ao estado anterior. A capacidade de perceber a 
permanência e a de classificar são relacionadas e desenvolvem-se pouco a pouco, à 
medida que a criança desenvolve reversibilidade. 
 
A partir daí, a criança consegue diferenciar os vários aspectos do mundo, sem 
confundi-los como no estádio anterior (animismo, artificialismo), em que a criança 
confundia homens com coisas, e no estágio intermédio, em que a criança diferencia 
homens de coisas, mas confunde estas últimas. 
 
Outra importante aquisição do raciocínio no estágio operatório é a capacidade de 
seriação, isto é, de ordenar tamanhos, pesos e volume, do menor para o maior. A 
capacidade de ordenar segue a mesma ordem que a de conservar, em relação aos 
diferentes aspectos: tamanho e/ou comprimento, peso ou volume. 
 
 Se são dados à criança vários pedaços de pau de tamanhos diferentes, ela consegue 
ordená-los do menor para o maior, usando um método operatório que faz com que a 
operação seja realizada de uma só vez. 
 
A capacidade de seriar é um pré-requisito para a capacidade de contar (não 
imitativamente, por memória, mas por raciocínio). Neste caso, a criança está 
ordenando quantidade. 
 35 
 
 
 1 2 3 4 
 
Todas essas aquisições do pensamento devem ocorrer naturalmente, de forma que a 
criança chegue a elas através de jogos, manipulação de objectos, em que as soluções 
para os possíveis problemas não sejam ensinadas à criança. Ela própria as descobrirá 
na medida em que for estimulada e exercitar seus esquemas de acção de maneira 
livre, a fim de que ocorram as necessárias assimilações para consolidar esses 
esquemas, que na época adequada se acomodarão mais à realidade objectiva com a 
criação de conjuntos novos de esquemas mais aperfeiçoados, coordenados entre si e 
integrados. Estes novos esquemas partem dos anteriores e os incluem neste novo 
arranjo de possibilidades de pensar e agir sobre a realidade. 
 
Em suma, em relação ao pensamento e raciocínio há um grande avanço nesta fase. A 
reversibildiade possibilita que a criança realize operações, estabelecendo relações 
lógicas entre os objectos em seus diversos aspectos (quantidade, tamanho, peso, 
volume, relações parte/todo, seriação, etc.). O estágio chama-se estágio de operações 
concretas porque a criança só consegue operar com objectos, manipulados 
directamente e, pouco a pouco, representados mentalmente. 
 
A evolução da linguagem acompanha a do raciocínio; a criança vai dominando cada 
vez melhor os símbolos e as relações entre eles. 
 
No nível de socialização, adquire capacidade de realmente cooperar, isto é, operar em 
conjunto, consegue coordenar suas actividades com a das outras crianças e conversar, 
admitindo e entendendo o ponto de vista dos outros. Isto porque a reversibilidade da 
maior amplitude à sua linguagem que, de egocêntrica que era no estágio anterior, 
passa a ser socializada. Além disso, a criança já adquiriu maior maturidade afectiva, a 
partir de suas próprias vivências neste sentido. 
 
Adquire, ainda, uma moral mais racional e autónoma, que se relaciona ao respeito em 
relação aos outros, crianças e adultos. 
 
 36 
Toda essa evolução ocorre gradativamente e há casos de crianças que demoram mais 
a socializar-se, devido a algum problema afectivo, de aprendizagem ou a 
características de personalidade. 
 
 
Estágio das operações formais 
 
O estágio das operações formais corresponde à adolescência. Nele há o aparecimento 
do pensamento formal, isto é, um pensamento que não depende do conteúdo concreto 
dos objectos e suas imagens. As operações podem realizar-se sem que haja uma 
experiência com objectos e se tornam mais amplas e coordenadas. O adolescente 
pode pensar acerca de coisas que não existem e criar toda uma série de hipóteses e 
raciocínios sobre elas. 
 
Há uma grande evolução do seu pensamento e mudanças significativas a nível de 
socialização (participação cada vez maior na sociedade adulta, na comunidade mais 
ampla) e afectividade (primeiras relações amorosas, questionamento dos valores dos 
pais, necessidade de independência, etc.) 
 
Em resumo: 
 
 37 
 
• Segundo Piaget, o desenvolvimento ocorre em quatro estágios: sensório-motor, 
pré-operatório, das operações concretas e das operações formais. 
• Ao passar pelos vários estágios, as crianças vão adquirindo novas habilidades. 
• No estágio sensório-motor as crianças fazem uso exclusivo das percepções e 
movimentos para compreensão da realidade; e há evidência de inteligência. 
Nesse estágio a criança exercita seus esquemas de acção, por exemplo, 
pegando objectos próximos e sacudindo-os ou movimentando-se para alcançá-
los. 
• No estágio pré-operatório – caracterizado pelo aparecimento da linguagem, 
surgimento do pensamento, início da actividade simbólica e evidências do 
animismo, artificialismo, egocentrismo, intuição e irreversibilidade. as crianças 
são capazes de: interiorizar a linguagem; relacionar sons definidos a objectos, 
situações, acções e pessoas; expressar seu mundo interior através do corpo e 
da voz, nas brincadeiras; conceber as coisas como vivas e dotadas de intenção; 
acreditar que as coisas da natureza foram construídas pelo homem ou por uma 
actividade divina; ver tudo a partir de seu próprio ponto de vista; ter o 
pensamento baseado nas suas percepções. 
• No estágio das operações concretas – caracterizado pela reversibilidade, 
capacidade de realizar operações, cooperar – as crianças são capazes de: 
realizar acções e voltar a realizá-las em sentido contrário; interiorizar acções 
físicas reversíveis; aceitar o ponto de vista dos outros; perceber a permanência 
da quantidade de uma substância em formas variadas (princípio da 
conservação). 
• No estágio das operações formais – caracterizado pela capacidade de 
formulação de hipóteses, raciocínio verbal e cooperação mais desenvolvida - o 
adolescente é capaz de demonstrar raciocínio independentemente da realidade 
concreta. 
 
 
 
Caro(a) cursista 
 
Verifique sua aprendizagem. 
 
 38 
I. Escreva ao final de cada afirmativa Sim ou Não conforme estejam correctas ou 
incorrectas. 
1 A criança desenvolve-se através de sua relação passiva com o meio ambiente. 
_________________________ 
2 A adaptação da criança ao ambiente começa com os primeiros reflexos do recém-
nascido e progride, estágio por estágio, até chegar ao raciocínio adulto. 
____________________________ 
3 Toda criança em idade de alcançar determinado estágio sempre apresenta todas as 
características deste estágio. ___________________ 
4 Os quatro estágios no desenvolvimento da inteligência são o sensório-motor, o pré-
operatório, o das operações concretas e o das operações formais. 
______________________________ 
5 Os aspectos afectivo e mental são inseparáveis. ____________________ 
6 A criança passa do estágio de indiferenciação do eu a um estágio em que se 
percebe como um ser separado do que a cerca. _________________ 
 
I. Escreva V ou F, nos parênteses, conforme as proposições sejam verdadeiras oufalsas. 
1. ( ) No estágio de desenvolvimento sensório-motor, a criança tem uma 
inteligência prática, isto é, apenas testemunha a existência de um 
esforço de compreensão das situações. 
 
2. ( ) No estágio sensório-motor a criança só utiliza suas percepções e 
movimentos. 
 
3. ( ) No início, a criança percebe o mundo como um todo diferente de si 
mesmo. 
 
4.( ) Com um ano, o desenvolvimento da criança caracteriza-se pela exploração 
e experimentação do meio ambiente. 
 
5. ( ) Animismo é a tendência que a criança, no estágio de dois a sete anos, 
tem de dar vida aos objectos inanimados. 
 
6. ( ) No artificialismo, a criança pensa que todas as coisas da natureza foram 
construídas pelo homem. 
 39 
 
7. ( ) As explicações da criança sobre o mundo obedecem a uma lógica. 
 
8. ( ) A intuição é um mecanismo que substitui a lógica que a criança não 
apresenta no estágio pré-operatório. 
 
9. ( ) A intuição é um simples interiorização de percepções e movimentos sob a 
forma de imagens representativas e experiências mentais. 
 
10. ( ) No estágio pré-operatório, a criança não tem capacidade de realizar 
operações matemáticas, pois estas só são possíveis quando o 
pensamento torna-se reversível. 
 
II. Complete as lacunas correctamente 
1. No estágio pré-operatório, as actividades sensório-motoras começam a tomar um 
novo aspecto: o da ________________________ 
2. Quando a criança faz de conta que lê, telefona, usando gestos já aprendidos, ela 
está representando através de ___________________ 
3. Os jogos simbólicos são importantes no desenvolvimento da __________ na 
criança. 
4. Na fase da linguagem, a criança deixa de viver apenas de acções e percepções e 
passa a usar a linguagem e o _______________________ 
5. O estágio em que as acções da criança se ligam somente ao que ela percebe no 
momento em que se movimenta chama-se _______________ 
6. No estágio pré-operatório, a forma de linguagem da criança é a do ______ 
7. A incapacidade que a criança tem de realizar uma determinada acção em sentido 
contrário chama-se ______________________ 
8. A criança consegue fazer uma diferenciação entre as partes e o todo, reconhece 
que a quantidade permanece constante apesar da mudança de forma, pela 
propriedade de _____________________ 
9. A capacidade de encaixar as partes no todo, lembrá-lo enquanto o divide nas suas 
partes e tornar reversíveis estas acções mentais de modo que elas voltem ao 
estado anterior chama-se _______________________ 
 
I. Responda. 
1. O que caracteriza o estágio do pensamento formal? 
 40 
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
______________________________________________________ 
 
Caro(a) cursista 
 
Confira as suas respostas. 
 
I. Você deve ter respondido assim: 
1. NÃO. O desenvolvimento da criança é decorrente de sua relação activa com o 
meio ambiente. 
2. SIM. 
3. NÃO. Nem todas as crianças alcançam determinado estágio com a mesma idade, 
pois as aquisições, muitas vezes, são feitas de maneira desigual, em períodos 
diferentes. 
4. SIM. 
5. SIM. 
6. SIM. 
 
I. As respostas correctas são as seguintes: 
1. (V); 
2. ( V) ; 
3. (F)Ppara o recém-nascido, não existe separação eu-mundo, pois ela não tem 
capacidade de organizar suas percepções. 
4. ( V ) 
5. ( V ) 
6. ( V ) 
7. ( F) As explicações da criança sobre o mundo não obedecem a uma lógica, mas a 
uma forma egocêntrica de pensamento em que as coisas agem e pensam como ela 
mesma. 
8. ( V ) 
9. ( V ) 
10. ( V ) 
 
 41 
I. As palavras que completam as lacunas correctamente são: 
1. representação; 2. jogos simbólicos; 3. linguagem; 
4. pensamento; 5 sensório-motor; 6 monólogo; 
7. irreversibilidade; 8. conservação; 9. classificação. 
 
II. Você pode ter respondido, com outras palavras, o seguinte: 
1 No estágio do pensamento formal as operações podem realizar-se sem que haja 
uma experiência com objectos e se tornam mais amplas e coordenadas. O 
adolescente pode criar toda uma série de hipóteses e raciocínios acerca de coisas 
que não existem. Há uma grande evolução do seu pensamento a nível de 
socialização (participação cada vez maior na sociedade adulta e na comunidade 
mais ampla) e afectividade (primeiras relações amorosas, questionamento dos 
valores dos pais e necessidade de independência). 
 
 
 
 
Caro(a) cursista 
 
Se você respondeu correctamente os exercícios propostos, prossiga com o estudo, 
passando para o último assunto do módulo. 
 
Texto 2: Motivação, transferência e retenção da aprendizagem 
 
A MOTIVAÇÃO 
 
Os professores preocupados em obter bons resultados usam recursos, métodos e 
técnicas variados, porém nem sempre alcançam seus objectivos por faltar aos 
alunos a motivação para aprender. 
 
Motivação é a vontade ou interesse que nasce no interior do indivíduo ligado à 
incentivação. 
 
A incentivação é a estimulação vinda de fora. 
 
 42 
A motivação está relacionada com a satisfação de necessidades. Quando uma 
necessidade é satisfeita, deixa de motivar o comportamento. Quando as 
necessidades do indivíduo são frustradas, ele se torna uma pessoa resistente, 
não cooperativa, pondo em prática mecanismos de oposição, ou seja, apresenta 
um comportamento desajustado. O conhecimento e a competência constituem 
as necessidades psicológicas que os alunos se mostram essencialmente 
motivados para a sua satisfação e que se revelam com a aplicação da 
transferência da aprendizagem. 
 
A TRANSFERÊNCIA DA APRENDIZAGEM 
 
Todo o processo que, no contexto de resolução de problemas, permite a aplicação de 
conhecimentos anteriormente adquiridos ou permite a complementaridade ou 
continuidade de situações de aprendizagens anteriores, é denominado de 
transferência de aprendizagem. 
 
As aprendizagens anteriores podem ser transferidas, facilitando o sucesso da nova 
aprendizagem. As habilidades anteriores interferem na aquisição do novo 
conhecimento. Se a pessoa, por exemplo, aprender a usar o fogão a gás, é 
lógico que não lhe será difícil a cozinhar com o fogão eléctrico. Também 
podemos notar que, um piloto pode aprender a dirigir um novo tipo de avião com 
muito mais facilidade do que um motorista de autocarro. Também os alunos 
poderão aprender com muito mais facilidade a introdução a multiplicação que 
parte da adição de parcelas iguais que constitui já o domínio por parte destes. 
Contudo, a transferência pode facilitar ou impedir a aprendizagem de certos 
factos, conceitos, processos, crenças, atitudes, etc. Assim, cabe aos professores 
o trabalho de desenvolver novos modos de ensinar a fim de que o aluno possa 
utilizar sua aprendizagem para resolver problemas imediatos ou a longo prazo 
tanto em situações semelhantes como em situações diferentes e mais 
complexas. Todavia, só falaremos da transferência se os conhecimentos 
adquiridos estiverem conservados na memória do indivíduo. 
 
A RETENÇÃO DA APRENDIZAGEM 
 
A aprendizagem não poderia ocorrer se o indivíduo não se “recordasse” de alguma 
coisa de suas experiências e estudos anteriores. Em outras palavras, você assiste à 
 43 
aula ou lê um texto; depois de algum tempo, recorda-se do tema da aula e de detalhes 
dela, e também lembra-se de algo do que leu no texto. 
 
A ideia de retenção está ligada à memória. Reter significa armazenar uma informação, 
armazenar um conteúdoestudado. 
 
A retenção é maior quando o aluno recebe a informação por mais de um canal 
sensorial: ouve, vê e lê, fala, escreve, experimenta. 
 
Também retém-se mais facilmente um conteúdo exercitado, aplicado em situações 
novas. 
 
Quanto mais concreta e significativa for a aprendizagem, maior será a possibilidade de 
retenção. 
 
A revisão periódica da matéria constitui uma das formas para facilitar a retenção. É com 
as revisões que evitamos encarar o outro lado da moeda: o esquecimento. 
 
Caro(a) cursista 
 
Você concluiu, com a leitura desta parte, o estudo do módulo. Como é já uma prática, a 
testagem das capacidades após a aprendizagem de um assunto, prove os seus 
conhecimentos, respondendo aos exercícios seguintes: 
 
1. Relacione a coluna da esquerda com a da direita, escrevendo, nos parênteses, a 
letra correspondente. 
 44 
a) ( ) A correcção e entrega de provas 
de avaliação realizadas por alunos 
pelo professor em tempo útil, 
constitui um dos factores 
primordial para a garantia do 
sucesso de aprendizagem e 
promoção de interesse 
permanente. 
 
b) ( ) A introdução dos conceitos “par e 
ímpar” tem sido mais fácil pelo 
facto de os alunos terem o 
domínio pleno dos números 
naturais. 
 
c) ( ) O agrupamento que é introduzido 
pelo professor relativo aos 
animais domésticos e selvagens, 
contribui para o alargamento do 
conceito “animais” nos alunos. 
 
d) ( ) A variação de estímulos que é 
promovida pelos professores 
através de proposta de tarefas 
que levam à aplicação de canais 
visual, auditiva, cinestésico, etc. 
constitui uma das condições para 
melhor compreensão e fixação do 
aprendido. 
 
A – Motivação da aprendizagem 
 
B – Transferência da aprendizagem 
 
C – Retenção da aprendizagem. 
 
1. Qual é o outro lado da moeda do esquecimento? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________ 
 
 45 
Caro(a) cursista 
 
Tendo acabado de resolver os exercícios propostos, confira as suas respostas: 
 
De certeza você respondeu assim: 
 1.a) (A) 
 1.b) (B) 
 1.c) (B) 
 1.d) (C) 
 
 2. É a retenção/memorização. 
 
Caro(a) cursista 
 
Agora que você já concluiu o estudo do módulo, o que lhe resta é realizar uma 
avaliação perante o seu tutor. Para isso, precisa de realizar antes mais uma testagem 
que permite verificar os conhecimentos adquiridos durante o estudo de todo o módulo 
através dos exercícios de auto-avaliação. 
 
Por isso, verifique a sua aprendizagem. 
 
 
AUTO-AVALIAÇÃO 
 
I 
 
1. Escreva, nos parênteses, F se a afirmativa for falsa e V se for verdadeira. 
a) ( ) Motivação e incentivação representam duas maneiras iguais de caminhar o 
indivíduo por um trilho comum. 
 
b) ( ) Todo o incentivo à motivação baseia-se nas necessidades do educando. 
 
c) ( ) As necessidades que se relacionam com a valorização da pessoa pelos 
outros fazem parte das necessidades sociais. 
 
d) ( ) As necessidades do indivíduo interferem no seu comportamento social. 
 46 
 
2. Qual é o processo que condiciona a participação das habilidades anteriores do 
indivíduo na aquisição de novos conhecimentos? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________ 
 
3. Qual é a finalidade da revisão das matérias? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________ 
 
 
II 
 
4. Enumere os estágios de desenvolvimento do raciocínio segundo Piaget. 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________ 
 
5. Diferencie Aprendizagem da maturação. 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________ 
 
6. Diga que tipo de aprendizagem dominante para a iniciação da escrita na 1ª classe. 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________ 
 
7. Quais os pensadores que mais divulgaram a teoria Behaviorista? 
 47 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________ 
 
 
 
Chave de correcção da Auto-Avaliação 
 
Caro(a) cursista 
 
Você deve ter respondido assim: 
Questões Respostas 
I 
1 
a) (F) Motivação e incentivação têm significação diferente. Motivação 
é a vontade interior do indivíduo. Incentivação é estimulação 
externa. 
 
b) ( V ); c) ( V ); d) ( V ) 
2 A participação das habilidades anteriores do indivíduo no processo de 
aquisição de novos conhecimentos é condicionada pela transferência 
de aprendizagem. 
3 A revisão das matérias tem a finalidade de promover a facilitação de 
retenção. 
II 
4 
Segundo Piaget, os estágios de desenvolvimento do raciocínio são: 
sensório-motor, pré-operatório, das operações concretas e das 
operações formais. 
5 Aprendizagem é uma mudança relativamente duradoura no 
conhecimento, no comportamento ou na compreensão que resulta da 
experiência. 
 
Maturação é o processo interno do organismo, ligado principalmente 
ao crescimento e à diferenciação do sistema nervoso que não 
depende de aprendizagem. 
6. Para a iniciação da escrita na 1ª classe domina a aprendizagem por 
cadeias motoras. 
 
 48 
7. Os pensadores que mais divulgaram a teoria Hehaviorista são: 
Watson e Skinner. 
 
 
 
Caro(a) cursista 
 
Se você acertou todas as questões colocadas na Auto-Avaliação e se sente capaz, 
poderá apresentar-se ao tutor do seu Núcleo Pedagógico para realizar a avaliação. Se 
cometeu algum erro, volte ao estudo dos textos até desfazer as suas dúvidas , só se 
considere em condições de ser avaliado quando estiver seguro da sua aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia 
 
 
1. MARCOZZI, Alayde Madeira et all (1977): ensino à criança, Livro Técnico, Rio de 
Janiero 
2. ROYNER, Eric (1982): O triângulo do ser humano, Edição 70, São Paulo. 
3. FALCÃO, Gérson Marinho (1988): Psicologia de Aprendizagem, Ática, São Paulo. 
4. SPRINTHALL, Norman A. et all. (1993): Psicologia Educacional,. McGRAW-Hill, 
Lisboa, 
5. STRAITTON et all (1994) . Dicionário de Psicologia,. Casa Verde, São Paulo. 
 49 
6. MARQUES, Ramiro. (2000): Dicionário Breve de Pedagogia, Artes Gráficas, 
Lisboa. 
7. PILETT, Claudino. (2001): Didáctica Geral,. Ática,

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