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Historia da Enfermagem 4 aula

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HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL
 
Profª.: Fabíola Fortes
ANA NÉRI (ANA JUSTINA FERREIRA NÉRI)
Nasceu em Cachoeiro do Paraguaçu, Bahia/ 1814. Durante a Guerra do Paraguai, apresentou-se como voluntária ao presidente da província, para servir como enfermeira nos hospitais de sangue.
 Possuía três filhos: O Cadete da Escola militar, Pedro Antônio Néri, que veio a falecer em 1904, como capitão, e dois médicos: Justiniano de Castro Rebelo, morto na guerra e Isidoro Antônio Néri filho, falecido em 1898. Seus filhos estiveram ao seu lado no combate, assim com seus dois irmãos, ambos Tenentes coronéis, Manoel Gerônimo e Joaquim Maurício Ferreira.
 Era viúva do Capitão Isidoro Antônio Néri.
Em 1865 partiu para a Bahia, a fim de realizar sua missão, ajudando a todos os feridos em Salto, Corrientes, Humaitá e Assunção, montando aí, uma enfermaria em sua própria casa.
Em 1870, retomou ao Paraguai trazendo consigo três órfãos de soldados, educando-os e cuidando como se fossem seus próprios filhos. O governo imperial, sensibilizado com seu gesto, ofereceu-lhe uma pensão, para que nada faltasse as crianças.
Ana Néri faleceu no Rio de Janeiro em 1880, sempre prestando serviços ao povo. Foi considerada excelente para o serviço de atendimento, então condecorada com duas medalhas: “Humaitá” e da “ Companhia”.
Em 1923, por iniciativa de Carlos Chagas, no Rio de Janeiro, foi fundada a primeira escola de enfermagem, chamada Ana Néri.
 
1) Contexto Brasileiro
Colonização: Expansão do Capitalismo Comercial Europeu .
Povo: brancos europeus; negros africanos; indígenas nativos. 
Classes Sociais: 
Proprietários rurais 
Escravos, índios/negros
Mestiços (flutuantes)
Características sócio-econômicas: sociedade agrária, escravista, aristocrática, pouco urbanizada.
Chegada do colonizador europeu e africano: tuberculose, febre amarela, varíola, lepra, malária, doenças venéreas.
Consequências: epidemias, extinção dos nativos.
Saúde: escassez de profissionais, curandeirismo, leigos.
Conhecimentos: empíricos, vindos de Portugal.
 Primeira forma de assistência aos doentes:
- Padres Jesuítas
- Enfermarias próximas a colégios/conventos
- Escravos e voluntários
1543 – 1ª Santa Casa em Santos (Vitória, Olinda, Ilhéus, RJ) atendiam precariamente pobres e soldados.
- Hospitais militares são fundados e mantidos pela iniciativa privada e pela filantropia.
 
2) EDUCAÇÃO INSTITUCIONAL E PRÁTICAS DE SAÚDE PÚBLICA
A organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira começa no período colonial e vai até o final do século XIX.
A profissão surge como uma simples prestação de cuidados aos doentes, realizada por um grupo formado, na sua maioria, por escravos, que nesta época trabalhavam nos domicílios. 
Desde o princípio da colonização foi incluída a abertura das Casas de Misericórdia, que tiveram origem em Portugal.
 
A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila de Santos, em 1543. Em seguida, ainda no século XVI, surgiram as do Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus. Mais tarde Porto Alegre e Curitiba, esta inaugurada em 1880, com a presença de D. Pedro II e Dona Tereza Cristina.
No que diz respeito à saúde do povo brasileiro, merece destaque o trabalho do Padre José de Anchieta. Ele não se limitou ao ensino de ciências e catequeses. Foi além. Atendia aos necessitados, exercendo atividades de médico e enfermeiro. Em seus escritos encontramos estudos de valor sobre o Brasil, seus primitivos habitantes, clima e as doenças mais comuns.
A terapêutica empregada era à base de ervas medicinais minuciosamente descritas. Supõe-se que os Jesuítas faziam a supervisão do serviço que era prestado por pessoas treinadas por eles.
 
Outra figura de destaque é Frei Fabiano Cristo, que durante 40 anos exerceu atividades de enfermeiro no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro (Séc. XVIII).
 
Os escravos tiveram papel relevante, pois auxiliavam os religiosos no cuidado aos doentes. 
 Em 1738, Romão de Matos Duarte consegue fundar no Rio de Janeiro a Casa dos Expostos. 
Somente em 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de proteção à maternidade que se conhecem na legislação mundial, graças a atuação de José Bonifácio Andrada e Silva. A primeira sala de partos funcionava na Casa dos Expostos em 1822. 
Em 1832 organizou-se o ensino médico e foi criada a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. A escola de parteiras da Faculdade de Medicina diplomou no ano seguinte a célebre Madame Durocher, a primeira parteira formada no Brasil.
Ao final do século XIX, apesar de o Brasil ainda ser um imenso território com um contingente populacional pouco e disperso, um processo de urbanização lento e progressivo já se fazia sentir nas cidades que possuíam áreas de mercado mais intensas, como São Paulo e Rio de Janeiro.
As doenças infecto-contagiosas, trazidas pelos europeus e pelos escravos africanos, começam a propagar-se rápida e progressivamente.
A questão saúde passa a constituir um problema econômico-social. Para deter esta escalada que ameaçava a expansão comercial brasileira, o governo, sob pressões externas, assume a assistência à saúde através da criação de serviços públicos, da vigilância e do controle mais eficaz sobre os portos, inclusive estabelecendo quarentena revitaliza, através da reforma Oswaldo Cruz introduzida em 1904, a Diretoria-Geral de Saúde Pública, incorporando novos elementos à estrutura sanitária, como o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela, a Inspetoria de Isolamento e Desinfecção e o Instituto Soroterápico Federal, que posteriormente veio se transformar no Instituto Oswaldo Cruz.
Mais tarde, a Reforma Carlos Chagas (1920), numa tentativa de reorganização dos serviços de saúde, cria o Departamento Nacional de Saúde Pública, Órgão que, durante anos, exerceu ação normativa e executiva das atividades de Saúde Pública no Brasil.
No começo do século XX, grande número de teses médicas foi apresentada sobre Higiene Infantil e Escolar, demonstrando os resultados obtidos e abrindo horizontes e novas realizações. Esse progresso da medicina, entretanto, não teve influência imediata sobre a Enfermagem.
3) PROFISSIONALIZAÇÃO DA ENFERMAGEM: PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM NO BRASIL
 
 
1ª Escola de Enfermagem "Alfredo Pinto"
1890: Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras: criada pelo governo, para atender hospitais civis e militares, posteriormente, atividades de saúde pública. Posteriormente denominada Escola de Enfermagem Alfredo Pinto.
Formar novos profissionais que iriam substituir a saída das Irmãs de Caridade, dotados de alguma qualificação profissional, mais controlado e formado para o exercício de parcela do ato de saúde sob controle médico. 
Curso de 2 anos: noções práticas de tratamento clínico, gerais de anatomia, fisiologia, higiene hospitalar, curativo, pequena cirurgia, cuidados especiais a enfermos e administração.
Esta escola é a mais antiga do Brasil, data de 1890, foi reformada por Decreto de 23 de maio de 1939. O curso passou a três anos de duração em 1943 e era dirigida por enfermeiras diplomadas. Foi reorganizada por Maria Pamphiro, uma das pioneiras da Escola Anna Nery.
2ª. Escola da Cruz Vermelha do Rio de Janeiro
Começou em 1916 com um curso de socorrista, para atender às necessidades prementes da 1ª Guerra Mundial. Logo foi evidenciada a necessidade de formar profissionais (que desenvolveu-se somente após a fundação da Escola Anna Nery) e o outro para voluntários.
3ª. Escola Anna Nery
A primeira diretoria foi Miss Clara Louise Kienninger, senhora de grande capacidade e virtude, que soube ganhar o coração das primeiras alunas. Com habilidade fora do comum, adaptou-se aos costumes brasileiros.
Os cursos tiveram início em 19 de fevereiro de 1923, com 14 alunas. Instalou-se pequeno internato próximo ao Hospital São Francisco de Assis, onde seriam feitos os primeiros estágios. 
Em 1923, durante um surto de varíola, enfermeiras e alunas dedicaram-se ao combate à doença. Enquanto nas epidemias anteriores o índice de mortalidadeatingia 50%, desta vez baixou para 15%. A primeira turma de Enfermeiras diplomou-se em 19 de julho de 1925.
Alunas provenientes de camadas sociais mais elevadas.
Exigências além da leitura e da escrita.
Atividades de maior nível de complexidade intelectual.
Formadora de “Grupos de elite”.
Escola modelo = escola padrão = “enfermeira ananery”
Perfil (estereótipo): submissão; espírito de serviço; obediência; disciplina.
Década de 40 é incorporada à Universidade do Brasil.
Em 1971 a Escola de Enfermagem Anna Nery tinha como exigências:
Ser do sexo feminino; ser solteira, viúva ou separada; ter boa aparência; ser branca;
Ter experiência anterior no cuidado com pessoas doentes;
O desempenho da candidata durante a entrevista;
Ter boas condições sócio-econômicas das famílias;
Ter bom nível de instrução;
Atestado médico de boa saúde;
Ausência de defeitos físicos;
Carta de referência.
4ª. Escola de Enfermagem Carlos Chagas
Por Decreto nº 10.925, de 7 de junho de 1933 e iniciativa de Dr. Ernani Agrícola, diretor da Saúde Pública de Minas Gerais, foi criado pelo Estado a Escola de Enfermagem "Carlos Chagas", a primeira a funcionar fora da Capital da República. A organização e direção dessa Escola coube a Laís Netto dos Reys, sendo inaugurada em 19 de julho do mesmo ano. A Escola "Carlos Chagas", além de pioneira entre as escolas estaduais, foi a primeira a diplomar religiosas no Brasil.
5ª. Escola de Enfermagem "Luisa de Marillac"
Fundada e dirigida por Irmã Matilde Nina, filha de caridade, a Escola de Enfermagem Luisa de Marillac representou um avanço na Enfermagem Nacional, pois abria largamente suas portas, não só às jovens estudantes seculares, como também às religiosas de todas as Congregações. É a mais antiga escola de religiosas no Brasil e faz parte da União Social Camiliana, instituição de caráter confessional da Província Camiliana Brasileira. 
6ª. Escola Paulista de Enfermagem
Fundada em 1939 pelas Franciscanas Missionárias de Maria, foi a pioneira da renovação da enfermagem na Capital paulista, acolhendo também religiosas de outras Congregações. Uma das importantes contribuições dessa escola foi início dos Cursos de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica. Esse curso que deu origem a tantos outros, é atualmente ministrado em várias escolas do país.
 
7ª. Escola de Enfermagem da USP
 
Fundada com a colaboração da Fundação de Serviços de Saúde Pública (FSESP) em 1944, faz parte da Universidade de São Paulo. Sua primeira diretora foi Edith Franckel, que também prestara serviços como Superintendente do Serviço de Enfermeiras do Departamento de Saúde. A primeira turma diplomou-se em 1946.
1966: Criação do Curso Colegial Técnico de Enfermagem (LDB, formação de profissionais de nível técnico).
Em 1926: Fundação da ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ENFERMEIRAS DIPLOMADAS BRASILEIRAS (atual Aben). Foi registrada em 1928. Filiado ao Conselho Internacional de Enfermagem em 1929. Papel relevante no desenvolvimento da Enfermagem Brasileira: aspectos de legislação e educação.
Em 1931: Criado o Ministério da Educação e Saúde (MES)
Intensa efervescência, Novas escolas e universidades.
Criam-se normas legais para o exercício da Enfermagem.
Em 1953 a educação e a saúde são desvinculadas em nível de ministério.
Em 1949: Projeto de Lei 775 Enfermagem centralizada nos centros universitários.
Em 1962: Enfermagem passa a ensino de nível superior. 
Em 1973: Criado o CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM – COFEN
Órgão disciplinador do exercício profissional.
Promovem a assistência, a educação e a defesa dos enfermeiros brasileiros:
ABEn, COFEN, SINDICATOS.
Boa Noite!!!

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