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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia Setor de Parasitologia Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia ICB - UFJF APOSTILA DE CASOS CLÍNICOS EM PARASITOLOGIA 2016 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia Prezado aluno (a), Os casos clínicos contidos nessa apostila foram elaborados visando o enriquecimento e consolidação dos seus conhecimentos em Parasitologia. A idéia é que você tente resolvê-los com seriedade e de forma criteriosa, vislumbrando a possibilidade desses conhecimentos virem a ser aplicados em sua futura atuação profissional. Para auxiliá-lo você poderá utilizar livros de Parasitologia Humana, Medicina Interna, Doenças Infecciosas, Diagnóstico Laboratorial, dentre outros. Nossa intenção é que você contextualize a importância dos conhecimentos parasitológicos no âmbito da saúde pública do Brasil e do mundo. Bom estudo, Professores e Monitores da Parasitologia – UFJF. 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia 1) Uma mãe relata que a filha de 3 anos eliminou, junto com suas fezes, vermes cilíndricos com tamanho aproximado de 10 cm. A criança apresenta manchas brancas na pele especialmente braços e face. A) Qual sua suspeita diagnóstica? Justifique. B) Sabendo que nesta idade a coprofagia é uma característica comum entre crianças, é possível que haja auto-infecção pela parasitose em questão? Explique sua resposta. C) Cite o método que deve ser utilizado para o diagnóstico laboratorial dessa parasitose. Explique o fundamento desse método. D) (Curso Medicina). Qual o tratamento indicado? E) Como evitar essa parasitose? F) (Curso Nutrição) Esta é uma DTA (doença transmitida por alimentos)? Explique. 2) Uma criança de 1 ano de idade, residente em Sete Lagoas (MG), apresentou episódio súbito de vômito com a presença de vermes cilíndricos grandes (28cm). Como informação adicional a mãe relata que a criança não evacua há aproximadamente 5 dias. A) Qual a possível parasitose em questão? B) (Curso Nutrição) Qual(ais) alimento(s) poderiam estar relacionados com esta parasitose no processo de infecção e qual seria a forma evolutiva do parasito encontrada nestes alimentos? C) Qual a possível explicação para a criança não estar evacuando? D) Como deve ser tratado o comprometimento intestinal do paciente? 3) R. A. E, sexo masculino, trabalhador rural de 45 anos, vem se queixando de fraqueza intensa e desânimo. Além disso, apresenta pálidez de pele e mucosas e diarréia caracterizada por fezes negras (melena). Dentre as características inerentes aos seus hábitos rotineiros destaca-se o fato de andar sempre descalço. A) Qual o provável diagnóstico? Justifique. B) Como ocorre a infecção por esta parasitose? C) Faça uma relação dos sintomas e explique por que ocorrem. D) (Cursos Medicina, Farmácia e C. Biológica). Cite uma técnica parasitológica para diagnóstico desta parasitose e inclua seu fundamento. E) (Curso Medicina). Como o paciente deverá ser tratado? F) Cite medidas de profilaxia para esta parasitose. 4) C. M. F., 7 anos, sexo masculino. Durante primeira consulta com o pediatra, a mãe relatou que a criança estava tendo náuseas, vômitos, constipação intestinal, diminuição do apetite e pouca vontade de brincar. O médico solicitou hemograma (resultado: eosinofilia, anemia hipocrômica e microcítica) e HPJ (resultado: presença de ovos e larvas de ancilostomídeos). Foi prescrito pelo médico dose única de 500mg de mebendazol. Um mês depois, os exames foram repetidos e não houve modificações dos resultados. 4 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia A) Quais as formas de transmissão da parasitose em questão? B) Porque o paciente apresenta esses sinais e sintomas? C) (Curso Nutrição) Algum alimento poderia contribuir para a melhora clínica do paciente? D) (Cursos Medicina, Farmácia e C. Biológica). Explique o resultado do EPF do paciente. E) (Curso Medicina) Porque o tratamento adotado pelo médico na primeira consulta foi ineficiente? Com base nos sinais e sintomas deveria ser adotado algum tratamento complementar? Qual? F) Sugira medidas de profilaxia para esta parasitose. 5) L. P. O., um menino de 9 anos, foi levado a um posto de saúde por sua mãe. A criança apresentava diarréia mucossanguinolenta intercalada por período de constipação intestinal, febre, tosse e queixava-se de dor abdominal. Após pedido de hemograma, constatou-se intensa eosinofilia (superior a 1000 eosinófilos por mm3). A) Qual sua suspeita clínica? Justifique. B) Esse paciente poderia ter adquirido a infecção por meio da ingestão de alimentos e água contaminada? Justifique. C) Relacione os sintomas clínicos citados com a patogenia da infecção. C) Qual a técnica parasitológica indicada para confirmar sua suspeita? D) (Curso Medicina) Qual seria sua conduta terapêutica? 6) Um homem de 73 anos, natural do Rio de Janeiro, portador de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) e asma brônquica, fazendo uso de corticóides por tempo prolongado em doses imunossupressoras, apresentou quadro de pneumonia grave, com insuficiência respiratória aguda, tendo sido internado em unidade de terapia intensiva. Foi então submetido a rastreamento microbiológico, incluindo broncofibroscopia e endoscopia digestiva alta. Os exames revelaram tratar-se de septicemia por bactéria Gram-negativa, sendo observada também úlcera duodenal. A) Qual sua suspeita diagnóstica? Por quê? B) Qual a importância do uso de corticóides nesta parasitose? C) Por que foram encontradas bactérias Gram-negativas na sepse? D) Qual é a técnica de escolha para o diagnóstico parasitológico desta infecção? E) (Curso Medicina) Qual seria sua conduta terapêutica? F) (Curso Nutrição) Esta é uma DTA (doença transmitida por alimentos)? Explique. 7) M.S.C., 24 anos, casada, residente em Juiz de Fora, está na 23ª semana de sua 2ª gestação. Relatou que desde o início da gravidez vem apresentando intenso nervosismo e prurido anal noturno. Durante a consulta de pré-natal, foi constatada vaginite e a presença de pequenos vermes nos órgãos genitais. Durante anamnese, a paciente relatou que além de seus filhos também apresentarem coceira na região 5 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia perianal, ela vem observando a presença de pequenos vermes na roupa íntima das crianças. A) Qual é a sua suspeita clínica? Justifique. B) Caso sua suspeita seja confirmada, explique como a paciente e seus filhos adquiriram a infecção. C) Que exame laboratorial deveria ser indicado para confirmar sua suspeita? Como este exame deveria ser feito e por quê? D) (Curso Medicina) Qual seria o tratamento indicado para este caso? E) Cite medidas profiláticas a serem adotadas. 8) Uma menina de 5 anos apresenta prurido anal noturno, insônia, nervosismo e vaginite. A mãe relata ter observado nas fezes de sua filha algumas “lagartinhas”. A) Qual a sua suspeita? Por quê? B) Por que a paciente apresenta esses sintomas? C) O que seriam as "lagartinhas"? D) (Cursos Medicina, Farmácia e C. Biológica). Qual deve ser o método de diagnóstico laboratorial para esta parasitose epor que? E) Cite 2 medidas profiláticas a serem adotadas. 9) Paciente do sexo masculino, 5 anos de idade, negro, procedente de Pelotas (RS). Os pais são criadores de ovelhas em um sítio onde possuem vários cães. Durante a consulta o pai relatou que a criança apresenta dispnéia de esforço e tosse seca. Foi realizado raio-X de tórax que mostrou lesão cavitária no lobo inferior esquerdo. Tomografia computadorizada evidenciou área cística de 12 X 7 cm no lobo inferior esquerdo de paredes relativamente finas com áreas de espessamento. O paciente foi submetido a lobectomia inferior esquerda tendo apresentado boa evolução clínica. O material extraído foi encaminhado para estudo anatomopatológico. A) Qual a sua suspeita diagnóstica? B) Como a criança pode ter adquirido a parasitose? C) Se a sua suspeita for confirmada, o que será visualizado no estudo anato- mopatológico? D) Quais medidas profiláticas os pais da criança deverão adotar? 10) Paciente do sexo feminino, 44 anos, branca, natural e procedente de Brasiléia, AC. Procurou tratamento ortopédico devido a forte dor na perna direita. Investigação por imagem revelou hérnia de disco e descobriu, inesperadamente, uma lesão abdominal, arredondada, medindo 4,5cm de diâmetro, em posição anterior e à direita de L3-L4. Referiu contato com cães no domicílio. A paciente foi submetida à intervenção cirúrgica para retirada da massa abdominal. Exame anatomopatológico revelou: formação cística multivesicular em degeneração contendo material pastoso com granulações. A parede do cisto exibia áreas calcificadas. Microscopicamente, numerosos acúleos rostelares foram vistos no conteúdo pastoso do cisto. (Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822003000400015) 6 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia A) Qual a parasitose em questão? Justifique utilizando as informações da anamnese e dos exames de imagem e anatomopatológico. B) De acordo com as informações dadas pela paciente, como ela pode ter adquirido a parasitose? C) Quais são os locais preferenciais para formação do cisto deste parasito? Cite uma hipótese para explicar a diferente localização do cisto relatada nesse caso. D) Quais medidas profiláticas devem ser tomadas para evitar reinfecções? 11) Um menino de 6 anos, residente em Tefé (AM), apresenta-se anêmico e com pronunciado prolapso retal, com infecção bacteriana secundária e alguns vermes de cor esbranquiçada, com cerca de 4 cm, no local. A) Qual a suspeita? Por quê? B) Faça uma lista de sintomas que o paciente apresenta e explique porque está ocorrendo cada um. C) Como se adquire essa parasitose? D) Qual o seu tratamento? 12) A. P. R., um menino de 7 anos, foi levado por sua mãe à um posto de saúde, na Zona Rural de Juiz de Fora. O paciente apresentava prolapso retal com presença de pequenos vermes esbranquiçados. Segundo a mãe, o menino não evacuava há uma semana, embora tivesse vontade e tentasse evacuar, e vem tendo náuseas e vômitos com regularidade, tendo inclusive “vomitado vermes bem maiores” que os presentes no reto exposto. O médico então começa a examinar o garoto, e constata uma massa abdominal palpável. A) É possível haver co-infecção parasitária neste caso clínico? Quais as parasitoses? B) Relacione os sintomas apresentados com a ação do(s) parasito(s). C) (Cursos Medicina, Farmácia e C. Biológica). Se houvesse fezes do paciente para examinar, qual exame você realizaria, baseado no diagnóstico clínico? O que poderia ser encontrado nas fezes? D) (Curso Medicina) Como deve ser feito o tratamento do paciente? 13) Um homem de 57 anos, residente em área rural próxima de Recife, vem à consulta com tosse paroxística e febre baixa. Ao exame físico, nota-se linfonodomegalia inguinal e grande hidrocele dolorosa à palpação. A) Qual sua suspeita clínica? Justifique. B) Explique ao paciente como ele contraiu a infecção e quais medidas profiláticas poderiam ser adotadas. C) Como confirmar laboratorialmente sua suspeita? D) (Curso Medicina) Como tratar este paciente? 7 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia 14) Um homem de 40 anos, residente em área rural próxima de Recife, apresenta tosse, febre baixa e a perna e o pé esquerdos bem aumentados de tamanho. O hemograma revela eosinofilia sangüínea pronunciada. Durante anamese, o paciente revela que na região não existe rede esgoto apropriada, a água não é tratada e há vários “pernilongos”. A) Qual a sua suspeita? Por quê? B) Relacione a forma evolutiva do verme em questão com os sinais e sintomas apresentados. C) Considerando-se o relato do paciente, qual(ais) seria(m) o(s) fator(es) importante(s) na transmissão da doença? D) (Cursos Medicina, Farmácia e C. Biológica). Como deve ser feito o diagnóstico? Qual o tratamento dessa parasitose? 15) Um senhor de 60 anos, residente no interior de Pernambuco, apresenta a perna e o pé esquerdo muito aumentados de tamanho, com características de tecido fibroso, pele ressecada, hiperqueratósica e com pouca elasticidade. Ele apresenta tosse diurna freqüentemente. Durante uma consulta relatou que o “inchaço” do membro inferior começara há mais de 5 anos. O médico perguntou ao paciente se havia pernilongos em sua casa e ele disse que não só em casa, mas na região onde morava o número de pernilongos é elevado. A) Qual sua suspeita diagnóstica? B) Explique porque o paciente estava apresentando os sintomas citados. C) Explique como a parasitose adquirida pelo paciente evolui para esse quadro clínico. D) Qual a relação entre a área em que reside o paciente e ocorrência desse processo crônico da parasitose? 16) F.G., pesquisador, após permanecer por vários anos em uma tribo Yanomami, retornou à cidade de Juiz de Fora apresentando vários nódulos pelo corpo e opacificação da córnea direita. Além disso, sua pele apresenta-se hipopigmentada com hiperqueratose dando-lhe um aspecto senil. A) Qual a sua suspeita? Justifique. B) Qual(is) técnica(s) poderia(m) ser utilizada(s) para confirmar sua suspeita? C) Como esse pesquisador pode ter adquirido a infecção? D) Relacione os sintomas com a evolução da infecção. E) Qual o tratamento deve ser administrado a esse indivíduo? 17) Um homem apareceu no hospital queixando-se de lacrimejamento no olho esquerdo, intensa fotofobia com uma pequena perda da visão. Foi observado um nódulo subcutâneo em seu pescoço, e durante a anamnese descobriu-se que havia estado em contato com os índios Yanomamis, durante o período de seis meses que trabalhou no estado de Roraima. A) Qual a sua suspeita diagnóstica? Por que você chegou a este diagnóstico? 8 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia B) Como foi adquirida esta infecção? C) Relacione a forma evolutiva do verme em questão com os sinais e sintomas apresentados. D) (Curso Medicina). Qual tratamento deve ser administrado a esse indivíduo? 18) F.L.P., proveniente da região amazônica no estado de Roraima, chega ao Rio de Janeiro em busca de tratamento médico devido ao fato de apresentar um nódulo fibroso no ombro esquerdo que algumas vezes demonstra movimentar-se. O paciente relata que o nódulo existe aproximadamente a 3 anos e a cada ano que passa torna-se “mais duro”. Além disso, reclama que seu olhos lacrimejam intensamente e sua visão está ficando comprometida. Diante do relato do paciente responda as seguintes questões: A) Qual o provável diagnóstico? Em que se baseia suasuspeita? B) Que exames laboratoriais poderiam confirmar sua suspeita diagnóstica? C) Defina o que pode estar causando os sintomas do paciente (agente etiológico) e explique por que os mesmos ocorrem. D) Qual o tratamento indicado nesse caso? 19) Uma mulher de 56 anos, residente em Juiz de Fora, relatou estar apresentando freqüentemente dores abdominais, náuseas e perturbações do apetite. Além destes sintomas, ela relata que há 3 dias vem eliminando pelo ânus “pedaços brancos, achatados e retangulares” sem que tenha que ir ao banheiro. Foi aconselhado a administração de Praziquantel e após ter tomado este medicamento não apresentou mais os sintomas citados acima. A) Qual a sua suspeita? B) Como podemos confirmar sua suspeita? C) Por que a mulher apresentou estes sintomas? D) O tratamento aconselhado foi correto? Como podemos evitar esta parasitose? 20) Um homem de 43 anos relata que durante uma crise de "estresse" teve vômitos, e neste, ele percebeu a presença de "pedaços de vermes brancos" (conhecidos popularmente como anéis). Relata que observou esses mesmos "pedaços de vermes brancos” em suas fezes. O paciente disse também que frequentemente come carne de porco mal cozida. A) Qual a sua suspeita diagnóstica. Por quê? B) Esta é uma DTA (doença transmitida por alimentos)? Explique. C) O fato do indivíduo ter vomitado representa algum risco para o paciente? Explique. C) (Curso Medicina). Como deve ser o tratamento? D) Qual a profilaxia que você indicaria para esta parasitose? 9 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia 21) L.G.O, 53 anos, morador da zona rural de Ubá e criador de porcos, vem apresentando freqüentemente crises epilépticas, hipertensão intracraniana, cefaléia, náuseas, vômitos e meningite. Após consulta médica foi realizado um raio X craniano sendo observado vários pontos de calcificação. A) Com base nos sintomas e no resultado do raio X, qual seria o diagnóstico da infecção? B) Esta é uma DTA (doença transmitida por alimentos)? Explique. C) O fato de ser criador de porcos tem relação direta com a infecção? Explique. D) (Curso Medicina, Farmácia e C. Biológicas). Quais outros exames poderiam ser realizados para confirmar o diagnóstico? E) (Curso Medicina). Qual o tratamento indicado? F) Quais medidas profiláticas devem ser indicadas ao paciente para evitar futuras reinfecções? 22) Um homem de 45 anos apresenta fortes dores de cabeça, delírio, visão dupla e tem apresentado também ataques epileptiformes. Relatou que teve teníase há algum tempo atrás. A) Qual a sua suspeita? Por quê? B) Faça uma lista de sintomas que o paciente apresenta e explique por que está ocorrendo em cada um. C) O que significa para o diagnóstico o fato de o paciente ter tido teníase? D) (Curso Medicina). Qual o tratamento dessa parasitose? 23) J.V.C., sexo masculino, 50 anos residente em uma pequena cidade do Vale do Jequitinhonha (MG), chega ao ambulatório do HPS de Juiz de Fora, com queixa de dor abdominal e diarréia mucossanguinolenta episódica, intercalada por períodos de constipação e de normalidade da função intestinal, de início insidioso a mais ou menos 2 anos atrás. Paciente relata que neste tempo ocorreu também aumento do volume abdominal, com surgimento de veias superficiais muito dilatadas. Sua maior preocupação reside em episódio de vômito com sangue vivo (hematêmese) no dia anterior. Ao exame físico, constata-se hepatoesplenomegalia. A) Qual sua suspeita diagnóstica? Justifique. B) Como J.V.C. pode ter adquirido essa parasitose? C) (Curso Medicina). Explique porque o paciente apresenta os sintomas descritos acima. D) Indique o exame parasitológico de escolha para o diagnóstico dessa parasitose. E) (Curso Medicina). Qual seria sua conduta terapêutica? 10 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia 24) C.C.T., sexo masculino, 27 anos, residente em São João Nepomuceno (cidade da Zona da Mata Mineira, distante a 65 Km de Juiz de Fora). Queixa-se que há uma semana vem sentindo forte dor lombar, parestesia e dificuldade urinária. Relatou que faz turismo ecológico e freqüenta com regularidade lagoas, rios e cachoeiras em seu município. Responda: A) Qual a possível parasitose em questão? B) Qual a relação entre turismo ecológico e a infecção? C) Relacione a forma evolutiva do parasito com os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. D) Como podemos confirmar o diagnóstico? E) Cite as principais medidas profiláticas para essa parasitose. 25) T. N. P, sexo feminino, 53 anos, agricultora, procedente de zona rural com criação de ovinos do Rio Grande do Sul. História médica pregressa de colecistectomia há 10 anos. Atualmente queixa-se de episódios repetidos de dor no hipocôndrio direito, icterícia, colúria, acolia e astenia. Tomografia abdominal evidenciou dilatação da via biliar intra e extra-hepática, bem como redução brusca do calibre hepatocoledociano junto à inserção do ducto cístico. Além disso, alguns segmentos hepáticos apresentavam áreas de calcificação. (Fonte: www.cbc.org.br/upload/pdf/revista/01022007%20-%2010.pdf) A) Qual parasito pode causar o quadro clínico em questão? B) Como confirmar ou excluir sua suspeita clínica? C) Explique a ação patogênica do parasito evidenciada pela tomografia abdominal. D) Como a paciente provavelmente adquiriu a infecção? E) Como a paciente deve ser tratada? 26) Uma mulher de 36 anos, residente em área rural de criação de bovinos em Curitiba (Paraná), não etilista, apresenta febre, aumento volumoso do abdome e icterícia. É vegetariana e, portanto, tem hábito de ingerir grande quantidade de verduras frescas que colhe de sua horta. No hemograma foi observada eosinofilia. A) Qual a sua suspeita? Por quê? B) Por que o paciente apresentou estes sintomas? C) Como deve ser feito o diagnóstico? 11 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia 27) B. O. J. é uma senhora de 72 anos, residente em região rural próxima à Bocaiúva (norte de Minas Gerais). Durante uma consulta médica relata que sente “muito cansaço, falta de ar” e tem constantemente “as pernas inchadas”. Há também uma história de disfagia e odinofagia de longa data, causa de grande emagrecimento. Devido ao quadro de intensa dispnéia, é feita uma radiografia de tórax sendo evidenciada cardiomegalia. A) Qual sua suspeita clínica?Justifique. B) Quais exames laboratoriais poderiam ser realizados para confirmar essa suspeita? Explique. C) Em qual fase da infecção essa paciente se encontra? Explique quais as causas dos sintomas mencionados. D) Quais intervenções poderiam ser indicadas para a melhoria do quadro clínico apresentado pela paciente? E) O que fazer para evitar esta parasitose? 28) G.J.L., sexo masculino, 54 anos, residente em Juiz de Fora, buscou tratamento médico pelo fato de apresentar dificuldade e dor ao engolir e intenso emagrecimento. Relatou também muita falta de ar e cansaço durante suas atividades. Durante a anamnese, o paciente disse que morou 5 anos no norte de Minas Gerais antes de vir para Juiz de Fora, local onde reside a 10 anos. Diante de uma ultrasonografia o médico constatou o esôfago e o coração com tamanhos anormais, o eletrocardiograma também apresentou alterações. Em virtude dos fatos relatados pelo paciente, responda: A) Qual suspeita parasitológica? Por quê? B) Quais possíveis formas de infecção para essa parasitose? Esta doença pode ser considerada uma DTA (doença transmitidapor alimentos). Explique. C) (Curso Medicina). Explique os sintomas apresentados pelo paciente. D) Em qual fase da doença encontra-se o paciente e, baseando-se nisto, quais exames poderiam ser realizados para confirmar a suspeita? Explique. E) (Curso Medicina). Qual tratamento poderia ser indicado? 29) F.A., 50 anos, masculino, branco, casado, residente em Belém (PA). Há um ano e sete meses, apresentava disfagia manifestada inicialmente por alimentos sólidos e posteriormente por pastosos e líquidos, chegando a apresentar, em várias oportunidades, regurgitação. A disfagia se acentuou progressivamente no decurso da doença. Referiu sentir dor retroesternal acompanhando a disfagia, relatou também durante este período fezes “pretas”. Informou ter perdido 21 Kg desde o início da doença. Negava vômito, náuseas e hematêmese. Procurou vários profissionais no decorrer de sua doença, tendo tomado remédios cujos nomes não soube dizer. Devido ao caráter progressivo da moléstia foi procurar serviço de saúde, sendo então internado. A) Tendo em mente que o paciente apresenta uma parasitose, qual é sua suspeita diagnóstica? Por quê? 12 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia B) Quais possíveis formas de infecção para essa parasitose? Esta doença pode ser considerada uma DTA (doença transmitida por alimentos). Explique. C) Em qual fase da doença encontra-se o paciente e, baseando-se nisto, quais exames poderiam ser realizados para confirmar a suspeita? Explique. 30) Paciente M.F.Q, 10 anos, natural de uma região rural de Caratinga (MG), apareceu com história de lesão no rosto há mais ou menos dois meses. Ao exame dermatológico, foi evidenciado lesão ulcerada e crostrosa associada à edema na região do lobo inferior. Foi realizado teste de Montenegro, cujo resultado foi positivo. O exame anatomopatológico demonstrou um infiltrado inflamatório misto com histiócitos contendo parasitos em associação com linfócitos e células plasmáticas. A) Qual sua suspeita diagnóstica? Por quê? B) Como se adquire esta parasitose? C) Em que consiste o Teste de Montenegro? O que este teste avalia? D) (Curso Medicina) Qual o tratamento mais adequado? E) Cite medidas profiláticas para esta parasitose. 31) Um homem residente na região rural de Caratinga, MG, relata: “apareceu com uma verruguinha dentro do nariz e usei leite de mamão”. Esta nunca o “incomodava”, mas depois disto, ele percebeu que estava aparecendo uma ferida no local e que coçava muito. Ao exame médico, constatou-se que a lesão levou a uma perfuração do septo nasal. O homem relata que teve uma ferida no braço que demorou para curar, mas depois de um tratamento, a ferida cicatrizou. Foi realizado teste de Montenegro, cujo resultado foi positivo, de maneira exacerbada. O exame anatomopatológico demonstrou a presença de poucos parasitos em associação com grande quantidade de células inflamatórias. A) Qual sua suspeita diagnóstica? Por quê? B) Como se adquire esta parasitose? C) Será que pode existir relação entre a ferida no braço e esta no septo nasal? Explique. D) Explique os resultados: Por que o resultado para o teste de Montenegro foi "exacerbado"? Por que a presença de poucos parasitos e um grande processo inflamatório? D) (Curso Medicina). Qual o tratamento mais adequado? 32) Um senhor, aparentemente com idade acima de 40 anos, relata que foi para a cidade de Eldorado (MS), região endêmica de Esquistossomose, Leishmaniose, Febre Amarela, Malária e Doença de Chagas, numa pesquisa de campo para captura dos vetores. Pouco depois, ele apresentou sintomas de faringite, procurou um otorrinolaringologista, que confirmou o diagnóstico de laringite e indicou o tratamento com antibiótico. Após este período, o senhor relata que “melhorava e piorava da laringite” e, ao mesmo tempo, percebeu que tinha uma ferida no septo nasal. Após sucessivos tratamentos com corticóide, a lesão progrediu, finalizando com perfuração 13 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia do septo nasal e comprometimento bucofaringeano. A) Qual a sua supeita diagnóstica? Por quê? B) Como esse senhor pode ter adquirido a doença? C) Que exames você solicitaria para confirmar sua suspeita? E qual o resultado esperado em caso de positivo para os testes escolhidos? D) (Curso Medicina). Qual o tratamento mais adequado? 33) Um menino de nove anos, procedente de Minas Gerais, apresentou-se com lesão ulcerocrostosa seca com bordos em moldura, localizada na região do deltóide esquerdo, com início há aproximadamente sete meses. A) Qual sua suspeita diagnóstica?Por quê? B) Que exames você solicitaria para confirmar sua suspeita? E qual o resultado esperado em caso de positivo para os testes escolhidos? C) Correlacione o ciclo do parasito com a lesão dermatológica apresentada por este paciente. D) (Curso Medicina). Qual o medicamento de escolha para tratá-lo? 34) J.Q.R. e M.L.D., irmãos, residentes no estado do Pará, apresentam diferentes lesões pelo corpo. J.Q.R apresenta lesões não ulceradas espalhadas pelos braços, mãos e abdome. M.L.D. apresenta uma lesão única, ulcerada, de bordos endurecidos e regulares nas costas. A) Será que ambos os irmãos apresentam a mesma doença? Por que os sinais clínicos são diferentes? Explique sua resposta. B) Como J.Q.R. e M.L.D. adquiriram estas lesões? C) Que exames você solicitaria para confirmar sua suspeita? E qual o resultado esperado em caso de positivo para os testes escolhidos? D) Quais medidas profiláticas poderiam ser adotadas para prevenir a infecção? 35) V.C.R., 28 anos, sexo masculino, reside em Juiz de Fora – MG, chega à UBS de seu bairro com queixa de tosse não produtiva. O médico assistente lhe receitou um xarope e recomendou que retornasse caso não ocorresse melhora em 1 semana. Decorrido este tempo V.C.R. retornou com um quadro de febre alta, epistaxe, icterícia, hemorragias gengivais e ascite. Ao exame físico, mostrou hepatoesplenomegalia e mucosas hipocoradas. Verificou-se ao hemograma hipoalbuminemia e anemia pronunciada. Questionado sobre possíveis viagens a locais endêmicos para Chagas, Leishmaniose, Esquistossomose, relatou ter viajado a 5 meses atrás para a periferia de Campo Grande (MS), onde visitou familiares. Pergunta-se: A) Qual a sua suspeita diagnóstica? B) Qual a forma mais provável de transmissão para essa parasitose? Quais outras possíveis formas? C) Relacione os sintomas do paciente e a ação do parasito. D) De que forma você confirmaria seu diagnóstico? E) Cite medidas de profilaxia para esta parasitose. 14 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia 36) Uma criança, procedente de Belo Horizonte (MG) é internada no HPS de Juiz de Fora. Durante anamnese, o pai relata que há 3 meses a criança vem apresentando febre diariamente, emagrecimento, inapetência, tosse seca e palidez cutânea progressiva. Ao exame físico criança apresenta ainda abdome globoso, com hepatoesplenomegalia volumosa e anemia. A mãe traz consigo o cartão vacinal da criança, que está atualizado. Suspeitando de Leishmaniose visceral, o médico argúi a mãe sobre o local onde moram e a mesma relata que no bairro há não tratamento de água e esgoto. A mãe acrescenta que cria um cão aparentemente sadio, além de existir cães vadios na vizinhança e muitos "pernilongos". Pergunta-se: A) Como o médico confirmaria o diagnóstico? B) Qual a forma mais provável de transmissão para essa parasitose? Quais outras possíveis formas? C) Considerando-seo relato da mãe, qual(ais) seria(m) o(s) fator(es) importante(s) na transmissão da doença? D) (Curso Medicina). Qual tratamento poderia ser indicado? E) Cite medidas profilática para esta parasitose. 37) Com o objetivo de testar um sistema de captação e tratamento de água um engenheiro viaja para uma cidade do interior do Nordeste. Ao retornar, ele procura o pronto-socorro queixando-se de diarréia líquida (em média 12 evacuações/dia) acompanhada de dor abdominal em cólica. Relata ainda que as fezes são fétidas, claras, há presença de gordura (esteatorréia) não sendo observada a presença de catarro, pus ou sangue. Perda de peso, náuseas e flatulência também são sintomas mencionados durante a consulta. A) Qual sua suspeita clínica? Justifique. B) Como esse indivíduo pode ter adquirido a infecção? C) Com o objetivo de confirmar o diagnóstico clínico, o paciente foi orientado a coletar 3 amostras de fezes em dias alternados usando MIF como conservante. Diante de sua suspeita e dos sintomas relacionados acima, essa conduta foi correta? Explique. D) Quais técnicas parasitológicas poderiam ser indicadas para o diagnóstico da infecção? Explique o fundamento desses métodos. E) Qual o tratamento indicado para este paciente? 15 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia 38) Um estudante de 20 anos, residente em Juiz de Fora, apresentou-se em uma unidade ambulatorial com fortes dores abdominais, fraqueza e ligeira febre. Na consulta ele relatou perda de apetite, diarréia, flatulência e um número mais aumentado de evacuações nos últimos dias. As fezes eram líquidas e de aparência gordurosa, não sendo observada a presença de muco, pus ou sangue. O estudante relatou também ter passado alguns dias executando uma pesquisa em uma comunidade carente no interior do estado há menos de um mês. A) Qual sua suspeita diagnóstica? Por quê? B) Explique os mecanismos mais prováveis pelos quais o parasito está causando esses sintomas. C) Quais os diagnósticos laboratoriais podem ser realizados para diagnosticar esse caso? Porque os exames de fezes apresentam baixa positividade para esta parasitose? D) Qual tratamento mais adequado neste caso? E) Cite duas medidas profiláticas para evitar novas infecções desse tipo. 39) Uma mulher de 36 anos relata que há 2 meses começou a apresentar diarréia de início insidioso, com 3 a 6 evacuações/dia com fezes pastosas e/ou líquidas. Após a realização de uma colonoscopia foi observada uma retocolite ulcerativa. Mesmo fazendo uso do tratamento indicado, o seu quadro diarréico continuou piorando progressivamente, apresentando agora 10 a 15 evacuações/dia, com fezes líquidas acompanhadas de muco e sangue. Relatou ainda fraqueza e emagrecimento. A) Qual sua suspeita diagnóstica? Justifique. B) Quais exames poderiam ser feitos para confirmar seu diagnóstico? Tratando-se de EPF, qual forma evolutiva você esperaria encontrar? C) Como a paciente pode ter adquirido a infecção? D) Explique a relação entre a parasitose e os sintomas mencionados? E) Qual o tratamento para essa parasitose? 40) D.M.M. é uma diarista que mora em um bairro bem precário, que não tem esgoto nem água tratada. Há algum tempo relata que vem apresentando diarréia com muco e sangue, com 3 a 5 evacuações por dia, acompanhada por dores abdominais, náusea, vômito e emagrecimento. No pedido médico de uma colonoscopia, verificou- se a presença de grandes ulcerações cuja etiologia ainda não havia sido descoberta. Responda: A) Qual a sua suspeita diagnóstica? B) Esta é uma DTA (doença transmitida por alimentos)? Explique. C) Relacione os sintomas da paciente e a ação do parasito. D) (Cursos Medicina, Farmácia e C. Biológica). A primeira conduta do médico na sua opinião foi a mais correta? Se não, explique baseado no caso clínico, como deveria ter sido realizado o diagnóstico, enfatizando a forma evolutiva do parasito que esta técnica evidenciaria. E) (Curso Medicina) Qual tratamento poderia ser indicado? 16 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia 41) Um farmacêutico recém-formado atende em sua farmácia um homem relatando ter feito exame de fezes e neste apresentou: "cistos de Entamoeba coli e Endolimax nana". A receita médica prescrevia medicação para amebíase. Está correta esta prescrição médica? Justifique. 42) M.R.P., de 29 anos apresenta corrimento vaginal abundante amarelo- esverdeado, bolhoso e fétido, além de dispareunia e disúria. Ao exame ginecológico, a mucosa vaginal encontra-se inflamada. A) Qual o possível diagnóstico? Explique. B) Como confirmar sua suspeita? C) Explique relação entre a parasitose e os sintomas mencionados acima. D) Como ocorre a transmissão dessa doença e cite as medidas profiláticas para evitar novas infecções por esse parasito. 43) Paciente I.M.A., mestiça, 20 anos, casada, queixa-se de prurido vaginal intenso, corrimento constante e dor durante o ato sexual. Relata que já foi medicada outras três vezes para o mesmo problema sob suspeita de infecção por bactérias (Gardenerella sp). Por não apresentar sintomas, o marido não aderiu a nenhum tratamento. Revelou que após os tratamentos apresentou discreta melhora. Ao exame clínico foram verificadas algumas escoriações na região pubiana, eritema de vulva e vagina, presença de secreção vaginal de cor creme com aspecto espumoso e cervicite. Responda: A) Qual sua suspeita parasitológica? B) A conduta médica inicial foi correta? Explique. C) Que exames laboratoriais poderiam ser indicados para confirmar a suspeita e qual a forma evolutiva do parasito seria encontrada? C) Qual a importância da adesão de parceiro sexual nesta infecção? D) Indique medidas profiláticas para esta parasitose. 44) Uma garotinha de 6 anos apresenta prurido anal noturno, vaginite e um leve corrimento vaginal. Sua mãe também apresenta corrimento (amarelo-esverdeado, fétido), e dor ao urinar (disúria). Além disso, dias atrás começou a sentir o mesmo prurido anal que a filha. Seu exame ginecológico revelou inflamação da mucosa vaginal. A) Qual a sua suspeita de diagnóstico em cada caso? Como possivelmente ocorreu a infecção em cada caso? B) Relacione o(s) parasita(s) e os sintomas. C) Qual é o melhor método de diagnóstico laboratorial para cada um dos casos diagnosticados? Por quê? D) Cite e explique medidas profiláticas para evitar novas infecções desse tipo. 17 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia 45) L.B.M., 28 anos, natural de Ubá (MG), casada. Primeira consulta de pré- natal realizada na 7ª semanas de gestação relatou tonturas e náuseas. História de feto morto na gestação anterior. Resultados dos exames: hemograma normal, anti-HIV negativo, anti-toxoplasmose IgM e IgG negativas. Repetindo o exame para toxoplasmose 2 meses após, contatou IgM positiva e IgG positiva moderada. A) Interprete o resultado para toxoplasmose. B) A partir dos novos resultados dos exames, a paciente está na fase aguda ou crônica da doença? C) Há risco de transmissão para o feto? D) Cite as principais medidas profiláticas. 46) R.B.G., 28 anos, do sexo feminino, branca, natural de Cachoeira do Sul, procedente de Canoas, casada e do lar. Tem história de feto morto na gestação anterior (com 34 semanas de idade gestacional, pesando 2300 g), sem diagnóstico de causa mortis. No intuito de uma gestação planejada procura orientação médica e dentre os vários exames solicitados, um deles apresenta como resultados "títulosde IgG anti-Toxoplasma gondii elevada". Ela está preocupada porque possui dois gatos jovens em sua casa. A) Considerando o resultado do exame, se a mulher engravidar, existirá risco de transmissão de toxoplasmose para o feto? Explique. B) Esta doença pode ser considerada como uma DTA (doença transmitida por alimentos)? Em caso afirmativo, qual(ais) alimento(s) e forma(s) evolutiva(s) do parasito poderiam estar envolvidas na infecção, respectivamente? C) Considerando a situação acima, a presença de gatos oferece riscos para a gestante e o feto? D) (Curso Medicina). O tratamento deve ser indicado? Explique. 47) Um médico recém formado foi trabalhar em Matias Barbosa e atende a um recém-nascido que apresenta hidrocefalia e perturbações neurológicas. A) Qual sua suspeita diagnóstica? B) Como você confirmaria sua suspeita? C) Como pode ter ocorrido a infecção? D) Como é feito o diagnóstico? 18 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia 48) Dois meses após retornar de uma pescaria na cidade de Manaus (AM), um empresário de 42 anos, residente em Juiz de Fora, é internado no hospital com febre (38oC), dor de garganta, calafrios, dor de cabeça, mialgia, dor abdominal, náusea e vômito. Ao exame físico, o paciente apresentou faringe moderadamente inflamada recebendo anti-gripais. Uma semana depois retorna a consulta médica sem demonstrar melhora. Durante nova anamnese o paciente relata que teve malaria durante o período que esteve em Manaus, porém, não recorda exatamente quais medicamentos tomou para tratar a doença. Considerando que esse indivíduo não retornou a área endêmica responda: A) Você consideraria que esse indivíduo possa estar sofrendo um novo episódio clínico de malária? Explique. B) Que investigações você realizaria para confirmar a suspeita? Por quê? C) Como um indivíduo sadio pode adquirir malária? D) Correlacione os sinais/sintomas relatados com o ciclo do parasito. E) (Curso Medicina e Farmácia) Qual medicamento você indicaria para tratamento desse paciente? Indique em quais formas evolutivas do parasito os mesmos atuariam. 49) Uma criança viajou com seus pais para Manaus. Alguns dias após retornar para Juiz de Fora começa a apresentar febre alta (40oC), geralmente pela manhã, calafrios e sudorese intensa. Após anamnese e exame parasitológico (gota espessa) foi diagnosticada infecção malárica por Plasmodium vivax. O tratamento foi realizado, mas os sintomas não desapareceram embora tenham se tornado atenuados. Agora a criança apresenta icterícia e anemia acentuada. A) Você acredita que possa ter ocorrido erro de diagnóstico no exame realizado? Justifique. B) Que providências você tomaria diante a permanência e agravamento dos sintomas mencionados? C) Explique a origem dos sintomas clínicos apresentados. D) Quais orientações profiláticas devem ser repassadas a pessoas que viajam para regiões endêmicas de malária? 50) T.H.J., garimpeiro, recém chegado do Amazonas apresenta sintomas típicos da malária. Relata que teve esta doença há 3 meses, usou mefloquina após diagnóstico laboratorial específico e pensava estar curado. Pergunta-se: A) Você acredita que ele pode ainda estar com malária? Justifique sua resposta. B) Caso sua resposta tenha sido afirmativa, qual a espécie de Plasmodium envolvida? 19 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia 51) M.S.C., 34 anos, empresário, passou uma semana de férias pescando no Rio Amazonas, em Manaus. Após 10 dias da sua chegada, começou a apresentar alguns sintomas como mal-estar geral, cefaléia, cansaço e mialgia. Ao procurar um médico, uma gripe foi diagnosticada recebendo o devido tratamento para essa infecção. Após isso, o paciente começou a apresentar surtos febris alternados com temperaturas de até 40°C com súbita queda após duas horas. A) O diagnóstico inicial estava correto? Explique. B) Como se adquire esta doença? C) Relacione o surto febril com o ciclo do parasito. D) Qual método laboratorial deve ser feito para sua confirmação? E) (Curso Medicina). Qual o tratamento indicado? F) Cite medidas profiláticas para viajantes. 52) FHC, 23 anos, solteiro. Apresenta lesões na pele das axilas, com prurido intenso. O diagnóstico clínico foi escabiose. A) Qual é o agente etiológico dessa ectoparasitose? B) Como deve ser feito o tratamento? C) Qual a profilaxia para essa ectoparasitose? 53) Um acrobata de 40 anos vai à clínica de doenças sexualmente transmissíveis queixando-se de intenso prurido, que piora especialmente à noite. Além disso, está preocupado com algumas pequenas manchas que apareceram em seu pênis. Ao exame físico havia algumas pápulas eritematosas e áreas escoriadas na glande do pênis. A) Faça seu diagnóstico diferencial. B) Que investigações ajudariam a confirmar seu diagnóstico? C) Como tratar este paciente? D) Faça uma lista de sintomas que o paciente apresenta e explique porque está ocorrendo cada um. 54) Um homem com aproximadamente 35 anos aparece em seu consultório queixando-se de intensa “dor na boca”. Ao examiná-lo, você observa grande destruição e perfuração do palato, com a presença de larvas cilíndricas, brancas, com tamanho em torno de 0,5 cm, semelhantes a larvas de insetos. A) Que doença este paciente está apresentando? B) Qual o agente etiológico? C) Como deve ser feito o tratamento? D) Como esse paciente deve ter se contaminado? 20 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia 55) Você recebeu fezes diarréicas com muco e sangue no seu laboratório e o pedido médico dizia: EPF. A) Quais os prováveis parasitas a serem encontrados no exame de fezes? B) Qual método você faria no laboratório? C) Explique por que foi utilizado cada método? 56) Você recebeu fezes negras e pastosas (melena) no seu laboratório. O pedido médico dizia: fezes. A) Qual (is) exame(s) você deverá realizar? Explique. B) Quais os prováveis parasitos? Por quê? C) O pedido foi solicitado de forma correta? Se não, corrija-o. 57) M.R.P., 29 anos apresenta corrimento vaginal amarelo-esverdeado, fétido, além de dispareunia e disúria. Ao exame ginecológico, a mucosa vaginal encontrava-se inflamada e corrimento foi observado. Você recebeu uma lâmina com o esfregaço de secreção vaginal desta paciente em seu laboratório. A) O que você faria no laboratório? B) Dentro da parasitologia, qual poderia ser o diagnóstico? C) Se a paciente perguntasse sobre o tratamento, quais as orientações que você poderia dar? 58) Você recebeu no seu laboratório um paciente com uma lesão ulcerocrostosa seca no deltóide esquerdo. O pedido médico dizia: exame da lesão. A) O que você faria no laboratório? B) De que parte da lesão você coletaria o material a ser examinado? C) Qual o possível diagnóstico? Por quê? 59) Um empresário de 42 anos é internado no hospital com febre, dor de garganta, calafrios, dor de cabeça, mialgias, dor abdominal, náuseas e vômitos. Havia retornado de uma viagem de três meses à cidade de Manaus (AM). Por ser um paciente com febre e vindo da região Norte do país, o médico suspeitou de malária e questionou, ainda, febre hemorrágica viral (dengue, febre amarela) e febre tifóide. Para confirmar seu diagnóstico, solicitou os seguintes exames: hemograma, esfregaço sangüíneo em camada delgada, uréia e creatinina, eletrólitos, glicose, exame de urina (EAS), coprocultura e hemocultura. A) Por que o médico solicitou tais exames?B) Por que o paciente apresenta esses sintomas? C) O que você poderá encontrar em cada exame? D) Qual sua suspeita diagnóstica? 21 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia E) Entre as técnicas que você viu na parasitologia, qual delas foi utilizada para esse caso? F) Qual a diferença entre o esfregaço sangüíneo e a gota espessa. 22 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia BIBLIOGRAFIA AMATO NETO, V. & CORRÊA, L.L. Exame Parasitológico das Fezes. Editora Sarvier, São Paulo, 5a edição, 1991. AMATO NETO, V.; GRYSCHEK, R.C.B.; AMATO V.S.; & TUON, F.F. Parasitologia: uma abordagem clínica. Editora Elsevier, São Paulo, 2008. BECK, E.R.; FRANCIS, J.L. & SOUHAMI, R.L. Diagnóstico Diferencial. Ed. Cultura Médica, Rio de Janeiro, 1a edição, 1981. CIMERMAN, S. Parasitologia. 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