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Guia prático para recuperar 
PIS/COFINS sobre ICMS
Sumário
Autores
Entendendo a tese
Quem pode recuperar?
Quanto é possível recuperar?
Como recuperar?
Momento de ouro!
Referências
O Ibijus
03
04
06
07
08
09
12
13
Prof. Me. Marcos Relvas
Consultor jurídico na área tributária e professor de Direito.
Fundador e ex-presidente da Associação Brasileira de Contribuintes.
Mestre em Direito pela Universidade de Franca.
MBA em Gestão Empresarial pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Bacharel em Direito pela PUC de Campinas.
Karime Claro de Carvalho
Graduada em Direito pela Faculdade Pitágoras de Londrina, 
pós-graduanda em Direito Tributário – IBET Londrina.
Fundadora do escritório Claro de Carvalho – Advocacia. 
Colaboradora da Universidade Tributária (UT) e do Instituto Brasileiro de Direito (IBIJUS). 
Co-autora do livro "Direito em perspectiva – Pesquisa em direito" 2015.
Prof. Ma. Inara de Pinho
Advogada, professora universitária, consultora e auditora de empresas com foco na 
gestão jurídico-ambiental. 
Mestre em Direito, especialista em Direito Público, em Gestão e Manejo Ambiental 
em Sistemas Florestais e em Gestão de Recursos Hídricos. 
03
Autores
Esse material foi produzido pelo Instituto Brasileiro de Direito com a colaboração de:
Ÿ Projeto gráfico: Henrique Silva Barbosa
Desde 1998, questiona-se no Supremo Tribunal 
Federal, se é correta a inclusão do Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços na base de cálculo de 
contribuições que incidem sobre o faturamento, como o 
Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para 
o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), devidas ao 
Fisco federal.
O PIS e a COFINS são tributos que mais controvérsias 
têm suscitado ao longo de sua vigência, e uma das contro-
vérsias diz respeito à sua base de cálculo, que é o fatura-
mento.
A questão já foi fortemente debatida pelo Supremo em 
outubro de 2014 (RE 240785), o tribunal concluiu o 
julgamento de um recurso que discutia a mesma tese, mas 
que não tinha repercussão geral. 
Definindo que a “receita bruta ou faturamento é o 
decorrente da venda de mercadorias, da venda de 
mercadorias e serviços, da venda de serviços, não se 
considerando receita bruta de natureza diversa” e, 
portanto, não compõe a base de cálculo de contribuições 
sociais.
Naquele julgamento, o Supremo tratava de um recurso 
de autoria da Distribuidora de Peças Auto Americano, 
Entendendo a tese
04
saindo vencedora por sete votos a dois. Marco Aurélio 
(relator), Cármen, Ricardo Lewandowski, Ayres Britto, 
Cezar Peluso, Celso de Mello e Sepúlveda Pertence ficaram 
do lado do contribuinte, e Gilmar Mendes e Eros Grau 
foram pró governo.
O Supremo Tribunal Federal declarou, em 15/03/2017 
(RE 574706), que o ICMS não compõe da base de cálculo 
do PIS e da COFINS, trazendo a vitória para os contribu-
intes, tal decisão tem repercussão geral, ou seja, deverá ser 
aplicado em todas as instâncias.
O STF classificou o ICMS como um “valor estranho ao 
conceito de faturamento ou Receita”. A Ministra Carmen 
Lucia destacou em seu voto que o ICMS é repassado ao 
Estado ou ao Distrito Federal não aderindo ao patrimônio 
do contribuinte. Nessa mesma linha, o Ministro Marco 
Aurélio, em seu voto destaca que “as empresas não 
faturam o ICMS, pelo contrário revela, isto sim, um 
desembolso a beneficiar a entidade de direito público que 
tem a competência para cobrá-lo da empresa”.
Assim, a definição do quantum de ICMS a ser deduzido 
do faturamento, não decorre da somatória do valor 
destacado nos documentos nas vendas e prestação de 
serviços tributadas pelo PIS e a COFINS, mas sim, decorre 
dos documentos fiscais que acobertam as vendas.
05
Em tese, todos os contribuintes de PIS e COFINS, a 
saber:
São contribuintes da COFINS as pessoas jurídicas de 
direito privado em geral, inclusive as pessoas a elas 
equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto 
as microempresas e as empresas de pequeno porte 
submetidas ao Simples Nacional. 
São contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito 
privado e as que lhe são equiparadas pela legislação do 
Imposto de Renda, inclusive empresas prestadoras de 
serviços, empresas públicas e sociedades de economia 
mista e suas subsidiárias, excluídas as microempresas e as 
empresas de pequeno porte submetidas ao Simples 
Nacional.).
O PIS e a COFINS vigoram, atualmente, em 2 regimes 
distintos:
1) REGIME CUMULATIVO - regido pela Lei 9.718/1998 
e alterações posteriores. Neste regime não há desconto de 
Quem pode recuperar?
créditos, calculando-se, regra geral, o valor das contribu-
ições devidas diretamente sobre a base de cálculo.
2) REGIME NÃO CUMULATIVO - COFINS - regido 
pela Lei 10.833/2003 e PIS - regido pela Lei 10.637/2002, 
com alterações subsequentes.
3) PIS e COFINS IMPORTAÇÕES - Lei 10.865/2004.
As duas contribuições, apesar de originarem-se de 
diferentes legislações, têm uma relativa semelhança na 
base de cálculo, pois em sua formação devem ser somadas 
todas as receitas auferidas, com as exceções e exclusões 
previstas em lei.
Existem ainda normas específicas de tributação pelo 
PIS e COFINS - como PIS e COFINS devidos por 
Substituição Tributária, PIS e COFINS com alíquotas 
diferenciadas (combustíveis, bebidas e outros produtos) e 
PIS e COFINS - Regimes Monofásicos (como produtos 
Farmacêuticos, de Higiene e correlatos).
06
Quanto é 
possível 
recuperar?
PIS/COFINS 
3,65%
$29.930
ICMS 18%
$180.000
F
A
T
U
R
A
M
E
N
T
O
 1
m
i
B
a
s
e
 d
e
 c
á
lc
u
lo
PIS/COFINS 
3,65%
$36.500
ICMS 18%
$180.000
F
A
T
U
R
A
M
E
N
T
O
 1
m
i
B
a
s
e
 d
e
 c
á
lc
u
lo
Antes do julgamento 
do RE 574.706
Depois do julgamento 
do RE 574.706
Base de cálculo
Pis/Cofins
Valor pago últimos 60 meses
R$
R$
R$
1.000.000,00
36.500,00
2.190.000,00
Base de cálculo (RE 574.706)
Pis/Cofins
Valor correto últimos 60 meses
R$
R$
R$
820.000,00
29.930,00
1.795.800,00
R$
Diferença mensal R$ 6.570,00
Valor a recuperar dos últimos 60 meses 394.200,00
O Pis e a Cofins são tributos calculados hoje 
sobre a Receita Bruta e o percentual é muito 
significativo (9,25% no sistema não cumulativo e 
3,65% no sistema cumulativo).
O ICMS em todos os Estados da federação 
pode chegar a até 25% conforme os tipos de 
produtos, mas vamos utilizar a título de exemplo 
18%. Para ilustrar, usaremos o Pis e Cofins no 
sistema cumulativo, ou seja, 3,65%.
A conta estimada sobre a economia que pode 
advir ao contribuinte é simples, como ilustram os 
gráficos ao lado. Considerando uma empresa com 
faturamento de R$1.000.000,00, temos um valor 
a ressarcir por mês igual à .R$6.570,00
E agora verifique o valor a ser recuperado nos 
últimos 5 anos que é a multiplicação desse valor 
mensal por 60. Ou seja, nesse nosso exemplo 
chegaríamos a valor hipotético, sem correção 
monetária de cerca . Valor R$ 394.200,00
suficiente para zerar o pagamento de Pis e Cofins 
por mais de 1 ano.
Ÿ O caminho para restituição inicia-se pela preparação da 
planilha detalhada e atualizada sobre os últimos cinco 
anos (60 meses) para instrução da ação. 
Ÿ Após o trânsito em julgado deve-se atualizar essa 
planilha com a correção do período da ação e 
acrescentar os valores pagos no decorrer da ação, caso 
não tenha havido pedido de liminar.
Ÿ Caso tenha sido pedida a liminar será necessário apenas 
atualizar monetariamente. Porém, se foi feito depósito 
judicial,os valores poderão ser levantados mediante 
alvará, considerando-se a correção do que foi 
depositado e também a correção da planilha dos 
últimos cinco anos.
Ÿ Após o trânsito em julgado deve ser levado uma certidão 
de inteiro teor para a Receita Federal para homologação 
da sentença e partir da homologação o próprio contador 
faz as compensações via Per/Dcomp¹.
Como recuperar?
Não poderão ser objeto de restituição, de ressarcimento e de compensação os créditos relativos 
a títulos judiciais já executados perante o Poder Judiciário, com ou sem emissão de precatório.
Na hipótese de crédito reconhecido por decisão judicial transitada em julgado, a Declaração de 
Compensação, o Pedido Eletrônico de Restituição e o Pedido Eletrônico de Ressarcimento, 
gerados a partir do Programa PER/DCOMP, somente serão recepcionados pela RFB após 
prévia habilitação do crédito pela Delegacia da Receita Federal (DRF), Delegacia da Receita 
Federal de Administração Tributária (Derat) ou Delegacia Especial de Instituições Financeiras 
(Deinf) com jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.
¹DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO - PER/DCOMP 
A restituição e a compensação de quantias recolhidas a título de tributo ou contribuição 
administrados pela Receita Federal do Brasil será requerida pelo contribuinte mediante 
utilização do Programa Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou Restituição e Declaração de 
Compensação (PER/DCOMP).
O prazo para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo será de cinco anos, 
contados da data da entrega da Declaração de Compensação.
São vedados o ressarcimento, a restituição, o reembolso e a compensação do crédito do sujeito 
passivo para com a Fazenda Nacional, objeto de discussão judicial, antes do trânsito em julgado 
da decisão que reconhecer o direito creditório.
08
Esse foi o resultado da sessão que, por maioria de votos, no 
Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 15 de 
março de 2017, decidiu que o Imposto Sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços (ICMS) não integra a base de 
cálculo das contribuições para o Programa de Integração 
Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social (Cofins).
Ao finalizar o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 
574.706, com repercussão geral reconhecida, os ministros 
entenderam que o valor arrecadado a título de ICMS não 
se incorpora ao patrimônio do contribuinte e, dessa forma, 
não pode integrar a base de cálculo dessas contribuições, 
que são destinadas ao financiamento da seguridade social.
Momento de ouro!
É inconstitucional a inclusão, 
na base de cálculo do PIS e 
COFINS, da parcela do ICMS 
devido pelo contribuinte.
09
Prevaleceu o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia, no 
sentido de que a arrecadação do ICMS não se enquadra 
entre as fontes de financiamento da seguridade social 
previstas nas Constituição, pois não representa fatura-
mento ou receita, representando apenas ingresso de caixa 
ou trânsito contábil a ser totalmente repassado ao fisco 
estadual.
A tese de repercussão geral fixada foi a de que “O ICMS não 
compõe a base de cálculo para fins de incidência do PIS e 
da Cofins”. O posicionamento do STF deverá ser seguido 
em mais de 10 mil processos sobrestados em outras 
instâncias.
Além da presidente do STF, votaram pelo provimento do 
recurso a ministra Rosa Weber e os ministros Luiz Fux, 
Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio e Celso de Mello. 
Ficaram vencidos os ministros Edson Fachin, que 
inaugurou a divergência, Luís Roberto Barroso, Dias 
Toffoli e Gilmar Mendes.
O recurso analisado pelo STF foi impetrado pela empresa 
Imcopa Importação, Exportação e Indústria de Óleos 
Ltda. com o objetivo de reformar acórdão do Tribunal 
Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que julgou válida a 
inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições.
10
Essa é a oportunidade de ouro 
para a recuperação do PIS e da COFINS sobre o ICMS, pois o 
recurso não foi julgado com modulação. A ministra Cármen 
Lúcia disse que a discussão da modulação dependeria do pedido 
das partes, que deverá ser solicitada em sede de embargos de 
declaração pela procuradoria.
Além da segurança que essa decisão traz, pode-se ainda 
continuar pedindo a restituição dos últimos cinco anos. Dessa 
forma se abriu uma grande janela com a oportunidade de 
ganhos milionários até que a modulação seja concedida.
11
PIS e COFINS: aspectos gerais. Disponível em: 
<http://www.portaltributario.com.br/guia/pis_cofins.html>, 
acesso em 20 de abril de 2017.
STF: ICMS não é Base de Cálculo do PIS e COFINS. Disponível 
em: <https://guiatributario.net/2017/03/16/stf-icms-nao-e-
base-de-calculo-do-pis-e-cofins/>, acesso em 20 de abril de 
2017.
Referências
12
ibijus.com
O IbiJus - Instituto Brasileiro de Direito - é uma escola 
virtual que oferece os melhores cursos de capacitação e 
atualização em vários ramos do Direito. Foi idealizada e concebida 
para ser a mais moderna do Brasil, tendo em vista sua inovadora 
proposta de educação continuada, que consiste em uma premissa 
fundamental: o uso da tecnologia para propiciar o máximo de 
interação entre professores e alunos, revolucionando a tradicional 
Educação à Distância (EAD).
Para superar os obstáculos de tempo e espaço, e contribuir 
significativamente para a formação dos alunos que não podem ou 
não desejam frequentar um curso presencial, o IbiJus disponi-
biliza modernos instrumentos tecnológicos que irão permitir que 
os alunos interajam, de forma síncrona ou assíncrona, com um 
corpo docente altamente qualificado, experiente e verdadei-
ramente diferenciado.
A partir de um profundo compromisso com o aluno e com a 
qualidade de seus cursos, o IbiJus se propõe a revolucionar os 
cursos jurídicos à distância, qualificando alunos no Brasil e no 
mundo, através de cursos atuais e especializados nos mais diversi-
ficados segmentos jurídicos.
13
ibijus.com
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